In The Rain escrita por Charlotte Maddison


Capítulo 4
Liberdade


Notas iniciais do capítulo

E aí pessoas lindas!!!!! Mais um capitulo quentinho pra vocês ♥ Eu estou amando receber todos os seus comentarios♥♥ É serio gente vcs me deixam muito feliz e com vontade de escrever^-^ Espero que vcs gostem do capitulo... e ate as notas finais♥
Titulo esquisito? sim



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O sol brilhava no céu acompanhado de algumas nuvens cinzas que faziam sombras nas casas grandiosas daquele bairro luxuoso. Apoiado no beiral da varanda, Adrien, viajava em seus pensamentos. Ele relembrava as partes felizes de seu passado. A família Agreste era completa e feliz. Todo dia era dia de sorrir e se divertir. Simplesmente não existia tempo ruim para aquela família. Sua mãe é quem a mantinha assim. Ela era a mulher mais maravilhosa da face da terra, afinal para qual filho a mãe não é exatamente isso?

 O loiro se lembrava bem das travessuras que os dois aprontavam com o pai, que no final sempre entrava na brincadeira. Lembrava-se dos dias em que brincavam no quintal; das musicas cantadas com sua voz melodiosa; das historias; dos carinhos; das bagunças na cozinha; dos dias de chuva em que ficavam abraçados ou tocando alguma música no piano. Adrien foi se lembrando de cada sorriso, de cada toque de seus dedos macios...  Ele precisava continuar a se lembrar de tudo isso para não começar a se entristecer. Ele queria evitar lembra-se do dia em que tudo começou a mudar, o dia que seu pai começou a se isolar e a tratar todos de uma maneira fria, o dia que a família Agreste começou a desmoronar. Porém ela só caiu por completo quando sua mãe desapareceu.

Fazia dez anos que ela havia sumido. E desde então a situação daquela família só piorava.

A mão do loiro deslizou até o bolso da calça e de lá retirou seu celular. Em poucos segundos seus dedos passavam pela tela, passando uma foto atrás da outra. Sua mãe estava presente em todas elas. Gabriel costumava falar que o filho puxara a perfeição da mulher, e nisso ninguém discordava. Ele, sem sombra de dúvida, mudou muito.

A porta de seu quarto foi aberta, ele não precisou se virar já sabia quem era somente pelo som dos passos, conseqüência de ficar muito tempo em casa.

—Adrien, seu pai quer falar com você.

A mulher falava enquanto entregava o tablet para o loiro. A imagem de Gabriel estava reproduzida ali em alta resolução, seu rosto como sempre transparecia sua seriedade.

—Nathalie, deixe-me a só com meu filho.

A secretária saiu sem dizer nada. Adrien caminhou até a cama, ele achava que estaria mais confortável se estivesse sentado. E assim que eles se encararam, o mais velho começou a falar:

—Peço que você preste bastante atenção, pois irei falar tudo apenas uma única vez.

—Sim, pai.

—Eu pensei muito naquela pequena discussão que nos tivemos. Então, supus que você estava meio que... Se sentindo aprisionado. Mesmo que eu faça o que eu faço para o seu bem estar, parece que você está querendo um pouco mais de independência... Liberdade como os jovens de hoje falam.

Uma pontinha de esperança brilhou nos olhos de Adrien. Ele não sabia ao certo até aonde aquela conversa iria. Mas se precipitou e fez uma das coisas que Gabriel mais odiava, ser interrompido.

—O que o senhor quer dizer com isso?

—Não me interrompa- O homem falou entre os dentes- Onde está à educação que eu paguei para você ter?... Bem, como eu ia dizendo. Ficarei mais ocupado que normal. A abertura de uma nova empresa, a empresa que eu já possuo aqui em Paris, além de ter que criar uma nova coleção. Tudo isso me fez pensar. Então, já que isso seria bom para os dois lados, resolvi que seria bom você ganhar mais responsabilidade. Nathalie irá lhe explicar melhor, agora tenho que ir.

A conversa foi curta, porém Adrien lutava para não sorrir. Ele estava prestes a explodir de felicidade. Um pensamento começava a aparecer em sua mente “Será que ele está mudando? Depois de todos esses anos...”

O loiro não pensou duas vezes antes de perguntar ao pai com o intuito de prolongar o dialogo:

—Quando o senhor volta de Paris?

— Amanhã à tarde- Aquela voz fria saia do aparelho e pousava bem no coração de Adrien- Tenho que ir.

A tela ficou preta. Gabriel havia desligado. O loiro suspirou e abaixou a cabeça.

—Sinto sua falta.

Realmente ele sentia, de ambos. Seu corpo foi pra trás e caiu na cama. Por que tudo tinha que ser tão complicado? Quando conseguia alguma coisa, outra lhe aparecia para se conseguida. Aquilo parecia um ciclo sem fim.

Era o começo de mais uma tarde nublada, o sol havia desaparecido entre as nuvens cinzas que dobraram de tamanho. Nathalie havia lhe dito com todos os detalhes o que Gabriel planejara para o filho. Adrien, agora podia sair de casa, mas tinha que avisar aonde ia e chegar antes das onze. Contanto que não fizesse nada de problemático ou que manchasse a sua imagem. O mesmo também ganhara um carro e um motorista particular. Porém o que mais lhe animou foi ficar sabendo que começaria a freqüentar a faculdade. Administração foi o que o pai havia escolhido. Provavelmente por causa das empresas que possuía. Adrien até que se animou, era ótimo em matemática e se considerava bom em estratégias, além lidar bem com as pessoas. As sessões de fotos continuariam, porém agora ele administraria seu próprio dinheiro.

Mas uma coisa não lhe saía da cabeça. Essas decisões de Gabriel foram tão repentinas, tão estranhas. Ele não queria pensar nisso, porém era quase impossível não cogitar o porquê de tudo aquilo. Talvez, o homem realmente tenha sido influenciado pela discussão.

Nathalie bateu em sua porta às uma da tarde, lhe informando que o novo motorista estava lhe esperando, caso ele precisa-se.

—Mas, Nathalie, hoje é domingo!

—Seu pai fez questão de contratar um motorista flexível.

—Não sei se hoje sairei de casa. Afinal, hoje não era pra ser o dia de folga dele.

—Pensei que fosse o que mais você deseja-se. Mas caso queira, posso dispensá-lo e chamá-lo apenas quando necessário.

O loiro pensou por um tempo. Era domingo, ele não tinha nada pra fazer, talvez ir a algum lugar seria legal. O fato era, quando recebemos algo que queremos há muito tempo não sabemos o que fazer com esse algo.

—Tá certo. Dentro de dois minutos estou lá embaixo.

Dito e feito. Em poucos minutos o loiro estava de frente ao seu novo motorista... Que era bem novo. O rapaz era moreno, de cabelos curtos e óculos de aro grosso. Ele aparentava ter a mesma idade dele. Aliás, eles tinham até a mesma altura. O moreno admirava a casa e quando percebeu a aproximação do loiro, lhe estendeu a mão.

—E aí cara- Ele diz apertando a mão de Adrien- Tua casa é muito bonita, se eu tivesse uma casa dessa minha mãe parava de reclamar comigo, o se parava. A propósito eu sou o Nino.

—Ahm, Adrien. Prazer- O loiro fala meio confuso- Sem querer ser muito intrometido, você não é muito novo para ser motorista?

—Ah sei lá. Foi teu velho que pediu um cara novo sem nenhuma experiência e sem emprego fixo. Vi o anuncio na internet e como minha mãe e minha namorada estavam pegando no meu pé, resolvi vir tentar a vaga. E olha onde eu to, com um emprego!

—Entendi- Adrien obtivera mais informação do que desejara- Será que você poderia me levar a, sei lá, algum lugar?

—Claro chefia!

O loiro acabou por descobrir que Nino era o tipo de pessoa incrivelmente sociável. O moreno parecia ser uma boa pessoa, então resolveu tratá-lo de um jeito mais informal. E em pouco tempo eles já pareciam amigos de longa data. Conversavam sobre assuntos variados, cantavam refrões de algumas musicas e até zoavam um com a cara do outro. A amizade entre os dois havia sido instantânea, eles nem se lembravam mais que eram chefe e empregado. Aliás, eles nem faziam questão de lembrar.

Era ótima a sensação de ter alguém com quem rir e conversar, e possa ate se dizer, um amigo. Adrien estava adorando o fato de seu pai ter resolvido lhe dar a sua sonhada liberdade, não da maneira que pensava, mas não podia pedir mais. Porém, o loiro pensava se era possível seu pai ter contratado Nino para lhe servir de amigo. Já que em circunstancias normais, Gabriel nunca o contrataria.

Ambos saíram com as mãos ocupadas da lanchonete. Eles conversavam sobre namoradas e músicas.

—É serio cara, a minha namorada quase terminou comigo por eu preferir escutar as minhas musicas do que escutar ela falando sobre a facul dela.

Adrien ria conforme Nino contava as inúmeras coisas que sua namorada fazia. O loiro queria descobrir quem ela era e lhe perguntar da onde ela tirara coragem para invadir o apartamento de um cantor famoso para entrevista-lo, segundo Nino ela quase havia sido presa há uma semana atrás por causa disso.

—Às vezes eu só me safo das broncas dela por causa da amiga que mora com... Cara o que você ta fazendo?

Adrien estava na porta do motorista.

—Quero dirigir um pouco.

—Como quiser- Nino entra sorrindo no carro.

A música que tocava havia sido escolha do moreno. Adrien descoberto que ele era DJ, então resolveu que Nino sempre escolheria as músicas. Entre um refrão e outro, eles seguiam pelas movimentadas ruas de Nova York. Até Nino começar a falar:

—Diminui a velocidade- ele diz olhando pela janela- Isso, agora da uma paradinha.

O moreno põe o rosto pra fora e fala um pouco alto:

—E aí Mari, de babá em um domingo?

Adrien vira o rosto para o lado e vê uma moça de cabelos azulados, ele logo a reconheceu: era Marinette. Ela estava parada perto de um carrinho de cachorro-quente e ao seu lado havia uma menininha.

—Não vou nem perguntar o que você está fazendo nesse carro. Aposto que... - A menininha ao seu lado começou a correr atrás de um homem fantasiado de palhaço- À noite a gente se fala.

—Chego na tua casa as sete!- Ele grita

 O carro começa a andar novamente. Adrien cogitava na possibilidade de Marinette e Nino serem namorados, então resolveu perguntar ao mesmo.

—Hey Nino, aquela era a sua...

A frase ficou no ar. O loiro pisou fundo no freio impedindo o carro de acertar em cheio um velhinho que havia caído. Nino ficou sem reação, enquanto Adrien abriu a porta e foi ajudar o idoso. Sempre pronto pra ajudar o próximo, ele começou a pegar as sacolas e a bengala do mais velho. Já de pé, o idoso de olhos puxados e estatura baixa, lhe agradeceu e foi embora com um sorriso no rosto.

Já de volta ao carro ele olhava para o nada enquanto pensava no que poderia ter acontecido.

—O que aconteceu aqui?

—Nem eu sei ao certo.

Percebendo a confusão que já estava causando no trânsito, Adrien deu partida no carro e seguiu seu caminho. Conforme o tempo passava ele se esquecia do quase acidente. E até achava cômico o fato de que sempre pegava no volante acabava quase atropelando alguém.

Porém ele não percebeu que o idoso continuara parado na calçada, só observando o carro se afastar. Um sorrisinho satisfeito estava em seus lábios. Ele havia encontrado o que procurava.


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Notas finais do capítulo

Bem, eu mudei o rumo da historia. Tudo estava planejado, ai de repente tudo começa a se encaixar de uma forma diferente... e foi tudo muito confuso. Só sei que agora resolvi por os Miraculous no meio dessa historia- como vcs ja devem ter percebido. Desculpe qualquer erro ortografico.
Não esqueçam de deixar sua opinião nos comentarios♥ Eu amo de coração receber eles♥
Bjssss da Charlotte



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