Allison Argent

Tudo parecia mas escuro no momento em que sai do banheiro, tudo parecia bem mais confuso e embaçado. Até mesmo o olhar de Lydia sobre mim me incomodava, eu queria e precisava ficar sozinha, mas sabia que ela jamais permitiria, a mesma tentou, em vão, reprimir a careta de surpresa que fez ao ouvir o nome do pai do pequeno bebê que crescia em seu ventre.

— Derek? – Lydia perguntou, depois de um longo tempo. – Você nunca me contou que tinham ...

— Foi na noite em que voltei para Beacon Hills – falei, cortando-a. – Eu estava na floresta, foi complicado voltar pra cá, sabe? Ele me encontrou e foi legal comigo.

Lydia tinha vontade de me xingar e gritar comigo por não ter contado antes, mas sabia que não faria isso, ela era a minha melhor amiga.  Olhei para nossas mãos unidas e lutei contra o choro, nada podia ser feito quanto a isso.

— Sabe que estarei com você, não sabe? – assenti. – Alli, eu quero te ajudar, mas não sei o que pretende fazer com tudo isso.

— Eu vou ter esse bebê – respondi, rapidamente. – Não é justo fazer paga-lo por um erro nosso.

— Não é um erro  – ela disse. – É o meu sobrinho.

Sorri tendo a certeza de que meu rosto estava inchado e vermelho, resumindo ... horrível.

— Você tem razão.

— O que quer fazer agora? – perguntou.

— Dormir um pouco, estou exausta.

— E depois?

— Depois nós vemos, Lydia – falei. – Você pode ir pra casa se quiser.

— Não vou deixa-la sozinha!

— Não vou cometer nenhuma besteira – garanti. – Pode ficar tranquila.

— Devemos procurar um medico ou veterinário?

— Veterinário? – perguntei, aumentando alguns tons de voz.

— Esse bebê é do Derek – disse. – Um lobisomem.

— Podemos ver isso depois? – perguntei e ela assentiu, indo até a porta.

— Alli, você vai contar a ele, não é?

Engoli seco.

— Eu não sei.

— Você vai! – disse. – Vamos estar juntas, mas você vai contar ao Derek.

Saiu do quarto sem dizer mais nenhuma palavra, tinha certeza de que em algumas horas ela estaria aqui de novo, mas por enquanto queria apenas descansar. Encostei minha cabeça no travesseiro sendo puxada para a escuridão.