Jamais parta o coração de uma bruxa. escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 3
Barnabas Collins.


Notas iniciais do capítulo

Infelizmente o nome que eu escolhi ficou parecido com o do Edward Cullen, mas foi um acidente.



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P.O.V. Edward Collins.

Agora eu sou Edward Collins, mas eu nasci Barnabas Collins.

Minha família veio para Liverpool em 1760, bom embarcamos em 1760 e só chegamos na América um ano depois.

Trouxemos os negócios da família para as terras inóspitas do meio e abrimos um grande negócio de pesca do tipo que a América jamais tinha visto. Fundamos a cidada de Collinsport. O nosso negócio cresceu de uma tal maneira que decidimos fincar as nossas raízes permanentemente na cidade.

Assim, dedicamos os 15 anos seguintes a construção de nosso amado lar, a Mansão CollinWood.

Entretanto, nem todos estavam tão contentes quanto nós.

—Eu te amo. Quero ouvir você dizer eu te amo Angelique, quero você só pra mim.

—Lamento Angelique, mas eu estaria mentindo se dissesse isso.

Ela ficou louca de raiva.

—Ricos e arrogantes sem gratidão, pessoas arrogantes morrerão.

Sem que eu tivesse conhecimento Angelique fez um feitiço que matou meus pais. E a desgraçada fez parecer um acidente. Convencido de que aquele acidente não era um acidente comecei a pesquisar obsessivamente sobre magia negra.

Mas, mesmo nas profundezas da minha dor nem tudo era morte e trevas pois eu havia encontrado meu único e verdadeiro amor.

—Barnabas, me prometa que ficaremos juntos para sempre.

—Deus é testemunha Lady Josette.

—Quantas vezes já não lhe pedi para chamar-me apenas de Josette?

—Queira perdoar senhorita. Deus é testemunha Josette eu vos prometo.

De todas as milhares de servas e criadas que eu poderia ter rejeitado, de todos os pobres corações que eu poderia ter partido fui escolher logo aquela que tinha um segredo obscuro guardado.

Eu magoei uma bruxa.

—Se outra mulher ele escolher e por ela seu coração pulsar, pela minha magia ele irá sofrer pois quem ele ama irei... matar.

Enfeitiçada por Angelique, minha amada, doce e inocente Josette caminhou desamparada em direção ao penhasco da viúva onde diversas almas infelizes saltaram para a morte.

—Josette! Josette!

Ela ficou parada na beira do penhasco olhando para baixo.

—Josette?

Ela virou-se para mim e disse:

—Ajude-me.

Seu corpo caiu. Ela se jogou.

Tentei segura-la, mas não consegui.

—Josette!

Olhei para baixo e vi o corpo inerte da minha amada. Louco de tristeza e desespero saltei para a morte.

—Josette!

Eu acordei e senti todos os meus ossos quebrados voltarem para o lugar. Olhei para cima e vi a figura detestável de Angelique.

—O que fizestes?!

Ela me condenou a ser um vampiro para que meu sofrimento e minha agonia jamais terminassem.

—Lá está o demônio! Aquela criatura é um demônio bebedor de sangue, ele deve ser detido!

Quando ela finalmente se convenceu de que eu jamais pertenceria a ela, Angelique colocou o povo da cidade contra mim e me enterrou vivo.

Acontece que o plano dela falhou. Eu fui libertado por um servo que me era leal e saí de Collinsport oculto pelo manto negro da noite.

Agora, séculos depois desta história eu estou de volta a minha cidade e na companhia de minha irmã que também cometeu o mesmo erro estamos dispostos a tomar de volta tudo o que nos foi roubado.

Atravessamos a fronteira e chegamos a entrada da cidade. Carolyn então decidiu ir ao salão de beleza.

Qual a minha surpresa quando ouço a voz dela e estava realmente irritada. Parada na frente do salão de beleza apontando uma escova de cabelo que mais parecia um porco espinho para um rapaz. Ela dizia:

—Você não vai levar nada! Eu to cansada de você vindo aqui pedir as minhas chaves! Você precisa do seu próprio carro! Aqui, toma! Leva eu to cheia de você Diego!

Ela entrou no salão revoltada.

—Amiga, tenho pena de você.

—Eu sei. Ele dirige o meu carro o dia inteiro e não enche o tanque! E ainda tem a audácia de me pedir dinheiro emprestado acredita?

—Coitada.

Ela estava colocando bobes no cabelo da moça com quem conversava.

—Ele já usou o meu cartão! Estourou o limite do cartão! E ainda por cima o sem vergonha usou meu celular e quando a conta chegou ele quis me dar um Migué e disse que não sabia de onde aquelas ligações tinham saído.

—E quanto ao Diego?

—Deus me livre. Leve ele pra bem longe e que lhe arrume uma namorada rica e burra pra fazer ele bem feliz.

Carolyn entrou no salão e eu fui atrás.

Eu olhei para o rosto da jovem cabeleireira e era ela. A minha amada Josette.

—Perdeu alguma coisa por aqui querido?

Disse ela com ironia.

—Josette?

—Quem? Olha, meu nome é Ilena Dupress.

Uma descendente? Impossível! Josette não teve filhos. A linhagem acabou nela.

—Impossível. A sua linhagem acabou em Josette.

—A coitadinha teve um bebê solteira numa época onde a mulher não podia nem espirrar sem pedir a permissão do imbecil do marido.

A minha Josette teve um filho. E a prova indubitável disso estava parada na minha frente lavando os cabelos de Carolyn.

—Qual é o seu nome?

—Carolyn Collins.

—Alguma ligação com a cidade?

—A minha família a fundou.

—Demais. Então, o que a nossa descendente de nobres vai querer hoje?

—Pensei em fazer uns cachos, mas não daqueles definidos. Aqueles que o cabelo fica liso até um certo pedaço e depois saem os cachos.

—Vai cortar?

—Só aparar as pontas pode ser?

—Claro. A cliente tem sempre razão.

A semelhança entre elas era... absurda. Eram cópias.

—Se não parar de me encarar vou ter que te colocar pra fora.

—Me perdoe, apenas você se parece muito com uma pessoa que eu conheci.

—Legal.

 


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