Kyle encosta sua testa na minha. Seus cabelos estão um pouco molhados. Sua respiração está se acalmando.
–Você foi ótima. - ele diz e passa a língua pelos lábios - Como está se sentindo?
Penso em sua pergunta por um instante.
–Ah... Esquisita, mas estou bem.
–Dói muito? - ele pergunta e eu sorrio diante da preocupação.
–Um pouco.
Ficamos em silêncio por um instante. Tenho tempo de olhar bem para seu rosto tão próximo do meu. Seus olhos verdes parecem um pouco cansados, mas continuam lindos. Olho para seus cabelos vermelhos e sorrio.
–De que cor é seu cabelo?
–Castanho.
Meu sorriso se alarga.
–Sério?
Kyle sorri e assente.
–Que estranho pensar em você com outra cor de cabelo.
–Eu já pintei ele de muitas cores.
Arqueio as sobrancelhas.
–Mas o vermelho é o que eu mais gosto.
–Eu gosto também. - confesso.
O silêncio volta a ficar entre nós novamente. Não sei descrever aquele momento. Com certeza era memorável. Não acreditava que acabara de perder a virgindade - com Kyle- e estávamos deitados falando sobre a cor de cabelo natural dele.
–Eu acho que preciso usar o banheiro. - ele diz e sai de cima de mim.
–Okay. - digo e cubro meu corpo com o lençol já que de repente estou tímida demais e não quero Kyle olhando pro meu corpo.
Ele se levanta da cama e veste sua cueca. Olha para mim e balança a cabeça sorrindo de lado.
–O que foi? - pergunto franzindo o cenho.
–É engraçado ver que agora você está toda tímida.
Reviro os olhos.
–Você não tinha que ir ao banheiro? - ataco e dessa vez Kyle ri.
Quando ele sai do quarto só de cueca, me sento na cama e olho para o lençol, procurando pela famosa mancha vermelha. Sim, lá está ela comprovando que minha virtude acabara de ser tirada de mim.
Me levanto da cama e visto a camiseta preta de dormir de Sean que eu estivera usando dias atrás. Me sinto um pouco esquisita quando ando. É uma sensação bem estranha, mas a ignoro.
Arranco o lençol da cama e o embolo tentando não deixar a mancha a mostra. Forro outro lençol e tento o deixar impecável na cama. Kyle entra no quarto e franze o cenho.
–Como você faz isso?
–Isso o quê? - olho ele e depois para a cama, qual ele está fitando.
–Arruma a cama.
Reviro os olhos e lembro da sua- sempre desarrumada.
–Sempre fui acostumada a arrumar minha cama.
–Ah é, lembrei. Pais chatos e tal. - ele se aproxima de mim e sorri ao passar os braços por minha cintura. - De quem é essa camiseta?
Sorrio.
–De um cara que dormiu esses dias aqui em casa.
Kyle franze o cenho.
– Do Sean. - dou risada ao ver sua expressão se suavizando.
Kyle revira os olhos e tira os braços de mim.
–O que foi? Ficou com medo de que fosse quem?
Kyle se senta na cama e diz:
–Sei lá. O sr.Engomadinho parecia louco para chegar até sua cama.
Reviro os olhos, mas não consigo evitar de sorrir.
–Pare de chamar o coitado do Mike assim. Ele é uma ótima pessoa, Kyle.
–Ele é um bosta. - Kyle fecha a cara e olha para a janela.
Ele está mesmo irritado com tudo aquilo. Nem posso acreditar e acho graça. Olho para sua tatuagem tão bonita e curiosa do lado direito de seu peito.
–Por que está com essa cara? - pergunto indo até ele.
Ele não olha para mim.
–Se você prefere ele, por que não deixou ele te comer?
Paro abruptamente antes de chegar até a cama. Olho para seu rosto espantada e enojada com o que acabei de escutar.
–Provavelmente porque eu sou uma idiota.
Viro-me para sair do quarto e sinto ele segurar minha mão. Olho para ele de cara feia.
–O que é? - pergunto.
–Desculpa. - ele me puxa para seu colo. - É que eu não gosto daquele cara. E você estava defendendo ele. E, eu não pensei antes de falar.
Reviro os olhos.
–Foi você que começou a falar dele. E a camiseta nem é dele. É do Sean.
Kyle concorda com a cabeça.
–Eu sei, eu sei. Desculpa. - ele olha para o meu rosto.
–Acho que nunca vou me acostumar com a sua boca suja.
Ele sorri de lado.
–Você pareceu gostar alguns minutos atrás.
Levanto a mão para bater em seu ombro mas ele a segura e me beija. Seus lábios contornam meu maxilar e descem para o pescoço. Fecho os olhos e solto um suspiro. Já posso sentir minha pulsação forte e rápida. Sinto suas mãos em minhas coxas subindo lentamente a camiseta.
–Caramba, como seu coração está acelerado. - ele diz e continua a beijar meu pescoço e sobe até o maxilar e minha boca. -Acho que você já está pronta pra outra.
Um gemido baixo escapa da minha boca quando ele morde o lóbulo da minha orelha e meu corpo se arrepia.
–Tenho certeza de que o sr.Engomadinho não seria capaz de fazer você se arrepiar assim. - Kyle fala acariciando minhas coxas e as apertando.
Solto um gemido quando sinto seu dedo me penetrando. Fecho os olhos.
–E não é que você está mesmo pronta pra outra?
Ele começa a movimentar o dedo embaixo de mim, tirando-o e colocando.
–Você está excitada, boneca?
Mordo o lábio inferior e não respondo. Ele tira o dedo de mim e eu olho para ele de cenho franzido.
–Você não respondeu minha pergunta.
–Ah Kyle, por favor. - eu falo e encosto meus lábios nos seus.
Sinto ele duro novamente embaixo de mim.
–Acho que nunca senti tanto tesão quanto agora. - ele fala. - É interessante ver você desse jeito.
Suas palavras estão mexendo tanto comigo que parece que vou explodir.
–Por favor Kyle. - digo olhando em seus olhos. Nossos rostos estão próximos demais .
–Tudo bem, boneca. - ele se deita. - Pode tirar. - ele faz menção com a cabeça em direção a sua cueca.
Com as mãos trêmulas e minhas pernas também, saio de cima dele e tiro sua cueca. Não faço ideia do que fazer e aquela sensação de euforia está me matando.
Subo na cama de joelhos e ele diz:
–Você vai saber o que fazer.
Me posiciono em cima dele, a cabeça de seu pênis encosta em minha vagina e eu fecho os olhos.
–A camisinha. - Kyle diz entre dentes.
Abro meus olhos.
–Onde? - saio de cima dele.
–No bolso da minha calça.
Pego sua calça do chão e enfio a mão no bolso. Tiro de lá um pacotinho prateado e pequeno. Subo na cama novamente e tento abrir o pacotinho. Minhas mãos trêmulas não colaboram e Kyle se senta e pega o pacote da minha mão.
–Calma boneca, vou te dar o que você quer.
Juro que se ele me chamar de boneca mais uma vez, vou surtar.
Ele abre e joga o papel no chão. Desenrola a camisinha e coloca-a sobre seu membro.
Kyle se deita e diz:
–Sobe.
Suspiro e me coloco em cima dele novamente. Sinto a cabeça no mesmo lugar e ele diz:
–Agora senta devagar.
Olho para seu rosto e faço o que ele disse. Fecho os olhos quando sinto ele deslizar para dentro de mim e fazer os músculos da minha vagina se contraírem.
–Caralho, faz de novo.
Me movimento novamente, do mesmo jeito e um gemido escapa da minha boca no mesmo momento que Kyle diz "Porra". Ele olha para mim e leva as mãos até minha cintura e começa a me movimentar para frente e para trás lentamente e sem parar.
Mordo o lábio com força para não gemer a cada vez que meus músculos lá embaixo se contraem. Sem perceber, estou movimentando sozinha, mesmo que Kyle esteja com as mãos em meu quadril, estou me movimentando mais rápido e a cada vez sinto aquela sensação crescendo dentro de mim. Já posso sentir meus cabelos grudando na minha testa e na lateral do meu rosto. Estou sentindo um calor terrível.
Kyle se senta de repente e diz após engolir em seco:
–Olha Alice, você está me deixando louco, acho melhor você parar de me torturar, pelo amor de Deus!
Dou uma risadinha e ele me deita na cama. Agora ele está sobre mim, apoiando seu peso nos cotovelos. Kyle começa a empurrá-lo contra mim devagar e então começa a acelerar enquanto chupa a pele fina do meu pescoço. Sinto sua respiração quente e ofegante contra meu pescoço. Não estou mais aguentando minha barriga se apertando e os músculos se contraindo com uma força cada vez maior lá embaixo. Posso sentir o calor dele se misturando com o meu. Fecho os olhos e cravo minhas unhas em suas costas quando sinto meu corpo começar a estremecer.
–Isso boneca, goza.
Meus gemidos são abafados pela boca de Kyle contra a minha. Ele continua a se movimentar mais algumas vezes e depois para com o corpo estremecendo também com o rosto enterrado em meu pescoço.
Minhas pernas relaxam e sinto uma sonolência tomar conta de mim. Meu coração luta para se acalmar. Estou suada e com calor. Em cima de mim, posso sentir a respiração quente de Kyle contra minha pele dolorida no pescoço.
–Porra Alice. - ele diz com a voz rouca. - Você é... - ele suspira e beija minha bochecha.
Sinto seu corpo ainda tremendo um pouco. Estou com as mãos em suas costas.
–Você está tremendo. - digo.
Ele sorri e passa a língua pelos lábios.
–Já vai passar. - ele diz cansado e deita sua cabeça em meu peito.
Levo minhas mãos até seu cabelo molhado e acaricio sua cabeça. Não estou conseguindo ficar com os olhos abertos, por isso adormeço