Abro meus olhos e sinto um calor em minhas costas. A primeira coisa que vejo são os prédios do lado de fora e está Sol, muito mais forte do que eu esperava. Isso faz com que eu me pergunte que horas são. Me apoio no cotovelo e estreito os olhos para conseguir ver no relógio digital a hora marcada em verde fluorescente. Gemo quando vejo que são dez da manhã. Não posso acreditar que perdi a hora de ir para a faculdade.
Olho para o outro lado da cama e vejo que estou sozinha no quarto. Suspiro e me sento na cama. Todos os meus músculos doem como se eu tivesse ido para a academia - a de fazer exercícios e não a de ballet.
Olho em volta da cama e vejo a bagunça de roupas que está no chão. Apanho a camiseta branca de Kyle que ele estava vestindo na noite passada. Ela está em cima da cama e a visto. Sei que ele deixou ali para que eu vestisse já que a de Sean sumiu.
Levanto-me da cama e abro a porta do quarto. Encontro Kyle no sofá com uma caneca de café na mão, vestindo uma calça jeans e sem camisa. Ele está assistindo a algum jogo de futebol americano. Ele olha para mim, parada em frente a porta do quarto.
–Bom dia. - digo com a voz rouca.
–Bom dia. - ele diz e olha para mim com sua camiseta. -Camiseta legal.
Dou risada e vou até o balcão de granito. Pego a cafeteira e coloco um pouco de café preto em uma caneca para mim.
–Também acho ela legal. - ando até o sofá e me sento ao seu lado.
O Sol está batendo ali também e os olhos de Kyle estão mais verdes ainda por causa disso.
–Você deixou eu perder a hora de ir para a faculdade?
Ele arqueia as sobrancelhas.
–Não venha me responsabilizar por sua irresponsabilidade, sua mãe vai ter que conversar com você.
Dou risada e empurro seu braço de leve. Kyle sorri e passa o braço por meus ombros.
–Como está se sentindo?
Os olhos dele estão fitando meu rosto e há uma leve sombra de um sorriso em seus lábios. Levo a caneca de café até a boca e tomo dois goles pequenos.
–Um pouco dolorida. - seu sorriso se alarga e eu reviro os olhos. -Como você está se sentindo?
–Estou ótimo.
Fito minha caneca de café. Não é como se fosse a melhor noite da vida dele, tenho certeza disso. Aquela... Vaca da Lara com certeza é muito mais experiente do que eu.
–O que foi? - ele pergunta segurando meu rosto.
Fito seus olhos verdes e depois sua boca. Balanço a cabeça e dou um sorriso amarelo.
–Nada.
Kyle suspira e fala:
–Sabe de uma coisa, boneca?
–O que? - pergunto.
–Você mente muito mal.
Apoio minha caneca em minhas coxas dobradas e respiro fundo.
–Não é nada.
–Me fala.
–Não, Kyle. Não é nada.
–Mentira! - ele me pressiona.
Solto um suspiro exasperado e olho para a janela atrás dele. Fito o prédio à frente e me concentro em não olhar para seu rosto. Balanço a cabeça negativamente e começo a falar:
–Eu só estava pensando que... Infelizmente não possa ter sido a melhor... noite que você já teve.
Sinto meu rosto ficar quente e olho para o café preto em minha caneca.
–Está brincando comigo, certo?
Não respondo e fecho a cara para o líquido preto na caneca branca.
–Alice, olha pra mim.
–Kyle... - começo e ele pega meu queixo, obrigando-me a olhar para ele.
Seus olhos me fitam com demasiada intensidade, o que faz com que meu rosto esquente mais ainda.
–Você não faz ideia da besteira que está falando.
–É fácil pra você falar. Eu não tenho ninguém para comparar você.
Kyle sorri de lado.
–E nem vai ter.
Reviro os olhos e ele continua.
–Sério mesmo que acha que eu não gostei?
–Não foi o que eu disse. - suspiro e torno a encarar minha caneca de café - Só estou dizendo que é... Chato saber que eu não fui a me...
–Não se subestime assim, Alice. Olha pra mim. - olho para seu rosto e ele sorri. - Você não faz ideia realmente do poder que você tem, não né?
Não respondo.
–Você quase me matou ontem a noite, pelo amor de Deus.
Tenho vontade de rir, mas reprimo essa vontade levando a caneca até a boca e tomando alguns goles de café.
–Você foi a melhor. - ele diz em tom de voz baixo olhando nos meus olhos.
Balanço a cabeça negativamente.
–Foi. - ele insiste e sorri. -Meu Deus, se você soubesse o quanto esperei por o que aconteceu ontem.
Permameço calada. Mas, ouvir aquilo saindo de sua boca faz um calor aquecer meu peito e se espalhar para o corpo todo.
–Você foi a melhor. Não quero que se subestime, está me ouvindo? - ele diz e coloca a mão na minha bochecha direita. Acaricia-a com o polegar. -Foi incrível. Agora tira essa caneca da boca e para de fingir que não está rindo.
Não aguento e começo a rir. Ele sorri e tira a caneca da minha mão. Kyle me senta em seu colo e eu passo meus braços em volta de seu pescoço.
–Você vai fazer eu perder a hora da faculdade? - ele pergunta.
–Seria uma boa ideia, já que você fez eu perder minha hora. Mas, eu tenho que trabalhar.
–Eu também. - Kyle solta um suspiro. - Quão dolorida você está?
Sinto seus dedos roçarem minhas coxas. Meus músculos se contraem e posso senti-lo embaixo de mim. Meu coração salta do peito. Kyle está fitando meu rosto atentamente e eu digo:
– Um pouco.
Sem dizer mais nada, Kyle se levanta do sofá comigo no colo. Solto um gritinho e dou risada. Minhas pernas estão entrelaçadas em sua cintura.
Após atravessarmos a porta do quarto, ele a fecha com o pé e me deita na cama.
–Vou dar algo para você lembrar de mim o dia inteiro. - ele diz e sinto seus dedos me penetrarem.
Solto um gemido baixo. Ele suspira.
–Você é tão quente. E molhada.
Fecho os olhos enquanto ele continua a movimentar seus dedos dentro de mim.
–Eu até deixaria você gozar assim, mas eu quero muito te comer.
Ele tira seus dedos de mim e fica de pé. Desabotoa a calça jeans e a arranca junto com a cueca. O Sol está batendo na cama, no meu corpo e no meu rosto.
Fico observando-o rasgar o papel prateado da camisinha olhando para mim.
–Você é linda demais, sabia?
Sorrio e ele volta para a cama de joelhos.
Olho para seu membro ereto coberto pela camisinha e ele se deita sobre mim. Nossas peles estão sendo iluminadas pelo Sol.
–Seus olhos ficam lindos no sol, Ally. Bem marrons.
–Os seus também. - eu digo e ele sorri.
Sinto-o me penetrar devagar. Kyle fecha os olhos e tira.
–De novo? - ele pergunta sussurrando de olhos fechados.
–Sim. - respondo do mesmo jeito.
Ele faz de novo e eu mordo minha boca.
–Caramba Ally.
Eu finco minhas unhas em suas costas enquanto ele se movimenta contra mim, aumentando o ritmo. Já posso sentir o suor nas costas dele e o meu no lençol.
–Deixa eu ouvir você, boneca.
Paro de morder a boca instantaneamente e um gemido alto escapa minha boca.
–Abre os olhos. - ele diz e eu olho para seu rosto.
Ele sorri e continua a se movimentar, mais rápido. Eu sinto vontade de fechar meus olhos de novo, mas não consigo desviar o olhar de seus olhos tão verdes. Seu piercing preto refletindo à luz do sol. Ele é tão lindo.
–Você é a melhor boneca. - ele diz e chupa meu seio esquerdo com força.
Gemo seu nome e ele faz mesmo no esquerdo. Sinto minhas pernas começarem a enrijecer.
–Isso Ally, goza.
Kyle para por um segundo e me penetra com força. Solto um grito e ele continua a dar estocadas rápidas contra mim. Sinto seu corpo estremecer junto com o meu. Estamos suados e quentes. Sua testa está contra a minja, nossas respirações quentes se misturando.
–Caralho, Alice. - ele diz. - Você é a melhor, com certeza.
Fecho os olhos e procuro a boca dele. Nossas línguas se acariciando alvoroçadas. Eu poderia ficar ali o dia inteiro.