Para Sempre escrita por Srta Taques
Notas iniciais do capítulo
Oláaaa, mais um capítulo para vocês, espero que gostem!! Bjoss.
Joaquim Vaz.
A Manuela falou tudo aquilo e saiu correndo. Fiquei parado por uns segundos, e quando me toquei, ela já estava do lado de fora, puxando o Sandro para dentro do carro.
Assim que ela me viu, fechou completamente a cara e entrou dentro do carro e fechou o vidro.
— Deixa eu falar com a Manu, por favor. — Cheguei até o Sandro. — Pô, eu só quero falar com ela. Será que até isso a Regina proibiu?
— Não. É a menina que não quer falar com você.
— Mas...
— Jovelim, deixa ela! — O Sandro errou o meu nome e ficou na minha frente, impedindo de eu ver a Manu dentro do carro.
— É Joaquim. — Tentei dar uma olhada na janela do carro, mas o Sandro colocava a cabeça na frente. — Cuida dela, então...
O Sandro entrou dentro do carro. A Manu colocou sua mão no vidro e eu coloquei a minha. Ela olhou bem nos meus olhos e depois tirou-a, ficando de frente para o banco do motorista.
O Sandro ligou o carro e saiu.
Manuela Agnes.
Escorei a cabeça no vidro do carro e fiquei ali chorando, da forma mais silenciosa possível. De vez em quando o Sandro olhava para mim e dava lenços de papel.
Ele parou em um posto. Ele voltou carregando uma sacolinha.
— Pra você! — Ele me entregou. — Acho que vai deixar você feliz!
— Um picolé... — Era de morango. Meu sabor favorito. — Obrigada!
Abri e tomei durante todo o caminho. Pingava um pouco no carro, mas eu coloquei ele em cima da sacolinha, então começou a pingar dentro dela. Assim que terminei, pedi para o Sandro parar e coloquei em uma lixeira na rua. E voltei ao carro, em poucos minutos estávamos na mansão.
O Ofélio estava caminhando pela sala e quando me viu me deu um abraço tão forte que me tirou do chão.
— Sandro, eu preciso falar com a Manu. — Chegou perto dele, que negava com a cabeça — Por favor...
Eu concordei com a cabeça e ele deixou. Nós fomos para o quarto e eu abri as cortinas. As grades continuavam ali, mas estava tão acostumada a ficar presa no quarto que nem ligava mais.
— A Regina esteve no Vilarejo, Manu. Foi ela que tentou matar a sua irmã.
— Cada dia que passa parece que ela nos odeia ainda mais.
— E não odeia?
— Ah sei lá, Ofélio... Não sei por quanto tempo vou aguentar. TODOS parecem estar me abandonando! Até o padrinho da Isa.
— Manu, não vai começar com esse papo depressivo de novo...
— Tanto faz...
— E você vai fazer algo para a Regina? Se quiser eu ajudo! — Ele mudou de assunto e sorriu.
— Fazer eu até queria... mas o que?! — Coloquei as minhas mãos na grade e fiquei pensando. — Eu já sei...
Isabela Junqueira.
Eu ainda estava no hospital. Acho que só ganharia alta a noite. Rebeca cantarolava uma música enquanto arrumava o quarto. Eu mexia em um tablet que o Otávio me presenteou quando alguém abre a porta.
Era os amigos da Manuela, a tia Helena, o Pedro e a minha vó Nina.
— Manu! — Dóris correu até mim e colocou sua cabeça no meu corpo, me abraçando. — Quando soube achei que você...
— Dóris! — Matheus chamou a atenção dela.
— Ah pronto, eu esqueci o que ia dizer! — Ela cruzou os braços irritada e apontou para o Matheus. — Culpa sua!
— Ainda bem! — Nós rimos.
— Como está minha sobrinha? — Helena veio até mim e me abraçou também.
— Bem... Quer dizer, mal... Eu não sei. — Sorri e todos riram.
A Dona Nina e o Matheus também me abraçaram e o médico veio e disse que teriam que sair, mas eu o convenci de deixar apenas o Téo.
— Quando eu soube, eu achei que você... — Téo pegou em minha mão e a beijou.
— Não fale isso. Eu estou bem, é o que importa!
— Tem razão. — Ele passou a mão em meu rosto. — Eu vou ter que sair. Mas você vai descansar, não quero minha namorada correndo riscos.
— Téo. — Peguei em sua mão e olhei para ela, e depois para seus olhos. — Eu preciso te contar uma coisa.
— O que?
— O show da banda onde a Manuela está vai ser nesse fim de semana. E depois dele, a Manuela vai voltar para casa. E eu vou ir para a Europa com o meu padrinho.
— Você não está falando sério!
— Vai ser melhor, Téo. Acredite. Eu passei muito tempo recebendo amor apenas da minha babá e do meu pai. Nunca tive o amor de uma mãe, como a Manuela. Eu não quero sofrer de novo. Vai ser melhor a Rebeca nem saber que teve gêmeas. A Manuela fica com a família dela e eu com o meu padrinho.
— Você não tem confiança em si própria. — Ele disse, com uma cara de bravo.
— Que?
— Abre esse coração Isa. Deixa as pessoas amarem você. Como pode dizer que não vai ter amor da sua mãe, se ela nem sabe que você existe? E quando ela souber... Ela vai te amar tanto, mas tanto quanto ama a Manuela! Você se afastando das pessoas por medo de rejeição só vai te fazer pior. Você não vai sair tão fácil da minha vida e da vida da Manuela. Eu te amo! E eu tenho certeza que a Rebeca irá amar você também. Por que sempre olha pelo lado ruim das coisas?
— Não sei...
— Posso ir embora? Você já tirou essa ideia maluca da cabeça?
— Já sim. Obrigada, Téo.
— De nada! — Ele sorriu e nos beijamos. — Até mais tarde.
Horas depois, o médico entrou no quarto e me deu alta. A Rebeca me trouxe umas das minhas roupas preferidas, e eu a vesti. Antes de abrir a porta, a Rebeca me deu a mão e nós saímos. Eu andava devagar porque minha perna ainda estava doendo por conta da batida. Fora do hospital, eu vi o Otávio escorado em seu carro e quando nos viu, se aproximou da gente e me pegou no colo, de forma delicada.
Ele me colocou dentro do carro e eu pus o cinto. A Rebeca entrou na frente e os dois se beijaram.
Chegando em casa, houve uma pequena comemoração e alguns jornalistas.
Joaquim Vaz.
Tinha passado alguns dias. Era sexta-feira. A Manuela continuava a não falar comigo. Ela estava brava e com razão, eu não devia deixá-la desconfiar de nada, e acho que acabei com tudo.
Droga!
A Júlia estava começando a ter um "rolo" com o André. Confesso que isso me causa um pouco de ciúme. Se ele fizesse algo com ela, eu ia deixar de ser amigo dele e ia partir para cima.
Eu já disse para ele, só não sei se ele levou a sério...
Mas eu estava mais preocupado com a Manuela do que com a Júlia, ela sabia se cuidar, mas a Manuela estava em perigo e tão longe de mim... E eu fiz a burrada de praticamente ter acabado com tudo... Se é que tinha iniciado.
Como amanhã seria o show, hoje iríamos ensaiar desde as 13h até as 17h. Pois a Regina queria tudo perfeito, e como ela mandava na gravadora mais que o Arthur, a gente não podia falar nada. De noite, haveria um jantar para a gente na casa da Regina.
Terminamos todas as músicas. Faríamos depois um novo ensaio após uma pausa de meia hora. Tinha refrigerantes e alguns lanches. A Manu comeu quieta, não falava com ninguém e sentou-se em um banco. Minutos depois, ela largou o copo de refrigerante em cima do banco e saiu. E eu fui atrás.
— Isa! — A chamava. — Isa!
— O que você quer, Joaquim. — Ela parou de andar e me olhou.
— Falar com você. Será que é tão difícil.
— Não. — Sorriu. — O que você quer conversar?
— Sobre aquele dia. Você saiu chorando! Olha. — Peguei em sua mão. — Eu sei que você está triste, mas a gente não está fazendo por mal. É um assunto de família e eu não queria que você ficasse sabendo, por enquanto. — Menti. Só para ver um sorriso no rosto dela. — Na verdade, isso é bem pessoal. Você entende, né?
— Entendo sim. — Respondeu com voz baixa, olhando para baixo.
— Eu gosto muito de você e só quero o seu bem, a sua felicidade. — Peguei em seu queixo e levantei para cima. — Não fica brava comigo, eu detesto me sentir culpado.
— Ai Joaquim. Desculpa. — Ela me deu um beijo na bochecha. — Ai lasqueira!
— Lasqueira?
— É o que eu dizia lá no Vilarejo... Eu esqueci que você e a Priscila ainda namoram. Desculpa.
— É um namoro falso, Manu.
— Mas ainda continua ser um namoro. — Ela cruzou os braços. — Agora vou voltar para o ensaio. — Olhou para os lados. — Você vai depois.
O ensaio foi muito mais proveitoso depois da nossa conversa. Acho que ela queria que eu falasse com ela, mas tinha medo ou vergonha. O ensaio finalmente acabou, então nós já fomos liberados. A Regina disse que tinha imprensa do lado de fora e pediu que eu a Priscila saíssemos juntos e entrássemos no mesmo carro. A Manu me olhou com uma carinha triste, mas eu não podia fazer nada, nem a Priscila que demonstrava cansaço de tudo isso, mas não falava nada para não perder a amizade.
— Não precisa mentir para mim, Joaquim. — Ela estava de um lado da janela e eu de outro. — Você gosta muito da Isabela.
— Que bom que sabe. — Disse indiferente.
— Boa sorte para você no show amanhã. — Disse após um longo período em silêncio. — Até mais tarde. — O motorista parou na frente do meu prédio. A Júlia e o Felipe estavam chegando com o André e o Vicente.
— Tchau. — Sorri e saí do carro.
O André estava com o braço por volta do pescoço da Júlia e o Felipe na frente deles. Eles olhavam pra mim com um sorriso e riam em tom de deboche.
— Vocês sabem que eu não gosto dela. — Olhei sério para eles. — A menina que eu gosto se chama Manuela. — Dessa vez coloquei a mão no peito e sorri feito bobo. — Digo Isabela. — O Vicente se aproximou e nós fomos para dentro do prédio. Mais tarde iríamos para a mansão.
Manuela Agnes.
Eu e o Ofélio planejamos algo contra a Regina. Era uma coisa simples — em comparação ao que a Isa fazia com ela. — Mas para quem nunca fez nada, já era uma coisa pelo menos.
Na sexta-feira antes do show, haveria um jantar para a banda e seria o momento perfeito de constranger a Regina. Os pratos viriam prontos, então seria mais fácil.
Combinei com o Ofélio de sabotar a comida da Regina e colocar laxante nela, como todas os outros pratos estariam normais, a Regina passaria um vexame. Dito e feito...
O Ofélio se encarregou de levar os pratos. O de Regina foi o último para não estragar o jantar. A Regina comeu e elogiou a comida, mas depois, começou a se contorcer e passar a mão pela barriga.
O Felipe se segurava para não rir e eu a olhava como se não soubesse de nada.
— O que aconteceu? — Perguntei.
— Essa comida...
Antes que ela dissesse alguma coisa, correu para o banheiro. E não sairia de lá tão cedo. A Priscila me olhava, mas eu tentei ser a mais indiferente possível. Ela já me prejudicou muito na banda. Nós terminamos o jantar e andamos pelo jardim. Dessa vez o Sandro não me acompanhava. Era a primeira vez, depois de quase dois anos, que eu andava livremente pelo jardim. Foi aí que ouvimos o som de uma água, e em seguida a ausência do Felipe.
Ele havia pulado dentro da piscina. Todos nós nos olhamos, e em seguida para o Ofélio e fizemos o mesmo.
O André deu a mão para a Júlia e eles pularam juntos.
O Joaquim deu a mão para a Priscila, e eu estava 'sem par'.
Foi aí que senti alguém tocar em minha mão. Era ele. E nós três pulamos na piscina, juntos.
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