A Love To Remember escrita por Clarice Alessandra


Capítulo 11
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

Eu sei que demorei e peço desculpas por isso.
Espero que gostem :)



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Pov’s Ziva:

 “Tony descia as escada com uma mala na mão, ele parecia triste, muito triste. Em alguns segundos me vejo descendo as escadas correndo atrás dele:

— Anthony, volta aqui! – seguro nos seus braços o fazendo me olhar.

— Me solta, por favor.

— Você não pode ir embora. Você não pode ir. – pareço estar chorando, meus olhos estão vermelhos.

Escuto Tony soltar uma risada nasal e colocar a mala no chão:

— Por que? Me dê um motivo, Ziva. Apenas um motivo.

— Porque você prometeu. Você prometeu que nunca me deixaria.”

— Mamãe, acorda. Você vai perder o café da manhã.

Sonho? Aquilo foi um sonho. Graças a Deus. Acho que foi o meu pior pesadelo. Ver o Tony querendo ir embora daquele jeito me deixou mal, ainda mais agora que estamos nos dando bem. E estamos nos dando muito bem eu posso dizer.  O beijo de ontem foi incrível, mas eu não sei como agir agora.

Assim que termino de me arrumar desço até a cozinha para tomar café da manhã e eu estava com muita fome:

— Bom dia, querida. – Liz vem ao meio encontro e beija a minha bochecha.

— Bom dia, Liz. – reparo que Anthony e Ezra não estão em casa. – Onde os meninos estão?

— Eles foram dar uma volta, não sei para onde.

Comemos em silêncio, por mais que ela tentasse me deixar confortável eu não me sentia assim:

— Como anda a Abby? Eu não falo com ela já faz um tempo, estou morrendo de saudades do Harry. Essa casa fica iluminada quando Ezi e Harry estão aqui.

— Ela está muito bem pra falar a verdade. – eu não sabia se Liz tinha conhecimento sobre a gravidez da Abby, então decidi não tocar no assunto.

— Você e Abby foram a melhor coisa que aconteceu a essa família. Quero dizer, o Timmy era todo tímido e na dele, custava a sair daquele quarto. Já o Ton... – “Ton” apenas Liz o chamava assim. E eu acho extremamente fofo. – Ele não parava em casa e quando estava aqui era só brigas com o pai dele.  Abby toda divertida, trouxa tanta alegria. Você pode não se lembrar, mas toda festa da família, Abby era prioridade.

— Sim, ela é incrível.

— E você... – apesar dela ainda não ter dito nada sinto meu rosto corar. – Você me aproximou do meu filho.

— Como assim?

— Eu acho que ele nunca te contou isso, mas um dia ele chegou em casa muito chateado e eu resolvi perguntar o motivo, então ele se abriu pra mim... Disse que estava com problemas com uma garota e que precisava conquista-la.

Ficamos conversando por muito tempo, Liz me ajudou a moldar a nova imagem que tenho do Tony, me ajudou a deixar no passado aquele ódio que eu sentia por ele. Ouvir sobre algumas coisas que ele já tinha feito por mim foi maravilhoso. Descobri o quanto Tony era inseguro, diferente do garoto durão e mal educado que eu conhecia. Acho que no final de tudo ele apenas tinha medo de se machucar:

— Mamãe, o papai me levou pra ver o rio onde tem um monte de peixinhos coloridos. – Ezi diz entrando pela porta e já pulando no meu colo.

— Uau, o papai é incrível.

— Por que eu sinto a ironia nas suas palavras? – Tony se senta no sofá ao meu lado.

— É brincadeira.

— Vamos embora hoje á noite, tenho que trabalhar amanhã.

— Mas já? – Ezra pergunta com aquele rostinho tão fofo. – Eu não quero ir embora.

— A vovó vai nos visitar no Natal e quem sabe ela não pode levar o seu cachorrinho.

Ezi levanta do meu colo e vai até a Liz a bombardeando de perguntas e pedidos, enquanto fico olhando pra eles sinto Tony se aproximar:

— Então... Dormiu bem?

— Para falar a verdade, sim. Eu dormi muito bem.

— Você quer falar sobre o que aconteceu ontem? Eu realmente não quero que as coisas fiquem estranhas entre nós dois.

— Não se preocupe, nada vai ficar estranho entre nós dois.

— Tem certeza? – ele se aproxima e encosta as mãos nas minhas. – Eu beijei você e...

Ele estava perto demais, seu perfume estava dentro da minha cabeça. Não consegui negar os meus instintos, meus lábios já estavam nos seus, mas não era o suficiente. Eu precisava demais. As mãos de Tony estão no meu quadril me puxando pra ele:

— Crianças, vão para um quarto.

— Mãe! – tenho certeza que estou vermelha, sinto minhas bochechas arderem de vergonha. – Vamos arrumar as malas para irmos embora. – ele estende a mão pra mim e eu aceito.

Assim que arrumamos tudo passamos o dia inteiro conversando e curtindo os últimos minutos com Liz. Ela e Tony se dão muito bem e até me lembra um pouco da minha relação com a minha mãe. Acho que estou precisando de alguns conselhos da Dona Jenny.

A hora da despedida foi horrível. Ezra é uma criança muito agitada, mas ele também é muito sensível e obviamente ele chorou bastantes antes de dizer tchau.

Chegamos em casa e já era de madrugada e foi muito difícil conseguir colocar Ezra na cama. Depois que ele acorda não consegue dormir mais:

— Carinha, está na hora de dormir. – Tony insistia.

— Mas papai, eu dormi no avião.

— Mas sua mãe e eu não, então precisamos dormir.

— Vocês podem ir dormir e eu vou ver um filme.

— Ezra são três horas da manhã e você vai dormir agora. – tento não parecer tão mandona, mas eu estava muito cansada, precisava mesmo de uma boa noite de sono. – Agora vamos desligar a luz e você vai deitar e ficar quietinho até o sono vir. – ele me obedece, deita na cama, puxa seu cobertor. Vou até a estante e pego o urso de pelúcia que estava lá, me abaixo até ele e dou um beijo em seu rosto. – Boa noite, meu anjo.

— Boa noite mamãe. Boa noite papai. – ele pega o urso e fecha os olhos.

Saímos do quarto tentando não fazer barulho:

— Não precisa ficar chateada por ter gritado com ele, foi você que sempre colocou ordem nessa casa.

— Eu sou bem mandona?

— Sim, você é. Mas eu e o Ezi precisamos disso. Limites. – meus olhos percorrem todo o quarto.

— Dorme aqui hoje? – Tony parece confuso. – Na cama, aqui comigo.

Ele sorri, seu rosto é preenchido por um belo sorriso. Não por aquele sorriso cínico de quando ele diz algo que sabe que vai me irritar, mas um tipo diferente de sorriso. Estou começando a conhecer cada detalhe dele, mas eu ainda não tinha visto esse sorriso.

Ele deita na cama e me conduz até ele, minhas costas encaixam em seu peito, sinto seu braço rodear minha cintura me puxando para mais perto ainda. E aquela sensação de paz preenche o meu coração.


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Notas finais do capítulo

Prometo não demorar tanto para postar de novo. Beijos da tia ;*