Para Sempre escrita por Srta Taques


Capítulo 4
Capítulo 4 — O acidente.


Notas iniciais do capítulo

Oláaa, boa noite pessoinhas lindas do meu core ♥, trago mais um capítulo pra vocês. Espero que gostem da leitura, beijosss.



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Isabela Junqueira.

— Que pergunta é essa, Manuela?! — Rebeca me olhou sem entender. — Mas é claro que sim. Amaria todos os meus filhos igualmente! Assim como eu te amo, posso amar uma outra filha! Por que?

— Nada não... Curiosidade. — Sorri. E respirei fundo. Já tava esquecendo como foi o pesadelo.

— Ah. — Eu deitei a cabeça um pouco abaixo do ombro e ela acariciou meus cabelos. A Marina fazia isso quando era pequena. — Você está muito assustada por causa do pesadelo, não quer me contar? — Neguei com a cabeça, sem falar nada. — Tudo bem. — Colocou a mão em minha testa. — Você está febril, quem sabe você não toma um banho, relaxa, põe um pijama bem fresquinho e vem olhar um filme comigo? A sua vó saiu e não volta tão cedo.

— Pode ser. — Disse com pouca animação.

Então eu levantei para a Rebeca sair. Ela abriu a porta do guarda-roupa e procurou um pijama para me vestir e pôs em cima da cama. Ela abriu outra gaveta e pegou uma toalha e me entregou. Ela sorriu e me beijou no rosto e saiu do quarto.

Tomei banho. Uns quinze minutos depois eu saí. Estava relaxada, a água quente me fez muito bem. Vesti o pijama e penteei o cabelo, e não queria usar o secador, então deixei ele molhado para secar naturalmente.

— Está melhor, filha? — Rebeca saiu da bancada da cozinha com uma vasilha de vidro com uns pãozinhos de queijo. — Vem cá, vamos olhar um filme?

— Sim.

Sentei no sofá. Ela já tinha colocado o DVD e só faltava iniciar o filme. Ela apertou no botão, e sentou ao meu lado. Eu estava na ponta do sofá, com o  cotovelo em cima do braço. Senti um braço em volta do meu pescoço. Estava me segurando. Não queria me envolver e sofrer de novo...

— Mãe, eu estou bem assim. — Disse, impedindo que ela me deitasse no sofá.

— Se você diz...

O filme começou. Era Malévola.

Mesmo prestando atenção no filme, pude perceber que Rebeca não parava de me olhar. Então, de vez em quando, eu mudava a posição da cabeça, e ela disfarçava.

Em certa parte do filme, eu adormeci com a cabeça escorada no sofá. E acordei no outro dia.

Na minha cama.

Manuela Agnes.

 

Ofélio me acordou. Demorei para respondê-lo, mas logo percebi que estava muito atrasada, segundo ele. Mas não conseguia lembrar para que. Acho que era o efeito do remédio que eu tinha tomado...

 

— O que eu tenho agora, Ofélio? — Levantei e sentei na cama, abraçada ao urso. — Que dia é hoje? — Ficava tão presa que perdia a noção do tempo.

— Esqueceu, Manu? Você tem entrevista com os jornalistas! — Ofélio ficava de um lado para o outro. Iria ter um "treco" em poucos minutos. — Hoje é segunda-feira! E levanta rápido, hoje a cabelo de fogo tá cuspindo fogo mais que o próprio dragão!

— Como se fosse novidade né Ofélio...

— Manu, meu amorzinho, levanta dessa cama, toma um banho rápido, vista-se e desça! — Juntou as mãos. — Não quer que eu perca meu emprego, não é?

— Mas porque a Regina está tão nervosa? Foi ela mesma que marcou!

— Só que ela não imaginava que iria ser gravada, e muito menos, que fosse ao vivo! Ela achou que o carinha lá, o entrevistador, ia anotar as suas respostas.

— Se alguém da minha família ver... — Disse. Levantei da cama e fui para o banheiro. — Já vou descer!

Em vinte minutos eu estava pronta. Regina abriu a porta e antes que ela dissesse alguma coisa, saí pela porta. Sandro veio atrás de mim, e ouvi a porta ser fechada.

Na sala, haviam três jornalistas e um dois fotográfos, eles estavam reunidos em uma roda e quando me viram se posicionaram em seus lugares.

—  Bom dia, Isabela! — Uma jornalista, que estava com o cabelo preso a um rabo de cavalo me cumprimentou antes de eu descer as escadas.

— Bom dia. — Respondi, com um sorriso. Desci as escadas.

 Estava muito feliz, eu ia aparecer na TV e as chances de alguém me ver eram enormes!

— Iremos entrar ao vivo em vinte e seis minutos. — O jornalista olhou para o relógio. — Enquanto isso, o nosso produtor irá maquiar você. Fique tranquila, serão perguntas comuns, nada muito difícil de pensar. — Ele disse.

— Tudo bem.

Isabela Junqueira.

 

Acordei. Virei para o lado e para o outro e vi que não estava na sala. Estava em meu quarto. Mas como eu tinha parado aqui? Pelo que eu me lembre, eu estava assistindo a um filme com a Rebeca... Devo ter dormindo durante o filme e ela me carregou até a cama. Botei a mão na boca e a abri.

— Argh! Que bafo horrível! — Levantei assustada e fui até o banheiro e escovei os dentes.

Saí do banheiro. Peguei meu cabelo e o enrolei em um coque, prendendo-o com os próprios fios. Passei a mão no rosto. O café da manhã ainda estava na mesa, mas ninguém estava em casa.

— A Rebeca me deixou faltar na escola? — Olhei para o relógio de ponteiros na parede. — Oito e meia da manhã, a aula já começou faz tempo... Essa mulher é boa demais para ter feito algo tão cruel. Quer dizer, boa demais com a Manuela. Argh! Se alguém me escuta falando sozinha, e da Manuela... Vou ligar a televisão, deve ter algo mais interessante...

Liguei a televisão e fui até a mesa, preparar o meu café da manhã. Quando ouço um apresentador de um programa.

— E daqui a pouco, AO VIVO — Ele destacou. —, entrevista com a vocalista da banda Cúmplices de Um Resgate, Isabela Junqueira!. Não vai perder, não é? Fique ligado!

Ainda bem que essa entrevista era de manhã. Os amigos da Manuela estavam na escola, a Rebeca na confecção e a Dona Nina na igreja. Menos trabalho para mim.

Troquei de roupa e fiquei com uma blusa sem manga de cor azul, um shorts, um casaco amarrado na cintura e um chapéu vermelho.

 Após um tempo, a reportagem finalmente estava no ar.

— Então, Isabela. Como começou a sua carreira?  — O jornalista fez a primeira pergunta.

— Desde pequena eu tinha esse sonho. De ser uma cantora famosa, ter fãs, ser famosa, sabe. E quando consegui a vaga na banda, estava passando por problemas familiares, e depois... — Ela parou por um momento e encarou o jornalista. — O meu pai morreu. Fiquei afastada dos ensaios, nem sabia se ia voltar. Aconteceram algumas coisas e... Eu voltei. E estou aqui. — Riu um pouco.

— E como vai a relação com a sua mãe? — A Manuela ficou desconcertada com a pergunta.

E eu também.

Manuela Agnes.

 

Uma voz me chamava. Olhava para um ponto fixo.

— Isabela?! — Um dos repórteres me chamava.

— Oi. Desculpa, acho que me desconcentrei.

— Gostaria de responder a pergunta ainda? — Olhei para a escada. Regina observava lá em cima e me encarava.

— Sim.

— Então repetindo... Como vai a relação com a sua mãe?

— Muito boa. Está melhorando a cada dia, ainda mais porque a Re... minha mãe me apoia totalmente em minha carreira.

Ele continuou a fazer as perguntas, e vários flashs viam em minha cara. A entrevista terminou depois de uns quinze minutos. Pelo que eu soube, o programa estava fazendo uma reportagem especial da banda, ou seja, todo o programa se resumia na banda.

Ouvi um som. Era de salto pisando nos degraus da escada. Regina descia rapidamente. Pegou sua bolsa que estava em uma das poltronas, se aproximou de mim e botou sua mão em baixo do meu queixo, sorriu e saiu.

Isabela Junqueira.

 

Ir para a escola é chato, mas pelo menos você tem alguma coisa para fazer ! Ficar em casa é mais ainda, não tem nada para fazer e você morre de tédio. Não tem nada para fazer!

Então, decidi sair de casa. Se alguém me parasse na rua e me perguntasse porque não estava na escola... Eu diria que estava indisposta. Afinal, ninguém é obrigado a ir para a escola quando está se sentido mal, não é mesmo.

Fui até a sorveteria da Dona Fiorina. A Marina, que fingia ser Antonela, estava lá, servindo os clientes.

— Isabela? Que bom te ver. Não foi a escola?

— A Rebeca me deixou faltar.

— A sua mãe você quer dizer. Isabela, você precisa parar de chamar a sua mãe pelo nome, chama a sua mãe... de MÃE!

— Como eu vou chamar uma pessoa de mãe, se nem sei se ela é minha mãe?

— Oras. Pelo exame de DNA.

— Não é isso Marina. Como eu vou chamar a minha mãe de mãe, se eu não sei porque ela me vendeu? Já esqueci a história de me vingar. É bom ser amada, mesmo que o amor não seja pra mim. Ah, quer saber, me vê um sorvete de baunilha e coloca na conta dela.

— Ela não sabe que você existe, Isabela. Não sei porque teima com isso! Você acreditou logo na mulher que diz que destruiu a sua vida.

— Mas para a Regina destruir a minha vida, algo deve ter acontecido para eu parar nos braços dela. E ninguém tira da minha cabeça que a Rebeca tem algo a ver com isso!

— Mas é teimosa! — Falou me entregando o sorvete.

— Põe cobertura.

Tomei o sorvete. Assim que terminei, saí da sorveteria e fiquei passeando pela praça... Ainda estava muito cedo para o almoço, então as crianças demorariam para sair da escola. Decidi ir para casa,só que no meio do caminho eu vi um carro bem familiar.

— Esse carro... — Olhei por volta, e tentei ver quem estava dentro. — É a Regina!

Olhei atentamente. Ela acelerou o carro. Eu comecei a correr. Só que não deu certo.

O carro me atingiu e eu fui para cima dele e em seguida caí no chão. Ainda conseguia ouvir gritos de algumas pessoas, meus olhos se fechavam aos poucos, mas conseguia ver o carro da Regina ir embora, e depois de perdê-lo de vista, eu não via mais nada.

Estava desacordada.


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Notas finais do capítulo

E aí, gostaram? Ainda não sei, mas provavelmente o próximo capítulo terá narração da Rebeca. Até o próximo, e não se esqueçam de comentar por favor!!



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