Hanna Dursley escrita por bia


Capítulo 11
Presos


Notas iniciais do capítulo

desculpem os erros



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/669819/chapter/11

Ponto de Vista: Hanna Dursley

— Droga! — Falo jogando o pano em cima da mesa e olhando para a minha unha quebrada.

— O que aconteceu? — pergunta parando de limpar um dos livros e me encarando.

— Nada — disfarço, não quero que ele pense que estou reclamando por causa de uma unha.

Continuo o que estava fazendo assim como ele, se não acabarmos isso hoje provavelmente o senhor Morris fará com que limpemos cada canto desta escola.

— Cansei — Diz  sentando na poltrona que estava ao seu lado — isso não é justo, a culpa é sua!

— Eu sei — Dou de ombros continuando com a limpeza.

— O que? E porque não admitiu isso para o professor? — diz indignado.

— Por eu não quis — Digo simplesmente o deixando com raiva — ninguém mandou ir ao banheiro no momento em que estávamos preparando aquele troço, você bem sabe que eu não sou boa em poções.

— Ah, eu sei sim!  — Se levanta e olha ao redor — caralho, olha o tanto que ainda falta, a gente não sai daqui hoje.

Suspiro e volto ao trabalho que pelo jeito vai ser longo. Passamos longas horas limpando e arrumando os livros, e aparentemente estava tudo pronto, a não ser por um lugar.

— Enfim acabamos — Desmorona na cadeira ao meu lado — vamos?

— Más falta aquele lugar ali — Falo e aceno com a cabeça em direção a uma área mais ao fundo, que me intrigara desde o começo da noite.

— É para limpar lá? Acho que não, aquela é a sessão restrita, é proibida a entrada de alunos não autorizados

—  Sessão restrita? — Ando até o local — bom o professor disse claramente para limparmos TODA a biblioteca.

— Não Hanna, não entra ai — Diz ele sussurrando alto — droga, se alguém te ver ai vamos estar ferrados.

— Larga de ser medroso garoto — Falo o olhando e entrando de vez na tal "área restrita"

—  Eu não sou medroso, só não quero ter que ficar limpando a escola pro resto da vida — Diz desistindo de me impedir e me seguindo.

Olho para os livros a minha frente e me parecem como todos os outros, o que será de tão importante que tem neles que os alunos não podem saber? Vou pegar um com Albus aos protestos as minhas costas quando escutamos um barulho e paro.

Viro-me rapidamente fechando a porta que havia ali e puxando Albus para trás comigo. Olho aflita para ele que apenas se mantém concentrado tentando ver quem é que entrou ali.

Logo percebemos que não é uma pessoa e sim duas, nos aproximamos um pouco para vermos quem são e daqui onde estamos só dava para enxergar uma coisa, as cores de seus cabelos. Cabelos inconfundíveis e muito característicos que eu conseguiria reconhecer a distancias, um loiro platinado e outro ruivo comprido muito conhecido por mim.

— Não — Sussurra Albus ao meu lado de olho arregalados — não podem ser…

— Sim — Digo atordoada — Rose e Scorpius estão se pegando na biblioteca.

Ficamos olhando aquela cena até que Rose separou o beijo e deu um belo de um tapa no loiro, Potter ao meu lado se segurou para não rir e eu apenas olhava tudo estática, depois de tê-lo acertado os dois saíram de lá discutindo. Foi quando não aguentamos e caímos na gargalhada. Quando passa a crise de riso voltamos a ficar sérios e falo:

— Cara você viu isso? — Ainda um pouco indignada indago.

— O tapa que ela deu ou os dois quase se comendo na biblioteca?  — Responde levantando as sobrancelhas — sabe, até acho que eles combinam. É como dizem, os opostos se atraem, talvez nem todos.

— É eles combinam mesmo, mas será que a Rose também acha isso? Porque depois daquilo… — Digo relembrando o momento — mas isso não importa, ainda temos que sair daqui, vamos.

Vou até a porta e giro a maçaneta tentando abrir, mas não vai, pressiono com as duas mãos e nada!

— Acho que está trancada — Falo desesperada para Albus.

— Da licença, me deixa tentar — Dou espaço o deixando passar, ele tenta, tenta novamente com mais força e não acontece nada — é realmente esta trancada, acho que teremos que passar a noite aqui hoje.

— Ah não, não acredito — Ando de um lado para o outro — essas coisas só acontecem comigo, é incrível!

— A culpa é sua, eu disse que não deveríamos entrar aqui — Diz calmamente se sentando no chão, encostado na parede.

— Obrigada por me lembrar disso — Bufo e me sento ao seu lado.

Não sei em qual momento da noite foi, mas começamos  a conversar falando todo o tipo de bobagem em geral, estávamos, bem... nos conhecendo melhor e apesar de tudo ele até que é uma boa companhia. Pra quem está trancada em uma biblioteca não tenho muita opção.

— Preto? Interessante — Digo e ele levanta as sobrancelhas — senhor emo gótico.

Ele revira os olhos e rimos.

— E a sua? Não vai me dizer que é rosa? — Ele pergunta e nessa hora fico quieta e o encaro com um olhar divertido — sério? Já devia imaginar.

Dou um tapa de leve em seu braço enquanto ele ri,mas desisto de o impedir de debochar de mim e acabo caindo na gargalhada junto. Ficamos longos segundos em silêncio sem dizer uma palavra até que ele fala:

— Eu queria pedir desculpas e agora é sério — Ele afrouxa um pouco a gravata do uniforme — não devia ter te julgado antes de te conhecer e nem falado aquelas coisas da sua família, foi mal.

Ele completa e se mexe um pouco desconfortável ao meu lado. Sorrio em sua direção o encarando e ele retribui o olhar.

— Tudo bem. E você me desculpe pela poção, bem… nas duas vezes — Digo rindo pela minha falta de habilidade nesta matéria e ele me acompanha.

— Sabe, você não é tão horrível assim, digamos que é até suportável — Falo inclinando minha cabeça o olhando.

— Suportável? Eu estava pensando em algo como incrivelmente legal, lindo, maravilhoso ou algo do tipo, mas não suportável — Ele franzi as sobrancelhas e eu dou um leve empurrão em seu ombro.

— Não, não mesmo — Gargalho e ele me olha com um falso olhar de indignação — não se ache tanto assim.

— Então quer dizer que você não me acha bonito? Serio mesmo?

— ah ah — Faço um sinal de não com a cabeça — bem menos por favor.

— Então você é a única, pois parecem que quase todas as garotas daqui adorariam sair comigo — Diz com um sorriso malicioso o que decido ignorar.

— Bom disse certo, quase e não todas, e eu me encaixo nessa exceção — Arqueiro as sobrancelhas para ele e dou de ombros.

— Mas sabe — Ele puxa delicadamente o meu rosto para olhar diretamente em seus olhos — desde que nos encontramos lá no beco diagonal, te achei a garota mais linda que eu já vi.

Não consigo disfarçar que estou com vergonha, pois minhas bochechas parecem pimentões de tão vermelhas e me denunciam, olho em seus olhos e reparo que cada vez ele vem chegando mais perto de mim e me perco em suas íris cor do mar. Menti sobre não o achar bonito, é claro que isso era mentira, qualquer um que o visse não discordaria. Mas eu não me deixaria levar por isso e quando percebo que meus lábios estavam indo de encontro ao seu desvio meu rosto me levanto mudando completamente o assunto anterior.

— Acho que a gente deveria dormir, já é tarde e é melhor acordarmos cedo amanha para darmos um jeito de sair sem que ninguém nos veja— Digo um pouco sem graça sem o olhar.

— A claro, você pode ficar com a poltrona, eu fico no chão.

— Você não pode ficar no chão — Me apreço a dizer não achando justo, mas ele me interrompe.

— Eu insisto, você fica com a poltrona e eu no chão e sem discussão.

Acabo cedendo e fico com a poltrona, ela é bem extensa, certamente caberiam duas pessoas de porte médio. Não deixo de pensar que Albus também poderia se sentar a meu lado, mas seria estranho se eu oferecesse? Mesmo assim decido o fazer.

— Tem certeza Hanna? — Pergunta e assinto me ajustando no acento e dando um lugar a ele.

Com o passar dos minutos meus olhos vão pesando e minha vista aos poucos escurecendo, sinto que a qualquer segundo vou entrar em um sono profundo, antes que isso possa acontecer lembro-me de ouvir um só murmúrio aconchegante dizendo:

— Boa noite Hanna.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Hanna Dursley" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.