A Torre de Astronomia escrita por Li


Capítulo 35
Capítulo 34


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura :)



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Inicialmente o plano deles parecia perfeito. Davam uma festa, faziam com que Rose relaxasse um pouco e resolviam tudo. Mas depois começaram a surgir os problemas. Uma festa dias antes da semana de exames começar era de loucos. Rose nunca iria aparecer. E, mesmo para eles era complicado. Eles reclamavam de Rose estudar demais, mas eles também precisavam de estudar alguma coisa. Tal como Rose, também eles todos tinham exames. Dominique, James e Fred tinham os Exames de Feitiçaria Barbaramente Extenuantes. E os restantes tinham os exames normais. Por isso acabaram por decidir que fariam apenas um encontro entre eles, na sala das Necessidades, e só quando os exames acabassem haveria festa.

—Amanhã à noite tens de estar livre. – dissera Scorpius a Rose naquela noite na torre de Astronomia.

—Impossível. – respondeu Rose – Tu sabes o quanto eu tenho de estudar. E já tens sorte de vir ter aqui contigo. Nem sei como é que me convenceste.

—Tu sabes, lá no fundo, que precisas de vir aqui para relaxares a cabeça. Além que, tu já não consegues recusar nenhum pedido meu. – disse Scorpius com um sorriso de lado.

—Convencido. – disse Rose com um sorriso nos lábios.

A verdade é que, depois daquele beijo inesperado a seguir à final de Quidditch, a relação deles não tinha ficado definida. Para Rose ainda era demasiado cedo para definir alguma coisa. Já para não falar nos exames. Já naquela altura os exames aproximavam-se e Rose preferia não se comprometer com nada enquanto aquele ano não estivesse acabado. Scorpius compreendeu e aceitou as condições de Rose. Esperaria até ao fim dos exames mas não mais do que isso. Mas claro que isso não impedia que Scorpius, de vez em quando, roubasse um beijo a Rose.

—É melhor irmos. – disse Rose levantando-se – Ainda quero dar uma última revisão hoje para os exames de amanhã.

Amanhã, segunda feira, começavam os exames. Logo pela manhã, Rose e Scorpius teriam exame de Transfiguração seguido do exame de Poções, que iriam ter à tarde.

Scorpius acabou por concordar. Já tivera muita sorte em ter conseguido convencer Rose a ir até ali naquela noite. Ele não queria abusar da sua sorte.

Já na entrada da sala comunal da Ravenclaw, Scorpius despediu-se de Rose com um beijo na boca. Depois seguiu para a sua sala comunal.

Scorpius entrou no dormitório, silenciosamente. Mas, mesmo assim, foi impedido de ir para a cama por Albus.

—Continuamos com as visitas noturnas à minha prima? – perguntou Albus com um sorriso de lado. Ele já sabia perfeitamente a resposta do amigo.

—Falou aquele que anda a socializar com o inimigo. – respondeu Scorpius, na brincadeira, referindo-se a Octavia.

—O inimigo que tu falas é a minha futura namorada.

—Isso está sério.

—Eu espero que fique. – respondeu Albus – E espero sinceramente que entre ti e a Rose também fique.

—Também eu.

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Como era de esperar, os exames correram muito bem a Rose. Esta comentava com Scorpius que achava que os professores iriam complicar um pouco mais.

Já de Scorpius não se podia dizer o mesmo. O exame de Poções tinha-lhe corrido perfeitamente bem, afinal ele considerava-se muito bom aluno nessa disciplina. Mas não podia dizer o mesmo de Transfiguração. Mesmo depois do exame, Scorpius acreditava que Transfiguração ainda lhe traria muitos pesadelos.

Depois do exame, Rose arrastou Scorpius para a sala das Necessidades. No dia seguinte, eles teriam exame de Defesa contra a Magia Negra e precisavam de se preparar.

Scorpius só aceitou ir com Rose na condição de que à noite estariam livres para se divertirem um pouco. Relutantemente, Rose aceitou. Ela ainda estava com esperança que Scorpius se esquecesse disso. Mas até parecia que ela não conhecia Scorpius.

Durante o resto do dia ficaram pela sala das Necessidades a praticar feitiços.

À hora de jantar seguiram até ao salão Principal para jantarem. Scorpius juntou-se a Dominique, James, Fred, Lily, Hugo e Albus.

—Ela vem. – comentou Scorpius, baixinho. Sair depois da hora de recolher era proibido, logo eles tinham de ter cuidado. Já para não falar que, se algum Slytherin ouvisse o que eles estavam a planear, eles estavam completamente tramados.

—Tenho de te tirar o chapéu, Scorpius. – comentou Dominique – Convencer Rose Weasley a sair do seu dormitório horas antes de um exame é obra.

—Ela não resiste ao meu charme. – gabou-se Scorpius.

—Tu é que já não resistes ao dela. – contrapôs Lily. Todos se riram e concordaram. Até o próprio Scorpius concordou. Estava mais que assumido, perante todos, que Scorpius gostava de Rose.

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Pouco depois das dez da noite, Rose apareceu na saída da sala comunal dos Ravenclaw, onde se encontrava Scorpius à sua espera.

—Estava a ver que não aparecias. – sussurrou Scorpius. Este não podia falar muito alto. Eles não podiam ser apanhados – Vamos.

Rose não sabia para onde Scorpius a levava. Na noite anterior, Scorpius pediu-lhe para se encontrarem na torre de Astronomia como costumavam fazer. Rose lembra-se perfeitamente das palavras que Scorpius lhe disse para a convencer, Vamos até lá. Princesa, aquele é o nosso canto e nós estamos a abandoná-lo. Vamos lá, como nos velhos tempos. Rose, eu quero estar contigo. Ela lá acabou por concordar desde que não ficassem lá uma eternidade. Mas, naquela noite, Scorpius fez-lhe outro pedido. Disse-lhe para ter esta noite livre. Disse-lhe que ela precisava de relaxar. Mesmo não admitindo, Rose sabia que Scorpius tinha razão.

Rose acabou por perceber o caminho que estavam a tomar. Não era a torre de Astronomia. Não, era a sala das Necessidades. Ela e Scorpius encontravam-se em frente daquela parede, aparentemente normal, no sétimo andar. Mas claro que, depois de Scorpius passar três vezes em frente dela, aquele sítio deixou de ser uma simples parede. À frente deles estava a porta para a sala das Necessidades.

A luz dentro da sala das Necessidades não era forte. Aliás, esta estava apenas iluminada por velas. Era possível ouvir uma música de fundo, da banda As Esquisitonas. Existiam duas mesas no centro com comida e bebida. Num canto, várias almofadas espalhadas pelo chão para se sentarem.

Todos os Weasley’s e Potter’s estavam ali presentes. Bem, todos exceto Albus. Rose olhou em volta e viu que este não se encontrava ali.

Apesar de já ter passado algum tempo, Rose ainda não tinha conseguido esquecer o que Albus lhe fez. O que aconteceu ainda estava muito fresco na sua memória. Era verdade que, depois dos exames, trocava sempre algumas palavras com Albus, mas não passava disso. Aliás, Scorpius estava sempre presente.

—Priminha. – clamou James chamando a atenção de todos os outros – Anda juntar-te aos teus humildes primos.

Rose e Scorpius, sorridentes, aproximaram-se do resto do grupo. Logo de seguida, James vinha com dois copos na mão e entregou-os aos recém-chegados.

—Isto não tem álcool, pois não? – perguntou Rose.

—Bem… - começou James.

—A verdade, Sirius.

—Tem. – confessou James – Mas bebe só esse copo. Isso não te vai fazer mal.

Mas Rose recusou. No dia seguinte tinha exame e não se arriscaria a chegar lá de ressaca. Aliás, ela nunca tinha bebido, logo não sabia o que uma pequena gota de álcool lhe podia fazer. Mais valia a pena não arriscar.

Já Scorpius aceitou o copo que James lhe ofereceu. Não seria um pequeno copo de álcool que lhe faria mal.

—----//-----

Naquela noite, Albus também tinha sido convidado a participar na pequena festa que a sua família organizou. Mas, naquele momento, ele encontrava-se perto das masmorras com Octavia. Tinha pedido para se encontrar com ela. Não lhe contara o seu verdadeiro motivo, mas, como Octavia e ele se tinham encontrado assim nos últimos dias, ela não estranhou.

—Que se passa contigo hoje? – perguntou Octavia enquanto beijava o pescoço de Albus.

—Octavia. – proferiu Albus agarrando de leve nos braços de Octavia para que esta o encarasse – Eu gostava que viesses comigo a um lugar.

—Que sítio? – perguntou. Por momentos, Octavia pensou em brincar com a situação por causa de Albus estar tão sério, mas decidiu não fazer isso. O semblante de Albus estava demasiado sério. Poderia ter acontecido alguma coisa de grave.

—Bem…hoje os meus irmãos, primos e o Scorpius combinaram de se encontrar na sala das Necessidades para um convívio. E… - Albus hesitou um pouco. Ele tinha medo da reação de Octavia para o que iria dizer a seguir – Eu gostava muito que viesses comigo.

—Ir contigo? Para um ninho de leões? – perguntou Octavia.

—Sabes perfeitamente que eu tenho primos em todas as casas. A Lucy e o Louis pertencem aos Slytherin.

—Espera aí…tu estás a falar a sério? – perguntou Octavia deixando de sorrir.

—Porque haveria de estar a brincar? Octavia, eu quero que venhas. A menos que haja algum problema.

—Não há nenhum. – respondeu Octavia – Vamos lá conhecer um monte de Weasley’s.

Albus agarrou na mão de Octavia e levou-a consigo para a sala das Necessidades.

Ao longo do tempo, Albus vinha conhecendo melhor Octavia. No início, para ele, Octavia era uma rapariga que se gostava de exibir, que gostava de chamar a atenção dos rapazes. Provocadora, sexy. Tudo o que um rapaz gosta de uma mulher. Mas, com o tempo, Albus percebeu que Octavia não era assim. Percebeu que, debaixo daquela máscara, encontrava-se uma pessoa insegura e diferente de tudo aquilo que ele pensou no início. Octavia não era como Diana. Octavia, apesar de deixar metade da escola embeiçado por ela, não correspondia a nenhum. Só daqueles que gostava. E, apesar das confissões não serem muitas, Albus sabia que Octavia gostava de si.

Quando Albus entrou na sala das Necessidades acompanhado de Octavia, a surpresa foi geral. Ninguém estava à espera que Albus viesse acompanhado. Ninguém estava à espera que Albus viesse com uma rapariga que pertencia aos Slytherin.

—Acho que vou precisar de mais uma bebida. – comentou James ao ver aquela cena.

Albus cumprimentou toda a gente e foi buscar alguma coisa para ele e Octavia beberem. E esse foi o grande erro que cometeu. Deixou Octavia por breves segundos. Tempo suficiente para James chegar perto dela e enchê-la de perguntas

—Tu e o meu irmão namoram? Por acaso ele não pôs poção do amor na tua bebida? É que temos de ver, estamos a falar do meu irmão. Ele não conseguiria arranjar uma mulher como tu sem ajuda.

Octavia apenas se ria do que James dizia. Estava claro que James já tinha bebido mais do que devia.

—Não lhe ligues.

—Não te preocupes. – disse Octavia beijando de leve Albus – Mas ele tem razão numa coisa. Tu deves ter feito alguma coisa para me conquistares.

—Usei o meu charme, querida.

Octavia apenas riu e abraçou Albus. Aquele momento ali com Albus podia ser único.

Ao longe, Rose observava-os.

—Há muito tempo que não via o Al assim. – comentou Scorpius.

—Assim como? – perguntou Rose desviando o olhar do casal à sua frente e encarando Scorpius.

—Feliz. Despreocupado. Acho que ele esteve tanto tempo obcecado contigo que se esqueceu de viver. – Scorpius virou-se para Rose e colocou-a no seu colo. Esta atitude assustou Rose. Ela não estava à espera que Scorpius fizesse uma coisa daquelas em frente a toda aquela gente – Devias dar-lhe uma segunda oportunidade. Eu sei que tu tens razão em ter ficado chateada, em teres deixado de lhe falar, mas a verdade é que tu não lhe deste oportunidade de se defender. Vocês poderiam esclarecer isso tudo.

—É complicado, Scorpius. – sussurrou Rose – Ele levou-me à força. Eu tento esquecer, mas é difícil.

—Eu sei, princesa. Eu sei que deve ser muito difícil para ti. Mas também acho que, de alguma forma, tu queres dar este assunto por encerrado. Acabar com esta obsessão que, temos de admitir, está muito mais contida desde que a Octavia entrou na vida dele.

—Eu acho que nunca te cheguei a contar, mas foi ela que me tirou daquela sala. Quando…quando o Albus me levou.

—James Sirius Potter, já te disse para me deixares à vontade. – gritou Dominique chamando a atenção de todos.

—Mas tu não podes beber álcool. Domi, tu sabes disso. – protestou James tentando tirar o copo da mão de Dominique.

 -E quem te disse que eu estou a beber álcool? – perguntou Dominique já sem paciência.

—Se é assim porquê que não me deixas experimentar.

—Primeiro, porque tu estás completamente bêbado e já não sabes distinguir nada. Segundo, porque se eu estou a beber é porque não me vai fazer mal. Eu sei bem cuidar de mim.

—Mas agora não é só cuidar de ti. Tu estás grávida, tens de ter cuidado.

Mas naquele momento, Dominique não disse mais nada. A sala das Necessidades ficou totalmente em silêncio. Todos estavam incrédulos com o que tinham acabado de ouvir.

—Domi, tu estás grávida? – perguntou Louis, com a sua voz de criança.


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Notas finais do capítulo

Parece que o Albus realmente quer assumir algo de sério com a Octavia...acham que ele fez bem em levá-la para aquele pequeno encontro? E que acharam do que o Scorpius disse à Rose? Acham que ele tem razão? E parece que o segredo da Dominique foi revelado para a família :)
Que acharam de todos estes acontecimentos? Contem-me nos comentários :) Beijos :)