Do outro lado da linha escrita por LcsMestre


Capítulo 77
Atendimento #077: Soberba


Notas iniciais do capítulo

Cliente soberbo chega a ser uma redundância absurda... mas e funcionário soberbo então?

Aproveite e ria um pouco deste atendimento.
PS: Atendimentos adicionados todos os dias as 14:00(ou no caso 14:05 sei lá..)



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Atendimento #077: Soberba

 

Eu não sei você, mas eu particularmente gosto de tratar as pessoas da mesma maneira que eu gostaria de ser tratado. Sabe aquela história de ação reação? Não presta assistência abre concorrencia? Ou mesmo todo castigo pra corno é pouco? Pois é todas seguem o mesmo principio, ou não.

Mas uma coisa é certa, nunca, jamais, e eu to falando nunquinha mesmo, do contrário você vai se ferrar muito, trate o atendente como seu servo.

— O cliente têm sempre razão querido eu não quero ser interrompido. — O cliente Xavier não escutara meu conselho e começava a se sobrepor ao atendente. Seu problema era algo muitíssimo simples de se resolver, mas ele se recusava a realizar o que o atendente pedia. — Eu não quero que você me dê instrução eu quero que seja resolvido.

— Senhor…

— Não me interrompe! — O cliente não deixava Ezequiel falar, o pobre atendente estava relaxado, mas aos poucos seus ânimos esquentavam.— Você conhece a lei de ouro? O cliente sempre está certo meu amigo, não quero você me questionando, tá legal? Eu mando em você, eu pago seu salário.

Com movimentos certeiros e rápidos Ezequiel movias as partes coloridas do cubo em sua mão, era expert no manuseio do cubo de rubik, ou como é mais conhecido, o cubo mágico.

— Consegui. — Falou ele ao resolver o quebra cabeças tridimensional. — Olha senhor Xavier pra deixar claro o que acontece aqui eu vou usar um exemplo bem simples.

— Eu não quero ouvir exemplos cara, eu só quero que resolva meu problema.

— Cara cala a boca e escuta que você vai entender. — Como quase sempre o cliente ficara silencioso, não pela ordem em sí, mas pela reação inesperada do atendente. — Vamos colocar assim, sua mulher precisa de você na cama. Ela pode resolver o problema dela sozinha, mas ela quer que você resolva por ela. — O cliente ficar quieto escutando a analogia do atendente. — Está compreendendo o raciocínio?

— Você está me enrolando seu mau educado, eu vou abrir uma

— Blá,blá,blá...— Interrompeu ele como quem anima um fantoche com as mãos. — Deixa eu terminar de falar cara, parece que tua mãe te pariu com quatro meses, tu esperou pra nascer crescer e tomar jeito de macho, então agora cala a boca e deixa eu falar. — Pigarreou. — Se você não faz o que sua mulher pede hora ou outra você não vai mais ter mulher, por que ela vai se cansar de pedir e vai arranjar outro cara.

— E o que isso tem a ver com a minha televisão?

Ezequiel colocou o cubo sobre a mesa, abriu um sorriso malicioso tipico dos jogadores de poker ao vencerem uma rodada impossível.

— Eu poderia dizer que as duas têm um botão de ligar, mas isso seria muito indevido para esse horário. — O atendente parou por dois segundos, concluiu que sem perceber acabara de falar o que não deveria. — Enfim, o que eu quero dizer. — Fingiu que nada a conteceu. — Se você não se mover nunca vai resolver o problema.

— Mas filhote o cliente sempre tem razão e você é que tem de resolver o meu problema e não eu.

— Atá, beleza deixa eu ver se entendi. Então eu tenho de ir ai e resolver o problema da sua esposa, é isso? Quer que eu vá até sua casa saciar os desejos da sua mulher na cama? — Ao falar isso Amanda virou-se para ele e passou a estalar o pescoço.

A garota usava luvas pretas semelhante as dos atletas de musculação, estralava os dedos ameaçando atacar o colega pelo comentário.

— Senhor entendeu a metáfora? Se o senhor não fizer o que eu pedi ninguém vai resolver essa porcaria de problema. Simples assim.

— Eu não vou me submeter a você atendente. — Quando o cliente falara “atendente” sua voz tornou-se rapidamente reconhecível para nosso herói.

— A então é você não é? — Xavier era o mesmo analista do atendimento #074 — Pô cara eu não sabia que você era chato ao ponto de não querer tocar na sua mulher.

— Você atendentes são uns imprestáveis mesmo. — O analista não falava como funcionário ele realmente possuía um televisor da marca de sua empresa. — Vou falar diretamente com o Alastor sobre seu comportamento.

O atendente apenas concordou com um murmuro, mas na realidade procurava um item dentro da bolsa.  Quando finalmente o achou o objeto comemorou.

— Olha só o que eu achei! Sabia que eu ainda tenho aquele lápis que era seu? Pois é eu ainda tenho, mas sabe o que é melhor? Ele ainda continua sem ponta. — Fêz-se silêncio por alguns instantes. — Como é amigão você vai fazer o que eu pedi pra resolver o problema ou vamos ter de apontar esse objeto no seu orifício?

— O que você tinha dito mesmo? — Temendo pela ponta do lápis, Xavier retrocedera ao estado de cliente obediente.

— O problema de seu aparelho era só que ele não liga certo?

— É — Respondeu o analista blasé.

— Pois é, eu tinha mandado você apertar o botão de ligar e você fez todos um drama. — O cliente pressionou a opção, ao fundo Ezequiel escutou o aparelho funcionando.

— Não funcionou seu incompetente. — Xavier fingia indignação.

— Você mente muito mal senhor apontador lápis ambulante.



 


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Notas finais do capítulo

E então senhor apontador de lábis com o bumbum? como vai ser ?aieouhaiuheaiuehae

Vou sempre repetir isso:
SOU MOVIDO A COMENTÁRIOS SIM! GOSTO DE SABER SE ESTÃO GOSTANDO OU NÃO U.U
Se você riu com esse amontoado de palavras eu fico feliz, esse era meu objetivo bjs e até amanhã :D