Will I Love You? escrita por BTShiver


Capítulo 8
Day Five. What Happened Here?


Notas iniciais do capítulo

Demorei? Demorei. U mês exato.
Motivos?
Estou quase tirando abaixo da média no boletim de matemática. Se isso acontecer, adeus livros, computador, celular e Nyah!, então preciso estudar muito. Sou de humanas, matemática não faz sentido.
Livros e mais livros e mais livros que preciso ler para o professor e para mim mesma.
Bloqueio criativo. Esse não preciso nem explicar.
Mesmo assim, espero que gostem.
Só pra lembrar, se quiserem ver o POV Bianca do capítulo, entrem na conta da Favorite Girl ou apenas peguem o link no último capítulo (notas).
Hope you enjoy!
Kisses,
W.S.



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Dizer que acordei de mau humor é um eufemismo. 

Tinha vontade de jogar tudo pela janela. Mais do que o normal. Apenas o som da respiração de Zabini, que dormia serenamente do outro lado da barricada de travesseiros, já me fazia querer bufar e socá-lo. De novo, mais do que o normal. 

Sentei na cama tentando não assassinar o ser ao meu lado com um dos travesseiros e encarei o seu rosto. Até parecia um ser humano normal com os olhinhos fechados, a expressão calma e tranquila, sem nenhum risco do sarcasmo habitual. Alguns fios de cabelo caiam em sua testa, mas eu não tinha a mínima vontade de tirá-los de lá. Que crescessem e o asfixiassem.

Cutuquei o seu ombro com força, não conseguindo nenhum resultado. Bufei e o chacoalhei. Nada. Será quer se o matasse com uma pena do travesseiro e alegasse que se asfixiou durante o sono iria para Askaban? 

Achando melhor, mas menos satisfatório, não arriscar, usei um método mais antigo e eficaz: dei um tapa no seu rosto. Em segundos, a marca vermelha no formato da minha mão começou a aparecer em sua bochecha alva. Ri com o que as pessoas provavelmente pensariam disso quando o vissem na aula ou pelos corredores.

Surtindo o efeito desejado, o tapa acordou-o com um sobressalto. Zabini sentou-se na cama e me encarou, os olhos ainda meio anuviados do sono, mas já conscientes do que eu havia feito. Raiva começou a manchar as íris azuis, que escureceram alguns tons, quase chegando a violeta. Tive vontade de rir, e, aparentemente, um sorriso acabou escapando por meus lábios, pois ele pareceu ficar ainda mais furioso.

— O QUE CARALHOS VOCÊ PENSA QUE ESTÁ FAZENDO? - berrou. Tornei a abrir um pequeno sorriso sarcástico. Ao que parecia, meu dia não seria uma perda total. 

— Eu tentei te acordar delicadamente, mas você dorme como uma rocha afogada. – disse. Ele encarou-me, um ponto de interrogação pairando sobre a cabeça. – Ah, esquece. Só levanta e me segue, tenho que arrumar os meus materiais e pegar as roupas. – Ele bufou e revirou os olhos.

— Você não me dá ordens, nanica. – Encarei-o.

— Nanica, sério? Nanica o seu rabo, idiota. – Foi a sua vez de abrir um sorriso de canto pra lá de irônico.

— Acho que não fui o único que acordou de mau humor, não? – Resmunguei e levantei. Ele seguiu, obviamente porque nenhum ser vivo desobedece às minhas ordens.

Ajeitei todos os materiais e roupas e segui-o até o seu quarto, onde fez o mesmo. Quando estávamos na porta do mesmo, desatei a correr até o final do corredor, batendo a porta e trancando-a rapidamente assim que entrei no banheiro. Sorri enquanto ouvia o poste moreno praguejar por detrás da porta.

Tomei um banho e arrumei-me mais rápido que o habitual, pois tínhamos de mostrar a escola para a garota nova. Ainda não havia me esquecido da sua reação ao descobrir que sou uma Malfoy.

Depois que o Zabini saiu do banheiro – demorando mais que a rainha da Inglaterra – fomos até o Salão Principal. Estava quase vazio graças ao horário, mas quase tive um ataque ao reconhecer uma das cabecinhas da mesa da Gryffindor. Tristan estava comendo panquecas e bebendo algo que parecia suco de abóbora.

Corri até ele sem me importar com o Zabini ou com a aposta, simplesmente esmagando meu irmãozinho assim que cheguei até ele. Ty havia sido liberado na noite anterior após o jantar, mas ninguém se dignou a me avisar porque “não queriam que eu me preocupasse ou tentasse invadir o dormitório masculino da Gryffindor”. Humpf. Claro que eu não faria aquilo. Eu nunca tento. Eu faço.

Comemos todos juntos, minha atenção inteiramente voltada a Tristan, Christopher totalmente esquecido. Isso, claro, até que a novata chegou e estragou meu brilhante momento.

Alguém colocou a mão em meu ombro e reconheci a voz de Bianca ao perguntar o meu nome com voz esganiçada. Encarei-a colocando o máximo de cordialidade possível em meus olhos. Eu era uma boa pessoa. Não julgava pessoas sem conhece-las. Ela provavelmente só estava assustada por chegar em Hogwarts aos 16 anos.

— Vamos para o nosso tour particular? – Zabini brotou ao nosso lado (não que ele não estivesse lá antes, mas havia ficado tão quieto que eu o esquecera) e levantou-se. Fiquei ao seu lado e seguimos pelo castelo.

Mantive-me quieta na maior parte do tempo quieta, deixando que o garoto conduzisse a excursão. Bianca pareceu maravilhada com tudo o que viu. Era um pouco como se tivesse onze anos novamente. Escondi um sorriso ao pensar nisso.

Logo, minha mente vagou a Tristan e desliguei-me inteiramente do resto do mundo. Seguia os outros dois mecanicamente, sem nem saber onde estava. Todos os meus esforços até aquele momento tinham sido em vão. E aquela novata me tirava um tempo precioso que podia ter sido usado para pesquisar em mais livros.

Voltei à vida real quando senti meu pé prendendo em algo – que posteriormente descobri ser o último degrau que levava à Torre de Astronomia – e senti meu corpo indo para a frente, em direção ao chão.

Escapei de levar um tombo que quebraria meu nariz graças a duas mãos, inconvenientemente indecentes, que seguraram-me nas bolas. Seios. Como queira chamar. Ao recuperar o equilíbrio, afastei-me do Zabini, que me encarava com divertimento e um resquício fino de medo nos olhos.

Senti quando minhas bochechas começaram a ficar impossivelmente vermelhas. Não de vergonha, mas de raiva. Muita raiva. Sem nenhuma palavra, aproximei-me dele e acertei a mesma bochecha que havia batido antes com toda a força do meu corpo.

Já comentei que jogo quadribol, não?

O barulho ecoou pelo ambiente. A novata, ao meu lado, estava pasma. Era praticamente possível ouvir as engrenagens do seu cérebro girando e processando a informação. Esquecendo-a por um instante, concentrei toda a raiva e ódio que sentia no olhar que lancei a Zabini.

— Nunca. Mais. Toque. Nas. Minhas. Bolas. – disse pausadamente, como se falasse com uma criança. Uma criança que nasceu sem cérebro. – Ou em mim, no geral. Quero essas mãos asquerosas longe da minha pessoa. – ele me examinou da cabeça aos pés de um jeito ainda mais enervante.

— Certo. Eu vou deixar as minhas mãos longe de você até que volte implorando por isso. – outro sorriso de lado, dessa vez com um toque de malícia transbordando tanto na voz quanto no próprio sorriso. Ainda mais brava, passei a encará-lo enquanto ele retribuía o olhar, e provavelmente ficaríamos naquele joguinho infinitamente, porém Bianca fez um barulho atrás de nós, como se tivesse engasgado.

— Vou procurar o Gael. Tchau. – e saiu andando apressada, trombando com Alyssa na saída. A loira me fitou com uma sobrancelha arqueada por alguns segundos.

— A tensão sexual já está forte desse jeito? – andei até ficar ao seu lado e lhe dei um tapa atrás da cabeça. Ela murmurou um “ai” e virou, pegando o meu braço. Não esperei para ver se o Zabini estava nos seguindo, apenas desci as escadas com minha prima e fomos para a primeira aula do dia, que, no caso, era voo.

Passei no meu dormitório com Aly para pegar a minha vassoura e fomos para o campo, onde vários alunos estavam vegetando. O professor de voo, sr. Hartwick, um homem careca de meia idade, ainda não tinha chegado. Subi na vassoura e dei umas voltas pelo ar, matando a saudade do ar. Fazia algum tempo desde que havia voado pela última vez, devido a todos os problemas que passava enfrentando.

Esvaziei a cabeça durante todo o resto daquela aula, apenas fazendo os exercícios que o professor mandava e focando-me na vassoura. O vento no cabelo e a sensação de voar trouxeram-me uma liberdade bem-vinda e aquela acabou cedo demais.

Quando fui para a próxima aula (despachei a vassoura comum feitiço), notei que um garoto que parecia ser do sétimo ano me encarava fixamente. Os cabelos do tom mais comum de castanho eram cortados em estilo militar e seus olhos eram amendoados. Tinha a pele morena, como se fosse latino. Estranhando, parei em sua frente. Ele continuou a me encarar.

—Posso ajudar? – perguntei de maneira polida. Ele passou os olhos por todo o meu corpo e deu um sorrisinho.

— A sua hora está chegando. – e saiu correndo, as roupas da Hufflepuff esvoaçando enquanto dobrava o corredor e sumia. Eu poderia ter corrido atrás daquele ser, mas a surpresa plantou-me no lugar em que estava, o cérebro correndo a mil.

— O quê? - perguntei ao nada com uma careta. 

O que diabos fora aquilo?


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Notas finais do capítulo

Eu sei que é chato ler em todos os capítulos as súplicas de uma autora pedindo comentários, mas qualquer um que escreve sabe que isso ajuda muito na hora de continuar as histórias e não desanimar, e eu estou precisando de animação no momento, ok?
Ok.
Kisses,
W.S.



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