POV Rosalie

Ele se levantou do sofá que os meninos o tinham colocado depois que ele rolou as escadas. Foi somente ai que eu pude perceber Emmett é alto, corpulento, muito musculoso. Eu devo ter feito uma cara de “nossa” porque ele abriu um sorriso com covinhas. Fechei meus olhos e engoli seco. Virei e subi as escadas, ele veio atrás de mim.

- Vou pegar suas coisas no meu quarto._ falei abrindo a porta do meu e depois sai puxando uma mala e abri a porta do dele._ Esse sim é seu quarto._ disse e deixei as coisas perto do closet._ O sol vai te atrapalhar a dormi então eu vou fechar as cortinas_ falei pegando um controle e apertando um botão, o quarto se escureceu_ Vou deixá-lo descansar._ falei entregando o controle a ele e indo para a porta.

- Rose... _ Rose?_ Como você fez isso?

- Simples primeiro botão à direita._ respondo escorada na porta.

- Rose só uma coisa: você tem pneu_ ele tava me chamando de gorda? Acho que fechei a cara e dei alguns passos em direção dele._ Mais não liga não... Todo avião tem pneu..._ eu parei no meio do quarto e ele começou a rir.

- Que engraçado_ falei um pouco baixo e com um tom de ironia, me virei e quando estava na porta.

- Rose só mais uma coisa... Ou melhor, duas coisas: Você não tava vestida...

- Troquei de roupa antes de prestar os primeiros socorros, afinal que lindo seria eu enrolada numa toalha cuidando de você no meio da sala..._ definitivamente nunca vesti uma roupa tão rápido quanto a de hoje, eu estava desesperada.

- Explicado. A segunda coisa é que você não tem pneu... Mais ainda sim é um avião..._ meu coração parou e eu gelei.

- Só isso?- forcei minha voz a sair, e ela a vez meio tremula.

- Só_ falou e eu fechei a porta do quarto.

Fui para o meu quarto e me joguei em minha cama, fiquei encarando a janela que tinha uma bela vista. Estiquei o braço depois de certo tempo e me dei de cara com um casaco. Seria o dobro do meu tamanho, então tive a certeza de que aquele casaco era de Emmett. Olhei no meu celular, eram 21:00. Vovó já estaria dormindo, papai já provavelmente já havia chegado e estaria trancado no quarto com a mamãe, não sei fazendo o que (ironia), os outros estariam em seus quartos descansando.

Levantei-me e sai de meu quarto, a casa estava em um silêncio profundo. Bati algumas vezes no quarto de frente ao meu, o quarto de Emmett. Não houve resposta, hesitei em abrir-la, mais o fiz. Emmett dormia tranquilamente. O quarto que antes estava em perfeito estado agora estava com roupas espalhadas para todos os lados. Sua mala estava aberta e ele agora estava de pijama. Descoberto, o que não fazia muito sentido já que a noite estava fria. Abri o closet e peguei uma das cobertas que estavam dobradas na primeira gaveta. A coloquei cuidadosamente em cima dele, e para cobri-lo direito tive que me esticar um pouco a mais que faria para cobrir outra pessoa. Meu rosto ficou perto do dele, e eu fitava seus olhos fechados, sua cara de criança que não devia mais estar ali. Fechei meus olhos e sai dali o mais rápido que pude, deixei o casaco em cima da bancada e voltei para meu quarto. Encostei a cabeça no travesseiro e tentei dormi.

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Olhei pela décima vez no meu celular eram 03:15. Odeio três horas da manha, as coisas ruins em filmes de terror sempre acontecem às três horas, os minutos são meros instrumentos que mudam de um filme para o outro. Desci as escadas, não ia conseguir dormir, fui até a cozinha e tomei um copo d’água. Quando ia voltar para meu quarto escutei passos que desciam as escadas. Fechei meus olhos o mais forte que pude, senti meu corpo tremer, mas meu corpo estava travado naquele determinado lugar. Senti-me ficar pálida e que ia desmaiar.

- Rose, está acordada até agora?_ ouvi uma voz forte me perguntar.

- Eu juro que você precisa parar de me assustar assim_ minha voz saiu tremida.

- Calma! O que aconteceu?_ ele me perguntou calmamente se aproximando.

- São três horas e eu tenho um certo desespero de ficar acordada e sozinha nesse horário, ai você vem e me assusta, de novo._ eu tremia e ele se aproximou de mim, meu corpo se desesperou e tremeu mais.

- Fica calma._ prendi minha respiração e fechei meus olhos, tentei me acalmar e isso estava funcionando._ Você foi ao meu quarto hoje?

- Fui_ falei me encostando a bancada._ você estava descoberto e estava frio, me lembrei que não tinha te mostrado onde ficava as coisas, então eu pequei uma coberta e te cobri... Achei que você estava com frio...

- Não sabia que foi você que tinha me coberto, achei que foi a Esme... Perguntei por que meu casaco estava lá_ corei._ Ta mais calma?_ ele perguntou perto de mim, eu abri meus olhos.

- Sim_ ele me fitava._ O que?_ perguntei.

- Gosto de seus olhos, porém prefiro os meus, pois se não fosse por eles eu jamais veria os seus._ ele disse e sorriu.

- Não mereço... Ainda fica me cantando..._ até que essa foi fofinha... Eu devo ter corado, minhas bochechas estão queimando..._ Emmett_ falei saindo de perto dele._ Acho que vou subir, estou melhor e eu preciso dormir..._ falei correndo em direção a escada.

- Precisa fugir do Emmett..._ escutei ele falando com uma voz decepcionada.

Entrei mais uma vez no meu quarto, e deitei na cama. Não demorou o sono vir.

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Acordei naquele dia me sentindo alegre... Coisa estranha desde que Royce me traiu eu não me sinto assim. Levantei cantarolando e fui tomar banho. Vesti um vestido colorido e coloquei um sapato de salto médio vermelho. Desci as escadas e todos, com exceção de Bella e Edward estavam no sofá conversando.

- Rose_ Alice gritou quando me viu descendo as escadas._ Não quer me falar nada?_ ela falou e me lembrou que hoje era seu aniversario.

- Não_ falei deixando-a com raiva, isso me fez rir_ Feliz Aniversario baixinha..._ Jasper e Emmett me olharam com um “quer morrer?” na cara_ ela não vai me matar..._ falei tranqüilizando-os.

- Só porque sou sua irmã, se não podia se considerar morta._ ela disse e nos duas rimos._ Rose você vai buscar vinho para agente lá na adaga._ ela arfimou.

- Só porque é seu aniversario e porque o Edward não desceu ainda._ falei me retirando do lugar.

A adaga era a alguns metros de distância da casa... Bem distante pra falar a verdade. Olhei para o céu, iria chover logo, então eu me aprecei. Peguei uma garrafa e estava olhando a data.

- Alice pediu pra você buscar 5 garrafas e eu vim ajudar_ Emmett disse e eu deixei a garrafa em minha mão cair no chão.

- Eu te odeio_ falei quando senti o vinho molhar meu pé.

- Você não me odeia.

- Precisa só parar de me assustar_ um trovão rasgou o céu._ Maravilha agora ta chovendo._ peguei meu telefone e liguei pra Alice._ Amor da minha vida, to presa na adaga.

“Amor da minha existência eu sei... espera aí me deixa sair daqui... pronto... e por que acha que eu mandei o Emmett atrás de você?”

- Pra ele me ajudar a carregar os vinhos_ falei inocentemente.

“Não! Agora se vira...” ela disse desligando o telefone.

- Estamos presos_ Emmett disse se virando pra mim.

- Jura?_ fiz uma voz irônica.

- Juro... Então é bom conversarmos sobre algo. E aí dormiu bem?_ ele disse mudando de assunto.

- Sim..._ respondi sentando numa mesa que tinha na adaga.

- Não devia sentar na mesa_ ele disse enquanto tirava meu sapato.

- Não devia assustar os outros_ falei jogando meus sapatos no chão

- Você esta muito estressada...

- Não posso mentir... Sim eu estou... Na verdade é porque não confio em mais ninguém._ falei uma verdade que eu não queria acreditar.

- Isso se deve ao final do seu relacionamento com Royce King II?_ ele falou se aproximando de mim.

- Como sabe disso?_ eu queria apenas saber.

- Não vem ao caso... Mas já passou._ ele disse tentando me tranqüilizar.

- Não, não passou..._ eu sabia disso, aquela era a primeira vez que acordava animada desde que eu o peguei me traindo.

- Você devia esquecer isso._ me faz esquecer por favor...

- Não consigo._ foi somente o que consegui responder.

- Quer mudar de assunto?_ ele sabia que era isso que queria ou só chutou?

- Quero..._ afirmei

- Se você quiser saber depois do nosso encontro na cozinha não voltei a dormir..._ o que será que o afligia? Ontem eu o deixei meio mal (eu acho) na cozinha.

- Por quê?_ perguntei.

- Sonho contigo todas as noites que consigo dormir, pois nas que não consigo é por que não consigo parar de pensar em ti!_ Mais uma cantada? Essa também era fofa.

- Vai começar a me cantar é?_ até que eu estava gostando daquilo

- Você é que pediu..._ ele disse e eu ri.

- Vamos... É só para passar o tempo, não é? O que custa?_ falei calma.

- Você que acha..._ escutei ele sussurrando.

- Falou algo?_ perguntei somente para ter certeza se ele falaria aquilo para mim, olhei pra baixo.

- Se não olhar _ eu olhei_ é porque é feia, se não rir é porque é banguela!_ eu sorri pra ele, não porque ele pediu e sim porque realmente achei engraçado, não a ponto de gargalhar.

- Não vale..._ falei lhe dando um tapa de leve.

- Ta vendo você é bonita... Linda e tem um belo sorriso...

- Tá fala outra..._ eu estava pedindo para ele me cantar?

- É um prazer pousar os olhos nesta beleza de mulher.

- Ai ai... Assim eu vou me achar..._ falei brincando...

- Não se achou ainda? Quer que eu te ajude?_ o que ele queria afinal?...

- Não_ falei fria.

- Rei nasce no trono, peixe nasce no mar, eu nasci na Terra só pra te amar!

- Em condições normais eu gostaria._ falei sorrindo, eu realmente estava gostando de ficar presa com ele.

- Oi, que olhos lindos você tem. Posso olhá-los pro resto de minha vida?_ ele disse se aproximando.

- Não..._ falei repousando uma de minhas mãos em seu peito... Acho que corei, porque ele riu.

- Estou sentindo nos seus olhos um forte desejo de ficar comigo, confirme com um leve sorriso._ fechei a cara, mais logo ri e ele se aproximou, eu virei o rosto antes dele encostar a boca em minha pele.

- Não_ falei gargalhando.

- Não sei por que estudei tanto se tudo que precisava saber está na geografia do teu corpo, na história dos teus olhos e na química dos teus beijos!

- Por que você não sabe nada disso..._ falei rindo.

- Você não me deixa tentar..._ ele disse achando uma posição entre minhas pernas.

- O que está fazendo?_ perguntei enquanto ele se escorava na mesa, entre minhas pernas, de costas pra mim.

- Eu queria ser poeta, mais poeta eu não posso ser, pois poeta pensa muito e eu só penso em você.

- Eu te fiz uma pergunta..._ falei o mais brava que pude... Apesar de estar gostando da situação.

- E eu te fiz uma cantada... Seria à hora de você falar “Emmett quer ficar comigo?” _ ele disse e eu ri...

- Sonha_ falei lhe dando um tapa nas costas.

- Seus olhos são como diamantes, só que mais brilhantes._ ele disse me tirando desse mundo.

- Você gosta dos meus olhos?_ perguntei com uma voz doce.

- Eu gosto de você..._ ele respondeu virando um pouco o rosto pra mim.

- Mentiroso..._ falei ao seu ouvido.

- Sabe quanto tempo leva pra se apaixonar por você?_ ele me perguntou

- Não_ respondi afastando minha cabeça da dele.

- Ops! Já estou!_ ele falou arrancando um riso meu.

- Vou fingir que acredito.

- Quero te dar um abraço com bastante delicadeza, pois rosas são sensíveis!_ ele falou se virando pra mim, e me envolvendo nos seus braços.

Ele me apertou com o máximo de delicadeza que uma pessoa possa ter, foi a primeira vez em um ano que me senti segura. Fechei meus olhos e correspondi o abraço. Borboletas se soltaram do casulo que havia feito e agora voavam no meu estomago. Meus braços se estreitaram ao redor do pescoço dele e os seus braços me apertaram mais. Minha boca estava a milésimos do pescoço dele, a dele estava em meu pescoço.

- Sabe por que me sinto bem neste momento? _ ele cochichou em meu ouvido.

- Não_ respondi na mesma moeda.

- Não?_ A sua boca a centímetros de meu ouvido me fez arrepiar.

- Não_ falei com uma voz calma e doce.

-Porque realizei parte do meu sonho._ provavelmente era outra cantada e eu estava disposta a ouvir.

- Parte? E qual é a outra parte?_ perguntei com uma voz serena ao seu ouvido, senti seus braços me apertarem e ele arrepiou um pouco.

- A outra parte é te beijar._ ele falou e beijou meus pescoço, isso me fez corar e arrepiar.

- Não_ falei involuntariamente.

- Por quê?_ ele me perguntou se afastando um pouco_ eu sei que você quer...

- Eu não quero_ minha voz saiu rouca._ Não ainda._ olhei para a porta_ Agora que a chuva parou vamos, se não a Alice vai encher a cabeça de besteiras.

- Rose só mais uma coisa... Sabia que já ganhei o dia só em poder te ver aqui parada na minha frente!_ ele falou me soltando.

Pegamos as 5 garrafas de vinho e seguimos para a casa.