Lovely Skye. escrita por wonderland


Capítulo 8
Oito.


Notas iniciais do capítulo

mais um capitulo hoje sim pois eu passei muito tempo fora e quero recompensar



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Eu estava, praticamente, colada ao Leo. Eu precisava saber quais eram os horários das ligações e nesses dois dias, tinha percebido que as ligações não eram feitas todo dia na mesma hora, mas existia um padrão. No primeiro dia que superar o fato de que ele estaria de volta, consegui pensar pra poder espiona-lo. A ligação foi feita de noite, depois que todos nós tínhamos jantado. No segundo dia, a ligação foi as três e trinta e sete da tarde. Hoje a ligação ainda não tinha acontecido, mas já passava das cinco da tarde. O telefone só tocaria depois do jantar.

A verdade era: eu não precisava, necessariamente, saber dos horários das ligações e só percebi hoje. A minha mente tinha encontrado um jeito de me enganar, por que eu queria evitar o que ia acontecer o maximo possível. Só bastava grampear o celular do Fitz, o que seria fácil e depois, esperar a ligação.

As ligações duravam de três a cinco minutos, tempo suficiente para que eu descobrisse onde ele está. E então, no dia seguinte eu apareceria lá.

Era isso que eu queria evitar. A missão era minha e só minha. Sem ajuda física de May, sem a ajuda emocional de Coulson e sem a ajuda intelectual de FitzSimmons. Eu deveria encontra-lo e logo depois: busca-lo.

Ficar frente a frente com o cara que eu não via há seis meses. Seria doloroso, por isso minha mente me enganava. Mas eu não podia deixar que isso acontecesse, pois cada dia que passava, o Clarividente estava mais dias na nossa frente. Não sabíamos o que, de fato, a organização queria, mas se ele já tivesse formado um exercito de pessoas como Mike, do projeto Centopeia... Balancei a cabeça negativamente.

— Você tá muito quieta hoje, Skye - Fitz comentou. - Na verdade, nesses últimos dias.

Ri de lado.

— Acho que não superei muito bem a morte de Denny Duquette. - menti.

Jemma e Leo tinham chorado e gritado comigo por obriga-los a assistir Grey's Anatomy. A verdade é que: a morte de Denny tinha sido bastante doloroso mesmo. Mas eu já sabia que isso aconteceria, pois já tinha lido spoiler, mas não os contei. Sorri ao perceber que os dois caíram na minha mentira.

— Por que você tinha que me lembrar disso? - Fitz quase gritou dramaticamente.

— Acho que nunca vamos conseguir continuar a assistir essa série, Skye - Jemma riu. - Já não bastava sofrer com todos os episódios e as histórias dos pacientes e agora isso... Mas estou tentada em saber o que acontece com a Izzie*.

Fitz revirou os olhos.

— É óbvio que ela vai ficar com o Karev**, Jemma - ele disse e esbarrou na mesa onde estava o novo projeto dos dois, recebendo um olhar feio da cientista.

Depois de alguns minutos, descobri que o novo projeto secreto dos dois, era uma granada, que não explodia nada, mas deixava quem sentisse o cheiro, desmaiado. Era como a arma que eles tinham produzido. Não matava, apenas paralisava a pessoa.

No horário do jantar, Coulson não teve que resolver algo super secreto em seu escritório, mas May tinha continuado com a gente.

— Skye, você... Você precisa parar de comer essas rosquinhas de polvilho - May disse, tomando sua posição de O.S.

Eu, Fitz e Simmons abrimos a boca em perfeito "o". Parar de comer rosquinhas de polvilho era como se ela tivesse pedido para que eu me jogasse do avião sem para-quedas. Ou seja: eu nunca faria isso, mas o pedido me abalaria.

— Por que você não se serve de salada, enquanto eu termino minha sobremesa, O.S? - perguntei, tendo consciência de que minha boca estava suja.

A chinesa revirou os olhos.

— Quando começar a afetar seu desempenho físico...

— Ok, mais nenhuma palavra sobre isso! - pedi, juntando as duas mãos como se fosse uma prece.

A dupla riu e May começou a comer sua salada. Depois que terminamos o saco de rosquinhas de polvilho, nos servimos. A comida de hoje tinha sido feito pela Jemma, o que significada: salada, já que a britânica estava passando por um período vegetariano e obrigando todos do time a passar por esse período também.

Eu não podia negar que gostava da salada, do atum e das outras comidas veganas que Jemma preparava, mas sentia falta de uma bela carne vermelha. Mas não queria magoa-la, então comi a salada, que por sinal, estava maravilhosa.

Depois do jantar, May aceitou assistir o inicio da terceira temporada de Grey's Anatomy, apesar de não acompanhar a série e não ter vontade nenhuma de acompanhar. Quando começamos a gargalhar por que a May disse que tinha gostado da "Dra. Yang", me senti em casa. Eu podia contar nos dedos da mão quantas vezes eu tinha me sentido em casa e tinha sido realmente poucas.

Miles foi minha primeira sensação de estar em casa, mas quando ele foi embora do orfanato isso acabou e mesmo quando continuei com ele quando eu sai, não existia mais essa sensação. A segunda vez foi quando eu entrei na Maré Enchente. Conseguia lembrar da sensação de que seríamos uma família - e fomos - e a organização anarquista foi minha casa. Por um tempo. A terceira e mais dolorosa de lembrar, foi quando, depois da missão dos bastões, eu e ele conversamos no bar do hotel. Eu realmente me senti em casa enquanto me oferecia para conversar com ele. Ele estava mal e saber que ele não era daquele jeito, que tudo tinha sido por causa do bastão e que um dia ele adoraria convesar comigo era ótimo. Quando olhei pra ele ali, percebi que estava em casa. A quarta vez, foi quando recebi o destintivo da S.H.I.E.L.D., apesar de já me sentir parte da "família". Agora, com o time, assistindo seriado de televisão, eu percebi que se eu não encontrasse minha família, eu ficaria bem, pois já tinha a que importava.

O meu celular e o de Fitz tocaram ao mesmo tempo, fazendo com que eu me lembrasse da minha missão. Fitz pegou seu celular e correu em direção ao laboratório, enquanto eu seguia para meu quarto. O notebook já estava aberto para que eu pudesse hackear o aparelho dele e descobrir onde ele estava nesse exato momento.

Fechei os olhos, me preparando para o que aconteceria agora. Não importa os danos, eu ficarei bem.

Fitz atendeu o celular e eu o encostei no ouvido, tentando no máximo não fazer nenhum barulho respirando pesado.

— Fitz, ei. - a voz dele soou rouca no telefone.

Tudo parecia girar. Quando foi a ultima vez que eu tinha ouvido a voz dele? Ou quando foi a ultima vez que conversamos? Quais nossas ultimas palavras ditas? O misto de raiva e saudades me atingiu em cheio e tive que morder minha mão para não respirar fundo.

— Como estão as coisas ai? - ele perguntou como se só tivesse fora por uma semana.

— Aparentemente bem. Estávamos assistindo Grey's Anatomy. Até a May - Fitz riu. Ele riu, mas parecia cansado.

Eu sabia que as ligações eram frequentes, mas eu me sentia traída. Leo não parecia nenhum pouco quebrado ou danificado ao conversar com ele. Imaginei se na primeira vez que ele ligou, como o engenheiro reagiu. Eu provavelmente gritaria a maior quantidade de palavrões que eu conseguia lembrar. Na verdade, eu estaria fazendo isso agora se não tivesse lembrado antes que isso é a minha missão.

O computador já estava processando, mas ainda não era o suficiente. Mantenha ele falando, Fitz. Mantenha ele falando.

— Sem missões? - Ward perguntou.

— Por enquanto nenhuma. A central não está muito confiante depois da Itália. - Fitz parou por um tempo, respirando ou tomando coragem. - E você? Qual é sua missão agora?

Pude imagina-lo revirando os olhos. Apesar desse tempo todo, eu ainda o conhecia. E ele ainda era o mesmo de antes, só que mais quebrado.

— Não vou falar sobre isso com você. - Respondeu irritado, como se não fosse a primeira vez que falava isso. - E como ela está, Fitz? - disse com a voz cansada.

Eu sabia quem era a ela que ele estava perguntando. Eu era a ela. Queria gritar com ele, dizer que ele era um imbecil, um idiota e que principalmente eu o odiava e ele não tinha esse direito.

Ele não tinha o direito de bagunçar mais o meu emocional, mesmo sem saber que estava fazendo isso.

— Existem dias bons e dias ruins, Ward. Não sei. Hoje ela estava muito quieta depois do treinamento com a May, passou a tarde calada, sem implicar comigo ou com a Simmons, mas agora a noite ela estava bem. Realmente bem.

Mordi o lábio. Leo era inteligente demais para cair na minha mentira de que não tinha superado a morte de um personagem de série, mas não o bastante para entender que eu estava o espionando.

O computador me notificou onde Ward estava. Estava em um beco em New York. Ri sem barulho. Ele era inteligente o bastante para não ligar do lugar onde passaria as três noites que passava para fazer a missão. Ward não tinha pensando que eu iria procurar por ele, mesmo depois de tanto tempo, por isso estava relaxado. O programa me notificou com os três hotéis e quatro pousadas mais perto da rua de onde ele estava ligando para o Fitz.

Depois disso viria a parte mais difícil da missão: encontra-lo.

— Ok, Fitz. Hm... Agora eu tenho que ir. - Não se despediu e desligou o telefone.

Fechei o notbook e joguei o celular em cima dele. Tentei evitar que as lagrimas caíssem, mas depois percebi que estava cansada de esconder a minha dor. E essa dor, particularmente, doía muito. Minha mão estava abaixo dos meus seios, tentando conter a dor que sentia.

Seis meses sem vê-lo, sem escutar sua voz, sem saber se ele estava bem. Seis meses em que metade, eu tinha sentido falta dele e na outra metade odiado e torcendo pra que nunca mais tivesse que vê-lo de novo. Mas ainda sim, seis meses pensando nele.

Mesmo que minha vida não fosse resumida a ele, tudo que acontecia parecia me levar ao caminho onde lembrava dele. Diziam que paixões duravam no máximo três anos e eu esperava que durasse bem menos no meu caso, por que, eu não aguentaria mais tempo. 

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Informações: 

*Izzie: personagem médica interna do Seattle Grace Hospital, que se envolve com o paciente Denny Duquette (já mencionado no capítulo passado). 

**Karev: Alex Karev, personagem médico interno do Seattle Grace Hospital. 


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Notas finais do capítulo

KAREV TAMBÉM CONHECIDO COMO AMOR DA MINHA VIDA



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