De Repente É Amor escrita por Maria Vitoria Mikaelson


Capítulo 36
Capítulo 35 - Alyssa Conta Um Segredo.


Notas iniciais do capítulo

Oiiiiiii gente kkkk.
Para começar quero adiantar que hoje o capítulo pode ser meio confuso (vocês podem até tentar entender a Flore no próximo quando ela narrar, mas, hoje será narrado um pouco por uma pessoa específica e um pouco em terceira pessoa hahaha)

Ei galera, seria muito importante para mim que dessem uma passada nessa história que posto no wattpadd, que comentassem e votassem lá, além de divulgá-la. : https://www.wattpad.com/264152346-totalmente-por-acaso-como-tudo-come%C3%A7ou

É isso, Boa Leitura!



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Duas semanas depois.

Ponto de vista: Dake West.

        Observo o mar de pessoas que caminham pelo corredor, enquanto encostado no meu armário, espero que o sinal para que a minha próxima aula toque. Os dias estavam assim para mim já fazia um tempo; Parados e sem muitos acontecimentos, eu vinha para escola, me esforçava para ter um futuro, voltava para casa, surfava até anoitecer e depois esperava que a rotina continuasse. De alguma forma, as coisas sem Florence Elliott perderam a graça para mim, as coisas que eu fazia antes sem ela não fazem mais sentido agora. Sinto falta de cada detalhe, sinto falta de quando nos sentávamos na areia da praia assim que o dia amanhecia, aquele momento em que conversávamos sobre o passado e o futuro.

               Sinto falta de quando tomávamos café da manhã juntos, eu ainda lembro do predileto dela; Aqueles sanduíches naturais sem gosto algum que ela insistia em dizer que eram maravilhosos. Sinto falta de vê-la fotografar, da forma delicada que seus dedos se encaixam na câmera e do sorriso puro que ela mostra cada vez que faz isso. Sinto falta de seus “talvez”. Sinto falta do seu “Eu te amo” tão espontâneo, e do seu “Você é tão idiota” automático. Sinto falta da melhor época da minha vida. Sinto falta da felicidade que tive ali.

             Do tempo em que eu tinha tudo e não sabia, de como as coisas eram antes de eu estragá-las. Eu sou um idiota imaturo, que perdeu a melhor garota do mundo por não merecê-la, e agora estou pagando por isso, sofrendo a cada dia por a mesma não me querer mais.  Me lembro bem de suas palavras em nossa última conversa “É uma longa vida, Dake...Um dia, quando você descobrir que pode ser uma pessoa melhor sem mim, talvez...Talvez a vida seja mais gentil com a gente, talvez haja uma nova chance, mas, agora, o que tínhamos deixou de existir.” 

              Então, saber que de alguma forma ainda havia uma esperança me tranquilizava um pouco sobre meu desespero de não ter Flore mais.

                 Ainda refletia sobre isso naquele corredor, quando uma coisa me chamou atenção nele. Me desencostei do armário, e caminhei em direção a uma das paredes que continha um quadro de avisos da escola, havia um panfleto sobre uma feira de profissões que ocorreria em breve. Eu sabia que fazer avisos daquele tipo era responsabilidade da Florence, mas, aquele não estava assinado por ela. O nome Peggy junto ao seu sobrenome era bem visível.  O estranho é que só nessa semana esse era o quinto que era assinado por Peggy.

             Eu tinha conhecimento que Florence havia ido para o Canadá resolver problemas que Castiel não me esclareceu quando deu a primeira informação, após eu insistir para saber onde ela estava uma semana atrás, mas, já faziam duas semanas desde que ela fora, e até agora a mesma não voltou. Até tentei falar com Castiel, mas, toda vez que eu estava perto de conseguir saciar minhas dúvida, Lynn surgia e o levava para algum lugar.

   —É estranho, não é? — me virei quando ouvi essa voz atrás de mim. Era Alyssa. Estava um tanto diferente. Ela havia tirado as mechas rosas, e agora sustentava um cabelo longo castanho, que a deixava mais parecida com um ser humano do que antes quando se assemelhava a uma boneca. A baixinha que Peggy anteriormente chamava de “Gnoma de mechas” sorriu de lado, quando me viu franzindo as sobrancelhas. — Todos os artigos serem agora assinados por Peggy. — esclarece seu comentário, apontando para o panfleto.

—Flore deve estar ocupada com todo lance do artigo para Harvard. — falo no que quero acreditar, e ela dá uma risada de escárnio.

—Você não sabe? Florence já entregou o artigo, ela entregou há duas semanas.  Ouvi na diretoria. — olho para ela, tentando esconder minha decepção. Pensando que deveria ser eu a comemorar aquela conquista com Flore, se não fosse tão inseguro, agora, ela provavelmente deve ter feito isso com o representante.

—Por que eu sinto que por trás de toda essa conversinha tem algo que você está verdadeiramente ansiosa para me contar? — questiono com deboche, e para minha surpresa, ela se encosta no armário a minha frente e me olha quase hesitante.

—Me diga; Castiel não te disse o que está acontecendo? — indagou arqueando uma sobrancelha. — Não estou querendo plantar discórdia...Eu só...Acho que você deveria saber. — Alyssa me diz.

—Saber do que, garota? Vá direto ao ponto. — peço irritado, e ela suspira.

—Okay, minha mãe é membro do conselho da escola, por isso tenho acesso fácil a diretoria e aos assuntos tratados nas reuniões...Eu descobri porque a Florence ainda não voltou, e porque todos, Peggy, Nathaniel, Lynn e Castiel estão estranhos sobre isso. — ela conta me olhando seriamente, antes de continuar. — Ninguém sabe onde ela está Dake. Digo, ela realmente sumiu. — senti meu coração falhar uma batida com aquelas palavras.

—Como é? Que loucura é essa? — quase grito.

—A diretora só liberou ela para que passasse dois dias fora no Canadá, esses dois dias se tornaram quinze. Pelo que eu sei, tentaram falar com a tia dela, para contatarem a policia de lá, ou  para que um deles fosse até o Canadá, mas, Agatha foi imbatível, dizendo que confiava na sobrinha, e sabia que esse sumiço era porque ela precisava de um tempo. Agora me diga Dake, quem que conseguiu ficar com um cara perfeito como Nathaniel, está quase aprovada em uma das melhores faculdades do mundo precisaria de tempo? — indaga parecendo curiosa sobre isso.

               Florence não era covarde, era a pessoa mais corajosa e forte que eu conhecia, ela não fugiria assim, sem motivo aparente, Alyssa tinha razão. Aos poucos, eu começava a surtar sobre essa situação, mas, tentei me controlar para fazer as perguntas corretas.

—Por que de verdade está me contando isso?  — antes de tomar alguma atitude preciso entender.

—Só há uma coisa que tira os eixos de alguém a ponto de uma pessoa sumir, ou tentar fugir; A perda. — olho para ela sério. — Eu não sei o que está acontecendo com ela, não sei, porque não somos amigas, e eu não tenho o direito de saber...Mas, o que eu sei é que eu devo algo a ela...Fui uma vadia em diversas situações com ela, sem que a mesma merecesse isso, e de uma forma bem estranha a Elliott me fez perceber as idiotices que estava fazendo...E sabe o que eu sei também? É que as pessoas são tão adeptas a falar o que de mal você fez para Florence, que deixam de falar o que você fez de bem...Nathaniel estava lá antes, Peggy estava lá antes, Castiel estava lá antes. Todos estavam lá antes de você estar, todos viam o quão quebrada aquela garota era, e ninguém nunca fazia o suficiente para ajudá-la, mas, você fez. Você a fez viver, quando ela se apaixonou por você, ela começou a viver de verdade, ela riu, ela se divertiu, ela até deve ter se descoberto com esse amor. E sei lá, se algo tiver acontecido para ela sumir assim, uma parte de mim, acredita que só Dake West é capaz de ajudá-la. Porque ele é ótimo em consertar as partes quebradas dela. — quando Alyssa acaba aquele discurso, eu suspiro. — Quer saber por que eu te contei? Porque, eu acho realmente injusto que você não saiba o que está acontecendo, porque qualquer um, há milhas de distância, perceberia que apesar de tudo, você ama ela. Eu não sei, talvez seja só meu coração iludido por Nathaniel que queira acreditar nisso...Mas, eu acho que não haverá uma pessoa no mundo que a ame com tanta entrega quanto você a ama. Deve ser por isso que você é tão inseguro, sua insegurança é proporcional ao seu amor por Florence Elliott.  — a forma como ela disse isso quase me fez sorrir. Era como se pela primeira vez, alguém tentasse entender  de verdade porque eu sou tão babaca.

—Obrigada, Alyssa. — agradeço sinceramente.

—Eu posso te dar um conselho? — questiona se desencostando do armário. Assinto, ainda que hesitante. — Não tenha medo de ser o Dake de verdade com ela, só porque sendo esse Dake você a machucou. Continue sendo a pessoa por quem ela se apaixonou, não precisa mudar, sei lá, só se torne uma versão melhor de si mesmo, como ela se tornou por você. — agora não resisto, eu dou um sorriso para isso.

—Você até que é legal quando não banca a adolescente mimada. — é o que falo, antes de abandoná-la no corredor. E tenho que deixar claro que para onde vou agora, não se parece nem um pouco com uma sala de aula.

[...]

Ponto de vista: Terceira pessoa.

           Um grupo de pessoas distintas, estava reunido na sala do grêmio. Pessoas que nunca haviam ficado tão próximas assim antes. Todas elas, juntando suas personalidades diferentes com o objetivo de ajudar uma amiga. Amiga essa que no fim unia todos eles. Peggy encostada na enorme mesa do lugar, ao lado de Lynn, se encontrava nervosa, enquanto Nathaniel ligava pela milésima vez para Florence.

              Castiel do outro lado do local já se encontrava enfurecido por essa falta de noticias. O que Florence tinha na cabeça para deixá-los preocupados assim?

—Não adianta. Ela não atende. — Nathaniel comenta frustrado, colocando o celular sob a mesa e suspirando. Estava péssimo durante essas duas semanas sem ela. A falta de informações sobre Florence o corroía. A garota era sua base, sua ancora, e agora ela simplesmente havia sumido, sem explicações, e Agatha sabendo o porque disso, não se dava ao trabalho de tentar tranquiliza-lo.

—Não é engraçado como ela sumiu logo após começar a ter um lance com você? Talvez tenha enjoado da sua cara e queira sumir para nunca mais te ver. — Castiel escolhe uma péssima hora para debochar, no entanto, Nathaniel se controla e se limita a revirar os olhos.

—Sério, Castiel? Qual é! Estamos aqui tentando encontrar juntos uma maneira de achar a Flore. Não seja uma babaca. — Peggy exige exausta por toda a situação.  — A situação já está uma porcaria okay? Um dia eu tinha minha melhor amiga aqui comigo, lutando por seus sonhos, e no outro ela foi para o Canadá, e sumiu e droga! Agatha sabe o que está acontecendo e nem se sensibiliza com a gente a ponto de contar. — ela despeja toda sua frustração.

—Eu posso pedir para o meu pai contatar um dos amigos dele para procurarem por ela. Liam Gilbert tem muitas influências. — pela primeira vez Lynn se pronunciou, Peggy estava prestes a concordar, mas, Nathaniel a interrompeu.

—Pelo que Agatha disse, a escolha de sumir foi da Florence, acho que o melhor que temos a fazer é respeitar, até que ela esteja pronta para nos contar o que está acontecendo com ela. — o atual namorado de Florence, usou toda sua maturidade para tomar aquela decisão.

—Desistir, é isso que quer? — Peggy indagou incrédula.

—Não há do que desistir, Peggy. Se Flore não procurou por nós é porque não precisa da gente agora, e me dói, me dói de verdade saber disso, mas, a  única coisa que podemos fazer é aceitar. — foi mais firme ainda.

               Castiel se limita a revirar os olhos, e Lynn que estava estranhamente calada desde o início dessa confusão, apenas suspirou.

[...]

 Ponto de vista: Dake West.

                A porta da casa que eu estava acostumado a frequentar fora aberta por uma Agatha pálida. Da soleira da porta a tia da garota que eu mais amo em minha vida, me avaliou, antes de quase sorrir.

—Eu estava esperando por você, sabia que em algum momento viria. — comenta em tom sério.

—É a Florence. Sempre estarei aqui por ela. Agora, Agatha, pode me dizer o que está acontecendo? Sei que apesar de todas as minhas idiotices, você confia em mim e acredita no meu amor por ela, e sei também que você sabe que seja o que for, eu vou conseguir a ajudar de novo. — esse é o discurso que uso para convence-la.

—Florence precisa de tempo, Dake. Só isso. — insiste em não ceder.

—Tempo para que, Agatha? É por mim? droga! Ela ainda está magoada pelo que eu fiz? — indago desesperado.

—A senhora Harvey morreu. — solta aquela informação como se quisesse tirar a culpa de mim, e eu franzo as sobrancelhas. — Acontece que ao ir para o Canadá para se despedir dela, a Flore encontrou algumas verdades sobre ela mesma que não fazia ideia. Ela tem 18 anos, Dake, e tem juízo. Ela vai voltar para casa. — tenta garantir mais para si mesma do que para mim.

—O que Kentin disse sobre isso? — pela lógica se ela foi para o Canadá deve ter se encontrado com ele.

—Que ela precisa de tempo. — repete. Olho para a imagem da tia carinhosa de minha amada e suspiro, sem aviso prévio, a puxo para um abraço, e é dentro dessa ação, que Agatha desaba, soltando a lágrimas que segurou por muito tempo. Acaricio seus cabelos suspirando. Gosto muito de Agatha e tinha plena noção de que quando Flore decidiu fica comigo, a mesma foi uma das únicas que apoiou e acreditou e mim. Se Florence não estava ali para cuidar dela, eu faria isso. Cuidaria da mulher que sempre cuidou de Flore em amor a ela.

                Escutei um latido e dei um meio sorriso quando Booh veio até nós para se juntar ao abraço, sentindo tanta falta de sua dona quanto nós.

[...]

Ponto de vista: Narração em terceira pessoa.

            Como em um daqueles filmes de colegial antigo americano, os quatro saíram da sala do grêmio também juntos, ainda digerindo a decisão que Nathaniel os incentivou a aceitar. E foi juntos também que eles arregalaram os olhos, quando o motivo de suas preocupações se materializou no corredor da escola, conversando com a diretora. Peggy considerou então que aquele ditado é verdade; Você só acha algo quando para de procurar.

          Forence sustentava uma expressão de descaso, enquanto conversava com a diretora. Seus cabelos loiros curtos estavam bagunçados e ondulados, apresentava restos de maquiagem no rosto, trajava um moletom grande azul com uma calça jeans rasgada de lavagem escura e um tênis qualquer. Ela revirou os olhos quando a diretora se afastou dela, e em seguida passou a mão por seu rosto.

             Estava pronta para se afastar, mas, parou quando seus amigos se aproximaram dela e a avaliaram de cima a baixo. Florence engoliu a seco, fingindo-se de inabalável.

            Seu olhar foi  especificamente para Nathaniel que tentava a todo custo não se mostrar decepcionado, afinal não queria supor coisas sobre ela, antes que a mesma se explicasse. Florence mordeu os lábios, esperando que eles falassem.

—O que aconteceu com você? — foi Peggy quem berrou isso, no auge de sua frustração. Florence suspirou, estranhamente quase desdenhosa.

—Eu fui para o Canadá. — diz o obvio, estalando a língua.

—É! Você foi e sumiu por DUAS semanas. — Peggy grita incrédula, a medida que os outros três permanecem em silêncio.

—Sim! Eu sumi, e isso só diz respeito a mim, por que adivinhe; Eu tenho dezoito anos e não devo satisfação da minha vida para ninguém. — devolveu no mesmo instante, e Peggy que nunca se afetava por ninguém, deu um passo para trás magoada.

—Não precisa ser uma versão feminina de mim só porque não quer contar o que fez. Nós só nos preocupamos com você, porque somos seus amigos, droga! — Castiel fala de forma séria e Florence dá uma risada cheia de escárnio.

—Tudo bem, eu só não quero falar nada sobre o Canadá agora. Estou de ressaca, tive um voo exaustivo, só vim justificar minhas faltas para a diretora. — explica com descaso, fazendo uma careta.

—Você bebeu? — Nathaniel finalmente se pronuncia, ao sentir o cheiro de bebida alcoólica perto da mesma, e devido sua expressão de ressaca, tentando chegar mais perto dela, que se afasta quase assustada.

—Não! Eu não...Eu estou bem, droga! — comenta na defensiva, suspirando.

—Droga digo eu, Florence...Achei que fosse seu namorado, e que pudesse me contar tudo...Você prometeu que voltaria por mim, mas, o que estou vendo aqui...Essa pessoa, não é Florence Elliott. — fala apontando para ela, escolhendo um péssimo momento para dizer essas palavras.

            Florence arfou.

—Okay...Eu acho que talvez seja porque eu melhorei, essa viagem me fez evoluir...Talvez seja porque Florence Elliott não existe mais. Ela não existe mais, e nada que seja vinculado a ela, importa para mim. — fala friamente.

—Você desistiu até do jornal. — Peggy murmura indignada.

—Que saco, Peggy! Só você se importa com as fofocas dessa escola. — ela solta desesperada.

—Só eu? Não são fofocas, são curiosidades, Flore, é o mundo, é o que você também ama fazer. — Peggy retruca com lágrimas nos olhos.

               Florence ri com escárnio novamente.

—Nova Florence, lembra? Nada de Florence Elliott, Florence a órfã, ou então Florence jornalista...Só Florence. — fala com desdém.

—Florence, vamos para minha casa, lá poderemos conversar. — Nathaniel oferece calmamente. Florence revira os olhos.

—Não! Eu vou para minha casa. Sozinha. — fala a última palavra mais alto.

[...]

     A loira agora desarrumada fecha a porta atrás de si, assim que adentra a casa a qual esteve fora por duas semanas. Quis sentir o cheiro de lar que ela sempre exalou, mas, ao lembrar das mentiras que descobriu sobre sua própria vida não sentiu. Se encostou na porta, enquanto seus olhos marejaram e quis desabafar. Seu coração doía, estava frágil, assustada. Se sentia culpada.

              Logo a dor foi amenizada, quando uma figura icônica apareceu em sua frente, Booh latiu animadamente e correu em direção a dona, que não segurou um sorriso quando viu o animal. Se agachou para abraça-lo. O apertou contra si, como se para garantir que não iria mais embora, e isso só fez com que o cachorro se alertasse mais e pulasse de modo alegre.

         Com ele em seu encalço seguiu até a cozinha, onde encontrou uma cena inédita; Agatha cozinhava algo com maestria, enquanto Dake lia as instruções de um livro de receitas. Booh latiu mais um pouco, e os dois se viraram dando de cara com Florence.

           Agatha completamente emocionada, largou a concha que segurava e correu até sua sobrinha para abraçá-la. Assim o fez, mas, não foi retribuída como esperava. Florence não a abraçou de volta.

—Por que não me avisou para ir buscá-la no aeroporto, querida? — questionou meio sem graça quando se separaram. Florence suspirou.

—Eu dei um jeito de chegar até aqui.  —  Foi só o que disse, em seguida olhou para Dake, que sustentava uma expressão séria em sua face. — E você? O que faz aqui? Se não me engano terminei com você, há muito tempo. — comenta com uma postura de deboche.

—Vim ver como Agatha estava, deve ser uma droga ser abandonada por uma sobrinha egoísta. — retrucou se levantando e dando um sorrisinho de escárnio.

—Vai embora daqui, Dake. Agora. — lhe aconselha e ele ri ainda mais.

—Okay. — concordou de forma cínica se levantando. Florence olhou incomodada para ele.

—Não vai me perguntar o que aconteceu? Assim como os outros? — questionou arqueando uma sobrancelha.

—Não. Porque primeiro você não vai me contar, e segundo porque acho que não faz diferença saber. O estrago já está feito. Você não é você, e essa era a pior coisa que poderia acontecer com Florence Elliott. Já vi esse filme, eu te ajudo, conserto ou sei lá, você gosta,mesmo sabendo que eu sou o pior dos caras, finge que aceita minhas imperfeições, e depois arranja uma maneira de me deixar de lado mostrando o quão os outros garotos são melhores que eu. Eu te amo, Florence e para mim de verdade não importa o que droga aconteceu com você, importa que agora você tem que arcar com a escolha de ter optado por Nathaniel. — Dake discursa aquilo.


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Notas finais do capítulo

Próximo capítulo será narrado pela Flore, então as coisas serão mais fáceis de entende!
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