POV Edward

Estava parado do lado de fora admirando a belíssima paisagem, agora, ornamentada para um casamento. O céu estava azul anil, não iria chover. As mesas estavam postas, as meninas tiveram um cuidado especial com os detalhes. Segundo a Rose “os detalhes são o que fazem tudo ficar especial”. Os convidados já haviam chegado, esperava somente a deixa oficial, alguém que me avisaria que já está na hora de entrar, que estão se aproximando meus últimos minutos como um homem livre. A encarregada desse aviso, minha irmã mais nova e alegre Alice. Vi uma figura baixa de cabelos curtos e negros em um penteado cheio de cachos, com um vestido que fluía sobre o seu corpo como uma cascada prateada.

- Esta na hora_ ela disse antes de me arrastar até a porta de onde seria o casamento.

Um passo de cada vez. Eu daria um passo de cada vez, não cometeria um erro, não poria minha vida e a dela em risco, eu não me permitiria errar. Podia escutar os murmúrios e os sussurros dos convidados quando a musica começou e a porta se abriu. (http://www.youtube.com/watch?v=a7s-LVAAJBc) Um passo de cada vez, voltei a pensar. De braços dados com minha mãe entrei em passos firmes e lentos pelo tapete vermelho que se estendia. As flores estavam em perfeito estado, todas ornamentadas em perfeitos arcos cercando tudo o que estava ao redor do tapete e em todo o altar. Fiquei na posição que deveria e os outros se posicionaram em suas cadeiras cobertas pelo cetim branco e com laços dourados que formavam laços atrás das mesmas. Tudo estava perfeito. Rose sentou-se frente a um piano e após esperar alguns minutos começou a tocar (http://www.youtube.com/watch?v=zfBSFiHy4o8&feature=related).

A porta se abriu novamente, e dela surgiu Bella. Seus olhos cheios d’água me falavam que ela iria fazer algo. A principio não sabia o que. O lugar se tornou uma passarela, existia apenas ela em meu canto de visão. Nós iríamos nos casar e eu simplesmente não conseguia me arrepender de aceitar a proposta. Não importava o tempo com que nosso casamento durasse, o que importará, naquele momento era a intensidade que tudo, dali pra frente, iria acontecer. Seus passos eram trêmulos e um pouco apressados. Seu rosto estava levemente corado. Uma lagrima escorreu pelo seu rosto. Era o vestido de minha avó. Ajustado perfeitamente em seu corpo, não deixava uma parte transparecer. Me senti em 1920, teria que esperar até apos a festa de casamento para descobrir a pele de minha esposa.

Foi a primeira vez que considerar Bella como minha esposa não me doeu profundamente. Ela se posicionou a meu lado, e cochichou ao padre:

- Eu preciso falar uma coisa_ nesse instante eu percebi o que ela iria fazer.

- Não pode falar depois?_ ele perguntou antes de dar inicio a cerimônia.

- Não_ ela respondeu o que temia._ Oi_ ela disse em tom alto virando-se para todos_ Eu queria, primeiramente agradecer a todos vocês a presença._ ela enxugou uma lagrima._ Depois eu queria pedir desculpa._ abaixou sua cabeça por alguns instantes_ Principalmente a toda a família Cullen e a meus irmão... Emmett na manha que anunciaram minha deportação...

- Bella não_ tentei impedir.

- Naquela manha lhe assegurei que não me relacionava amorosamente com nenhum funcionário. Nenhum._ ela repetiu_ Aquilo era verdade, eu não tinha uma relação com Edward. Nunca tive._ ela parou e tomou ar_ Quando vocês falaram sobre minha deportação, a única maneira que encontrei para continuar no país foi me casando com um americano. Ele não queria... Eu o obriguei... Não posso mais continuar com esse jogo, não depois de ver minha família unida novamente. Eu não posso continuar com o casamento cujo meu amor... Um amor que descobri a dois dias no máximo... Não é correspondido._ ela disse antes de sair caminhando pelo tapete vermelho_ Senhor eu vou voltar para o Canadá_ ela disse parando a frente do advogado e imigração, depois continuou caminhando.

Todos se levantaram, olhavam agora pra mim. Mamãe chorava feito criança e murmurava algo como “de novo não”. Sentei-me ao degrau do altar, tentando entender o que havia acontecido. Um vestido de cor prata parou em minha frente. Olhei para cima e cabelos dourados presos em um coque ornamentado emolduravam o rosto de minha irmã mais velha. Levantei-me e a abracei. Não importa qual burrada eu fazia ela sempre estava ali para me abraçar depois da mesma.

- Vai deixá-la partir?_ ela me perguntou depois de certo tempo.

- Ela... Não, não vou_ falei pensando por fim

Corri até o quarto, esperando ainda encontrá-la. Apenas um bilhete.

“Edward, você assumira meu lugar na empresa. Como ultimo feito, mandarei publicar o livro que você me deu para ler a um mês atrás... Você tinha razão, ele é bom, mais não queria admitir isso, pois era a única forma de mantê-lo perto de mim...

Pena que percebi isso tarde...

                                                                        Isabella”

Voltei correndo até o salão, não havia mais ninguém ali, somente minhas duas irmãs.

- Eles partiram_ Alice falou antes que pudesse perguntar.

- Vamos_ disse correndo até onde se ficam as lanchas.

Alice e Rose me seguiram. Na cidade pegamos o carro e eu dirigi adoidado até o pequeno aeroporto. Foi tempo exato de entrarmos no aeroporto e o avião partir.

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Alice havia comprado duas passagens logo em seguida. Iria demorar algumas horas para o próximo avião partir, chegaríamos no dia seguinte na parte da manha.

Rose tentou nos animar, mas ela mesma estava pra baixo. Se passou 03:00 horas e finalmente pudemos embarcar. A viagem foi turbulenta e atrasou um pouco. Não aquentava mais de ansiedade. Eu precisava vê-la. Precisava encontrá-la e falar tudo o que eu sinto por ela. Eu a amava e não podia mais negar isso. Não podia negar que ela era tudo pra mim... Tudo.

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Finalmente chegamos à terra firme. Não aquentava mais permanecer parado dentro de um avião esperando que o tempo não me fizesse infeliz...

O desembarque foi mais demorado que a viagem...

Sai desesperadamente pelo aeroporto procurando um taxi que estivesse vazio. Alice corria atrás de mim desviando de pessoas e bagagens espalhadas para todos os lados.

Eu precisava chegar até ela.