The Golden Curse escrita por CC e Ana


Capítulo 2
Capítulo 2 - Noite de Pânico


Notas iniciais do capítulo

Yo pessoal, daqui CC!! Há quanto tempo né? Espero que estejam a gostar deste novo projecto nosso, sei que ainda é cedo mas prometemos uma grande história para vocês. Mas vamos ao que interessa, boa leitura.



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Um silêncio quase palpável instalara-se naquele espaço. Era como se um campo invisível parasse o tempo esperando por alguma reacção.

Entre outros pensamentos a mente de Ana só tentava arranjar uma maneira, de preferência desagradável, de se livrar daquele homem. E o sorriso presunçoso na cara dele não estava a ajudar.

— Então, alguém vai explicar o que é que se passa aqui? - É Cátia a primeira a expressar-se.

— Isto não é nada do que estás a pensar senpai.

— Eu não pensei em nada. Na verdade a única coisa que me incomoda é porque é que estou toda rota e cagada e ele parece que saiu da loja da Prada.

Uma gargalhada ecoa pelo edifício. Se soubesse que o mundo se tornara tão interessante teria aparecido mais cedo. Dava a impressão de que a humanidade aprendera a apreciar o belo humor negro resultante de momentos de crise.

— Sem querer ser indiscreto, minhas caras jovens, porque é que estão a treinar tiro ao alvo quando o vosso inimigo é uma "peste"?

A resposta "para nos livrar-nos de tipos como tu" quase escapou da boca de Ana juntamente com uma veia que se tornava cada vez mais saliente na sua testa. De todos os momentos que ele escolhera para aparecer aquele não fora de todo o melhor. Afinal ainda não encontrara uma maneira de contar o que fizera a Cátia sem que ela a tentasse matar. Isso e o facto de não ter ideia de como evitar que a amiga fosse mais uma vítima daquele surto.

***

Alguns meses antes

O sol acabara de se pôr. Mesmo querendo que o tempo passasse a correr para poder ir para casa naquele dia o relógio parecia ter parado.

Terminava as limpezas do seu local de trabalho, esperando pacientemente que o patrão aparecesse para fechar o café quando alguns relâmpagos se fazem ver no céu. Era estranho como de um dia ensolarado tal e qual aquele agora que se fizera noite começara a trovejar. Bom, se havia coisa que não andava normal era s meteorologia.

— Cátia, assim que terminares podes ir embora.

— Ok. É verdade chef...

A frase morre-lhe a meio caminho. Se não acabasse de assistir não acreditaria. O que antes era o seu chefe de um momento para o outro transformara-se num monte de areia aos seus pés. Um grito ficara entalado na garganta tal não era o choque. Por outro lado, no exterior os gritos de horror e pânico começavam a ouvir-se confirmando que aquele incidente não fora imaginação sua.

Largando tudo a rapariga sai a correr. Precisava de ver a sua família e ter a certeza que tudo não se transformara num monte de areia.

Era impressionante como uma aldeia tão sossegada podia entrar em pânico tão depressa.

— Senpai!

A voz conhecida tira-a do pesadelo que se tornara aquela noite.

— Ana. O que fazes aqui? Tenho de ir a casa.

— Esquece. As estradas estão cortadas e já começaram a evacuar as pessoas. Se nos apanham levam-nos para sabe-se lá onde.

— Como é que podes estar tão calma?! Já olhaste à tua volta?

— Desculpa Cátia, mas o meu momento de choque já passou. Vi muita merda no caminho até aqui.

Pela cara dela decidiu não insistir. A única coisa que podiam fazer era fugir. Logo pegaram no carro e arrancaram pelas vias mais desconhecidas.

Finalmente mais calma as mãos pousadas no seu colo não paravam de tremer. Não conseguia acreditar no que estava a acontecer, só pensava que tinha de sair dali antes que alguém notasse que havia algo de diferente em si.

Se não fosse por aquele homem...

Ana acabara de trocar de roupa para sair da loja onde trabalhava quando um dos clientes habituais do nada desaparece. No principio é tudo tão rápido que a rapariga mal se apercebe do que realmente aconteceu mas é quando o segundo cliente, que estava ao seu lado, tem o mesmo destino que ela toma consciência da realidade. As pessoas à sua volta estavam a transformar-se em areia.

Os murmúrios desesperados e loucos que começara a ouvir distraíram-na por momentos. O seu colega de trabalho, conhecido pela paixão obsessiva pelo oculto, encontrava-se a desenhar circulos e símbolos estranhos no chão enquanto cantarolava qualquer coisa que parecia saída de um filme de terror barato.

Não sabia se era ironia do destino ou uma simples piada de mau gosto mas não é que  aquela treta funcionara? Um brilho estranho surge nas linhas do feitiço tosco e com um sorriso vitorioso o rapaz vira um montinho de areia insignificante.

E entre todo aquele caos aparece um homem com um maço de dólares na mão encarando desinteressado os arredores.

— Foste tu? Ah, foi este. - O homem dá um pontapé no que antes fora o seu conjurador espalhando os grãos por todo o lado. - Bom, que seja. Não há-de ser uma viagem perdida. Tu aí, mocinha. O meu nome é Astaroth, o demónio da ganância, e enquanto eu te proteger tu serás a minha cadela.


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Notas finais do capítulo

E que tal? Vá lá pessoal deixem a vossa opinião ^^



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