Never Stop escrita por Ellen Freitas


Capítulo 3
“I will never stop opening your door”


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas que sentem vergonha da política ridícula do nosso país!!!
(quem ler isso daqui há um tempo não vai entender nada, mas dane-se!)

Voltei com mais um capítulo para vocês que não são nada idiotas ou corruptos!!!
Já passando para agradecer à favoritação da TatiChaves e todos que já estão dando uma chance à fic e deixam reviews lindos para mim!! Obrigada mesmo!!

Boa leitura!!! Bjs*



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Estar desempregada tem suas vantagens.

Eu poderia dormir até mais tarde todas as manhãs. Isso, claro, se o meu despertador não fosse um bastardo trabalhador que não tirava férias e que resolveu me acordar às seis e meia.

Tudo bem, teria tempo extra para preparar um delicioso café da manhã. Ah não, adivinha quem esqueceu completamente de fazer as compras?

Ok, vamos lidar com o que temos.

Tomei uma xícara de café e desenrolei meu empoeirado colchonete de ioga. Trabalhar o corpo e a mente, era disso que eu precisava. Isso se o maldito gato da vizinha não tivesse resolvido fazer uma rave no corredor quebrando tudo estava pelo caminho. É isso, vou adotar um cachorro! Mas só depois que me lamentar por horas jogada no sofá de pijamas assistindo Netflix.

— Já vai! — gritei para a porta, quando a campainha tocou lá pelas nove da manhã. Três anos morando nesse prédio e a vizinha fitness nunca entendeu que eu nunca compro o tal do açúcar demerara que ela vem pedir quase todo dia que eu estava em casa. Aliás, eu nem sabia a aparência de tal ingrediente.

— Que porra é essa, Felicity?

— Sr. Queen? — Arregalei os olhos para o loiro raivoso na minha porta com uma folha de papel esticada entre os dedos. Minha primeira reação foi fechar a porta na cara dele.

Ai meu nariz, Felicity! — ele gritou do outro lado. Oh meu Deus, acabei de quebrar o nariz perfeito do meu ex-chefe!

— Me desculpe, Sr. Queen. — Abri a porta novamente, e dessa vez ele a manteve a aberta com a mão espalmada.

— Que porra é essa, Felicity? — Eu poucas vezes vi Oliver Queen zangado e dessa vez, o motivo não parecia ser a portada que lhe dei na cara. Tentei me manter impassível e peguei o papel de suas mãos.

— Acredito que essa seja minha rescisão — respondi cínica.

— Eu sei ler, espertinha, quero saber porque ela estava na minha mesa hoje e não você!

— Desculpe, senhor, mas não vejo motivo para eu estar em sua mesa — retruquei amargurada, a cena da noite anterior ainda martelando minha cabeça. — Então, se essa era sua única dúvida... — Eu ainda mantinha a mão da maçaneta da porta, impedindo que ele entrasse.

— Eu... — Ele abriu a boca para responder, então pela primeira vez sua atenção saiu do meu rosto e seu olhar desceu para meu pijama. Merda, eu estava só com um conjunto de short e camiseta e a uma versão de Hercules estava me secando. Corei até a raiz dos cabelos, dando um passo para ficar atrás da porta. Oliver piscou algumas vezes antes de voltar a me olhar nos olhos. — Pensei que fôssemos um time.

— Eu também, mas parece que não. Tenha um bom dia.

Novamente fechei a porta na sua cara e a tranquei, ignorando seus pedidos que a abrisse e que conversássemos. Oliver podia ser lento, mas não era burro, logo desistiu e foi embora. Eu tinha que admitir para mim mesma que lá no fundo, em um buraco bem esquecido onde resquícios da Felicity adolescente morava, eu queria que ele tentasse mais, mas era melhor assim. Quem disse mesmo que poderíamos formar uma boa equipe?

Mas eu estava triste, não podia negar. Estava sem emprego, sem Oliver e tendo que admitir que Laurel estava certa sobre o ex, provavelmente atual namorado no momento. Eu precisava de chocolate e de...

Peguei meu telefone em cima da mesinha e nem precisei discar o número, já que o contato estava na minha lista de recentes chamadas.

— Barry? Preciso de você.

~

— Cadê o chocolate? — Bati palmas ansiosa quando abri a porta.

— Você poderia mostrar mais consideração por mim, Fel. — Barry sorriu e seus olhos verdes brilhavam como sempre acontecia quando ele fazia ou achava graça de algo. Ele me estendeu o pote de sorvete e lhe dei um abraço apertado. — Ai, Felicity, devagar.

— Eu te amo, você sabe, não é?

— Principalmente quando eu venho acompanhado de sorvete, estou certo? — Rolei olhos e fui até a cozinha pegar duas colheres, enquanto ele já se jogava no sofá.

— Certíssimo! House of Cards? — falei animada já apontando o controle para a TV quando sentei ao lado dele.

— Espera. — Barry pegou o objeto das minhas mãos. — Não quer me contar o porquê da crise primeiro?

— Quem disse que há uma crise?

— A camiseta do seu pai. — Seu olhar encontrou o meu e não tive mais como esconder dele meu descontentamento.

A história sobre a camiseta era engraçada, até um pouco trágica, e além da minha mãe, apenas Barry e Caitlin sabiam dela. Meu pai nos deixou quando eu tinha apenas sete anos de idade. Ele saiu sem dar mais notícias, deixando a mim e minha mãe em condições péssimas. Ela teve que se desdobrar para sustentar a casa e eu tive que abrir mão de muitas coisas que todas as meninas da minha idade tinham.

A parte mais contraditória era que, quando a situação apertava, eu entrava em uma das enormes camisetas dele e me sentia segura ali. Não lembrando do cara que nos deixou, mas do maravilhoso, super inteligente e dedicado pai que ele foi.

Barry fez um carinho em meu rosto, seus olhos mostrando compreensão e abertura para que eu falasse o que me afligia.

— Estou sem emprego. — Confessei, omitindo a parte que envolvia Oliver e Laurel, e que eu havia me demitido.

— Nossa, Felicity, sinto muito. Pensei que tivesse sido promovida antes de ontem.

— As coisas mudam muito rápido na CQ — assumi vagamente.

House of Cards, então. — Barry finalizou o assunto colocando no episódio que paramos de ver na última vez que estivemos juntos e passando o braço por meus ombros. Era o que eu mais amava sobre ele. O moreno sabia meus limites e necessidades de falar (ou não falar) sem que eu precisasse lhe dizer.

Deitei a cabeça em seu ombro sentindo os sabores e as sensações de prazer que o chocolate me proporcionava. Oliver podia aprender um pouco mais com o chocolate. Não que eu queria que ele me dê prazer nem essas coisas, porque ele aprendeu meu nome há dois dias e tal, apesar de não poder negar que a curiosidade sobre como seria...

— Esse Frank tem cada saída para as coisas que ele... — Barry interrompeu os pensamentos pervertidos da minha mente lunática.

— Ahn?

— O Frank, ele... — Não consegui mesmo acompanhar o que o moreno falava, muito menos a série. Droga de Oliver Queen!

— Oliver Queen, seu patrão?

— O quê? — Eu tinha falado em voz alta? Merda!

— Você disse “droga de Oliver Queen”! — Barry explicou. — Ele tem a ver com sua demissão?

— Puff... — desdenhei. — Não.

— Felicity Smoak...

A campainha tocou. Salva pelo gongo! Corri para atender e vi que tinha comemorado cedo demais. Oliver estava ainda com as roupas o dia de trabalho, mas sem o costumeiro terno, mas ao contrário dessa manha, tinha um sorriso estampado no rosto, e logo atrás dele estava Diggle em sua postura de segurança sério.

— Sr. Queen, o que faz na minha casa? De novo?

— Podemos pular a coisa do Sr. Queen, por favor? Eu não estou usando terno e você... Está usando uma enorme camiseta masculina. — Oliver finalizou a frase com um tom de suspeita na voz.

— Oi, eu sou Barry. — O moreno se apresentou simpático, ainda sentado no sofá, fazendo Oliver inclinar-se um pouco para dentro. A vontade de bater com minha cabeça na porta surgiu com força total. Eu não queria que os dois se conhecessem, muito menos agora. O ex-chefe me deu uma olhada séria de constrangedores dez segundos, antes de novamente colocar o sorriso em seus lábios e entrar sem convite na minha casa.

— Oliver Queen. — Os dois apertaram as mãos e logo convidei Diggle a entrar também. Não que minha opinião valha qualquer coisa nessa sala.

— Eu sei quem você é. Sua empresa produz os meus sonhos de tecnologia, o departamento de ciência é evoluidíssimo, cada peça vale uma fortuna e...

— Barry é um cientista. Perito criminal — expliquei para Oliver que ainda o analisava de cima a baixo com o cenho franzido e os braços cruzados.

— Serão crianças superdotadas as de vocês dois. — Diggle comentou me fazendo corar.

— Oh, Felicity é minha...

— Oliver, você pode dizer o que quer e dar o fora da minha casa? — falei já irritada com toda a situação. Nem na bad eu podia mais ficar em paz?

— Você finalmente me chama de Oliver para logo em seguida me expulsar?

— Você não é mais meu chefe e te tratar bem não funciona, então...

— Eu quero você de volta, Felicity. — Ouvimos um pigarro nada discreto de Dig que fez Oliver olhar de relance para Barry e parecer repensar a frase. Adivinhem quem tá pegando meus hábitos de falar demais coisas com duplo sentido? — Na empresa. Como minha parceira.

— Isso infelizmente não é mais uma opção. Estou fora. — Segui pelo corredor na esperança que ele desistisse, mas foi inútil, já que a criatura resolveu me seguir até dentro do santuário particular que ele era meu quarto.

— Mas preciso de você.

— Você e Laurel dão conta juntos, tenho certeza.

— Você não sabe a tragédia que foi hoje e só não foi pior pelas coisas que você deixou na sua mesa ontem. Caralho, a CQ vai afundar sem sua ajuda! — Analisei a expressão desesperada dele por alguns segundos e não vi nada de falso ali. Mas meu cérebro me lembrou que o loiro na minha frente era também mestre da manipulação. — Você quer que eu me ajoelhe?

— Eu não quero que você se ajoelhe, quero que você cumpra as drogas das suas promessas! — Oliver pareceu confuso.

— O que eu te prometi e não cumpri? — O encarei com uma sobrancelha arqueada e os braços cruzados. Um clarão de entendimento passou por seus olhos nesse instante. — Você me viu com Laurel. — Mantive minha posição ainda o olhando. — Aquilo não foi nada, eu só estava muito estressado com a coisa toda da empresa, ele chegou fazendo uma massagem e só...

— Nossa, é daquele jeito que vocês se massageiam, porque pareceu bem esquisito para mim — ironizei.

— Só um beijo. Talvez mais de um, mas paramos por ali. — Quis tirar aquele sorrisinho safado do rosto dele com um soco.

— Eu não me importo onde você coloca sua língua, Oliver, apenas pedi que não me fizesse de vela nesse relacionamento esquisito de vocês. Daí logo no primeiro dia você faz justamente isso! Não sou obrigada a ter que ver os dois se pegando e ainda servir cafezinho depois.

— Você está certa, não vai mais se repetir. Vou até contratar alguém para te servir café!

— Não foi disso que eu falei.

— Eu sei, parceira. — Talvez minha fala mais calma o tenha feito acreditar que eu já tinha novamente caído em suas graças. — Então, estamos bem?

— Não vou voltar com você tão fácil, não sou a Laurel. Quer dizer, não voltar voltar já que não foi a mim a que você traiu com minha irmã... Inclusive, isso seria difícil, já que não tenho irmãs...

— Eu entendi, Felicity. Te vejo amanhã, então.

— Não disse que voltaria.

— Mas eu, como seu empregador, vou te fazer cumprir um mês de aviso prévio. Se você me ver mais uma vez com Laurel de algum modo não profissional, ou eu te fazer algumas daquelas coisas que você me fez prometer e nem lembro mais, está desobrigada do contrato. Tem minha palavra.

— E ela está valendo alguma coisa esses dias?

— Pra você sim. Boa noite. — Oliver piscou para mim antes de me deixar sozinha no quarto.

Suspirei rendida e voltei para sala e encontrei apenas Barry com um olhar malicioso.

— Esse te dobrou fácil.

— Como assim?

— Lembra na faculdade quando Cooper precisou de uma semana para te fazer voltar com ele depois daquela história super esquisita da troca de horários do encontro de vocês, em que tive que te buscar e ainda levar chocolate debaixo da maior chuva? — Até para mim que vivi o dia, o modo como Barry contou parecia confuso, então resolvi apenas assentir e ouvir o que ele tinha a dizer. — O “Sr. Queen” te convenceu rapidinho.

— A diferença, senhor-coloca-maldade-em-tudo, é que Oliver não é meu namorado e tem um contrato assinado por mim como sua funcionária. — Cruzei novamente os braços encarando a porta fechada.

— Que seja. — Barry me abraçou por trás e encaixou o queixo no meu ombro também olhando para a porta. — Mas ainda quero saber porque não disse a ele que somos irmãos.


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Notas finais do capítulo

Ai ai, Barry Allen... Já falei que ele é meu futuro esposo? Não ele, na verdade é o Grant Gustin, mas dá quase no mesmo. Nosso casamento será em dezembro desse ano, vou só avisá-lo antes e vai dar certo? Mando o convite para todos aqui!!! hehehehehehehehe

Comentando o capítulo...
Felicity até voltou a trabalhar com Oliver, mas o loiro vai ter que andar na linha se ainda quiser mantê-la por lá... E não é fofo como ela e Barry ficam juntos? Ainda vou detalhar como eles acabaram sendo "irmãos", mas por enquanto vamos só babar por pessoas que nos trazem sorvete e veem Netflix com a gente sem reclamar!!!

Se acham que a história merece, indiquem a fic para os amigos que curtem Arrow, comentem, favoritem, quem sabe recomendem!!! Se a aceitação continuar boa, talvez tenha capítulo até o fim de semana!!!
Vejo vocês nos reviews, custa nada passar lá e deixar um oi pra Ellen, não é?!
Bjs*



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