When Love Comes Around | h.s. escrita por Emmy Alden


Capítulo 53
Lançamento




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Nove meses depois

E agora ficaremos com o novo single da boyband do momento a One…”

Respirei fundo, desligando a TV enquanto colocava a bolsa no ombro.

Meu celular vibrou no bolso duas vezes seguidas.

Hayley: Você precisa vir logo. A decoração está maravilhosa, tipo, demais!!!! Esse lançamento vai ser um sucesso, as pessoas já estão fazendo fila lá fora. Dá pra acreditar? Somos famosas :P

E então:

Alice: Já checou suas redes sociais? Claro que não! Nova Iorque inteira está preparada para você, gatinha! Pegarei o metrô com você, duas estações depois do seu hotel. Lembre das coordenadas que eu te passei, não é tão difícil andar por aqui.

Era o dia de lançamento do meu livro de estreia, mais o lançamento de um colaborativo com Hayley e Lenna, uma outra autora da editora que compartilhava dos nossos estilos de escrita.

Eu e Hayley tínhamos virado boas amigas nos últimos meses, eu até mesmo escrevia uma coluna no blog dela quinzenalmente. Hay tinha me ajudado em todas as minhas inseguranças e tinha sido minha leitora beta junto com Alice. Hayley era da parte mais formal e Alice da parte conselheira.

“Thomas, você precisa sair do banheiro.” eu tinha direito a um acompanhante para o lançamento. E como Alice já estava morando em Nova Iorque há algumas semana para a faculdade, eu o convidei para me acompanhar.

Além disso, eu queria dar uma forcinha para ele e Hayley. E era por isso que meu amigo saiu do banheiro com o rosto esverdeado tomando longas respirações.

“Tá tudo bem? Tem certeza que quer ir agora? Você pode chegar depois ou eu posso arranjar outro encontro para vocês dois.”

Tom ajeitou a camiseta.

“ Não, tá tudo bem. Eu estou melhor. Bem melhor. Eu preciso fazer isso agora ou vou me acovardar de novo.” Ele falou tudo num fôlego só.

“Então, vamos.” eu disse abrindo a porta e gesticulando para que ele passasse. “Se não chegaremos atrasados.”

Dei dois tapinhas na suas costas encorajando-o enquanto saíamos.

*

“Você está um gato, Thomas. Parabéns por ter evoluído daquele estado de mal gosto constante.” Alice disse como cumprimento quando o metrô parou na estação que ela disse que nos encontraríamos. Olhando para mim, ela disse: “Você está maravilhosa, se não fosse borrar esse batom sensual, eu lhe daria um beijo na boca.”

Gargalhei dando um abraço nela. Alice estava linda, como sempre. Seus cabelos loiros estavam um pouco acima do ombro com mechas coloridas, uma versão mais divertida dos meus próprios que agora chegavam na minha clavícula.

“Sua vó está morrendo de saudades de você.” Eu comentei enquanto sentávamos em um dos bancos e ela fez um biquinho.

“Eu também estou morrendo de saudade dela. Principalmente do colo e da comida. Deus me perdoe, mas a minha colega de quarto é um desastre na cozinha, mas ama cozinhar. Percebeu que eu estou mais magra?”

Eu e Thomas rimos um pouco enquanto eu aproveitava a sensação de estar perto da minha melhor amiga novamente e de estar a poucos quilômetros de realizar um sonho.

*

Tínhamos um camarim!

Hayley, Lenna e eu tínhamos cada uma um “camarim” para nos prepararmos para o painel de apresentação.

“AAAAAAS,” ouvi o grito de Hay antes de ela aparecer na porta. “Você viu o quão cheio está isso aqui?”

Não era mentira. Eu estava meio cética em relação a quantas pessoas apareceriam, já que teria um grande festival ali na cidade no mesmo dia, embora parecesse que não havia nos afetado tanto assim.

Aquilo era bom! Era maravilhoso

Ela estava ainda mais bonita do que da última vez que eu a vi. Hayley ainda não tinha notado Thomas no canto do cômodo, mas eu era capaz de sentir a tensão emanando dele.

“Sabe o que a Lenna conseguiu para a gente?” Hay disse segurando os meus ombros. “Quatro ingressos para o festival que vai acontecer hoje! Ela não vai poder ir, então ainda poderemos conseguir uma grana lá na frente.”

Franzi a testa.

“Mas isso não vai ser na hora da nossa sessão de autógrafos?”

“Não, parece que um dos caras de uma das atrações pediu para atrasarem um pouco o começo do show. Vai começar logo depois que acabar aqui. Me diz que você vai e…”

Então, ela notou a pessoa lá atrás.

“Hm,” Hayley olhou para mim e depois para Tom. Ela já sabia que não tinha a menor chance de eu ter reatado com ele, então já deveria deduzir o que ele fazia ali. “Oi, Thomas.”

Tom se levantou e veio na nossa direção.

“Oi, Hayley, eu…” mas ela não deu tempo para que ele terminasse de falar, ajeitou a postura, olhou para mim com os olhos meio vagos e disse:

“Vou pegar nossos ingressos com, Lenna.”

E saiu pela porta.

Thomas voltou a se jogar na poltrona que tinha ali:

“Isso foi horrível, eu me odeio.”

“Realmente, foi um lixo” Alice disse saindo de um dos grandes armários com alguns dos meus livros na mão.

“Alice!” repreendi tentando manter minha feição séria enquanto passava as mãos sobre as capas dos exemplares que venderíamos ali.

“O que foi? Estou falando a verdade. Ele acha que com essa voz gaga, ele vai conseguir reconquistar aquele monumento de mulher?”

“Ela tem razão.” O choque de ver os dois concordando com algo me atingiu um pouco forte.

“Porém pode me chamar de Cupido,” Ali olhou para mim e piscou enquanto eu franzia a testa. “Eu posso ajudar o lindinho ali, mas precisarei de dois ingressos para esse tal festival. E que ele ouça todos os meus conselhos e os obedeça.”

“Sem chance, “ Tom balançou a cabeça. “Eu não vou aparecer pelado no quarto da Hayley.”

Alice fez uma cara de decepção, mas disse:

“Podemos deixar esse como um plano de emergência pelo menos? Ou é isso ou nada, Brams.”

Thomas bufou e eu dei risada:

“Que seja.”

“E os ingressos?” Alice olhou para mim.

“99% de certeza que vai rolar.”

“Ótimo. O amor está no ar, bebês.”

*

Eu estava eletrizada.

Ver todas aquelas pessoas interessadas no que eu dizia, no que eu escrevia, era muito gratificante.

Sem contar o olhar de orgulho no rosto do meu pai sentado na primeira fileira. Ele e Anne tinham conseguido voo de última hora para chegarem ali.

A sessão de autógrafos foi ainda mais surreal. Várias pessoas já tinham lido meu livro de contos que tinha sido lançado no começo do ano como uma “preparação de terreno” para meus livros regulares. Não tinha tido um lançamento presencial ou sessão de autógrafos, mas as vendas tinham sido muito além do esperado.

Ver tanta gente com o livro na mão era confirmar que aquele número de vendas não era coisa da minha cabeça. Nunca recebi tantos elogios na minha vida e acho que nunca me acostumaria a recebê-los.

Meus olhos marejaram várias vezes ao ouvir história de pessoas que estavam se inspirando em mim, Aster Duchassel, uma garota de 18 anos que estava prestes a entrar na faculdade.

Porém, o chororô foi mesmo na hora que o meu pai veio ao meu lado pedir um autógrafo. Ele e Anne eram os últimos da fila

“Estamos tão orgulhosos de você.” Minha madrasta disse me abraçando por trás. Se eu algum dia tive alguma dúvida de que ela era uma pessoa maravilhosa e perfeita para meu pai e para nossa família, eu deveria estar fora de mim.

Entretanto, ainda sentia falta de uma presença. Como tinha sido sempre nos momentos importantes dos últimos anos.

Então, eu não soube se foi a emoção daquele dia ou a saudade que às vezes batia à porta, mas eu desabei nos braços de Anne e do meu pai.

“Queria que ela estivesse aqui.” eu consegui dizer entre soluços. Senti os dois me abraçarem mais apertado e acariciarem minhas costas.

“Eu sei, meu amor, eu sei.” foi meu pai que disse. “Ela deve estar muito feliz nesse momento.”

Meu pai não gostava de chorar na minha frente porque ele sabia que eu chorava ainda mais. Então ele balbuciou alguma coisa sobre arrumar as minhas coisas e me deixou com a minha madrasta.

“Não a conheci,” Anne começou “mas tenho certeza que onde quer que ela esteja, está muito orgulhosa de ter uma filha como você.” ela me afastou um pouco para enxugar as minhas lágrimas. “Eu, com certeza, sou muito orgulhosa de ter uma enteada como você. Quem sabe até uma nora.”

Foi então que todo o sangue em minhas veias virou gelo. Eu olhei para ela, como se tivesse dito o maior absurdo de todos.

Ela apenas riu.

“Não precisa fazer essa cara. Eu já tive sua idade, era bastante parecida com você em personalidade, aliás. Além disso, eu conheço meu filho bem demais para não perceber o que estava acontecendo entre vocês dois.”

Senti minhas bochechas esquentarem.

“Era capaz de perceber, pelo telefone, como Harry era diferente quando estava com você. E, quando ele mudou da água para o vinho dizendo que voltaria a morar com o pai dele, com quem ele nunca teve uma boa relação, achei muito estranho. Não vou negar e dizer que não esperava que você conseguisse fazê-lo ficar perto de mim.” ela deu um sorrisinho triste.

“Ainda não tinha certeza de como era a relação de vocês, mas quando voltamos da lua de mel e passamos em Lakeport, eu vi uma foto sua quando criança numa festa à fantasia na casa da sua avó. Deus sabe que eu não era capaz de esquecer a descrição perfeita que Harry passou anos fazendo sobre a menina que ele beijara na festa. Naquele momento, eu tive certeza que era você e tudo fez sentido.”

Suspirei fundo enquanto imaginava um Harry criança contando para a mãe dele sobre mim.

“Não sei e não é da minha conta saber o que aconteceu entre vocês que fizeram com que se separassem, mas eu acho que se o que vocês sentiam um pelo outro sobreviveu todos esses anos até o reencontro de ambos, acho que um ano a mais não afetaria muita coisa, não é?”

“Seu filho está bem, Anne. Ele está fazendo um sucesso mundial com a banda dele e eu estou muito feliz por tudo isso, de verdade. Estou realizando meu sonho com os meus livros, também estou bem.”

Anne acariciou um lado do meu rosto.

“Eu sei, meu amor. Só acho que vocês poderiam estar melhor. Juntos. Harry não te esqueceu, não te superou, sei o que digo.”

Ouvi-la falando parecia tão mais fácil do que realmente era.

Deus sabia que eu também não havia superado Harry Styles, nem um pouco.

“Você não acha estranho? Tipo, eu sou sua enteada. Ele é seu filho, meu meio-irmão e…”

Anne levantou a mão me interrompendo.

“O compromisso é entre mim e seu pai. Você conheceu Harry muito antes de eu conhecer o seu pai. Eu não estaria no direito de impedir um relacionamento entre vocês dois.”

“Mas as pessoas falariam…”

“As pessoas falam de faz sol, as pessoas falam se chove, cabe a nós darmos atenção ao que elas dizem ou não.”

Nesse momento, meu pai voltou com a minha bolsa em mãos e com o rosto um pouco inchado, o que o deixava fofo.

“Alice está tendo uma síncope por sua causa, acho que vocês vão sair. Melhor se apressar. Nós vemos mais tarde no hotel.” Meu pai deu um beijo na minha testa e Anne deu outro na minha bochecha.

“Pense a respeito.” ela sussurrou baixinho antes de partir.

*


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Notas finais do capítulo

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