Cidade das Sombras escrita por Cris Herondale Cipriano


Capítulo 21
Uma ajuda inesperada.


Notas iniciais do capítulo

Olaaaaaaaaaaaaaaaa
Desculpemmmmmmmmmm a culpa pela hora foi de Shadowhunters! Eu estava assistindo! Sorry!!!!!
Boa leitura!!!



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Nova York - Dias atuais.

— O que você quer pai? - Pergunta Magnus friamente. 

— Isso não é jeito de falar com seu próprio pai, está andando demais com aquele petulante garoto Herondale. - Respondeu Asmodeus. 

— Magnus quem é esse? - Perguntou Tessa se desvencilhando dos braços de Magnus.

— Esse é meu pai Tessa, Asmodeus.

— Como é que é?! Asmodeus é seu pai Magnus?! - Gritou Tessa surpresa.

Não era atoa que Magnus era um bruxo tão poderoso, ele era filho de um dos príncipes do inferno! Alias não de qualquer príncipe, mas sim do segundo, aquele que ficava abaixo apenas de Lúcifer! 

— Longa história Tessa. - Suspirou Magnus. 

Ele observou seu pai, Asmodeus não mostrava sua verdadeira forma, por estar na dimensão dos mundanos ele assumiu uma foma humana, parecia um homem comum, moreno, baixo, meio calvo, mas seus olhos denunciavam toda a idade que tinha, assim como toda a maldade que este trazia dentro de si. Porém Magnus viu algo mais além da frieza e crueldade, seria inquietação? O que teria acontecido para deixar o príncipe do inferno inquieto? 

—  O que quer pai? - Perguntou mais uma vez. 

— Quero falar com você a respeito de seus amigos idiotas e o passeio que ele resolveram dar no tempo! 

                                        * * * 

Londres - 1878.

Will sentia suas forças se esgotarem, lutava como um louco mas as criaturas pareciam não acabar nunca. 

Fazia um bom tempo que estavam lutando contra as criaturas, depois do acesso de tosse de Jem, Will tentou tira-lo de lá, mas varias criaturas apareceram e começaram a cerca-los. Agora estavam ali, um de costa para o outro tentando salvar suas vidas. 

Jem lutava com sua bengala espada, com golpes rápidos e precisos ele cortava as criaturas ao meio ou separava a cabeça de seu corpo. Suas forças porém havia chegado ao limite e só não desistira ainda por Will, não podia deixar o irmão sozinho contra todas essas criaturas. Porém se sentia cada vez mais fraco e tonto. 

Will usava apenas sua pequena adaga Herondale, não havia levado espadas para a visita a cada de Starkweather e as lâminas serafins também não surtiam efeito nessa criaturas, então sua dificuldade era muito grande, o número de criaturas parecia não diminuir. Arrancou a cabeça de uma das criaturas que havia chego mais perto  com um golpe preciso. 

— James precisamos sair daqui!

— Eu sei Willian, você tem algum plano? 

— Achei que você pudesse ter! Não estou muito inspirado hoje.

Jem ia retrucar quando teve uma forte crise de tosse, sem forças largou a bengala e caiu de joelhos no chão, a mão cobrindo a boca tentando acalmar a tosse. 

Will desesperado pega a bengala de Jem e começa lutar com as criaturas que estavam se aproximando rapidamente de Jem. 

— James? Pode se levantar? Consegue se levantar James? - Perguntou desesperado. 

Quando não houve resposta Will olhou rapidamente para onde Jem estava e viu o garoto caído no chã inconsciente. O pânico tomou conta quando viu duas criaturas carregarem Jem em direção a uma carruagem que estava parada no fim da rua. 

— James! - Gritou. 

Num ato desesperado Will se pôs a correr ignorando as criaturas que tentavam feri-lo, estava alcançando Jem quando duas criaturas bloquearam seu caminho. 

— Saiam da minha frente! 

Fora de controle Will pôs-se  a atacar as criaturas na vã tentativa de chegar ao parabatai. Sentiu uma dor aguda no ombro e quando percebeu uma das criaturas havia conseguido acerta-lo com suas garras, o sangue escorria por todo o ombro de Will e  pingava no chão. Com a visão embaçada pela dor Will continuou tentando limpar o caminho até Jem, mas estava perdendo suas forças. O choque emocional que tivera, a noite mau dormida e a perda de sangue estavam cobrando seu preço, sentia-se quase sem forças. 

Acertou outra criatura na perna e a chutou para longe, viu o momento em que colocaram Jem na carruagem. Com o desespero e a ira no limite Will começou a se movimentar com movimentos cada vez mais raivosos, as criaturas não conseguiam acompanhar o movimento da espada, muitas cabeças foram caindo ao chão. Mas em dado momento Will sentiu uma dor aguda nas costelas, um pouco abaixo do coração, olhou para baixo e viu o sangue escorrendo e a ponta do que parecia ser uma adaga, alguém o havia atingido pelas costas. Sentiu o gosto ácido de sangue na boca, olhou para atras e pode ver a figura sorridente de Nathaniel Gray olhando para ele com um fascínio mórbido. 

Caiu de joelhos na rua sem forças, a vista embaçada e a respiração falha. Olhou para Nathaniel e não conseguiu entender como ele podia ser irmão de Tessa, enquanto a garota era meiga e delicada, Nathaniel era frio e insensível, podia ver a crueldade em seus olhos. 

— Vou mandar sua cabeça de presente para minha querida irmãzinha caçador.

Nathaniel levantou a espada que carregava acima da cabeça e Will fechou os olhos, era seu fim, falhara com Tessa, falhara com Charlotte e os outros, falhara com Jem . . . Jem?! Arregalou os olhos, Jem corria perigo! Não podia desistir, não podia se dar por vencido. Com um rápido e inesperado movimento deu um chute nas pernas de Nathaniel que com o susto de desequilibrou e acabou caindo no chão. 

Will ia se levantar mais duas criaturas o pegaram pelo pelos ombros e o forçaram a ficar de joelhos, o garoto soltou um grito de dor ao sentir as garras das criaturas apertando seus ferimentos, Nathaniel se levantou e pegou a espada mais uma vez, sem cerimonia dessa vez ia cortar a cabeça de Will quando parou assustado, olhou para seu peito e viu uma adaga muito semelhante a que Will tinha, cravada em seu peito, bem no coração. Soltou um gemido de dor e caiu sem vida no chão. Will que estava com a cabeça baixa  a levanta rapidamente  e olha para os lados tentando entender o que aconteceu, ao olhar para o começo da rua estreita vê Jace ainda com a mão levantada no movimento que usou para jogar a adaga. 

Sem pensar duas vezes ou se preocupar consigo mesmo Will grita desesperado para o loiro. 

— Jace! Ajude Jem, ele está na carruagem! 

Com um assentir de cabeça Jace se pôs a correr atras da carruagem que já estava em movimento.

                                            * * *

Clary, Alec e Tessa caminhavam cautelosos pela pequena rua estreita e escura, não havia sinal das criaturas de Mortmain, pelo jeito haviam conseguido despista-los. 

Tessa que estava no meio da fila indiana para assustada e leva a mão no coração assustada. Clary que vinha logo atras acaba trombando na garota.

— Tessa o que houve? Algum problema? 

— Aconteceu alguma coisa? - Pergunta Alec voltando para atras quando percebeu que as já não o seguiam mais. 

— Will e Jem, aconteceu alguma coisa com eles! Eu sei! Posso sentir! - Disse desesperada. 

— Calma Tessa, eles devem estar bem, Jace foi ajuda-los. - Disse Alec.

— Nós temos que acha-los, Alec por favor! Eles precisam da gente! - Disse Tessa fora de si.

Alec olha para os lados e vê uma espécie de carruagem velha e abandonada. 

— Vocês duas entrem ali. 

— O que você vai fazer?  - Perguntou Clary. 

— Quero que você faça aquela runa que usou antes, lacre essa carruagem, não deixe ninguém entrar, eu vou atras deles, estarão mais seguras aqui. 

— Alec para! Para de me tratar como um peso morto! Eu já tenho treinamento sabia? Posso me defender sozinha! - Disse Clary irritada com tanto cuidado.

Alec olhou para a garota com o mesmo carinho que olhava para a irmã, houve um momento em que a odiou com todas as suas forças, naquela época se julgava apaixonado por Jace, hoje percebe que fora apenas uma confusão de sentimentos, pois nunca chegara a realmente se apaixonar pelo parabatai, havia apenas se confundido, quando chegou a essa conclusão também deixou de odiar Clary, pois não a via mais como uma rival, não sentia mais ciúmes dela com Jace, passou a aceita-la e com o passar do tempo até mesmo a admira-la. 

— Eu sei que pode Clary, já vi o que é capaz de fazer e é por isso que estou tendo a confiança de te deixar aqui para proteger Tessa, além disso se algo te acontecer Jace jamais me perdoará! 

Clary não soube o que responder, Alec parecia sincero, ele realmente acreditava que ela podia se virar sozinha. 

— Prometa que ficará bem e que vai traze-los de volta? 

— Eu prometo! 

— Por que vocês me tratam como um peso morto? Também quero ajudar! - Protestou Tessa.

— Você ajudará mais se ficar aqui, longe de Mortmain. - Disse Alec e Tessa foi obrigada a concordar mesmo que a contra gosto. 

 Alec começou a correr pelas ruas atras de alguma pista que mostrasse onde os outros pudessem estar, ao chegar em outra rua estreita avistou uma pessoa caída no chão e sete criaturas prontas para dar o golpe final. Sem pensar duas vezes pegou seu arco, ao qual não desgrudava, nem mesmo para ir  a casa de Starkweather e atirou, o primeiro autônomo caiu com uma flecha no meio da testa. Os outras seis criaturas viraram-se em direção a ele esquecendo o outro que estava caído. Com a rapidez que apenas os anos de pratica puderam lhe dar Alec atira mais flechas, seis flechas e seis autônomos no chão. 

Alec corre até a figura caída e percebe que se trata de Will, o garoto estava gravemente ferido, havia arranhões por todo o corpo, uma ferida profunda no ombro e o mais preocupante, um ferimento feio no peito. Rapidamente pegou sua estela e fez uma iratze no garoto. 

Olhou para os lado preocupado a procura de Jace e Jem, mas não havia sinal deles. 

                                            * * * 

Nova York - Dias atuais.

— O que tem meus amigos? 

— Aqueles idiotas estão mudando a história! 

— Não foi culpa deles, Lilith os mandou para lá! E como você sabe disso? 

— Não seja tolo Magnus, você sabe que nada escapa de meus olhos, Lilith foi tola e irresponsável por manda-los para lá! Aquela vadia vai me pagar! Já deixei que fizesse o que queria por tempo demais, ela passou dos limites! 

— Por que está tão irritado? No que isso te afeta? - Perguntou Tessa.

— Garota tola! Mudar a história afeta a todos nós! Magnus quero que traga aqueles garotos de volta, ou eu mesmo irei atras deles e isso não vai ser muito bom para eles, meu reino está um caus graças a esses idiotas! 

Magnus se sentiu doente, se seu pai fosse atras deles era fim, ele mataria a todos! 

— Estou tentando! Pai eu não sei como traze-los! Não tenho poder pra isso! - Disse desesperado.

Asmodeus deu um sorriso perverso.

— Eu sei, você é o mais forte dos meus filhos, mas não tem poder para isso. Vou manda-lo para lá, você tem uma única chance Magnus, traga-os de volta e conserte a história, ou eu os mato pessoalmente. 

Magnus sentiu o corpo enrijecer. 

— E o que isso vai custar? - Perguntou friamente.

— Nada. - Disse com um sorriso sarcástico. 

— Você nunca faz nada de graça pai, alguma coisa você sempre quer em troca. 

— Quero meu reino de volta nos eixos! - Respondeu Asmodeus raivoso.

Magnus finalmente pode entender o jogo de Asmodeus, ele era orgulhoso demais para dizer que precisava de ajuda, a história havia mudado muito, seu reino deveria ter sofrido alguma mudança muito significativa para ele ir até ali e propor aquela barganha. No entanto não reclamaria era talvez sua única chance de salvar Alec e os outros.

— Eu aceito, me mande pra lá! 

— Eu também vou! E nem adianta me olharem assim, eu também vou! - Disse Tessa decidida.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado!
O que acharam da ajudinha do pai do Magnus? Será que tem segundas intenções ai?
Bjsss até o próximo!!!



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