Jamais parta o coração de uma bruxa. escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 2
Josette Dupress.




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P.O.V. Josette.

Eu não podia estar mais contente. Vir da França para CollinWood foi a melhor coisa que já me aconteceu.

Estou tão apaixonada, ele me prometeu casamento. Eu estava sentada em frente a penteadeira sonhando acordada quando vejo refletida no espelho a figura de minha amável criada. Angelique.

Olhei para trás, mas não havia ninguém lá. Novamente encarei o espelho e Angelique me encarava com tamanho ódio que nunca antes havia visto.

—O que?

—Você devia ter ficado na França. Milady.

Eu me levantei. Porque eu me levantei? Eu não queria levantar-me.

Comecei a caminhar, a me embrenhar cada vez mais na floresta que cercava a cidade. Conhecia aquele caminho.

Estava indo diretamente para o penhasco da viúva onde muitas almas infelizes saltaram para a morte.

Ouvi a voz do meu amado Barnabas, mas eu não conseguia responder. Meu corpo estava sendo controlado por outrem como se eu fosse um reles fantoche.

—Josette.

Quando  finalmente fui capaz de falar tudo o que consegui dizer foi:

—Ajude-me.

Senti meu corpo cair, senti o frio bafo da morte no meu pescoço e então tudo ficou escuro.

Quando abri meus olhos deparei-me com meu próprio corpo inerte e sem vida esmagado pelas rochas.

A minha cabeça estava aberta, eu estava quase dividida em duas. Foi então que eu me dei conta de que estava morta e havia transformado-me numa alma penada. Um fantasma.

Sabendo que não conseguiria passar á diante eu retornei a minha casa onde minha filha que era criada por minha mãe como sendo sua crescia.

E eu testemunhei sua vida e morte. Anita teve filhos e seus filhos tiveram filhos.

Para mim não é a mesma coisa do que para os vivos. Onde estou não há senso de tempo, só dou me conta de sua passagem porque o mundo dos vivos muda, os vivos envelhecem e vem a falecer.

Felizmente Anita faleceu e passou á diante sem maiores problemas. Fiquei imensamente grata de saber que a minha amada filha foi para o além e agora descansa em paz como deve ser.

Deste maldito purgatório eu testemunhei a revolução industrial, as mulheres conquistarem seus direitos e se tornarem independentes dos homens.

Então, algo acontece. Eu vejo alguém que com certeza está morto.

—Barnabas.

—Barnabas! Eu estou aqui!

Ele não me ouvia. Porque não me ouvia?

Apenas os vivos não me ouvem e nem me veem. Meu Barnabas ainda está vivo?

—Como é possível? Como pode ainda estar aqui depois de todo este tempo?

Então uma de minhas descendentes gera um filho. No momento em que o marido coloca a sua semente dentro dela sinto-me sendo puxada.

—Aa!

—Socorro!

Eu acordo em um lugar quentinho, escurinho e aconchegante. Como uma cama.

Então eu começo a perceber que não estou numa cama, estou no ventre da minha descendente. Sou um bebê novamente.

—Porque?

Eu vejo uma luz e a luz torna-se uma mulher de vestido branco.

—Querida Josette, essa é a sua chance de fazer diferente e ser feliz como deveria ter sido da primeira vez. Meu nome é Ariana e sou seu anjo da guarda.

—Eu sempre estarei ao vosso lado. Agora, durma.


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