Corações Feridos escrita por Tais Oliveira


Capítulo 13
Uma visita inesperada


Notas iniciais do capítulo

Boa noite leitoras ♥ aqui estamos com mais um capítulo. Gostaria de agradecer a todas que se preocuparam com a minha gata e perguntaram como ela estava :) Graças a deus ela já está bem ;) Agradeço aos comentários que venho recebendo vocês são maravilhosas ♥ E também pelos mais de 4000 acessos que a fic alcançou esses dias no Fanfiction :D e agradeço aos mais de 60 favoritos no Spirit, e aos maravilhosos comentários lá na página ;)
Gostaria de dedicar esse capítulo a Jack22 que sofreu um acidente enquanto participava de uma competição de taekwondo, melhoras ♥ e é claro a todas vocês que estão sempre presentes comentando e trocando ideias comigo ;)

LINK DA CHAMADA DO CAPÍTULO: https://www.facebook.com/Minhasfanfics/videos/2036977949861518/

Espero que gostem ;) Boa leitura ♥



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/687926/chapter/13

No capítulo anterior...

 Após ser cumprimentada por muitas pessoas pelo bom trabalho exercido,Robin chega até ela.

—Finalmente consegui te cumprimentar.

Ele diz perto do ouvido dela, o que lhe causou um arrepio. Ao virar-se encontra aqueles belos olhos azuis lhe encarando exalavam orgulho.

—Lockesley!

—Parabéns Doutora!

Ele lhe estende a mão e Regina retribui o cumprimento dizendo:

—Obrigada...

—Pelo que?

—Por... por ter acreditado em mim.

—Não agradeça.Tudo isso foi possível porque você acreditou em  si mesma, se deu uma segunda chance.

 Regina esboça um sorriso terno.

 Ao sair do tribunal é abordada por diversos jornalistas que a aguardavam.

—Doutora Mills!Doutora Mills!

—Como a senhora se sente com essa vitória repentina?

—Para mim não é repentina, eu sempre soube que Robert era inocente,desde a primeira vez que o olhei.

—E como será daqui para frente?

—Bom iremos averiguar quem está por trás dessa barbárie, se meu cliente quiser acusaremos de calunia e difamação.

 A notícia da inocência de Robert percorreu o mundo.

 Regina recebeu a ligação do procurador geral da justiça lhe parabenizando pela audaciosa defesa dela.

 Sua mãe não se pronunciou sobre nada,como Regina já a conhecia,sabia que aquele comportamento significava que Cora não foi capaz de encontrar erro no que ela havia feito, se não obviamente teria lhe procurado para dizer-lhe ofensas como fez antes...

       --------------------------------*---------------------------------

3 Dias depois...

 

 Regina havia marcado uma reunião com todos os advogados da empresa.Como sabiam que a chefe era rigorosa com horários, cedo já estavam na sala de reuniões com excessão de Killian e Emma que estavam viajando, e Robin que não havia chegado.

 O relógio marcava 09:00 quando Regina adentrou o ambiente, e logo sentou-se em seu lugar.

—Bom dia.

Disse ela, todos responderam em uníssono. E Regina continuou:

—Antes de tratar sobre a principal pauta da reunião, quero saber se todos estão presentes.

 A troca de olhares entre ambos foi inevitável,não queriam prejudicar o colega,mas não podiam mentir para a chefe. Lamentavam Emma e Killian estarem ausentes.

Encaram Belle já que por ser a secretária era a que tinha mais contato com A Dama de Gelo. Nervosa ela diz:

—O Robin doutora, ele não chegou ainda.

—Por que não estou surpresa? (Regina suspira.) –Vamos espera-lo.

 Todos ficaram surpresos pela atitude da chefe.Regina não costumava aguardar por ninguém. Já havia demitido três funcionários por conta de seus atrasos.

15 minutos passaram-se...

 Regina optou por começar a reunião.Meia-hora depois, a mesma determinava medidas importantes que deviam ser tomadas. Robin adentra a sala apressado.

Regina diz: -A Bela adormecida chegou!

Alguns dos funcionários riram discretamente.

Robin tenta justificar-se:

—Desculpa mas é que...

O mesmo é interrompido.

—Quantas vezes terei de dizer que ter pontualidade é essencial Lockesley? Mas é claro! Como sempre é o atrevido que nunca seguirá as minhas regras.

—E como sempre você não está deixando eu me explicar.

 Regina bufou pela forma que ele havia falado com ela na frente de todos.

 Levanta-se da cadeira irritada,estava prestes a começar uma discussão,entretanto lembrou-se de todas as coisas boas que Robin havia feito por ela.

Suspirou e novamente surpreendeu a todos com as palavras a seguir:

—Está certo.Justifique-se.

 Regina disse cruzando os braços.

—Roland está doente,passou a noite toda com febre. E com Valerie na excursão da universidade, Emma viajando eu não tinha com quem deixa-lo. Tive que esperar pela minha vizinha que gentilmente aceitou cuidar dele.

 Naquele momento Regina percebeu as feições de cansaço no rosto de Robin. Seus olhos estavam fundos, seu cabelo estava desgrenhado,notou até que os botões de sua camiseta estavam um pouco fora de ordem.

—E o que você ainda está fazendo aqui?

—Eu vim para a reunião.

—Vá,vá. Está dispensado por hoje.Vai cuidar do seu filho, peça para Ruby disponibilizar suas atividades eu vou substituir o seu trabalho.

Foi a vez de Robin ficar inerte.

—Vá Lockesley! O que está esperando?

 Robin consente com a cabeça e se retira.

 Os funcionários ficaram surpresos mais uma vez com a atitude da chefe.

—---------------------------------*------------------------------------

 Robin voltava aliviado para seu apartamento. Ter que deixar Roland doente, havia o deixado desconcertado.

Logo que adentrou o apartamento,foi até o quarto do filho que dormia, aparentemente bem,no entanto, Dona Lurdes lhe informou que Roland estava tendo delírios.

—Ele fica falando algumas coisas.

—O que ele disse?

Pergunta Robin preocupado.

—Eu não consigo compreender, só entendi os nomes que ele falou.

—Nomes?Quais?

—Chamou por você, Elizabeth...

Robin a interrompe: - Minha mãe?

Pronunciou pensativo.

—Ele também chamou por uma tal de... Regina.

—Regina?

O mesmo questiona curioso.

—Sim. Foi esse o nome.

—Tudo bem,obrigado por ter cuidado dele Dona Lurdes.Agradeço a gentileza.

—Não agradeça rapaz, você é muito bom para mim.Está sempre me ajudando.

 Assim que ela saiu, Robin ficou pensativo.

“Por que Roland chamava por Regina? Ou pela minha mãe?”

 Robin então teve uma terna lembrança do último momento que viveu com ela.

Há 30 anos atrás...Quando ele possuía 9 anos de idade.

FLASHBACK:

  Elizabeth estava deitada,tremia febril sobre a cama. Robin cuidava da mãe,lhe colocando um pano úmido sobre a testa,na tentativa de baixar as altas temperaturas.

—Filho.

Disse fraca.

—Sim mãe.

—Sente-se aqui do meu lado. (Assim ele o fez.) –Está na hora de você me prometer algumas coisas. Eu quero que você cuide da sua irmã, ela tem dois anos e irá precisar de você.

—Não fale assim mãe.

—Querido eu preciso que você me escute está bem? Seja sempre bondoso e atencioso com os outros, tente enxergar o interior delas antes de julga-las. (Robin consente.) –E por último,porém muito importante, eu quero que quando você completar 18 anos faça uma tatuagem.

—Tatuagem?

O menino questiona.

—Sim, abra a segunda gaveta do bidê e pegue o desenho que está ali.

 Ao pegar ele vê o desenho de um leão.

—Filho promete que fará a tatuagem com esse desenho?Prometa Robin por favor!

—Eu prometo mãe. Mas por que?

—Porque ela lhe trará a futura felicidade. Vocês dois enfrentaram obstáculos, mas a tatuagem te levará a mulher ideal. Sua alma gêmea.Terão a oportunidade de resolver as pendências de outros tempos.

—E como eu vou saber quem é ela?

—Na hora certa, você irá descobrir... Estarei orgulhosa lá de cima, vendo você cumprir suas promessas.

—Não fale assim mãe, eu não quero que a senhora morra. Por favor não nos deixe!

Robin abraça sua mãe.

 Infelizmente na manhã seguinte, quando foi levar café para sua mãe a encontrou morta sob a cama.

 

  Aquela recordação de sua amada mãe o fez chorar. Marcada pelo abandono do marido, deixou-se levar pela depressão ,e pelo álcool.

 Felizmente carregava consigo a honra de ter cumprido todas as promessas. Até mesmo a tatuagem fez quando completou a maior idade.

 Durante um tempo acreditou que Marian era a tal mulher, até que um certo dia lhe perguntou sobre a tatuagem e a mesma não demonstrou reação alguma.E ele não sentiu nada.

 Desde então passou a ignorar a tatuagem, achando que aquelas palavras fossem delírios de sua mãe.

 Duas horas passaram-se...

 Roland começou a despertar.

—Papa!

—Hey campeão como está?

—Eu tô bem papa, não preciso tomar remédio algum.

—Você está me saindo um belo de um mentiroso hein? Vejo seus olhos fundos e ainda está quente. Vai tomar os remédios sim.

—Ah papa!

—Sem reclamações filho, você precisa ficar bom logo. A Regina não me irá me dar folga toda hora.

—AH REGINA! Eu sonhei com ela.

—A Lurdes comentou comigo. O que você sonhou?

—Eu não sei, não me lembro direito. Mas eu sei que tô com saudades dela, quando eu vou vê-la papa?

—Filho, a Regina é uma mulher muito influente nos negócios, ela é muito ocupada. Não tem tempo para pessoas como nós.

—Ah,mas eu queria vê-la.

—Você gosta dela não é mesmo?

—Um montão!

 Robin riu da agitação do filho. Mas logo trata de questionar outro assunto que lhe deixou intrigado:

— A Lurdes me contou que você chamou pela sua avó.

—Sim papa. Eu falei com a vovó Elizabeth.

—Como assim? Vocês conversaram?

—Sim e a vovó mandou um recado para você.

Robin adquiri expressão de curiosidade no rosto.

—Ela disse que a mulher ideal já está presente na sua vida.

—-----------------------------------*------------------------------------- 

 Regina analisava uns papéis que Belle acabara de deixar. Entretanto, mais uma vez naquela tarde pensou em Roland. Como estaria? E Robin?Conseguiria se virar sozinho? Sem Valerie e Emma?

Robin fora tantas vezes gentil com ela, estaria na hora de retribuir? Ou seria intromissão?

Esses questionamentos não saiam de sua cabeça. Não aguentava mais aquelas dúvidas pairando sobre seus devaneios, sendo assim tomou uma decisão. Iria passar no apartamento dos Lockesley.       

          -----------------------------*------------------------------  

Robin cuidava de Roland, ainda estava febril,mas felizmente as temperaturas haviam diminuído um pouco.

 O menino estava deitado no sofá,nos braços do pai. Assistiam desenhos.

 Regina caminhava atentamente no corredor  procurando pelo apartamento 407, como constava nas suas anotações.Durante o caminho até ali questionou-se diversas vezes se não estava sendo muito intrometida... mas Roland estava doente, e ela havia ficado preocupada desde que descobriu.

“Vou ficar uns minutos, só para saber como ele está. Depois vou voltar para casa.”

405,406... 407. Suspirou e bateu na porta.

—Robin?

O mesmo abre a porta e surpreso pergunta:

 -Regina? O que está fazendo aqui?

Os dois ficam se olhando por alguns segundos. Regina observava os músculos de Robin que estavam amostra, afinal ele usava apenas uma regata, a mesma nunca havia percebido o quão definido era o corpo dele, talvez fosse por conta dos ternos... mas algo era certo naquele momento eles lhe chamaram a atenção.

Já Robin perdeu-se naquele olhar intenso dela, era admirável que ela mesmo com todas as responsabilidades que tinha encontrasse tempo para visitá-los.

São despertos pelo grito de Roland que mesmo doente animou-se no mesmo instante que a viu.

—REGINA!

 Corre em direção a porta e a abraça.

—Hey querido como você está?

—Eu vou ficar bom logo, meu papa tá cuidando de mim. Não vai entrar?

 Somente naquele momento ambos perceberam que Regina anda estava parada no corredor.

—Ah sim Regina entre,desculpe minha indelicadeza.

 A mesma sorriu diante da reação de Robin, e logo adentra o pequeno apartamento.

 Roland estava de mãos dadas com ela, enquanto a guiava até o sofá Robin aproveitou para colocar uma camiseta de manga comprida, no intuito de esconder sua tatuagem. Imaginava se Regina a visse o que não pensaria a respeito dele?

“Por que me importo com o que ela irá pensar?”

Mesmo assim ele coloca a camiseta.

Regina e Roland conversavam: -Trouxe um presente para você.

O menino já havia notado o embrulho desde que ela chegará, mas estava com vergonha de perguntar.

Regina entrega o presente e ao desembrulhar o pacote, o rosto do menino se ilumina.

—A nova pista de carrinhos Hot Whells!!!

A mesma sorriu vendo a felicidade que pairava nos olhos de Roland.

Robin logo se aproxima de ambos e diz:

—Não precisava se incomodar doutora.

Regina percebe que ele havia colocado uma camiseta,questionou em seus pensamentos se tinha sido indiscreta demais, e ele percebido?

—Não é incomodo algum Lockesley, eu sei que seu filho merece.

 Robin sorri demonstrando suas covinhas, fazia meses que ele estava juntando dinheiro para comprar o tão sonhado presente de seu filho, porém com a mudança e os gastos a mais com a filha na universidade o impediam de realizar o desejo do filho.Agora teria até condições de dar-lhe uma festinha de aniversário para comemorar seus 4 anos.

 -Como que se diz filho.

—Obrigada Regina!

Ele a abraça bem apertado e logo senta no colo dela.

Regina sentia-se imensamente feliz com aquele tipo de afeto, algo que poderia parecer pouco, ou normal aos olhos dos outros, porém ela não tinha. E ter nem que fosse por pouco tempo o carinho de uma criança, a fazia transbordar de alegria.

—Não precisa agradecer.

Roland recostou a cabeça no peito dela, e encolheu-se no eu colo.

Robin sentou-se no sofá mais adiante, enquanto os observava.

—Fico feliz que você tenha vindo me ver Regina. Eu tava com saudades.

Roland começa a acariciar os cabelos da mesma que diz:

—Eu também estava, precisamos no encontrar mais vezes.

 Robin ficou atônito com tais palavras, Regina realmente sentirá saudades de seu filho?Como poderia ela manter um sentimento tão terno por ele em tão pouco tempo?

—Meu papa disse que a senhora não tem tempo para visitar pessoas como nós.

—Ele disse isso?

Regina encara Robin.

Sem jeito Robin tenta justificar-se.

—Bom, foi o que eu pensei. Afinal está sempre tão atarefada com as atividades da empresa.

—Ahh claro! É realmente isso que todos pensam de mim, uma maníaca por trabalho.

Ela suspira e continua: -Achei que você pensasse diferente.

—Eu?

—Sim.

—Por que?

—Por que você sempre me entende.

 -Sabe o que é Regina, eu não fui totalmente sincero com você. O que eu quis dizer ao Roland é que bom, como você pode ver nós somos pobres. E bem você é uma pessoa tão influente, de classe superior eu imaginava que não teria tempo para nos visitar.

—Pois desta vez você imaginou errado Lockesley.Quando eu me apaixonei pelo Daniel, ele não tinha nada. Nunca me importei com as classes das pessoas, nem quando era jovem e muito menos agora. Acredito que a maior riqueza vocês possuem por aqui. (Robin a encarava com curiosidade.)-Amor.

 Robin sentia sinceridade nas palavras dela, e mais uma vez perdeu-se naquele olhar que só ela possuía.

 Regina demonstrava ser uma mulher tão diferente, já não fazia mais significado aquele apelido.

Questionava-se por que ela não deixava que os outros vissem a grande mulher que ela escondia por detrás daquela fama de Dama de Gelo. Ela era humana e além de tudo admirável, pelo menos para ele.

 Os dois trocavam olhares, até que foram despertos por Roland.

—Você vão me ajudar a montar o me brinquedo novo?  

—Claro.

Regina responde.

 Os três sentam-se sob o tapete e começam a montar a pista dos carros.

Meia hora se passou...

 Enfim, haviam terminado. Roland brincava animado, continuava no colo de Regina, até que por fim adormeceu nos braços dela com um dos carrinhos na sua mão.

 Robin analisava a forma como Regina olhava para seu filho.

—Ele chamou por você.

—Por mim?

—Sim.Ele gosta muito de você.

—Eu também gosto muito dele.E Valerie como está?

—Ela está bem, me ligou diversas vezes no dia.Acho melhor leva-lo para o meu quarto.

Robin aponta para Roland.

  O carregava até seu quarto,sendo seguido por Regina. Os dois adentraram o quarto e Robin coloca Roland na sua cama.

 Regina analisava algumas fotografias, até sentir Robin próximo dela.

—Esse aí sou eu, a minha mãe e Emma quando ainda era um bebê.

—Como você era fofo. Nossa sua mãe era linda!

—Era sim, ela foi linda até o último suspiro de sua vida.

—Deve ter sido difícil perde-la.

—E realmente foi, encontra-la morta na cama foi devastador.

 Regina fica surpresa com aquela revelação.

Gaguejou um pouco antes de dizer:

—Sinto muito, eu não sabia que...

—Tudo bem.Eu vou buscar uma coberta para o Roland.

 Naquele momento entendeu porque Emma e Henry rasgavam elogios sobre Robin. Lamentou ter tocado naquele assunto delicado.

 Observava Roland dormir, e Robin ficou a cuidando.

—Você leva jeito com crianças.

  Regina se vira e o encontra já no quarto. Tenta esboçar um sorriso,mas aquele assunto a machucava. Questionava-se do que adiantava ter domcom as crianças se ela não podia ter a sua própria? E a que teve lhe foi tirada.

 Robin percebeu o quanto Regina pareceu abalada quando ele tocou naquele aassunto, sendo assim logo disse:

—Aceita um Drink?

—Sim.

 Os dois voltaram para a sala.Enquanto Robin servia as bebidas, Regina observava o ambiente que mesmo humilde, era devidamente organizado.

 É desperta pelas palavras de Robin que já com os copos servidos estava parado na janela.

—É noite de lua cheia.

Regina se aproxima do mesmo que lhe alcança o copo. Ela toma um gole e vendo que Robin ainda admirava a lua pergunta:

—O que isso significa para você?

—Lembranças da minha mãe.

É a vez dele de beber.

Regina consente com a cabeça, e para sua surpresa ele continua:

—Toda noite de lua cheia ela costumava me contar uma lenda chinesa.

—Qual?

—A Lenda do Fio Vermelho já ouviu falar?

—Não,mas se você quiser prosseguir eu adoraria escutar.

Robin esboça um pequeno sorriso,não costumava contar eaquela história para muitas pessoas, era algo intímo para dividir com estranhos, porém com Regina era diferente.

—A lenda chinesa conta que um homem andava pelas montanhas a caminho de visitar a sua noiva, quando um velho apareceu dizendo ser o Deus Xia Lao Yue. O tal Deus tinha o poder de ligar, por meio de uma corda vermelha invisível, almas gêmeas, e disse ao homem que a pessoa que ele estava indo visitar não era o grande amor de sua vida. Ele apontou um bebê e disse que era àquela pessoa que a corda o ligava. O homem não acreditou e com muita raiva mandou colocar fogo na casa do bebê, para que ele morresse. O homem, então, se casou com sua noiva e foi muito infeliz. Anos depois, ficou viúvo e acabou conhecendo uma mulher com quem se casou e foi muito feliz. A mulher em questão era aquele bebê, que ficou órfão e só sobreviveu ao incendio porque a mãe o embrulhou em um saco molhado.

—Nossa.

—Não termina por aí.Agora vou te explicar o significado do Fio Vermelho.

Regina consente e ele continua:

—“É uma lenda que diz que quando a pessoa é destinada a outra, ambas têm um laço vermelho que as ligam, no dedo mindinho. O laço pode embaraçar, emaranhar, mas ele nunca irá se partir. O laço não é visível a olho nu, mas está lá desde o momento do nascimento. Quanto mais longo estiver o fio, mas longe as pessoas estão e mais tristes estarão. Sequer a morte o rompe, apenas o alarga para se encontrarem em outra vida”.

—Que profundo Lockesley.

Regina toma mais um gole de sua bebida.

Lembra-se das palavras daquela cigana.

“Seu destinado.Sua alma gêmea.”

—Lockesley?

—Sim.

—Você acredita em destino?

        --------------------------------*----------------------------------

Próximo capítulo...

 

[...]

 

 Regina gargalhava com a história que Robin acabará de lhe contar, faziam semanas que ela não tinha um almoço tão agradável.

 Já para Robin era satisfatório saber que conseguira arrancar risadas dela, e poder apreciar o belo sorriso que ela exalava, e que para tantos era desconhecido...

 No entanto, são interrompidos por Ruby que para na porta da sala desconcertada com a mão na barriga gritando.

—ME AJUDEM POR FAVOR!AI!AI!

Regina e Robin levantam-se de imediato e vão até ela.

Atônito ele pergunta: -O que houve?

—Acho que estou perdendo o meu filho!Me ajude!

Regina e Robin trocam olhares preocupados ao perceber que Ruby sangrava.

Regina diz: -Precisamos leva-la para o hospital.

—Me ajudem,eu não posso perder o meu bebê!

Regina toca nas mãos dela e pronuncia:

—Eu vou ajuda-la.Ninguém merece passar por isso.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E aí o que acharam?
Conheceram mais um pouco do Robin nesse capítulo , espero que tenham gostado ;)
Regina e Robin estão cada vez mais próximos ♥ Não deixem de comentar... Um grande beijo :)