Hero Highschool escrita por Cahxx


Capítulo 4
Capítulo 4




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   Keira

 

A semana passou tranquila para todos. Os professores já haviam atolado os alunos de trabalhos e estes mal tinham tempo pra pensar em bagunça. Stella não vira Brandon um dia se quer, e Matt mal tivera tempo de procura-lo a pedido da amiga, devido às inúmeras tarefas.

Era quinta-feira e pela primeira vez as garotas aceitaram conhecer a escola à noite. Caminhavam tranquilas comentando sobre as pérolas da semana:

— E ae – perguntou Stella – Conseguiram mudar o garoto do quarto de vocês?

— Não. A Morgana disse que ele precisa querer e aceitar, e ele não tá nenhum pouco a fim de mudar. Além disso, ninguém quer aceitar ele em lugar nenhum.

— Meu Deus, que garoto problema!

— Não mais do que o galã da Harley... – Raquel comentou.

— Hey! – protestou à morena.

— Eu vi o diretor conversando com ele umas três vezes só essa semana.

— O diretor? – Stella perguntou surpresa – Eu nunca vi o diretor. Como ele é?

— Normal.

— Que boa resposta – a loira resmungou. A castanha simplesmente deu de ombros.

— Ele não é meu galã! – Harley continuou protestando.

— Ai, tá bom. E o galã da Stella, eim?

— Ah, chega disso! – a loira reclamou – Não o vi e nem quero ver! Depois da vergonha que passei, só quero desaparecer.

— Pô Keira, só falta a gente arrumar alguém. Até a Harley tem uma paixonite.

— Afe! Só porque um garoto sorriu pra mim não quer dizer que esteja querendo algo!

— Mas você bem que gostou!

— Uma ova!

E continuaram provocando a morena enquanto caminhavam pela área externa da escola. Chegaram a lanchonete que estava quase totalmente vazia e sentaram-se numa das mesas.

— Eu não vou querer nada – Raquel comentou.

— Eu quero um sanduiche – Stella pediu.

— Então pega lá.

— Mas é que... eu tenho vergonha...

— Ah, Stellinha! Você tem que deixar disso! Vergonha até pra comer? Ai, ok! Eu vou com você.

Raquel e Stella foram até o balcão enquanto Harley, Keira e Matt permaneceram na mesa comentando do garoto maconheiro. Nisso, alguém entrou no estabelecimento:

— Hum, Alicia e sua tropa aqui? – Keira ficou surpresa – Achei que elas não gostassem de “comida que engorda”.

Harley riu:

— Devem estar procurando confusão. Melhor a gente vazá.

— Xi... Tarde demais.

— Um sanduiche saindo – disse a moça no balcão, Molly, uma mulher gordinha e muito bonita, e que mostrou ser muito divertida – Opa!! – ela exclamou quando um guardanapo voou do prato.

— Pode deixar – Stella ofereceu-se e correu até o papel que caíra no chão. Quando ia pegá-lo, um pé calçando um scarpin rosa pink pisou em cima do objeto. Stella ergueu os olhos pra cima e deu de cara com Alicia, Ashley e Blake.

— Hu. É você mesma que eu estou procurando.

— E-eu?

— Sim. Eu não sou de arrumar intriga, garotinha, por isso vim avisá-la antes que seja tarde. Você precisa saber que nesta escola e até no mundo, existem dois tipos de garotas: as que podem e as que se sacodem. Eu sou uma das que podem e por isso exijo que você fique LONGE do Brandon, ouviu?! Ele é MEU homem e não quero umazinha como você dando em cima dele.

— Mas eu... – Stella não sabia o que dizer. Só sentia seus olhos encherem d’água e sua garganta apertar.

— Eu fui clara o bastante?!

— Ela nunca fez nada, Alicia! – Raquel intrometeu-se e disse com a voz firme – Nunca deu em cima dele!

— Bem, e continue assim! Não quero te ver a cinco metros dele ou você irá se ver comigo! Vamos meninas!

E as três saíram do estabelecimento com os narizes empinados. Stella pegou o guardanapo no chão e entregou à Molly que a olhava impaciente:

— Você está bem, Stella? – Raquel perguntou encarando a amiga que virou o rosto para esconder que estava ficando molhado.

— Ah querida, não liga pra essa aí não – disse Molly – Ela é assim com todo mundo. Sorte a nossa que sai da escola ano que vem, porque ninguém aguenta mais ela! Mas sério, não ligue pra o que ela diz.

— Vadia – rosnou Harley aproximando-se e fuzilando Alicia que já havia saído. Matt apareceu rindo.

— Ela falou do Brandon? Ele não parece ser alguém que gostaria de uma menina dessas.

— O Brandon?! – Molly perguntou começando a rir – Ele não é namorado dessa aí não! Magina gente! Eles terminaram há muito tempo! Ninguém aguenta ela não. Ainda mais ele que é um amor de pessoa. Vem aqui todos os dias só pra me dar bom dia. Vê se pode?

— Vamos Stella – disse Raquel – Temos que ir dormir.

— Valeu Molly! – acenou Harley e Keira pegou o sanduiche de Stella.

Matt separou-se das meninas para seguir em direção a seu quarto meio relutante de ter que aguentar Johnny mais uma vez. Encontrou Will e Theo na porta, sentados no chão.

— Tão fazendo o que aí?

— Ah, mano – Will parecia revoltado – Esse maluco, escroto, fica falando coisa com coisa!

— É, ele tava perguntando pra gente se o sol é o planeta onde vivem os macacos. A gente não aguentou não e tá esperando ele dormir pra entrar.

— Que saco! – Matt sentou-se ao lado deles.

— Quer saber?! – Will se impôs – Tive uma ideia. Se ele não quer sair, vamos fazer com que ele queira!

— Tá falando do que?

— Vamos mostrar pra ele que dormir com a gente é um saco! Vamos fazer da vida dele um inferno! Uma hora ele tem que se cansar e pedir pra sair!

— Taí! – Theo apoiou – Gostei!

— Beleza!

— Ok então! A partir de hoje começa a operação “Maconha lá fora”!

Matt e Theo fizeram caretas:

— Ah, eu penso em um nome melhor depois.

E os três bateram as mãos.

— Ei gente? Alguém sabe por que a água tá tão fria?! – Harley perguntou do mezanino revoltada.

— Já tentou abrir menos?

— É claro, né?!

— Então não sei...

— Mas que bosta! Eu vou ver se tem alguém mexendo aí! – e a garota desceu revoltada, enrolada na toalha – Essa porcaria... não funciona nada! – e saiu do quarto.

— Sente-se melhor, Stellinha? – Raquel perguntou a amiga que estava debruçada em sua cama, abraçando o travesseiro.

— Tô... Só quero dormir...

Raquel e Keira se olharam. Enquanto isso, Harley estava parada no corredor, só de toalha, xingando todo mundo que via pela frente.

— Hey! Que escândalo mulher! – Vick apareceu saindo de seu quarto.

— Alguém mexeu na água!

— Ah, isso? É que a Isadora tá na maior deprê porque o namorado deixou ela aí quando isso acontece a água esfria mesmo. Mas liga não. A Brook pode dar um jeito pra você.

A menina dos cabelos de fogo fez jus a sua aparência. Usou algumas de suas chamas para aquecer a água e quando Harley abriu o chuveiro novamente, sentiu-se numa fonte termal.

— Quando precisar é só chamar! – gritou Brook entrando em seu quarto. Harley acenou da porta e quando ia entrar, gritos de susto emanaram do quarto a frente. Curiosa ela aproximou-se da porta para ver se estava tudo bem e antes que pudesse girar a maçaneta, alguém atravessou a parede rindo.

— Desculpa! Eu juro que confundi de direção!

Harley se apavorou quando viu que era um garoto. O mesmo que vira sendo solto pelo policial e que sorrira pra si no outro dia. Este, por sua vez, virou-se rindo e deu de cara com a morena, parada a sua frente, só de toalha e olhos de cachorro assustado.

— Oi – ele respondeu surpreso e logo abriu um de seus sorrisos largos. Harley não conseguiu responder. Deu meia volta na velocidade da luz e entrou em seu quarto como se houvesse um monstro do lado de fora.

— Que isso! – Raquel exclamou assustada – O que foi dessa vez, menina?!

Harley apertou os olhos e balançou a cabeça desolada. Como iria explicar aquilo?

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— Vamos tentar essa aqui – disse Will apontando para uma frase marcada em seu caderno.

— Certo, quem vai primeiro? – Theo perguntou.

— Deixa comigo – se ofereceu Matt. O garoto respirou fundo, segurou o riso e abriu a porta do quarto com um chute – Socorro!!! A escola tá pegando fogo!!! Fogo!!!

Johnny levantou de sua cama praticamente voando e saiu correndo em direção a Matt com os olhos arregalados:

— Fogo véio?!! Fogo?!!!

E saiu correndo corredor a fora gritando:

— Fogo! Fogo!

Vários rapazes saíram de seus quartos sonolentos e aborrecidos:

— Onde tem fogo, Johnny?

— Ali! – ele apontou pra trás.

— Não tem porra nenhuma lá, seu imbecil!

— Tu tá fumando demais, cara!

E foram retornando as suas camas, irritados. O garoto ficou confuso:

— Tem fogo não – Will contou – A gente tava te zoando.

— Pô cara! Quase mijei na roupa! Faz isso não aí... – e foi voltando pro quarto – Vô dormir. Té mais procês.

Os três se olharam impacientes:

— Tudo bem, ainda temos dois planos.

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— Você o que?! – perguntou Raquel.

— Ele o que?! – perguntou Keira.

— Como foi?! – perguntou Stella.

— Ai, não quero falar mais disso – reclamou Harley – Que mico!

— Isso quer dizer que ele atravessa paredes e pode acabar entrando aqui... – Stella sentiu-se amedrontada.

— Relaxa, ninguém vai entrar aqui – afirmou Raquel – E SE entrar a gente mata!

— Ah! Acabei de lembrar! – Keira exclamou assustada – Amanhã vamos ter aula na piscina!

— Ai, que merda! Não quero usar traje de banho! – reclamou Harley.

— Eu também não gosto... – Stella fez bico.

— Temos que lembrar de não comer muita coisa – alertou Raquel – Eu fico enjoada em piscinas.

Acordaram animadas por já ser sexta-feira, apesar da primeira aula ser pouquíssimo desejada. Seguiram para o refeitório já vestidas de traje de banho. A única exigência quanto ao traje era que deveria ser um maiô. Sendo assim, Raquel usava um maiô rosa brilhoso que abria ao meio em um super decote na frente; o de Keira também tinha um grande decote, porém menor, e era adornado com babados na cor preta; o de Harley era cor de chumbo e tinha tiras abertas nas laterais; e Stella vinha com um listrado azul e branco.

Matt, Wil e Theo apareceram em seguida, de bermudas, esfregando os olhos e com cara de zumbie:

— Nossa, o que aconteceu com vocês? – Harley perguntou rindo.

— O Johnny não deixou ninguém dormir. Ficou cantando uma música irritante e berrando a noite inteira.

— Que dó... – zombou Raquel.

— É. Você ri porque não é com você – resmungou Will.

— Vamos logo, a aula já vai começar.

Seguiram para a área das piscinas junto com os demais alunos do 1º Alfa. A professora já estava no lugar, uma mulher super bronzeada, de cabelos castanhos presos numa longa trança.

— Olá! Sou a professora Tânia e irei ministrar as aulas de Educação Física. Não confundam minha matéria com a do professor Gregory: ele dá prática de poderes e eu apenas lhes ajudarei a trabalhar o corpo. Não adianta apenas ter uma mente forte para controlar suas habilidades se o corpo não consegue acompanhar. Por isso iremos nos exercitar vezes na piscina, vezes na academia, e para as meninas ainda terão aulas de dança.

Muitos começaram a comentar animados:

— Agora meninos, tirem as camisetas primeiro e entrem na água sem jogá-la toda para fora, façam o favor!

A professora parecia ser bem durona, apesar de sua bela aparência. Os garotos tentaram – eu disse TENTARAM – não derramar tanta água enquanto pulavam infantilmente na piscina.

— A piscina está rasa porque não sabemos se todos nadam. No entanto, se quiserem-na mais funda, eu acionarei o painel lá dentro e o chão abrirá para um novo nível. O máximo de profundidade chega a ser cinco metros, então não esperem muito.

Raquel deu um passo para trás:

— Eu não sei nadar...

— Regras da piscina! – continuou a professora – Nada de comida, nada de sujeira, nada de perversão contra as meninas e nada de afogar os colegas! Agora, quero vinte voltas pela água! Pra já!

Enquanto os meninos faziam o exercício, as meninas esperavam sentadas sob o sol. Muitas aproveitavam a estrela quente para bronzear-se e encher-se de vitaminas. Brook amava ficar sob o astro, pois isso alimentava suas forças. Stella não podia dizer o mesmo, pois sua pele clara e sensível odiava o calor.

— Eu vou ficar na sombra! Odeio sol!

Alunos mais velhos apareceram nas outras piscinas para treinar. Um deles resolveu brincar com os colegas e congelou a água.

— Porra Thiago!

— Que merda!

Tânia logo viu a brincadeira e afastou-se de sua turma para por ordem na bagunça:

— Que dó – Raquel comentou rindo do pessoal. Nesse instante, Stella voltou correndo da sombra com cara de quem viu um fantasma.

— Que foi Stella?!

— A Alicia ta vindo aí com aquelas outras garotas!

— Caracas, é mesmo! – lembrou-se Harley – Elas marcaram a briga delas pra hoje!

— E aqui! – completou a loirinha sacudindo as mãos de nervosismo.

Dito e feito, a turma de Alicia chegou à piscina e logo vieram as garotas que haviam sido desafiadas.

— Pensei que fossem desistir de medo – Alicia provocou.

— Medo? Há, há! Só se for medo da feiura de vocês – a outra rebateu.

— Chega de demora! Meninas...

E Blake colocou um rádio no chão e apertou o play. Imediatamente começou a tocar uma música animada:

— Agora meninas! – exclamou Alícia – Cinco, seis, sete e oito!

E o trio começou a dançar em sincronia. Deviam ter ensaiado a semana inteira. Os garotos do primeiro ano saíram animados da piscina para assistir a performance e os alunos mais velhos vieram do outro lado também para assistir.

As garotas dançavam de forma sensual e provocativa, sem esquecer um passo se quer que era executado com precisão. Terminada a vez delas, a chuva de aplausos e gritos foi imensa.

— Meu Deus, era só o que precisávamos – comentou Harley – Um bando de vadias putando na aula...

As garotas riram e foi a vez do outro grupo dançar. Uma nova coreografia entrou, também sensual e mais provocativa, se isso é possível. A professora Tânia retornou para sua ala como se nada acontecesse e ainda aplaudiu o grupo:

— Muito boa, elas... – comentou para um aluno, fazendo cara de admiração.

As garotas terminaram de dançar arrancando mais aplausos e gritos do que o grupo de Alicia. Esta revoltou-se com o resultado e num ato de desprezo, chutou o pequeno rádio, destruindo-o.

— O que?!

— Qual é Alicia? Por que fez isso sua piranha?!

— Eu cansei de vocês! Se EU não ganhar, ninguém mais vai!

E as garotas começaram a gritar, discutir e espernear umas pras outras. Tânia entrou no meio da briga pra tentar separar e os demais alunos só agitavam mais. Uma das garotas ergueu os braços para discutir e sem querer acabou empurrando Raquel que perdeu o equilíbrio e caiu na piscina.

Devido a briga, ninguém dera atenção a garota, e os poucos que viram se quer se importaram. Harley, Keira e Stella começaram a gritar tentando ajudar a amiga. Foi quando Stella berrou que alguém finalmente ouviu:

— Alguém ajuda!!! Ela não sabe nadar!!!

E instantaneamente, um vulto mergulhou dentro da água e nadou até a garota. A piscina era uma das mais fundas e levou mais tempo que o esperado para finalmente alguém emergir da água.

Era um rapaz de cabelos muito pretos e olhos verdes, um pouco magro demais, mas que conseguiu sair da piscina com a castanha em seus braços. Raquel tossia muito e seu rosto estava avermelhado.

O garoto deitou-a no chão e foi quando as garotas da briga perceberam que algo havia acontecido e viraram-se para olhar:

— Ela está bem?! – Tânia perguntou preocupada aproximando-se as pressas.

— Você está bem? – o rapaz perguntou docemente à castanha. Esta encarou seus olhos verdes cobertos pelos cabelos negros e sentiu suas bochechas ficarem mais vermelhas ainda.

— Tô...

— Que bom – e ele sorriu. Harley ajudou Raquel a se levantar com dificuldade.

— Leve ela para a enfermaria – ordenou a professora – Os demais circulando. A aula acabou.

O rapaz que salvara Raquel ainda olhou para trás algumas vezes enquanto seguia sua turma de volta pra piscina. Keira e Stella perceberam e se entreolharam sorridentes:

— Agora só falta você – a loirinha brincou. Keira revirou os olhos e deu um peteleco na testa da menina.

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— Hum, está tudo bem com você – anunciou a enfermeira, uma senhora rechonchuda e um pouco resmungona – Odeio as sextas-feiras! Sempre me aparece um ferido por alguma brincadeira idiota!

— Ela não estava brincando. Umas garotas bateram nela sem querer.

— Sexta só não é pior que segunda – continuou falando a mulher, ignorando Harley – Sempre aparece um preguiçoso inventando uma doença nova só pra descansar. Umas crianças vocês são! Sim!

Raquel revirou os olhos e mostrou a língua pra enfermeira:

— Tá melhor mesmo?

— Tô... – ela respondeu lembrando-se por acaso do rapaz que lhe salvara. Seus olhos eram... – Quem me salvou?

— Ah... Gamou, né?

— Para Harley! Só tô perguntando pra agradecer depois.

— Hu, sei...

— É sério!

— Ah, sei lá quem ele é. Deve ser aluno mais velho.

Raquel sentiu-se decepcionada. Precisava saber quem era seu herói. Precisava agradecer, conhece-lo, ou apenas saber seu nome. Sim, ela precisava.

— Raquel! Tá bem? – Stella perguntou preocupada.

— Sim Stellinha, valeu. Tô morrendo de fome!

— A gente pegou sua comida.

A castanha sentou-se a mesa e devorou o prato como se não comesse há anos. As meninas assustaram-se com a cena, mas logo riram. Todas comiam animadas, comentando sobre a briga de Alicia quando o microfone foi ligado no palco e todos ergueram a cabeça.

— Será que é pra falar da briga? – Stella se perguntou vendo a professora Morgana ajeitar-se.

— Boa tarde a todos. Espero que estejam satisfeitos com o banquete! As meninas da cozinha estão se dedicando pra valer!

— Eu vou me casar com uma delas! – gritou um dos alunos e todos riram.

— Que bom, Chade. Bem, não vim aqui para lhes dar bronca, podem ficar tranquilos. Vim somente avisar-lhes de que está se aproximando o Festival da Primavera no parque da cidade e a escola foi convidada a participar. Pra quem nunca foi, o festival é um dia de festas, danças, apresentações e muitas comidas. Sei que muitos vão apenas pra namorar, mas é um dia lindo mesmo! Pra quem quiser ir, o ingresso poderá ser comprado na tesouraria no valor de 80 reais.

A chuva de protestos foi imensa:

— É, eu sei que está um pouco caro...

— Um pouco caro?! – gritou outro aluno – Vou ter que vender meus olhos!

— Não, não terá Vinicius, porque para aqueles que não puderem pagar, poderão recolher dinheiro prestando serviços ao colégio, como uma espécie de trabalho que será convertida em créditos para serem gastos no festival. Pensem bem nisto, pois a festa só acontece UMA vez por ano.

E a coordenadora saiu do palco. Muitos alunos correram até ela para obterem melhores informações:

— Ah, eu queria muito ir, mas não vou pagar tudo isso!

— É e EU não vou ter coragem de pedir grana pros meus pais.

— Então porque a gente não trabalha? – Stella sugeriu.

— Sai fora! Ano que vem a gente vai...

Todas concordaram e terminaram de almoçar. A próxima aula seria trabalhosa.

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Notas finais do capítulo

Pra quem não conseguir abrir o link da lanchonete: http://www.comerbeberetal.com.br/wp-content/uploads/2010/11/pin-up-06.jpg

xx



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