When Love Comes Around | h.s. escrita por Emmy Alden


Capítulo 52
H.E.S


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo para vocês!! Nem acredito que já está acabando :/



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Aquele fim de ano foi o mais corrido de todos.

Consegui passagens para passar a Ação de Graças em New Hampshire e todos os preparativos para viajar foram meio desgastantes.

Até um dia antes de ir, eu não sabia se Harry estaria lá com meu pai e Anne quando eu chegasse ou se apareceria depois, ou mesmo se ele iria.

Porém fui capaz de descobrir sutilmente que Styles não compareceria, já que Ação de Graças não era um feriado inglês.

Foi um banho de alívio com uma gota de decepção. Ainda não estava pronta para vê-lo, apesar de ter agradecido pelo lance da editora via mensagem.

A qual ele não respondeu, mas tudo bem. Eu não saberia o que fazer se ele respondesse, de qualquer forma.

Foi bem divertido passar o feriado em New Hampshire, apesar do tempo ter nos obrigado a ficar dentro de casa na maior parte da folga.

“Não acredito que Thomas conseguiu fazer com que eu sentasse numa mesma mesa com ele sentindo algo próximo à simpatia.” Alice disse ajeitando seu vestido vermelho com renas verdes e eu a cutuquei forte com o braço.

“Eu ouvi isso.” Tom disse se sentando ao meu lado.

“Foi a intenção.”

Estávamos todos reunidos na casa da minha avó para a ceia de Natal. Eu e minha avó, Alice e a avó dela e Thomas.

Tom morava sozinho há um tempo — apesar de ser muito jovem para isso— e eu não poderia deixá-lo sozinho em sua casa na noite de Natal então o convidei. Ele não hesitou em aceitar.

Thomas e eu tínhamos algo em comum.

Nenhum dos dois arranjaram coragem suficiente nas outras semanas para ligar para quem deveríamos.

A única com uma situação amorosa estável —surpreendentemente— era Alice, que estava saindo com um cara que ela conheceu no estágio em uma micro empresa de moda.

Era quase meia-noite quando as avós viciadas em conversa finalmente saíram da cozinha para arrumar a mesa.

Nós três nos levantamos para ajudar e, enquanto voltava com uma travessa de salada nas mãos, vovó me parou para dizer que meu pai e Anne fariam uma vídeo-chamada antes de comermos a ceia.

Eu poderia jurar que meu coração tinha parado e voltado a bater tão rápido quanto uma batedeira.

Harry tinha ido para New Hampshire para o Natal, o que queria dizer que ele estaria na vídeo-chamada. O que também queria dizer que ele veria Tom conosco e poderia pensar que…

Dane-se o que ele poderia pensar. Styles tinha dado várias provas de que não estava ligando muito para como eu passava, então não poderia deixar que me afetasse.

Então apenas respirei fundo e assenti com a cabeça para minha avó voltando ao caminho de levar a salada para a mesa.

*

Acontece que eu me preocupei a toa.

Meia-noite o notebook notificou uma chamada. E eu pude ver Anne e meu pai na tela. Ao fundo a casa estava bem decorada, graças a minha madrasta eu poderia apostar, já que os dotes decoradores do meu pai, assim como os meus, não eram os melhores.

Colocamos o papo em dia, de maneira rápida, mas nada de Harry aparecer na tela.

“Desculpem pela falta de educação do meu filho. Atrasado como sempre, ele ainda está saindo do banho.” Anne falou um pouco alto demais para que Harry ouvisse do andar de cima.

Não demorou muito até uma voz rouca e carregada no sotaque britânico —como no “primeiro dia” que fomos apresentados— soasse ao fundo com um ofendido “Ei!”

Tudo dentro de mim se tornou uma confusão outra vez, apenas ao ouvir sua voz ao longe. Minha pele arrepiava ao mesmo tempo que queimava.

“Feliz natal, senhora Duchassel! Apesar de essa também ser minha mãe agora.” Anne deu um risonho bobo para o meu pai quando Harry berrou novamente e então. “Feliz natal, As!”

Eu esperava que tivesse escondido bem minha reação ao ouvir meu apelido vindo de seus lábios. Minha voz, porém, não foi muito bem sucedida em disfarçar todo o resto.

“Feliz natal, Harry.” senti as mãos de Alice e Tom apertarem as minhas ao mesmo tempo e me senti grata por ter os dois comigo ali.

Eu não ouvi muita coisa depois daquilo. Apenas observei Anne reconhecendo Alice ali e avisando para o Harry, que não apareceu diante da câmera nenhum segundo.

Ele desejou “feliz natal” para ela também, que o ameaçou dizendo que na próxima vez que eles se encontrassem, Harry se arrependeria de muitas coisas. Todos riram, e eu acho que ri também. Apenas a avó de Alice a repreendeu pela grosseria.

Não demorou muito para as despedidas e finalmente nós ficamos na comida à nossa frente.

A noite foi regada a conversas, mas eu não lembro de ter participado de alguma com muito afinco. Minha cabeça insistia em repetir as palavras de Harry uma vez atrás da outra.

Foi assim até quando acabamos de comer, quando Tom foi para um dos quartos que vovó preparou para ele, quando Alice dividiu a cama comigo e até o momento em que meus olhos finalmente cederam e eu não via mais os olhos verdes, nem os cachos de Harry na minha frente.

*

Na manhã seguinte, Alice me acordou pior do que uma criança enquanto gritava dizendo que tínhamos que abrir os presentes.

Tomamos café antes de correr para sentarmos em volta da árvores abrir os presentes que colocamos ali na noite anterior.

Vovó me deu um vestido todo estampado com ásteres azuis e brincos combinando. A avó de Alice me deu aromatizantes de automóveis que ficavam pendurados no retrovisor central, além de me encher conjuntos de roupas feitas por ela.

Alice me deu um tablet super moderno que ela disse que serviria para organizar meus projetos e compromissos da editora.

Tom me deu um box comemorativo da Jane Austen e eu quase o sufoquei com abraços.

Da minha parte, eu dei para minha avó um box com todas as temporadas de Friends, já que ela estava totalmente viciada. Para a avó de Alice dei um jogo de panelas antiaderente que ela vivia falando dia e noite. Para Alice, dei um conjunto de cadernos de couro para ela fazer os croquis antes e durante a faculdade. Para Tom, eu dei vários cds de suas bandas favoritas além de uma mini mesa de remix. Era de segunda mão, mas estava em perfeito estado e com um bom preço já que ele próprio tinha me chamado para sair e tinha avaliado com o vendedor.

Ele não sabia que eu compraria, então retribuiu o meu abraço mil vezes pior.

Os presentes de papai e Anne chegaram mais tarde —assim como os meus para eles chegariam no dia seguinte.

Meu pai me deu um notebook novo, no cartão dizia “para seu brainstorming na madrugada” e Anne me deu um celular novo com um cartão “para você não ter desculpas na hora de mandar fotos para mim e para o seu pai.”

Eu tinha comprado uma câmera fotográfica para os dois junto com um álbum de capa dura, além disso também comprei uma caixa de coleção para eles colocarem todas as lembrancinhas dos lugares para onde eles viajaram e ainda fossem viajar.

Quando Alice e Tom foram embora, eu fui para o quarto arrumar os meus presentes. Ao abrir a porta encontrei três caixas sobre a minha cama. Uma grande, uma média e uma pequena.

Abri a pequena primeiro e um suspiro saiu dos meus lábios. Dentro dela havia um par de brincos combinando com o colar que Harry deixara para trás e que agora eu usava.

Um bilhete estava no fundo da caixa junto com uma pequena foto minha—uma captura de tela da noite anterior enquanto eu estava na vídeo chamada—onde o colar brilhava contra a luz.

Combinou muito mais com você do que comigo, mas apesar de não ter visto você com ele antes, tinha certeza que os brincos ficariam lindos.”

Os pingentes de cada um também eram dois aviõezinhos de papel. Eu queria saber como ele havia feito aquele milagre de em menos de 24 horas fazer aquilo chegar em minhas mãos.

A caixa média fez meus olhos marejarem. Tinha uma edição comemorativa esgotada de um exemplar de “...E o vento levou.” junto com um livreto especial com os dois discos do filme. Harry sabia que era o filme preferido da minha mãe e que me fazia sentir perto dela toda vez que eu assistia.

“Acho que Scarlett, a kombi, vai gostar de ter guardado no porta-luvas um exemplar do livro que tem a Scarlett que inspirou o nome dela. Achei em um sebo em Londres e não pude acreditar em meus olhos… Também não consegui tirar você da minha cabeça até comprá-lo. E o filme, bem, foi um bônus. Além disso, consegui uma versão digital, você vai poder lembrar de sua mãe em qualquer lugar desde que esteja com seu celular ou notebook novos.”

Dobrei o bilhete rapidamente antes que minhas lágrimas o manchasse.

A terceira e maior caixa era um pouco pesada. Sua parte maior abria por cima e quando eu retirei quase me faltou ar.

Era uma maleta de madeira decorada para uma máquina de escrever e dentro dela estava a máquina mais bonita e perfeita que eu já tinha visto.

Ela era toda preta e brilhante com detalhes dourados e o teclado em relevo super conservado e lubrificado. Bem no meio entre o teclado e a bobina estava o acrônimo do meu nome em dourado “A.D.”

“Para que você nunca pare de escrever. Nem mesmo quando a energia acabar ou estiver em viagem com a bateria do notebook no fim. Que você escreva tantos finais felizes quanto possível nela e eu ficarei contente de saber que uma mísera parte de mim participou do processo. Espero que ocorra outro “crossover” entre nossas histórias, nem que seja para eu assistir o seu final feliz com outra pessoa.

Inegavelmente seu,

H.E.S”

  *  


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Notas finais do capítulo

Hey loves!!

AAAAH ACHOU Q NÃO IA TER HARRY SENDO FOFO?

Como vcs estão? O que acharam do capítulo?

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até breve

xx



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