Hero Highschool escrita por Cahxx


Capítulo 5
Capítulo 5




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Harley

 

O professor Galvânio não parava de escrever na lousa as inúmeras equações químicas que compunham uma eletrólise completa e os alunos adormeciam aos poucos em um sono completo. Se quer podia comentar sobre o final de semana que chegara, pois sons extras eram proibidos durante a aula.

— Então os cátions irão receber elétrons, sofrendo redução, enquanto que os ânions irão ceder elétrons, sofrendo oxidação. Assim teremos uma o que?

— Uma diferença de potencial elétrico – respondeu Stella.

— Muito bem, senhorita.

Harley mirou a cabeleira loira da amiga e lhe atirou uma borracha:

— Ai! – exclamou a menina virando-se para trás.

— Deixa de ser nerd... – sibilou a morena.

O sinal finalmente tocou e automaticamente todos os alunos pularam de suas cadeiras, gritando e atirando coisas para o alto. Galvânio quase quebrou seus próprios óculos com o susto e ninguém lhe ouviu ordenando que estudassem as reações químicas da próxima aula.

— O que vão fazer nesse final de semana? – Raquel perguntou.

— Vocês eu não sei, mas EU vou dormir muuuuuito!

Animadas, as garotas arrumaram suas malas às pressas e foram para suas casas reencontrar suas famílias com saudade, pois ainda não tinham se acostumado a ficar longe. Stella esperava seu pai aparecer de carro vindo busca-la na entrada da escola quando ouviu algo que lhe chamou atenção.

— E aí Brandon? Vai no festival da primavera?

— É claro que eu vou! Sobrou aquele dinheiro do jogo passado e quero mais é gastar tudo! Não vou perder o festival depois do que houve ano passado.

— Ae! Vamu todo mundo!

Stella torceu para que o garoto não a visse, mas sentiu-se triste com o que escutara. E se Brandon conhecesse alguém no festival? Antes que pudesse pensar em mais alguma coisa, seu pai apareceu gritando do carro como se fosse natal. A garota abriu um largo sorriso e entrou correndo no veículo.

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O final de semana passou mais rápido do que os alunos queriam e logo já estavam de volta na segunda-feira. Encontravam-se ora animados ora irritados e ora depressivos por começarem tudo de novo.

— E ae...? – Harley perguntou preguiçosa.

— Que merda! Eu nem dormir tudo que queria! – Keira resmungou.

— Gente, cadê a Stella?

Ninguém soube responder. Muito longe dali, num corredor lotado, Stella encarava o mural de recados um tanto nervosa. Muitos alunos passavam por ali rindo e conversando, mas ela se quer prestava atenção. Pensara a respeito disso o final de semana inteiro e estava mais do que decidida a fazer o que iria fazer.

Chegaram no estádio onde Gregory os esperava e nada da Stella aparecer:

— Gente, será que ela morreu?! – Harley perguntou.

— Ai Harley! Que isso!

— Vira essa boca pra lá!

— Bom turma – começou o professor – Formem duplas! A aula será da seguinte forma: enquanto um ataca o parceiro, o outro tenta usar o poder contra ele. Irão aprender a se defender sem usar nada de vocês, apenas usando a força do oponente. Isso lhes ensinará que até mesmo o mais fraco dos seres pode derrotar alguém. Rápido, formando duplas!

Keira fez dupla com Raquel; Harley ficou com Matt; Will e Theo foram juntos:

— Sério, como eu vou te matar com essas asas? – ironizou Keira.

— Também não sei como posso te atacar! Me transformando na sua vó?

— Isso me deixaria assustada.

— Pior seria seu pai.

— Não faça isso.

Matt fazia desenhos com suas sombras pelo chão e Harley corria farejando pelo caminho, derrubando os demais alunos:

— Sério, cadê a Stella? – Raquel perguntou impaciente.

— Bem ali – Keira apontou pra menina que vinha correndo.

— Desculpa professor, estava falando com a professora Morgana! – e ela mostrou uma autorização.

— Tudo bem. Faça par com o Jimmy, ele está sozinho.

Stella correu até o garoto que sorriu:

— Oi, eu sou Jimmy.

— É, eu sei... – Stella riu.

— Onde você tava?! – Raquel gritou.

— Depois eu conto!

— Bem – disse Jimmy – Vamos começar...?

— Tá, mas eu nem sei o que é pra fazer.

— É pra gente atacar um ao outro e saber defender sem usar nada – o garoto foi explicando rapidamente – Ah, você começa.

— Tá.

Stella olhou ao redor e avistou uma pequena bola de golfe. Levitou-a e atirou contra Jimmy. Este transformou seu braço numa espécie de taco feito de gelo e rebateu-a. No entanto, a bola foi de encontro a Stella, como de fato deveria acontecer, e acertou a testa da garota com tudo.

Ela perdeu o equilíbrio e caiu tonta:

— Ah, foi mal, foi mal! – Jimmy correu até ela – Você tá bem?

Stella sentou-se sentindo uma dor forte na cabeça:

— Tô...

— Desculpa – o garoto riu ao ver a marca da bola em sua testa.

— Com licença professor! – gritou um rapaz na porta da quadra – A Morgana me pediu pra buscar alguém chamada Stella. É pra aula extra!

— Ah, sim! Vai lá menina.

A loirinha olhou ressentida para Jimmy que teria que voltar a ficar sem par na aula:

— Tudo bem – ele respondeu entendendo. A garota levantou-se e correu até o rapaz.

— Então você tem nível 31? – o rapaz perguntou rindo um tanto confuso.

— Sim, por quê? – ela perguntou ofendida.

— Por nada, sei lá. É que você é muito pequena.

— Professora – o rapaz anunciou da porta e Morgana ergueu a cabeça.

— Ah, obrigada Ian. Sente-se Stella, não tenha medo.

Estavam em uma das salas de aula, mas só havia sete alunos no lugar:

— Ah, essa aí não! – exclamou uma garota. Era Alicia.

— Como assim Alicia? – a professora questionou.

— Eu não gosto dessa garota! Não vou ter aulas com ela!

— E por quê? O que você fez? – ela perguntou à loirinha.

— N-nada professora! Eu não fiz nada!

— Então não vejo problema. Sente-se ali atrás. E Alicia, seja lá os problemas que vocês tenham, resolvam lá fora. Não quero brigas durante as minhas aulas, ficou claro?

Stella sentiu seu rosto esquentar. Até ali?!

A aula foi mais curta do que Stella imaginou. Ela ficou sabendo que Ian, o menino que lhe chamara, podia controlar o campo magnético ao seu redor e que ele era o mesmo garoto que salvara Raquel. Alicia podia provocar tempestades de todo tipo, desde chuviscos até tornados. Os outros alunos ela pouco ficou sabendo, mas agradeceu quando finalmente pôde ir embora.

— Stella! – Raquel chamou por ela – Agora conta tudo!

— Hunf, nem sei por onde começar.

E uma longa narração se iniciou a respeito de sua inscrição, as aulas e Alicia:

— Você se inscreveu pra trabalhar na escola?!

— O nome dele é Ian?

— Aquela VACA da Alicia!

— Pois é...

— Bom, a única coisa que posso te dizer é boa sorte. Deve ser um saco!

— Ah, não acho que seja. Além disso, é só por algumas semanas.

— Mas agora a gente vai ter que dar um jeito de ir também nesse festival, nem que todo mundo venda um rim.

Todas olharam revoltadas, mas Harley fez uma careta de “estou mandando e não pedindo”:

— Ai, tá bom – concordaram.

— Campo magnético, é? – Raquel perguntava curiosa enquanto saíam do refeitório – O que é isso, Stella?

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— Ok. Se a primeira não funcionou, a segunda tem que dar certo – conformou-se Will.

— Tá. Vai lá Theo. Quando estiver pronto.

O garoto fez que sim, respirou fundo e atirou o cilindro dentro do quarto. A explosão veio em seguida, disparando fogos de artifício por todos os lados.

— Caralho! Caralho! – Johnny saiu correndo e encontrou os meninos – Gente, tá o maior pipoco lá dentro! Achei que tavam me assaltando maluco! OU... – e ele arregalou os olhos como se tivesse descoberto o Brasil – deve ter alguém casando! – e começou a rir – Maninho, vou pegar geral hoje!

E entrou de volta. Will deu um tapa na própria testa e Theo começou a bater a cabeça contra a parede do corredor. Um rapaz passava pelo lugar e reparou no trio:

— Galerinha, que deprê é essa?

— Ah mano – Will foi quem respondeu – o Johnny, maconheiro desgraçado, tamu tentando tirar ele do nosso quarto... Que raiva!

— Calma maninho, não é assim não. Você só vai conseguir tirar ele daí se você transformar o quarto no último lugar que ele queira estar.

— Tipo... Como assim?

— Vem cá. Olha só.

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As meninas seguiam para a próxima aula e Stella tentava dizer que já não aguentava mais ver a cara da Morgana.

— Deve ser chato mesmo – riu Raquel.

Alunos— disse uma voz no alto-falante – Os alunos que se inscreveram para trabalhar no colégio podem conferir seus nomes do mural. Lamentamos dizer que nem todos puderam ser aceitos. Confiram o mural.

— Quando a aula terminar irei correndo conferir! – sorriu Stella.

 Assim que entraram na sala, tiveram uma grande surpresa: todas as carteiras haviam sumido. Uma faixa cor de rosa corria pelo chão e Morgana aguardava sorridente.

— Bonjour les filles.

— Me xingou do que? – Harley reclamou.

— Não, é “olá meninas” em Francês. A aula de hoje ira trabalhar a postura de vocês. Não quero mais ver garotas andando ou sentando curvadas como se fossem chipanzés.

— Então a gente ta liberado, fessora? – Will perguntou – Porque EU já sei desfilar.

— Não rapazinho. Vocês meninos irão aprender a andar também. Não quero ninguém andando por aí como se fosse um “mano” – e ela imitou uma voz de homem com a boca torta.

— Ah, que viadice isso!

A aula foi divertida até. Mesmo os meninos não puderam negar isso porque deram boas risadas. Nas vezes de Lollita, o garoto Jimmy lhe olhava de forma sonhadora e as meninas não deixaram de notar. Vick imitou a garota apaixonada e todas que entenderam ia rindo para desespero da tímida menina.

— Bem, queridos, por hoje é só! – avisou Morgana.

— Eu vou lá então! – sorriu Stella animada.

— A gente te espera na mesa!

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— Hey Johnny! – Will exclamou entrando no quarto e sentando-se em sua cama – Hoje é dia oito, né?

— Sei lá véi...

— Xii, acho que é hoje que a maldição começa...

— Maldição? – Johnny que estava deitado com os braços atrás da cabeça ergueu-se curioso – Que parada é essa?

— Não tá sabendo não? Cara! A maldição do saltador!

— S-saltador? Véi, que parada loka é essa?

— Dizem que o saltador foi um cara que estudou nessa escola e tinha o poder de saltar super alto. Ele morreu nesse quarto. E nessa cama aí onde você tá.

— Eeepa! – ele saltou da cama – Que diabo!

— É, e diz a maldição que ele viria assombrar todos os caras que pegassem sua cama.

Johnny começou a esfregar a cabeça apavorado e então parou:

— Ah, isso é só história! Não existe maldizer.

— É maldição, e acredita quem quiser.

— Eu acredito não. E se não se importa, vô tirar um cochilo na cama do pulador.

— É saltador, Johnny... É saltador.

O rapaz ajeitou-se novamente para continuar dormindo e então a janela do quarto se abriu. Um vulto branco entrou flutuando:

— Johnny... – gemia o vulto – Johnny...

O rapaz acordou e olhou para o alto:

— Ai minha nossa senhora!

— Johnny! Saia da minha cama!

— Jesus me liberta!

— Saia Johnny!

— Saio não!

E o vulto começou a atravessar as paredes:

— Saia Johnny... Ou você virá comigo...

— Minha mãezinha! Eu saio! Saio! Saio e nunca mais volto! Tá loko gente!

E o garoto saiu correndo corredor a fora. O vulto tirou o lençol que lhe cobria e sua máscara e começou a rir. Matt, que fazia o rapaz flutuar com suas sombras apareceu também rindo e Theo veio em seguida desfazendo a luz roxa que ficou pelo quarto:

— Cara, foi irado! – Will exclamou – A gente sabe nem como agradecer!

— Precisa não. Eu sempre quis irritar esse cara. Vô indo nessa, tenho que limpar meu quarto.

— Limpar? – Will estranhou.

— É que tipo, eu durmo no quarto do zelador. Foi o único lugar que me deixaram ficar.

— Nam! Quer ficar aqui com a gente?

— Sério?

— É, tem uma cama sobrando, sabia?

O rapaz riu:

— Eu aceito sim!

— Will.

— Matt.

— Theo.

— Que isso? Jo ken pô? – perguntou o rapaz confuso.

— Não – Matt riu – São nossos nomes.

— Ah... – ele então abriu um de seus largos sorrisos – Então... Sou Leigh.

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Poucos eram os alunos que conferiam o mural e Stella não teve dificuldades de enxerga-lo. Ficou minutos procurando seu nome e nada de encontra-lo.

— Ah... Cadê...?

— Tá procurando o que? – perguntou uma garota ao seu lado, de cabelos incrivelmente azuis.

— É, meu nome. Stella... Nessa lista.

— Hum, deixa eu ver – e a menina fechou os olhos – Ah, não tem esse nome aí não.

— Como você sabe?

— Sou vidente.

— Ah...

— Mas aí, se quiser saber algo mais fácil, tipo seu futuro, se você vai encontrar um grande amor... Só me perguntar.

— Ah, tá. Valeu – e ela forçou um sorriso.

— Eu não consegui... – ela contou tristonha assim que chegou na mesa.

— Oh Stellinha. Não tem problema. A gente junta dinheiro todo mundo e te ajuda a comprar – disse Harley.

— Não, isso não.

— Então vai fazer como? – perguntou Raquel.

— Já sei! – exclamou Harley – Vamos falar com a Molly da lanchonete! Tipo, ela trabalha sozinha e deve estar precisando de ajudar.

— Mas deve ter alunos ajudando agora.

— Duvido que alguém aceite trabalhar na lanchonete!

— Bom, mas e se ela não quiser ajuda?

— Não custa tentar!

— Certo – decidiu Raquel – depois do jantar vamos todas lá!

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— Ei! – um rapaz chamou um garoto que passava – Sabe se tá rolando alguma coisa lá? – ele perguntou apontando pro quarto 415.

De fora era possível ouvir uma grande gritaria, música alta e risadas:

— Sei lá cara – respondeu o outro confuso – Deve ser a turma drogada do Johnny.

— Aé...

Dentro do quarto...

— Uuuuuh! – gritava Will virando um pote de jujubas. O quarto estava repleto de doces e refrigerantes pra tudo quanto é lado. Ouviam AC/DC no último volume e comemoravam a ida de Johnny.

— Cara, onde você consegue essas coisas?! – Theo perguntou rindo feito doido.

— Roubando! – gargalhou Leigh.

— Iiiiiih – Will soltou um grito de dor de barriga e riso ao mesmo tempo, enquanto seu rosto era pura pimenta.

Matt saiu do banheiro com cara de morto, andou até o meio do quarto e caiu de cara no chão. Theo tentava rir, mas começava a sentir-se estranho. Will ria meio bêbado e do nada seu rosto ficou sério e ele caiu pra trás. Leigh era o único que continuava apontando para Matt caído no chão e gargalhava feito louco.

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— Olá meninas – cumprimentou Molly – outro sanduiche?

— Não, hoje não – respondeu Harley.

— Ai que bom, porque minhas pernas estão me matando. Hunf! Como esses meninos comem! Não parei de andar um segundo hoje!

— Por que você não arruma alguém pra te ajudar?

— Minha filha, isso seria bom demais, mas quem iria querer me ajudar?

— Eu quero! – Stella apressou-se a dizer.

— Quer é?

E as meninas começaram a explicar sobre o festival, os trabalhos e os créditos. Molly até gostou da ideia:

— Bem, seria maravilhoso. Mas precisamos ver com a Morgana se ela permite.

— Você pode fazer isso?

— Bonitinha, eu posso TUDO!

E todas riram.

No dia seguinte, Stella acordou mais cedo do que todas e correu para a lanchonete:

— Que animação menina!

— Então Molly?

— Ela deixou.

— Ah! – Stella começou a pular de felicidade – E quando eu começo?

— Se quiser, agora mesmo.

Sem pensar duas vezes, a menina correu para o banheiro que tinha na pequena cozinha e vestiu um avental azul marinho.

Assim que os primeiros alunos chegaram, ela foi atendê-los sentindo-se nervosa:

— Bom dia, o que vão querer?

— Quem é você?! – perguntou um garoto confuso.

— Sou a nova garçonete. Estou trabalhando pro festival.

— Ah. Tá. Quero...

E Stella anotava tudo com atenção e capricho. Corria até Molly que só tinha o trabalho de por o pedido na bandeja e a garota entregava em cada mesa. Não demorou pra que as meninas chegassem para vê-la:

— E aí? Como tá sendo? – perguntou Harley.

— Muito legal! É bem divertido!

— Diz isso porque começou agora. Daqui a pouco tá chorando de dor nas pernas.

— Não importa. No final sei que vai valer a pena.

As meninas fizeram seus pedidos e a loirinha correu pra servi-las. Estavam conversando e rindo quando um grupo de garotos entrou no estabelecimento e todas pararam de rir: era Brandon e seus amigos.

Todas imediatamente olharam pra amiga que estava paralisada:

— Stella! – chamou Molly.

— Sim?! – a garota perguntou nervosa.

— Pode servir aquela mesa?

— C-claro.

Andando meio dura, a garota foi até a mesa onde Brandon sentara:

— B-bom dia. O que vão querer?

Brandon ergueu os olhos para a garota e sorriu animado:

— Ah, você! O que tá fazendo aqui?

— Ajudando a Molly – ela omitiu um pouco a história.

— Sério? Que legal!

— O que vão querer?

A garota anotava tudo tremendo e se quer entendia o que estavam falando. Saiu para entregar a notinha a Molly, mas antes Harley a chamou:

— Stella! Vem cá!

— Que foi?

— Tá sujo aqui... – ela apontou pra camisa da garota e fingiu limpar algo quando na verdade tinha aberto alguns botões de cima. Sem perceber, a garota voltou ao trabalho.

— Cê é doida, Harley! – Raquel reclamou. A morena apenas deu de ombros rindo.

Stella começou a limpar as mesas. Os amigos de Brandon comentavam algo sobre o jogo, mas o rapaz mal prestava atenção. Estava mais entretido em outra coisa: em observar Stella. Ele a observava concentrada enquanto limpava tudo, enquanto ela sorria quando derrubava algo sem querer, na forma como seu cabelo balançava em seu rosto, como suas bochechas rosadas se avermelhavam mais quando ela assoprava sua franja tirando-a dos olhos. Observou suas pernas branquinhas que ficavam meio tortinhas quando ela estava parada e foi quando seus olhos percorreram seu corpo e encontraram a parte aberta de sua camisa.

Ao enxergar que dava para ver parte de sua pele, o garoto se descontrolou e seu corpo entrou em chamas:

— Brandon!!! – gritou um dos rapazes pulando da cadeira.

— Caraca! Foi mal! – e o garoto voltou ao normal com o uniforme todo queimado e fumaça saindo ao redor de si.

— Vai ser o quinto uniforme que você estraga só esse mês.

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