Para Sempre escrita por Srta Taques


Capítulo 7
Capítulo 7 — O show.


Notas iniciais do capítulo

Boa tarde galerinha, mais um capítulo para vocês, espero que gostem.



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Isabela Junqueira.

Eu já estava recuperada totalmente. Naquela semana não fui a aula por recomendações médicas, mas o Téo sempre vinha em casa me passar e explicar a matéria. Então eu não perdia nada, e era até melhor dessa forma. Ele sempre perguntava sobre aquela nossa conversa e eu me sentia culpada e o desejo para que tudo acabasse aumentava a cada dia. Eu conversava com ele e expliquei meu ponto de vista. Ele disse que entendia que eu sofri muito, mas não aceitava eu simplesmente abandonar tudo por medo. Pois eu só venceria o trauma sabendo que eu era amada pelo que eu sou. E não substituindo a figura de alguém, no caso, a Manuela.

Ah! E antes que eu me esqueça, eu já estava conseguindo cantar sozinha. E para o pessoal da banda, isso era uma vitória! Desde que eu voltei para o Vilarejo no lugar da Manu, tentei sair da banda de todas as formas. Até inventei uma desculpa de que não estava mais curtindo a banda. Mas a Rebeca conhece a Manuela mais que todo mundo, então ela sabia que tinha algo de errado, então para que ela não desconfiasse, eu aceitei, desde que as músicas fossem feitas em coro. Mas algumas eu cantava com a tia Helena. E o Téo me ajudava a melhorar a voz, e aos poucos eu conseguia.

No sábado pela manhã, o Otávio veio em casa e perguntou para a Rebeca se podia me levar em um lugar especal. Ele disse que pretendia me conhecer melhor, meus gostos, pois o casamento deles estava próximo. Ela deixou, desde que eu não me cansasse muito.

Só que na verdade, era para uma reunião, mas eu não sabia com quem. Só sei que tinha a ver com o show de hoje a noite.

Chegamos a empresa dele. Entramos no elevador e saímos em um dos últimos andares.

Tinha uma mulher fazendo alguns telefonemas, e um moço de roupa colorida apoiado na mesa, observando-a. Ele me viu com o Otávio e sorriu!

— Mini spring flower! — Ele me abraçou. — O que você está fazendo aqui? Que saudades!

— Eu vou bem... — Disse quase indo para trás do Otávio. Acho que ele conhece a Manuela e não eu.

— Lurdinha. — Otávio a chamou.

— Oi! — Largou o telefone. — O seu amigo, o Raul e o delegado já estão na sua sala.

— Ok, obrigado. — Sorriu. — Vamos Manu?

Antes que a gente saísse, uma mulher magra com cabelos castanhos, meio loiros curtos saiu do corredor. Ela usava acessórios e roupas de cor igual. E eu falando das roupas da Manuela... Coisa brega, eca.

— Otávio... — Olhou para mim com uma cara de desgosto. — Quem é essa menina aí?

— Ôo, meu nome é Manuela.

— Ah, a filha da caipira...

— Mais respeito com a minha mãe!

— Não quis ofender. — Colocou o braço na cintura e deu um sorriso falso. Em seguida mexeu no cabelo. — Otávio, eu preciso te mostrar uns papéis...

— Hoje não Safira. — Cortou-a. — Vamos Manu.

Safira... Esse nome! Lembro que a Rebeca e o Otávio, quando discutiam, esse nome sempre aparecia na briga deles. Então devia ser ela a invejosa. Mas se eu pego ela...

Cheguei na sala do Otávio. O meu padrinho estava sentado em uma cadeira, conversando com um homem que tinha identificação da polícia, ele devia ser o delegado.

— Essa aqui é a Isabela. — Raul me apresentou ao homem. — Ela foi a menina sequestrada logo depois de nascer.

Como havia apenas três cadeiras e todas estavam ocupadas, eu sentei na mesa do Otávio. Não queria ficar em pé, nem sentar no chão, a mesa era um lugar confortável também.

— Bom Isabela. — O delegado anotou algumas coisas. — Não vou colher seu depoimento agora. Precisa de escrivão, essas coisas...

— Eu também não estaria preparada. — Disse com a cabeça baixa.

Ele começou a me fazer algumas perguntas e eu respondia de acordo com a minha vontade. Depois, ele perguntou como a Regina tratava a Manuela e se ela andava armada por conta da invasão que teria durante o show.

— Faz tempo que eu não falo com a Manuela, é atráves do Ofélio, o motorista que eu tenho informações dela... Mas durante o desaparecimento da Manuela, ela não deixava ter contato com a família nem os amigos, a ameaçava e dependendo do que a Manuela fazia, ela ficava no porão junto comigo. Mas assim, era conversar com alguém da banda, pegar o telefone, tentar sair do quarto... Nada mais que isso. Quando eu consegui fugir, as coisas pioraram para a Manu, e como o padrinho estava viajando muito, a Regina aproveitava isso. — Já estava com lágrimas nos olhos. — Ela primeiro se aproveitou da minha mãe, me tirou dela sem ao menos ela saber que teve gêmeas, e depois se aproveitou do talento da minha irmã para satisfazer suas vontades. Pelo que eu saiba, ela não anda armada, só anda com três seguranças, que na verdade são os capangas.

— Vou mostrar a vocês como será a ''invasão". Nossa prioridade é a menina Manuela. — Ele colocou um mapa em cima da mesa, e todos prestaram atenção. — Como o palco tem dois corredores ligados para a plateia, os policiais invadirão no meio do show, quando a menina estiver com o menino Joaquim. Você tinha me passado os lugares que eles estariam. O local do show será cercado, então mesmo que Regina não seja pega dentro do teatro, ela será pega fora dele. Vai ser emitido um som, e nesse momento, é bom que os integrantes fiquem sentados no palco.  Os outros envolvidos também tentarão ser pegos, mas quanto menos confusão melhor.

— Ok...

Joaquim Vaz.

O dia do show finalmente chegou. Meu sorriso era maior que a cara. A Manu olhou pra pra mim e começou a rir. Ela disse que eu estava um pouco engraçado por conta da roupa.

— Você é linda...

— Você também. — Aquela risada me fazia rir. Era tão gostosa.

Lembrei o pulo que eu dei com a Manu e a Priscila. Foi tão divertido. Nós fomos para casa ensopados, mas valeu a pena o sacrifício. Depois disso ela estava mais tranquila!

Começamos a aquecer a voz. A Priscila continuava ao meu lado, mas nem falava comigo. Tava sentido falta disso, mas melhor nem falar nada porque pode piorar e ela não me deixar em paz

A Manuela estava linda... Como sempre. Mas ela acabou fechando o sorriso aos poucos.

— Aconteceu alguma coisa? — Perguntei sentando ao lado dela.

— Nada. Mas depois desse show, eu vou voltar para a mansão, ficar sozinha... Vontade de sair correndo desse show sem nem olhar para trás. — Ela limpou as lágrimas. — Minhas forças estão acabando.

— Não fica assim. Mais cedo ou mais tarde, a Regina vai pagar por tudo o que fez com você e a sua irmã.

— Fez?

— Eu quis dizer o que está fazendo com você. É isso! — E saí, antes que ela me fizesse mais perguntas.

 

Manuela Agnes.

Terminava de retocar a maquiagem. Fechei meu sorriso, e o Joaquim veio até mim. Confesso que gostava que ele se preocupava comigo, mas as vezes sentia que era por pena.

— Não fica assim. Mais cedo ou mais tarde, a Regina vai pagar por tudo o que fez com você e a sua irmã. — Ele falou com um sorriso no canto da boca.

— Fez? — Perguntei curiosa.

— Eu quis dizer o que está fazendo com você. É isso! — Ele saiu antes que eu pudesse perguntar alguma coisa.

— Hoje tá todo mundo muito estranho...

Meia hora depois, a Regina apareceu no camarim e eu tentei aparecer ocupada, não queria falar com ela.

— Trate de cantar muito bem, Manuela. — Falou em meu ouvido. — Quero muito dinheiro na minha conta.

— Sou muito profissional. — Falei.

— Acho bom. — Pressionou meu braço. — Senão, você irá se arrepender. Dei um pequeno susto na sua irmã, mas da próxima eu termino com a vida dela sem dó!

— Vou dar o meu melhor Regina. — Desvencilhei-me dela. ­— Com licença.

Fui para o outro lado do camarim. Olhei-me no espelho e vi a Regina sorrir para mim e depois ela saiu. Consegui ouvir os fãs gritando da plateia. Nós entraríamos em poucos minutos.

— Cúmplices, cadê vocês? Só vim para ver vocês! — Gritavam em coro.

 

Antes de entrarmos no palco, observei que o Joaquim mandava várias mensagens, mas tentei me aproximar, mas ele parecia bem sério, então achei que fosse algo da família.

Ele desligou o celular e o deixou na mesa. Ele me deu a mão e nós saímos e fomos para o palco.

A primeira música foi a Cúmplices de Um Resgate, depois seguiu para Superstar, depois Para ver se Cola, e em seguida Fugir Agora. Só que do nada — durante meu dueto com Joaquim —  , todos mudaram suas posições e Joaquim me puxou para o lado dele, e eu cantei um pouco nervosa. O que estava acontecendo?

 

Passo na tua rua

E tropeço bem na frente da tua porta

Boba, faço juras de amor

Bem debaixo da janela

 

Se você me olha faço o bobo

Finjo que não é comigo

Mas dentro dos sonhos

Sou o herói que te salva do perigo

 Antes de eu terminar a música com o Joaquim, eu ouço um barulho e todos se sentam e Joaquim me puxa para baixo e a música para.


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Notas finais do capítulo

Gostaram?? Comentem por favor. Até o próximo capítulo, beijooos



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