Will I Love You? escrita por BTShiver


Capítulo 7
Day Four. A Stranger At Home.


Notas iniciais do capítulo

Não demorei tanto quanto o normal, mas também não veio voando.
NOTAS IMPORTANTES!
Só pra explicar: haverá alguns crossovers entre Will I Love You e Mais Que Uma Bruxa, da Favorite Girl ( https://fanfiction.com.br/historia/691587/Mais_que_uma_bruxa/ ). Não afetará muito o curso da história, mas seria interessante se vocês ficassem ligados nas duas, porque é interessante ler o ponto de vista da Eris e depois o da Bianca.
PS: um pequeno spoiler: pra falar a verdade, uma história influenciará um pouco no curso da outra, sim.
Hope you Enjoy!
Kisses,
W.S.



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Meu dia foi uma merda.

Antes das aulas, visitei meu irmão na Ala de Enfermagem, onde ele ainda estava internado por mais um ataque. Tinha vontade de chorar só de vê-lo naquele estado, as olheiras profundas, tez pálida. Ty ficou feliz ao me ver, mas me enxotou da sala assim que viu que as aulas estavam prestes a começar. Zabini, aquele inútil, teve de esconder-se na Capa da Invisibilidade dos gêmeos para não levantar suspeitas do mais novo. Ficava com raiva cada vez que e lembrava que ele estava empesteando o ambiente, escondido sobre a Capa. Aqueles eram momentos preciosos para mim, e não queria compartilhá-los com aquele bastardo cabeça-dura.

Tristan era minha prioridade, mas não podia me descuidar dos estudos, por isso prestei atenção às aulas e tomei todas as notas, como sempre. Zabini parecia tão inquieto quanto eu e, no segundo em que a última aula acabou, basicamente voamos até a biblioteca. Mais duas pilhas colossais de livros lidos, e nada de útil. Aquilo era frustrante.

Só saímos da biblioteca quando os Potters e Zeke nos arrastaram para fora da biblioteca. Chegamos atrasados, mas não mudou muita coisa, visto que ninguém tinha começado a comer ainda, estavam apenas conversando ao redor das quatro mesas gigantes.

Minerva levantou-se e as conversas passaram a murmúrios. A comida ainda não havia sido servida, mas não havia nenhum motivo evidente para um comunicado. A diretora fez um sinal e os estudantes ficaram em silêncio.

— Hoje, receberemos uma nova aluna em Hogwarts. Bianca Miller foi criada como trouxa e tem dezesseis anos. Como não segue os procedimentos padrões, ela terá aulas particulares com os professores e com o funcionário do Ministério da Magia Gael Muniz. As únicas aulas que compartilhará com o sexto ano serão de voo e História da Magia. Espero que a recebam bem.

As portas se abriram e uma menina apareceu. Ela tinha cabelos castanhos um pouco abaixo dos ombros, olhos aparentemente da mesma cor e pele um pouco mais escura que a minha. Ela não tinha muito corpo, mas ficava bem com as roupas que vestia. Parecia ao mesmo tempo maravilhada e assustada. Sentou-se no banquinho destinado aos alunos do primeiro ano, que pareceu pequeno demais, e Minerva colocou o Chapéu Seletor na sua cabeça. A garota pareceu confusa por alguns momentos, e então o objeto berrou em alto e bom som:

— SLYTHERIN! – a mesa explodiu em aplausos. Acompanhei, mesmo não estando com humor para tudo aquilo. Bianca caminhou timidamente até o único espaço vago na mesa, que, no caso, ficava ao meu lado.

— Eris Malfoy e Christopher Zabini, os monitores-chefes, devem mostrar a escola e ensinar o básico sobre as regras do local e horários. Conte com eles se precisar de algo. – Minerva completou e sentou-se. A comida apareceu, e todos voltaram a conversar audivelmente com o som dos talheres ao fundo.

Antes que eu pudesse me apresentar à novata, Alyssa cutucou o meu estômago e virei para fita-la. Ela olhava para a entrada do Salão principal. O motivo? Um homem simplesmente lindo entrava discretamente pela porta. Gael, supus. Ele tinha no mínimo 1,85 de altura, ainda assim mais baixo que o Zabini, mas relevemos isso, loiro, musculoso, mas de um modo discreto. Ele caminhou até Bianca e parou ao seu lado. Ele era ainda mais lindo de perto, com cílios grossos e mãos de pianista. Seus olhos eram algo entre azul e verde.

— Slytherin então? – questionou com um meio sorriso. Pude sentir Alyssa se derretendo ao meu lado. – Pensei que fosse demais para você. – eu dei um meio sorriso naquele momento. Aquele era dos meus. – Mas você está na melhor casa, não posso negar. – ele tirou um pequeno brasão verde e prateado com a cobra da nossa Casa e entregou-lhe. Se meus olhos não me enganavam, aquilo era prata de verdade.

Bianca arregalou os olhos e, lentamente, ergueu a mão para pegar o objeto.

— S-sério? – questionou. Soava incrédula. As pessoas ao redor começaram a notar a cena e a encarar. Gael apenas sorriu e, a milímetros de deixar que a mão dela tocasse no broche, recuou e colocou-o na lapela da capa da garota, que corou um pouco.

O loiro ergueu-se novamente e olhou ao redor. Alyssa, atirada como sempre, não tardou em perguntar, com a sua melhor carinha de santa:

— Então você passará o resto do ano em Hogwarts? – cílios piscando. Ela conseguiu colocar a mesma quantidade de pureza e malícia na voz. Com a visão periférica, notei um Hufflepuff ruivo bem irritadinho com a atitude da loira. Ri internamente com o ciúme do babaca. O Zabini podia ser a escória da humanidade, mas aquele cara era pior.  

— É, eu vou. Ainda nos encontraremos muito por aqui. – ele piscou levemente o olho direito, mas foi tão discreto que poderia ter sido imaginação. O ruivo atrás de nós bufou, então creio que aconteceu mesmo. Olhei para frente e vi a expressão entretida do Zabini. Tristan ainda estava na enfermaria, então não pôde comparecer ao jantar. Meu coração se apertou ao lembrar daquilo. – Vou me sentar na mesa dos professores. Chame se precisar de alguma coisa. – ele disse, ainda olhando para Aly. Fitou rapidamente Bianca e depois seguiu para frente do Salão, onde os adultos comiam.

— ele é tão fofo! – Alyssa comentou com expressão exagerada antes de se servir. Dei um sorriso e me aproximei discretamente dela.

— Eu acho que esse aí já tem dona. – sussurrei e apontei por baixo da mesa para Bianca, que fitava as costas de Gael, distraída. Aly abriu um sorrisinho típico da Slytherin.

— Por esse aí vale a pena disputar, prima. – e colocou uma garfada de vegetais na boca. Servi-me e encarei a novata.

— Eu sou Eris Malfoy. Prazer. – e estendi minha mão. Ela abriu a boca para falar algo, mas um pensamento pareceu passar por sua cabeça, e o “Muito prazer” que deu enquanto apertava de leve a minha mão saiu forçado. Não gostei daquela garota.

— Só por curiosidade, quem são os seus pais? – questionou, parecendo um pouco confusa e ainda tensa. Por que diabos uma criada trouxa teria algo contra o meu nome? Afinal, não havia feito mais nada para que ela agisse assim. Contive a vontade de revirar os olhos com a pergunta. Todo o mundo bruxo foi abalado quando Rose Weasley resolveu casar com um Malfoy. Foi o escândalo do ano, principalmente o fato de ela ter deixado o noivo plantado no altar para sair da igreja com papai.

Mas o nosso mundo ainda era novo para ela, então apenas larguei a sua mão e respondi cordialmente.

— Rose Weasley e Scorpius Malfoy. – ela fez uma careta estranha, visivelmente forçada. O que tinha de errado com aquela garota? – O traste aqui do lado é o Christopher Zabini. Ele é o outro monitor-chefe. Se precisar de algo, chame um de nós. – sorrisinho simpático. Ela assentiu depois de analisar bem o Zabini, que parou de falar com o seu irmão quando ouviu seu nome, e serviu-se, parecendo querer evitar mais contato.

~*~

Não tinha a mínima vontade de ajudar a garota nova.

Tudo bem, ela foi encontrada aos dezesseis anos, o que era completamente estranho e anormal, não conhecia ninguém e nunca havia tido contato real com o mundo bruxo, mas mesmo assim... Tristan era mais importante. E não tinha simpatizado com aquela garota.

O problema era que, naquela situação inusitada, ficava a cargo de um dos monitores-chefes apresentar a escola à novata e explicar tudo o que era necessário. Em outras circunstâncias, eu poderia ter jogado a responsabilidade no Zabini, mas, bem, meus primos malditos certificaram-se que aquilo não acontecesse.

Quando o jantar terminou, Minerva veio ao nosso encontro e chamou Zabini e eu para um canto mais afastado do Salão.

— Os aposentos da srta. Miller encontram-se no andar dos seus dormitórios. A primeira porta à esquerda seguindo o corredor. – a diretora deu um sorriso e entregou ao Zabini um pergaminho que provavelmente continha os horários da garota nova. – Cuidem dela para mim, por favor. Ela deve estar sentindo-se inteiramente deslocada no momento. – sorri para Minerva. A cada ano que passava, ela parecia mais frágil, os cabelos brancos como a neve cada vez mais escassos e as rugas mais aparentes. Continuava linda, entretanto. Admirava muito aquela mulher. Precisa-se de nervos de aço para sobreviver à maior guerra bruxa, suportar todas as perdas e consequências do conflitos e ainda assumir o comando de Hogwarts naquele tempo de devastação.

— Claro, Diretora. – eu e Zabini dissemos ao mesmo tempo. Engoli uma careta e dei “tchau” para a idosa enquanto saía ao lado do bastardo até onde Bianca estava ao lado dos gêmeos, que conversavam animadamente com ela. Fechei a cara e apertei o passo.

— Certo. Bianca, nos acompanhe, por favor. Nós a levaremos até o seu dormitório.

— Ela não vai ficar na Slytherin? – questionou Jack. Bianca o encarava um pouco estupefata e maravilhada. Qual seria o motivo?

— Não. – respondi seca demais. – Como o caso dela é diferente dos demais, ela não se encaixaria em nenhum dormitório compartilhado e Minerva optou por deixa-la perto dos quartos dos monitores-chefes, ou seja, nós, - apontei para mim e Zabini – caso ela precise de alguma coisa. – contornei a fala. Os gêmeos assentiram, mas pude perceber que notaram que havia algo estranho em mim. Alyssa, por outro lado, ouvira a minha conversa com a novata desde o começo e, aparentemente, também não estava muito contente com Bianca. – Boa noite. – disse e me virei esperando que a criatura e a novata me seguissem.

Ao chegar ao meu dormitório, passei direto pela porta e parei me frente à próxima.

— Os seus alojamentos. – abri a boca para continuar, mas o Zabini foi mais rápido. Bem que eu tinha notado que ele estivera mais quieto naquela noite.

— Suas coisas já devem estar aí dentro. Aqui estão os seus horários. – entregou o pergaminho. – Esteja pronta vinte minutos antes da primeira aula e eu e Eris mostraremos a escola. Tenha uma boa noite. – nunca tinha visto aquele animal ser tão cordial na minha vida.

Bianca assentiu, murmurou uma “Boa noite” e entrou no quarto. Quando a porta se fechou, viramos e fomos para o nosso dormitório. Peguei minhas coisas, troquei-me no banheiro, esperei que o Zabini fizesse o mesmo e fui até o meu quarto. Queria dormir na minha cama novamente. Por algum milagre, o garoto apenas me seguiu sem um pio.

Construí a barreira de travesseiros e tampei-me. Ele fez o mesmo, porém tirou o travesseiro que tampava a minha visão do seu rosto.

— Erika... Eu falei com o meu irmão. Os pesadelos dele pioraram essa semana. Não sei como ele ainda não foi parar na enfermaria, mas ele está péssimo... – eu não tinha olhado muito para o Zabini mais novo, mas, pelo tom de Christopher, ele estava tão mal quando Ty.

— Nós encontraremos uma solução, Zabini. Eu sei que sim. – suspirei. – E pare de me chamar de Erika! Eu já falei que meu nome é ERIS! – complementei para tentar deixar o clima mais leve. Não adiantou.


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Notas finais do capítulo

Se você pulou as notas iniciais, mas está lendo essas:
NOTAS IMPORTANTES!
Só pra explicar: haverá alguns crossovers entre Will I Love You e Mais Que Uma Bruxa, da Favorite Girl ( https://fanfiction.com.br/historia/691587/Mais_que_uma_bruxa/ ). Não afetará muito o curso da história, mas seria interessante se vocês ficassem ligados nas duas, porque é interessante ler o ponto de vista da Eris e depois o da Bianca.
PS: um pequeno spoiler: pra falar a verdade, uma história influenciará um pouco no curso da outra, sim.
COMENTEM!
Kisses,
W.S.
PS: Avisem se encontrarem erros, ok? Estou morta de cansaço e só postei hoje por teimosia mesmo, não consegui revisar.



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