Dark Inside escrita por Weretroxeane


Capítulo 4
Alexandria


Notas iniciais do capítulo

Hey coisos!
Vão ter 3 capítulos na semana!
SEG, QUA e SAB ♥
(se por um acaso eu não conseguir postar exatamente nesses dias eu posto no dia seguinte)


BOA LEITURA!!



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Annabeth P.O.V


  Estávamos indo em direção ao norte na vinte e três. Abraham dirigia o trailer que estava com o Aaron antes, onde estavam todos os suprimentos que eles tinham encontrado, Espinosa estava no banco da frente com ele, logo atrás estávamos eu e Sophia, no banco á nossa frente estava Maggie e Tara, no outro estava Carl e Noah. No outro cômodo Carol estava deitada na cama com Judith, fazendo carinho nela enquanto ela adormecia, no mesmo cômodo, Sasha e Eugene estava em cantos separados.

  – Droga – ouvimos a voz de Abraham, praguejando alguma coisa. Eu me levantei, e fui até a frente ver o que estava acontecendo. A estrada estava com um bando de zumbis, se não uma horda. Abraham deve ter notado o meu olhar assustado – Eu consigo passar, só não sei se eles conseguem. – disse antes de começar a passar por cima dos zumbis.

  Ele estava falando de Rick, Glenn, Daryl e Aaron que estavam com um carro, bem menor que esse atrás de nós.

  Parecia que estávamos passando em uma estrada de paralelepípedos já que o trailer não parava tremer, mas eu sabia que eram apenas os crânios dos zumbis sendo esmagados, e eu acho que eu podia lidar com isso.

  Logo nós vimos algo laranja surgir no céu, Tara levantou.

  – Deve ser o amigo do Aaron – ela disse para o Abraham.

  – Então é pra lá que temos que ir – disse dando a volta na dezesseis.

  A dezesseis estava mesmo limpa, não tinha mais de um ou dois zumbis na estrada. Abraham atropelou todos.


[...]


  Não demorou muito até que chegássemos até o depósito da onde o sinalizador tinha sido disparado.

  Nós fomos saindo com cuidado e atentos, não sabíamos se aquilo era uma armadilha. Ouvimos um barulho e logo todos empunharam suas armas.

  Sophia puxou a manga da minha blusa, apertando o meu braço, aquilo era bom, significava que ela estava perto de mim. Mesmo se ela não estivesse eu estaria bem, estava começando a confiar nessas pessoas.

  Pensei em pegar a arma que o Rick havia me dado mais cedo, mas lembrei que tinha esquecido de pedir para Carl me ensinar, eu poderia atirar no meu próprio pé se tentasse, por falta de experiencia resolvi deixa-la aonde estava, dentro da minha mochila.

  Tirei a faca do cinto, ouvimos uns grunhidos dos zumbis e logo depois o som de algo caindo fez com que ficássemos alerta. Logo depois ouvimos alguns gemidos abafados.

  — Vamos entrar — Abraham disse fazendo um sinal com a mão, nos mandando ir.

  Não tinha zumbis, pelo menos não na entrada.

  Logo depois entramos. O depósito não era muito grande, era dividido em dois cômodos. O último cômodo nos chamou atenção. Ele estava sendo iluminado por velas, e eram de lá que vinham os gemidos. 

  Espinosa que estava na frente correu até lá. Todos nós corremos atrás dela. Vi ela puxar a faca do seu coldre aonde estava a sua arma e logo colocar a faca no que eu distingui que fosse um zumbi.

  Maggie chamou alguns de nós para ajuda-la. Ela estava procurando alguma bandagem, ou um pano que servisse como um.

  Tara, Noah, Carol e Abraham foram para a entrada do depósito, vigiar.

  Maggie pediu para que eu e Carl tirássemos o pneu de cima do homem. Quem diabos torce o pé com um pneu? Okay, o pneu era um pouco pesado.

  — Quer ajuda? — perguntei para Maggie. Ela assentiu. Procurei por algo que pudesse manter o pano em seu tornozelo. Logo depois ela pegou uma vara de metal, talvez para que ajudasse a desinchar. Achei uma fita adesiva e entrei a Maggie, deixando que ela terminasse o seu trabalho.

  Fui até o segundo cômodo do depósito — Maggie ainda cuidava do amigo de Aaron, Espinosa tinha ido para entrada com o resto, então no segundo cômodo só estava Sophia, Judith eu e Carl.

  Sophia parecia gostar de ficar com Judith, o que era estranho e eu não sabia se era algo bom. Não era bom nos apegar as pessoas, sempre tem sido eu e a Sophia e eu acho que se nós acabarmos gostando deles vai ser mais difícil quando nós os perdemos, mas eu não ia impedi-la de brincar com Judith.

  Abri a minha mochila e joguei um dos pacotes de aveia que tinha nos suprimentos de Aaron para Sophia, logo que ela pegou abriu e começou a comer. Me sentei do lado de Carl e lhe ofereci um, ele pegou e fez a mesa coisa que Sophia, logo sendo seguida por mim.

  — É a arma do meu pai? — Perguntei apontando com a cabeça para a minha mochila que estava aberta. Eu assenti.

  — Ele me deu — disse olhando para um ponto distinto, para o nada, enquanto comia o pacote de aveia. — Só que eu não sei usar — balancei os ombros. Eu não estava brincando quando disse que poderia dar um tiro no meu pé.

  — Posso te ensinar... quero dizer — ele limpou a garganta eu não sei o por quê, mas tive vontade de rir — se você quiser — eu sorri e olhei para ele de relance.

  — Eu já ia pedir mesmo — ele soltou um riso nasalado. Bebeu um um gole de água em sua garrafa e logo depois voltou a olhar para mim. Ele semicerrou os olhos, eu virei voltando á olhar para o nada, achando que ia ser passageiro, mas seu olhar sobre mim começou a me irritar.

  — O que foi? — ele pareceu piscar os olhos, mas logo negou. Colocou sua mão sob a minha no chão, o toque me assustou, fazendo com que eu puxasse a minha mão para mim.

  — Me desculpa — ele se levantou, e saiu do cômodo negando para si mesmo.


[...]


  Rick havia nos encontrado, e graças á Deus estava tudo bem com eles. Rick decidiu que passaríamos a noite ali.

  Pegamos os cobertores que tinham no trailer de Aaron — e o mesmo trailer que Abraham tinha colocado na entrada do depósito para que atrasasse qualquer zumbi que tentasse entrar.

  Agora os cobertores estavam espalhado no chão e maioria das pessoas já dormiam, inclusive Sophia. Rick ainda não dormia, mas estava deitado com o braço servindo de travesseiro para Judith.

  — Sua vez — levantei minha cabeça para ouvir Noah. Ele estava se referindo ao fato de ser meu turno, eu tinha me voluntariado para a troca dos turnos, já que a insonia me atingia, mais uma vez. 

  Estendi a mão para que ele me ajudasse a levantar, ele me puxou para cima, fazendo com que eu reprimisse a risada para que eu não acordasse ninguém. Vi Noah se sentar aonde eu estava, quando eu voltasse teria que arranjar um novo lugar para dormir.

  A noite não estava tão fria como a de ontem, claro, depois da tempestade o mormaço havia ficado mais quente. 

  Avistei uma silhueta, e logo que vi o chapéu soube quem era. Carl Grimes. 

  — Hey – Ouvi ele me cumprimentar, eu troquei o peso de um pé para o outro.

  – Não sabia que estava aqui, eu vou vigiar do outro lado – disse apontando para o nada, já que o "outro lado" era distante dali, praticamente tinha que dar a volta no depósito.

  – Não, tudo bem, fica – eu não sabia o que fazer. Eu não queria ficar perto dele, na verdade eu queria, por isso não podia. Não podia me apegar á eles.

  – Não podemos deixar o local desprotegido – eu assenti, mas para mim mesma, pensando se aquela era uma boa desculpa. Ele abriu a boca, para falar algo, ele se aproximou de mim, mas depois recuou, talvez ele já tenha entendido.

  – Tudo bem. Tome cuidado – eu não disse mais nada, apenas assenti e me virei. Era o certo a fazer... Bem, minha mente não estava totalmente certa disso.

 

[...]

 

  Nós já estávamos perto de Alexandria, segundo o mapa que eu segurava. Logo que o trailer parou o Rick foi o primeiro á ir até a porta e entrar, depois todos nós o seguimos.

  Apesar de não ter nada na parte que estávamos o clima lá dentro era totalmente diferente. Podíamos ver algumas casas de longe, pois a maioria delas estava sendo tampadas pelas árvores. 

  Quando chegamos á um lugar um pouco mais afastado da "civilização" vimos uma daquelas mesa de metal que os cirurgiões usam para colocar seus instrumentos de trabalho.

  — Se forem ficar, precisam entregar a sua arma — uma mulher disse. Ela não parecia ter estado lá fora, estava limpa e parecia com medo, mas tentava ser o máximo gentil possível. Eu também ficaria com medo se estranhos entrassem na minha casa.

  — Não sabemos se vamos ficar – de algum modo todos estavam na defensiva, eu conseguia perceber, consegui ver até Sasha colocar a mão na pistola que estava na sua cintura. 

  – Pelo período que passarem aqui, quando saírem podem levar – a mulher engoliu em seco, Aaron lhe mandou um olhar reconfortante, o que fez a mulher respirar fundo.

  Rick pensou um pouco e depois tirou as duas armas que estavam com ele. Logo depois a mesa foi se enchendo de armas, nem eu fazia dimensão de que eles tinham tantas assim. Quando chegou na minha vez também fiquei relutante. Abri a mochila e me abaixei, já que a parte de cima não cabia mais nenhuma arma. Coloquei ela lá em baixo.

  – Não tive nem tempo de estourar a cabeça de um deles — resmunguei. Apesar de saber que quase ninguém me ouvira. 

  Logo depois voltamos a andar. Nem tinha percebido que o amigo do Aaron — que recentemente descobri ser namorado – não estava mais conosco. Talvez já estava sendo cuidado em enfermaria em algum lugar por aqui. 

  – A Dianna vai falar com vocês – Aaron disse, paramos em frente a uma casa grande – Rick primeiro? — ele deduziu, Rick mudou o peso do corpo de um pé para o outro e assentiu. Nós entramos na casa. Ela era bem decorada, muito parecida com as casas que estavam lá fora, a diferencia era que ela não estava com cheiro de mofo, ou completamente empoeirada, ela me lembrava a minha casa antes de tudo isso começar. 

  Aaron chamou por Rick, e Rick o seguiu escada á cima. Nós não tínhamos nada para fazer ali, então apenas ficamos cada um encostados em um canto. 

  Não demorou muito até Rick sair e assenti, um gesto que nos dizia que estava tudo bem. Logo depois mais pessoas foram entrando. Não demorou muito até que fosse a minha vez.

  — Se importa se eu gravar? — a mulher que julguei ser Dianna perguntou assim que eu entrei na sua sala. Ela era bem decorada assim como a parte da casa que estávamos, havia uma prateleira cheia de livros e em frente uma cadeira estofada. Eu assenti.

  — Na verdade, sim — eu engoli em seco. Nunca me sentia á vontade em frente de câmeras , desde o anuário escolar até agora, com a câmera apitando o flash vermelho. — Mas não importa – ela assentiu. Se sentou em um sofá e logo depois apontou para que eu me sentasse na cadeira. 

  Ela começou a fazer as perguntas. Eu respondia as que eu entendia, e tentava me manter confortável em frente a gravadora. 

  Era possível me ver já querendo sair por aquela porta, eu odiava entrevistas e testes, tinha que lembrar de agradecer a Rick por ele só ter feito três perguntas.

  — Vocês são o primeiro grupo que trazemos para cá – agora não era uma pergunta, o que fez com que eu prestasse atenção nela – Precisamos de gente do lado de fora – ela falava como se aquilo fosse algum lugar que eles nunca saíam, que não sabiam o que tinha lá fora. Mal sabiam que o mundo estava condenado. 

  – Eu não era um grupo, até ontem, eramos só eu e minha irmã – disse, ela havia me perguntado sobre Rick – Daryl nos salvou, eu acho que se ele não estivesse com o Rick nós estaríamos aqui agora — ela assentiu e agradeceu, logo depois desligou a câmera. 

  — Seja bem-vinda á Alexandria.

   


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Deixem suas opiniões, obg, dnd

Beijocas no core de vcs



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