De Repente É Amor escrita por Maria Vitoria Mikaelson


Capítulo 24
Capítulo 23 - Notando As Coisas.


Notas iniciais do capítulo

É! Eu dei uma daquelas sumidas básicas kkk, e nem vou poder me prolongar nas notas, e já aviso que o capítulo será curto do que os demais. Motivo? Machuquei a mão e não posso digitar muito, não foi nada grave, mas, eu deveria me manter ela em repouso por um tempinho, de qualquer forma não podia deixar vocês sem capítulo, até por isso, que os comentários foram respondidos de forma breve.

Boa Leitura!



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Ponto de vista : Florence Elliott.

Suspirei quando adentrei ao prédio escolar, e Lynn ao meu lado, notou que meu comportamento era suspeito. Apertei os livros que segurava contra meu peito, e desejei que a atenção dela fosse para um das dezenas de alunos que tinham naquele corredor, mas, é claro que ela focou em mim.

—Okay...O que aconteceu? Já notou que o acordo que fez com Nathaniel é absurdo? — questionou cruzando os braços, e me olhando com uma expressão que dizia “Eu sabia”.

—Não...É...Que...Dake chega hoje, e eu estou sei lá...Ansiosa. — dei uma explicação para o que eu sentia, da forma mais fajuta do mundo, e ela revirou os olhos.

—Se está ansiosa por que não foi com Bóris buscá-lo no aeroporto? — ela estava andando demais com a Peggy.

—Primeiro porque não quero perder aula, preciso ter um história perfeito, para conseguir entrar em Harvard...Segundo, não quero ser o tipo de namorada grudenta. — tentei explicar e falhei novamente.

—Seu histórico perfeito não se sujaria com uma falta. E Dake é o cara mais inseguro que conheço, se você colasse nele, ele provavelmente surtaria de felicidade. — rebate com maestria.

—Pode perguntar logo o que você quer de verdade? — não queria mais rodeios.

—Numa escala de o a 10 quão na do Nathaniel você está após esse trato? — arregalei os olhos, e pedi mentalmente para que ninguém tivesse ouvido aquilo.

—Eu não estou na dele...Eu amo o Dake, eu o escolhi e estou feliz com ele. —  informei.

—Isso é papo de quem tenta convencer a si mesma, de uma verdade que não acredita. — afirmou.

—Talvez essa seja sua forma de convencer a si mesma. Eu estou bem com minhas escolhas e meus sentimentos, Lynn...Meu namorado volta hoje de viagem e tudo ficará bem. — era naquilo que eu estava me apoiando, para ser sincera.

—Nada ficar bem...As coisas não vão voltar a ser como antes, se você não se sente como antes, e qualquer idiota, até mesmo Dake perceberá que a Flore que ele deixou quando foi para o Havaí, não é mais a mesma. — Lynn falou me olhando e em seguida suspirou.

—Eu adoraria continuar com essa conversa produtiva...Mas, tenho uma aula de física para assistir...E com certeza aquelas fórmulas irritantes, devem ser mais interessantes do que você tentando adivinhar o que eu sinto ou deixo de sentir. — ironizo, antes de ir até a sala A.

[...]

        Não me orgulho em admitir, que no intervalo, fugi do refeitório para não ter que encarar meus amigos e me escondi na estufa, me ocupando em escrever algo a mais para o meu artigo. Até fiz algumas anotações relevantes.

         Quando a última aula tocou, dei graças aos céus, por a Peggy ainda não ter me visto, se Lynn era um terror sendo invasiva, ela então, seria um pesadelo. Minha última aula era com Nath, só que por mais surpreendente que se soasse, ele não foi a aula. Isso mesmo, Nathaniel havia cabulado uma aula.

               Assim, que o sinal tocou, sai da sala lentamente e chegando ao corredor, precisei de uma coragem extra para chegar ao pátio.

      Desci a escadaria, quase sendo amassada pelos alunos que corriam para saída as pressas. Adolescentes e sua característica pressa. Sorri balançando a cabeça para isso, e foi ai que eu vi. Estanquei no lugar, quando encare Dake West encostado em seu carro, me olhando como se e fosse uma das sete maravilhas do mundo. Ele sorria de orelha a orelha, e tinha aquele olhar de “Eu sou completamente apaixonado por você”.

           Meu coração acelerou com aquele olhar, e mesmo sem entender porque eu ofeguei. Engoli as lágrimas que queriam cair por sua volta, e em resposta a isso, ele se dirigiu a mim, tão rápido quanto o flash.

                  Eu senti tanto sua falta. Mesmo nós dois nos falando por celular, não era a mesma coisa de respirar o mesmo ar, de estar no mesmo ambiente e de ver aquele sorriso de perto. Perto demais.

        A primeira coisa que fiz foi abraça-lo, como se o pedisse para nunca mais se afastasse de mim, coloquei todos os meus sentimentos naquilo, o apertando contra mim. O primeiro sentimento obviamente foi saudade, mas, o segundo...Era a mais pura culpa...Eu não havia feito nada errado com Nath, mas, por não saber mais o que ele significava para mim.

—Acho que alguém sentiu minha falta. — Dake zomba quando nos separamos.

—Alguém sentiu muito a sua falta. — corrijo.

—Vamos compensar isso senhorita Elliott...Sério, eu sonho com um beijo seu desde que entrei naquele avião. — ele me comunica rindo, e eu tento sorrir também. — Parece que nada mudou por aqui. — brinca olhando para as pessoas ao seu redor.

            Me lembro do trato com Nath e suspiro.

—É. Nada mudou. — confirmo, e ele finalmente cumpre seu desejo de me beijar.

[...]

      Passamos o resto da tarde e a noite toda naquela cama, realmente compensando os dias separados. Dake nem quis saber de seus amigos, e da comemoração que fizeram para ele. Segundo o mesmo, estar comigo era a única coisa que importava. E apesar de soar romântico, era preocupante também.

—Você está diferente. — Dake notou, quando eu, vestida com sua camisa, me sentei na cadeira giratória, par da escrivaninha.

—Não estou...Você só passou tempo demais longe de mim, se desacostumou comigo. — disfarço, e ele se levanta e beija meus cabelos.

—Bom, isso serviu para saber o quanto sentirá minha falta se for para Nova York. — ele brinca sobre a faculdade e eu reviro os olhos.

Se eu for para NY...Sério que acabou de voltar, e esse é o primeiro assunto que que falar comigo? — indago arqueando uma sobrancelha, Dake acaricia minhas pernas e me olha nos olhos.

—Estou sendo um idiota, não é? — indaga fazendo uma careta, puxo seu rosto para perto do meu e dou um sorriso.

—Não é como se eu não estivesse acostumada. — debocho e ele ri contra meu rosto.

—Senti falta disso...Da sua pele...Da sua risada...Da sua voz...Da sua boca. — nessa última parte ele me torturou, mordendo meus lábios de maneira sensual, enquanto eu suspirava de prazer.

                  Observei que ele estava cheio de desejo, e deixei que ele me ajudasse a tirar a camisa, para irmos até um décimo round.

             Dake me ergueu, enquanto eu enroscava minhas pernas ao redor da sua cintura, deixando suas mãos passearem de forma pecaminosa por minhas costas nuas. Assim, mordeu meu pescoço, enquanto eu gemia de prazer, por aquela caricia tão exagerada, mas, tão boa.

                A calcinha que eu antes vestia foi ao chão, e eu não me importei em estar tão vulnerável diante dele. Não mais. Dake me amava e me desejava. Isso era mais do que suficiente para que eu me sentisse segura no momento.

        O West me jogou contra a cama e me amou com toda intensidade que pôde. Só sei que em algum momento, ele adormeceu primeiro e eu o observei, notando coisas que não estavam nítidas para mim, até ali.

[...]

    Vestida com um conjunto de moletom, com os cabelos presos em um coque bagunçado e após ter dirigido por um bom tempo. Ali estava eu, apertando uma campainha de madrugada. Após alguns latidos, ele abriu a porta, com uma cara que denunciou que estava dormindo.

—Preciso desabafar. — lhe comunico, e o ruivo me olha como se eu fosse louca.

—Primeiro; Como conseguiu meu endereço? Segundo, você é louca? São três e meia da manhã Florence, ninguém precisa desabafar a essa hora. — Castiel fala com a voz rouca de sono.

—Primeiro; Sou melhor amiga da Peggy, e trabalho no jornal, meio que sei o endereço de todo mundo...E não sou louca...Ou talvez seja...Não sei...Droga. — me embaralhei.

—Dake não voltou hoje? Vocês não deviam, sei lá, estar transando? — arregalo os olhos para sua pergunta, que para ele é natural.

— Meu desabafo não tem haver com minha vida sexual. — explico com deboche.

—Caso não saiba, não tenho um saco de pancadas aqui. — retruca.

—Não preciso bater...Preciso falar...Com alguém que não me julgue. — esclareço e pela primeira vez, naquela noite, ele me leva a sério.

—Isso é o preocupante...Entre, Dragon está no meu quarto — ele libera minha entrada, e eu não demoro a me acomodar em um sofá cinza, a medida que ele se senta de frente para mim, na mesa de centro.

        Seu apê era bem organizado, o que era estranho vindo dele. Enfim, as aparências realmente enganam, já devia ter aprendido isso.

—Descobri porque não me apaixonei pelo Nathaniel. — revelo de súbito.

—Por que ele é um idiota? — Castiel zoa.

—Eu não deixei que ele me fizesse ficar apaixonada por ele.  — Explico minha teoria.

—O que? — franze as sobrancelhas.

—Quando o Dake me fez voltar a viver, não foi ele que fez isso de verdade; Era eu. Eu estava pronta para enfrentar todas as minhas dores, por isso enfrentei aquele valentão no supermercado. Fui eu, que deixei ele me mostrar todas as cartas que tinha para me fazer ficar apaixonada por ele. Mas,  no fim, se naquele dia, eu não o tivesse visto, seria por Nathaniel que eu me apaixonaria. Porque Dake faz com que eu seja uma versão melhor de mim mesma, mas Nath...Ele faz com que eu seja a Florence que eu seria, se meus pais estivessem vivos. —Digo tudo aquilo, gesticulando com as mãos.

—Isso é a coisa mais estúpida que eu já ouvi na minha vida, e olha que eu ouço muitas coisas estúpidas, porque sou melhor amigo de Dake West. — ele debocha. — Me ouça, Flore, não pode basear suas decisões em um maldito “e se”. Você não se apaixonou pelo Dake, porque por acaso, ele estava naquele supermercado. Você se apaixonou por Dake, porque ele conquistou a chance de tentar te fazer feliz, e ele conseguiu. Nathaniel teve milhares de oportunidades de fazer isso, mas, não foi ele, com quem você quis ficar. — tenta me explicar.

—É só que... Algo mudou...Algo vem mudando. — estalo a língua e ele suspira.

—Só está assim, porque sente que o perdeu de alguma forma. Só damos valor á algo quando perdemos. — faz uma careta.

—Não é isso...Passei essas duas semana com Nathaniel, tentando recuperar a amizade dele, e sem que eu percebesse, comecei a gostar de sua presença, do quão fácil era estar com ele. Comecei a pensar no quão seguro, seria construir um futuro com ele. — era errado admitir.

—E onde o Dake se encaixa nisso? — arqueia uma sobrancelha, e pergunta calmamente. Eu também queria saber.

—Não sei...Com o Dake tudo é maravilhoso...Mas, é tão complicado...E chega  um ponto, que você não se atrai mais com as complicações. Estar com Dake é estupidamente incerto, é como me arriscar em um mar revolto todos os dias, é como esperar que em algum momento, ele faça algo ruim e eu me quebre, mais do que já sou quebrada. Naquele acidente, eu não perdi só meus pais; Eu perdi tudo. Minha instabilidade, minhas certezas, e minha segurança em relação ao futuro. Quando você perde isso, sempre haverá uma parte sua que irá querê-las de volta. — conto a ele.

—Então, eu só posso te aconselhar a fazer algo; Decida o que você quer, o mais rápido possível, não há coisa pior, do que estar com alguém, e não gostar dessa pessoa o suficiente...Digo por experiência própria. — ele estava se referindo a Debrah.

—E se eu fizer a escolha errada? — questiono.

—Eu não estou incluído nessa escolha...Então, independente do que for; Eu estarei aqui. — ele fala, então segura minha mão.

       É, ele estaria lá.

     Eu ainda não sabia ali, mas, Castiel também era parte do meu futuro. O cara que eu aconselhei e que enxergou algo em mim, que me fazia digna de sua amizade, estaria no meu futuro sim. O completando.


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Notas finais do capítulo

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