Barriga de Aluguel escrita por Maia Castillo Vargas


Capítulo 18
"Livre, leve solta e totalmente desimpedida!"


Notas iniciais do capítulo

HEEEEEY, FLOWERS :/

Eu já perdi a conta de quantas fezes reescrevi essa nota... Toda vez que eu vou postar o capítulo acontece alguma coisa no site e eu perco tudo e tenho que refazer... Tô cansadaaaa!
O Nyah no meu celular não tá funcionando direito e eu tô tentando postar esse cap. há uma semana mais oumenos e só agora consegui passar pro PC
Desculpa!

Bem, muito obrigada a:
* Daniela Rios
* Vittoria Brasil
Muito obrigada mesmo por favoritarem a fic!

Um OBRIGADÃO pra quem comentou no último capítulo! Foram poucos mas todos tããããão maravilhosos... Li tudinho e se eu não respondi, desculpinha!

E genteeeeeee, esse é o maior capítulo da fanfic... espero que gostem de ler da mesma forma que eu amei escrevê-lo!

E então, bora ler?



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— Acho melhor passar protetor solar ao invés desse bronzeador estranho, Francesca...

— Ai, Violetta, não se preocupa com isso. Fui muito bem recomendada, se quer saber.

— Pelo cara gatinho da farmácia? Ah! Me poupe... — Ri da sua cara de raiva fingida.

— Só não te dou um tapa porque não bato em grávidas. — Ela respondeu e se virou na espreguiçadeira para poder deixar as costas mais acessíveis ao Sol.

— Nossa, ótimo saber! — Respondi sarcástica e ela virou o rosto para me encarar.

— Ótimo saber também que minha paciência tem limites, querida amiga! — Ela mexeu no cabelo e se virou novamente.

Eu iria respondê-la mas ouvi o som meu celular tocando incessantemente. Abri minha bolsa e procurei até encontrá-lo mas não reconheci o número do visor. Quem era aquele ser de outro planeta que teve a coragem de me ligar enquanto relaxo na praia?

— Alô? — Atendi — Quem está ligando? — Perguntei para que a pessoa do outro lado da linha se identificasse logo.

— Vilu? — Era uma voz masculina, e eu a reconhecia de algum lugar, tinha certeza — Não me reconhece?

— Hum... Não. Com quem estou falando? — Fiz uma pergunta mais direta.

— Sou eu, Alex. Aquele cara do parque. — Nossa, agora tudo estava fazendo sentido.

— Quase quatro meses depois você me liga? Já tinha até me esquecido que dei meu número a você.

Enquanto eu falava ao telefone, Francesca me encarava sorridente. Podia jurar que ela franziu levemente a testa quando continuou a escutar minha conversa, mas virou o rosto por um tempo, não me deixando ver suas hilárias expressões.

— Me desculpa. Tive que viajar com urgência dias depois daquele no parque e só voltei semana retrasada.

— Ah, sim... — Um silêncio se instalou entre nós — Então, como está?

— Hum... Estou bem. — Outro momento silencioso — Violetta, eu queria te perguntar se gostaria de sair comigo hoje à noite. Aceita?

Bom, aquele convite tinha me pegado de surpresa. Um cara que eu só vi uma vez em toda a minha acabou de me ligar depois de três meses para me chamar para jantar? Isso deveria ser estranho... Deveria, não?

— Hoje à noite? — Perguntei para ter mais tempo de pensar em uma resposta.

— Sim. Eu sei que é cedo, mas eu gostei muito de você e pensei que podíamos... Eu não sei...

— Tudo bem, eu aceito. — Dei uma leve risada — Nos vemos à noite. — Respondi por fim, já me animando com a ideia. Afinal, ele me pareceu muito fofo naquele dia do parque.

— Posso ir te buscar às sete?

— Às sete está ótimo! Te mando mensagem com o meu endereço, tudo bem?

— Claro. Até logo, Violetta!

— Até logo!

Desliguei o telefone e respirei fundo. Isso era uma loucura! Eu estava prestes a sair com um cara que podia ser facilmente um psicopata... O que eu havia feito? Oh, céus!

— Hummm, quem era, Dona Violetta? — Fran perguntou com um sorriso malandro nos lábios.

— É só um carinha aí que eu conheci um tempo atrás... — Respondi tentando não demonstrar estar animada para esse encontro. Ela arqueou uma das sobrancelhas e me encarou.

— Há quanto tempo se conhecem? — Ela perguntou e eu parei para pensar um pouco. Como eu diria a ela que estava indo a um encontro com um cara que eu só vi uma vez, três meses atrás?

— Só nos vimos uma vez... — Não via motivos para mentir. Francesca arregalou os olhos e sua boca formou um "O" perfeito.

— Só se viram uma única vez e ele já te chamou para jantar e tudo? Não acha que está indo rápido demais?

— Eu não sei... Ah, estou tão carente que você nem imagina! — Disse dramaticamente, me levantando e indo para debaixo do guarda-sol — Vou culpar os hormônios por isso também!

— Garota, esse bebê vai nascer te odiando de tanto que você culpa ele pelo que sente! — Francesca disse séria e eu caí na gargalhada. Ela era uma ótima piadista quando queria.

— Ei, não estou culpando ele, mas sim os hormônios que ele tratou de amplificar em mim!

— Uhum... Menos mal. — Rimos.

...

— Ai, meu Deus... Cadê meus brincos novos?

Eu estava uma pilha de nervos. Nem sabia porquê eu estava assim. Qualquer coisinha minúscula que eu sentia se transformava numa cascata de sentimentos e o pior de tudo é que eu não estava conseguindo controlar minhas emoções. Obrigada novamente, hormônios!

Enquanto procurava as jóias nas caixinhas em cima da bancada do banheiro, ouvi algumas batidas na porta e então a mesma se abrindo. Estava tão preocupada em não me atrasar que nem percebi que León havia entrado e estava me encarando parado atrás de mim.

— Posso saber para que tanta pressa? — Ele perguntou quase sussurrando no meu ouvido. É claro que eu levei um susto, mas não demonstrei estar com o coração à mil, ele não ía levar a melhor me assustando de novo. Respirei fundo e me virei para encará-lo.

— Vou a um encontro. — Sorri sem graça — Pode me informar as horas, por gentileza?

Ele continuou me encarando por alguns segundos mas pareceu recobrar a consciência e encarou o relógio em seu pulso.

— Seis e quarenta e sete. — Ele respondeu frio. Eu ía agradecer mas ele voltou a falar quase que imediatamente — Com quem vai sair? Aonde vai?

— Ah, qual é, Vargas! Por que quer saber com quem vou me encontrar? — Perguntei um pouco incomodada.

— Preciso saber para onde está levando o meu filho, pois não? — Ele respondeu como se aquela resposta fosse óbvia para a questão, mas não fazia muito sentido.

— Te garanto que não é para uma boca de fumo nem uma casa de prostituição. — Respondi sorrindo mas Leonard parecia não ter achado a mínima graça. Quando vi seu maxilar tencionar, corri para respondê-lo direito — O cara é legal, León. Só vamos sair para jantar... Nada de mais!

Ele pareceu estar se concentrando em algo, pois parecia pensativo. Seus olhos encontraram o meu novamente e sua expressão tensa, suavizou. Ele deu um sorriso fraco e levou suas mãos ao meu rosto. Ao sentir seu toque, me arrepiei imediatamente.

— Não beba, não fume e pelo amor de Deus, não exagere na comida. Acho que nem ele e nem você querem ver do que esse bebezinho é capaz de fazer com o seu estômago. — Ri de sua palhaçada.

— Eu aprendi minha lição quanto a isso, tudo bem? E você sabe que eu não bebo e nem fumo, então nem vem com essa! — Sorri e ele se aproximou ainda segurando meu rosto. — León...

Ele continuou se aproximando. Eu não conseguia me mexer e nem era porque ele estava me segurando, eu não queria me mexer. Seus olhos verdes me encaravam tão sedutoramente... Eu nem sequer conseguia raciocinar direito! Como é que ele conseguia fazer isso comigo?

— León... — Sussurrei seu nome novamente mas estava focada demais estudando seus traços faciais perfeitos. Eu já estava conseguindo sentir sua respiração quente bater no meu rosto. — Não acho...

Ele se aproximou mais ainda e então depositou um beijo delicado e demorado em minha bochecha. Acariciou-as com os polegares e sorriu meigamente, se afastando de mim em seguida.

— Tenha um ótimo encontro. — Ele disse ainda me encarando e sorrindo fraco — Tenho que ir me arrumar agora, tenho um jantar com os acionistas da minha empresa daqui a pouco, tudo bem?

— Sim, bom jantar! — Desejei a ele sorrindo.

León continuou a me encarar silencioso e enquanto saía do quarto voltou sua atenção à gravata embolada em seu pescoço. Céus, por que os homens têm tanta dificuldade em dar nós em gravatas?

— Vem cá. — Chamei-o para mais perto novamente. Tirei a gravata dele e delicadamente a coloquei de volta da forma certa. Uma volta aqui, ali, uma puxada de leve e havia ficado perfeita. — Está pronta!

— Obrigado por sempre me salvar... — Ele disse meigo e com um sorriso encantador nos lábios.

— É para isso que servem os amigos, não? — Amigos... Somos amigos, Violetta. Apenas amigos.

Depois de falar com Dona Olga, corri para o elevador. Estava morrendo de medo de chegar lá embaixo e encontrar Alex parado me esperando há uma eternidade. Quando saí, procurei o mesmo por todo o saguão do hotel, mas nem sinal dele.

— Ei, Violetta? — Ouvi sua voz atrás de mim. Virei-me em sua direção e encarei-o sorrindo tanto quanto ele.

Nossa, Alex estava tão diferente! Novo corte de cabelo, corpo mais definido e... Até uma tatuagem nova no braço direito!

— Quanto tempo, Alex! — Disse indo em sua direção para abraçá-lo — Se bem que só nos vimos uma única vez...

— Mas conseguiu me encantar desde o momento em que pus os olhos em você! — Minhas bochechas estavam queimando, eu deveria estar como um tomate.

— Estou ficando tímida... — Disse quase escondendo o rosto com seu elogio e ele riu, se aproximando mais.

— Esqueci de uma coisa! — Ele correu para dizer e do porta-luvas do carro tirou um pequeno pacotinho — Um presentinho, é bem simples mas espero que goste...

— Alex, não precisava... Eu não trouxe nada para você!

— Você trouxe esse sorriso lindo... Não podia querer presente melhor! — Meu coração parou de bater por um segundo e senti minhas pernas vacilarem de leve mas acho que consegui me recompor sem que ele percebesse.

— Alex, eu...

— Estou apenas te elogiando, Violetta. Acho que faz ideia de quanto é bonita, não? — O que eu falo? Oh, céus!

— Eu agradeço pela gentileza e pelo carinho! — Respondi, sentindo no fundo da minha alma que aquela resposta nem chegava aos pés das coisas lindas que ele havia falado antes.

Ele se aproximou e me ajudou a colocar o colar, que por sinal havia combinado perfeitamente com o vestido que eu estava usando.

— Vamos, então? — ele perguntou abrindo novamente a porta do carro, mas dessa vez para eu entrar.

Entramos no carro e ele deu partida logo em seguida. Eu estava curiosa para saber para onde Alex me levaria, mas ele não queria dizer de forma alguma.

— Alex, por favor! Nem uma dica? — Implorei apelando para meu biquinho super fofo. Ele me encarou sorrindo e voltou a olhar a estrada.

— Ahn... Não! — Ele respondeu e riu em seguida. Cruzei os braços e me virei para frente — Já disse que é surpresa. Espere e verá!

O resto do caminho foi calmo e até divertido. Ele havia ligado o som do carro e sintonizou na minha rádio preferida. Escutamos e cantamos vários sucessos, parecíamos loucos.

Alguns minutos depois ele parou o carro e então pude ver onde seria nosso encontro. Era um restaurante grande e muito bonito. Pude notar que tinha mesas em um lugar fechado e mesas onde parecida ser um tipo de varanda, coberto de flores e trepadeiras se unindo e formando um telhado verde de folhas. Magnífico!

Alex saiu do carro e correu para abrir a porta para mim de uma forma muito cavalheira e eu sorri em aprovação do seu fofo gesto. Ele passou o braço pelas minhas costas e segurou firme minha cintura contra a sua e admito que achei isso um pouco desnecessário em um primeiro encontro. Nem nos conhecemos direito, não temos essa intimidade toda que ele está forçando.

— A reserva está no nome de Alex Vincent. — Ele disse à recepcionista, que procurou no computador o nome dele.

— Mesa para duas pessoas, sim? — Ela perguntou e ele assentiu — É a número dois, espere um pouco. — Ela chamou um homem de terno, que se aproximou e fez um gesto para que nós o seguisse até a mesa reservada por Alex.

Fiquei feliz de saber que a mesa escolhida era na varanda, iluminada por velas e enfeitada com detalhes rústicos. As pessoas em volta pareciam estar tão animadas quanto eu e isso me deixou bem contente.

Meu companheiro puxou a cadeira para eu sentar e se sentou à minha frente em seguida. Ficamos alguns momentos apenas encarando um ao outro e quanto Alex finalmente pareceu querer quebrar o gelo, o garçom apareceu trazendo o menu para que pudéssemos escolher nosso jantar.

— Por favor, gostaria de pedir de entrada uma salada simples da casa e de prato principal as suas famosas costelas suínas ao molho de aspargos e alcachofra. — Alex pediu educadamente enquanto o garçom anotava em uma espécie de tablet em sua mão.

— Tudo bem... E a senhorita, o que deseja? — Ele perguntou se referindo a mim e eu me virei para respondê-lo, ainda lendo o cardápio.

— Vou querer de entrada as mini baguettes francesas de queijo e pão de alho. Para o prato principal quero espaguete ao alho e óleo, filé mignon ao molho de framboesas... Hum... — Continuei lendo, sentindo o olhar assustado de Alex em mim. Que culpa eu tinha de estar com uma fome descomunal? — E traz também o Carpaccio, por favor.

— Gostariam de que eu trouxesse a bebida agora ou depois quando as entradas chegarem?

— Traga agora. — Ele disse olhando no menu o que gostaria de beber — Um Domaine-Meo Camuzet, por favor.

O garçom assentiu anotando o pedido e saiu. Ele havia pedido vinho... Como eu diria a ele que não posso tomar vinho porque estou grávida se ele nem sabe que estou?

Eu estava esperando o momento certo. Um momento onde ele não se assustasse e saísse correndo. Alex é uma cara muito legal, ele me faz sorrir até quando não tem tal intenção, não quero que ele pense que sou uma vagabunda que passa de homem pra homem. Eu sou apenas uma barriga de aluguel!

— Ei, Violetta! — Ouvi meu nome ser chamado por ele e então fui obrigada a sair de meus devaneios — Está me escutando?

— Ahn? Ah, estou... — minha voz saiu baixa. — Pode repetir o que disse, por favor?

— Disse que a noite está linda hoje. — Ele respondeu olhando para o céu que ainda aparecia em meio às plantas.

— Está mesmo... — Céus, esse segredo está me matando! Nem sequer estou conseguindo pensar em uma maneira de continuar essa conversa... Preciso contar a ele — Alex, preciso te contar algo.

— Pois bem... Conte! — Ele parecia animado em querer ouvir. Seria assim até ele descobrir qual é esse segredo?

— Eu...

Fomos interrompidos pelo garçom, que tinha em suas mãos um balde de gelo de onde tirou o vinho solicitado por Alex. Ele encheu a taça de meu acompanhante até a metade e fiz um gesto negando para que ele não colocasse na minha taça.

— Pode trazer água para mim, por favor? — Perguntei e ele assentiu, saindo em seguida.

— Muita fome e não quer beber vinho... Por acaso está grávida, Violetta? — Ele perguntou brincalhão e começou a rir. Quando vi já havia me engasgado com minha própria saliva pelo susto que levei com sua pergunta. Como diria que sim no meio do que ele pensa ser uma brincadeira?

— Preciso ir ao toalete, com licença. — Levantei-me e saí andando o mais rápido possível da mesa, mas sem querer no meio do caminho esbarrei em alguém que havia entrado na minha frente.

— Violetta? — Ouvi uma voz feminina me chamar — Olá, como está? Lembra-se de mim? — Era uma das poucas mulheres que estavam no anúncio do bebê na casa de León.

— Sim, lembro... Virgínia, não é? — Perguntei e ela assentiu — É bom vê-la novamente.

— igualmente... E esse bebezinho, como está? — Ela perguntou alisando minha barriga com um volume quase imperceptível e eu torci para que Alex não estivesse me olhando.

— Está tudo bem, sim. Já está a dar trabalho, acredita?

— Acredito, já tive dois e sei bem o que está passando. Bom, voltarei à minha mesa, não gostaria de nos fazer uma visita? León está lá.

Olhei para dentro do restaurante e então vi onde ele se encontrava. Era uma mesa grande e estava bem farta. León sorria enquanto um dos acionistas falava algo que parecia ser engraçado.

Ele veio jantar no mesmo restaurante que eu? Que coincidência!

— Adoraria, mas meu acompanhante está a minha espera. — Apontei para Alex, que olhava descontraído para as pessoas em volta com sua taça de vinho em mãos.

Despedi-me dela e voltei para mesa. Não queria realmente ir ao banheiro, só arrumei uma desculpa para não ter que contar naquele momento constrangedor o meu segredo. Até desconfiando ele estava... Tinha que arrumar uma forma de contar a ele de um jeito de não o fazer querer me odiar para o resto de sua vida!

...

Alex era realmente uma pessoa extraordinária! Tudo o que falava, por mais chato e entediante que fosse o assunto, parecia ganhar mais brilho e emoção quando vinha dele. Ele sabia exatamente o que deveria falar para deixar o clima cada vez mais animado.

— ... E então tivemos que voltar para a Argentina. Parece que não era permitido nadar nu no Rio Senna e então nos deportaram! — Ele disse bobo e eu ri em meio a uma garfada do último prato que me restava.

— Era de se esperar que isso acontecesse... Você é louco! — Ri enquanto ele me encarava fingindo estar bravo com minhas palavras.

— Eu estava fazendo algo único, sou louco por causa disso? — Ele perguntou e quando eu estava prestes a responder, vi seus olhos se arregalarem e ele se apressar para falar — Ei, aquele não é Leonard Vargas, dono daquela empresa super famosa?

Não respondi, apenas me virei para procurá-lo. Ele estava saindo junto aos colegas acionistas mas parecia estar procurando algo lá dentro. Ele olhou pelas mesas ao redor da sua até que alguém o chamou e ele parou, descontente.
Eles sairiam pela área externa, então no momento em que León pisou na parte das mesas na varanda, seus olhos curiosos encontraram o meu. Ele desviou por alguns segundo para encarar Alex mas voltou aos meus logo depois. Seu semblante era sério, até meio frio, e seu olhar não desgrudava de mim nem enquanto andava em direção a saída.
O que ele estava querendo me encarando daquela forma? As pessoas achariam estranho ou então loucura da parte dele... Ele estava disposto interferir no meu encontro dessa forma? Assustaria meus amigos e namorados por puro ciúme quando lhe achasse que era boa ideia?! Ele estava muito enganado se pensava que podia fazer o que bem entende comigo.

— O que foi aquilo? — Alex perguntou assustado.

— Aquilo o quê? — Fiz-me de desentendida.

— Por que ele te olhou daquela forma? Não achou estranho? — Que interrogatório era aquele ali?

— Não sei... Ele deve ser maluco ou algo do tipo.

— Ou acabou de achar finalmente a mulher que ele vai obrigar a casar-se com ele. Ouvi falar que ele estava louco para ter um filho, tome cuidado! — Ele disse brincalhão, mas quando percebeu minha cara de espanto começou a rir. E o segredinho só aumenta...

— Cansei dessa conversa, continue contando sobre suas aventuras... — Pedi educadamente, apesar de nos meus pensamentos aquilo soar como uma súplica para desesperadamente sair daquele assunto.

...

— Eu faço questão de te levar na porta do seu apartamento, Violetta. — Ele disse meigo e eu sorri em resposta. Estava muito cansada para responder imediatamente — E não aceito 'não' como resposta.

— Ahn, tudo bem. — Respondi quase em um fio de voz. Não queria que ele descobrisse em que apartamento eu estava morando, não naquele momento.

— Qual o andar? — Ele perguntou quando já estávamos no elevador e eu apontei para o botão da cobertura — Nossa, cobertura?

É... — Respondi esperando as portas do elevador se fecharem — Dei sorte!

— Como assim? — Ele perguntou instantes depois, mas eu dei de ombros, olhando a contagem dos andares acima da porta do elevador até chegar ao último andar.

— É ali. — Apontei para a única porta do corredor. Parei no meio do caminho para procurar minhas chaves dentro da bolsa. Droga, esqueci elas de novo!

— O que foi?

— Esqueci as chaves, mas não se preocupe.

— E como vai entrar? — Ele perguntou preocupado e eu apenas andei em direção à porta e toquei a campainha. Ouvi alguns passos descendo as escadas do outro lado da sala de estar.

— Esqueceu a chave de novo, Violetta? — Ouvi a voz de León perto da porta e depois a tranca sendo desfeita.

— Sempre... — Respondi.

A porta foi aberta e um León sonolento, descabelado e usando apenas um short apareceu.

— Leonard Vargas? — Alex perguntou assustado. Eu estava prestes a responder, quando León se exaltou.

— O que ele está fazendo aqui, Violetta?


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Notas finais do capítulo

EEEEEEEEEEITA, será que vem treta por aí? Espero que sim hahaha'

E então, o que acharam do Alex? Foi convincente?
Comente o que acharam do capítulo e se tiverem bastante até o fim da semana, prometo que posto o próximo o mais rápido possível, okay?

FAVORITEM E RECOMENDEM SE ESTIVEREM GOSTANDO DA FIC ;)

Até logo, Flowers!



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