The Mentalist Summer Season escrita por TM


Capítulo 15
Episódio 5 — Burn Witch




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Quando Lisbon e Jane chegaram ao Hospital St. Mary, Peter Blake os esperava encostado em uma parede com um terno azul acompanhado de um óculos de sol. Lisbon sacou a arma e foi correndo em direção, franzindo a testa, se perguntando o por quê dele estar ali.

— Estamos numa investigação, se não se importa. — Jane cortou a tensão que existia entre os dois. — Lisbon.

— Você não responde mais as minhas mensagens, e-mails, telefonemas, nem as flores que deixo para você todos os dias. O que está acontecendo com você, Teresa? Estou começando a pensar que você não me ama mais, sempre que a vejo está com esse loiro oxigenado

— Loiro natural. — Jane parecia incomodado com o comentário de Blake.

— Que seja, Teresa, precisamos conversar.

— Blake, terminamos. Pra mim chega. — Lisbon deu uma última olhada em seu ex-namorado, que agora estava em estado de choque por perder a mulher que ele achava ser o amor de sua vida em um segundo. Jane a seguia com um sorriso no rosto. — Não me ligue mais! — Lisbon gritou.

904, 905, 906 [...] parecia que o quarto 1003 não chegava nunca, os olhos de Lisbon buscavam os números e andava cada mais rápido, deixando com que Jane se apressasse se quisesse acompanhá-la. Finalmente o quarto 1003.

A porta estava aberta e dava pra ver Van Pelt e Cho apontando a arma para uma moça loura, igualmente armada. Lisbon sabia que Rigsby estava na lanchonete do hospital, matando sua fome insaciável. Na cama, jazia Khiara Evans com um furo de bala em sua cabeça. Lisbon entrou com cuidado e estava certa de que conseguiria fazer uma negociação. Seu dedo estava em cima do gatilho, esperando apenas uma ordem de seu cérebro para puxá-lo. Jane se manteve atrás da porta e começou a observar McHale e as pessoas que aguardavam no corredor.

— Clara, você não quer fazer isso. — Lisbon viu que Clara parecia esperar comandos como uma cachorrinha. Ela fitava o nada. — Escuta bem o que eu vou te falar, se você me dar o que eu quero, eu posso conseguir um acordo pra você. Pra eu te ajudar, você tem que me ajudar.

Clara colocou uma mecha de cabelo atrás da orelha e antes que o cabelo voltasse, Lisbon pôde ver o ponto em sua orelha. A agente percebeu que Van Pelt encarou também e a encobriu para que a ruiva pudesse pesquisar seu local de origem.

— Eu não vou dar nada do que vocês me pedirem, vocês não p — Parecia que seu comparsa parou de falar e ela ficou ali, perdida. Clara McHale encarou a porta e sorriu, permitindo-se a abaixar a arma.

Sem pensar duas vezes, Lisbon mirou em seu ombro direito e acertou uma bala, fazendo com que uma cachoeira de sangue saísse, mesmo assim, Clara não parava de sorrir. Lisbon pegou sua arma, e sentiu que alguém a encarava. Ouviu um engatilhar de arma, ela fechou os olhos e ergueu as mãos, com uma arma em cada mão.

— Se fazer mais alguma coisa, eu atiro no bonitão, moça. — A voz era feminina. — Se vire lentamente e fique com as mãos para o alto.

 Antes de o fazer, Lisbon deu uma última olhada em Clara McHale, que estava inconsciente, em sua volta havia uma grande mancha de sangue. Ela se virou lentamente e encarou a moça. Era uma morena dos olhos verdes, se não estivesse com uma arma na mão, facilmente seria confundida com uma modelo internacional.

— Jogue as armas e sem gracinhas, se não eu atiro. — Lisbon colocou as armas no chão e as chutou para a moça. Jane parecia aterrorizado. Cho estava com a arma apontada para a agressora. — Perca de tempo, mocinha.

A arma estava apontada para Lisbon, a agente colocou a mão em sua cruz e começou a rezar num sussurro.

— Que patético! Rezando! Quem sabe Deus possa a ajudar, não é mesmo? — A moça sorriu e ergueu a arma para cima, Jane tentou puxa-la para si, e ele e ela ficaram nessa briga até que ouviu-se um tiro e a arma foi para o outro lado do quarto. Era Jane.

A bala acertou de raspão seu braço e ele parecia sofrer com a pequena dor, logo ele foi para perto de Lisbon, ela rasgou um pedaço de sua blusa, deixando sua barriga de fora e amarrou em cima de sua ferida. Ele rangeu. Aproveitando o momento de distração, Cho apontou a arma para a morena, ela ergueu as mãos, fazendo sinal de rendição. 

— Você está presa por homicídio. 

Na porta, Rigsby estava chupando os dedos, olhando aquela cena, ele arqueou uma sobrancelha.

— Perdi alguma coisa? 

+++

Lisbon andava em círculos no corredor do hospital enquanto esperava notícias de Jane. Assim que Cho levou a moça, ele foi encaminhado pro Pronto Socorro, o seu risco era perder muito sangue. 

Seu celular bipou, era a chegada de uma nova mensagem.

"GRACE VAN PELT says: O nome da mulher era Juliana Rickson, era namorada de Clara McHale, ela que queimou as casas e sequestrou as crianças. Nós achamos as crianças num depósito abandonado, elas estão sendo encaminhadas para as famílias. Talvez ela pegue perpétua. Clara era apenas uma marionete para ela, a balística revelou que a arma que matou Khiara foi a de Juliana, não de Clara como pensamos. Me avise quando Jane estiver bem, estamos todos preocupados. Qualquer coisa pode me ligar, chefe. xoxo GV".

"PETER BLAKE says: Teresa, eu te amo! Nada vai mudar isso, por favor, vamos conversar, me deixa te mostrar que eu ainda posso ser aquele cara que você conheceu alguns meses atrás... Me responda! Que diabos. - PBlake."

Lisbon ficou encarando a última mensagem e nem percebeu quando o médico a chamou para entrar no quarto, quando se deu conta, pediu desculpas e entrou rapidamente.

Jane estava deitado, imóvel, mas com os olhos atentos em tudo. Antes que o médico pudesse deixar os dois á sós, ela limpou uma lágrima com a manga de sua blusa de lã. 

— Juliana foi presa — Jane a interrompeu. 

— Você está bem? 

— Estou ótima, da onde tirou isso? — Lisbon fingiu um sorriso.

— Lisbon, eu sei que é difícil pra você essa coisa de relacionamento, mas imagine o quão difícil foi ver aquela arma apontada para você, achando que hoje você iria morrer.

— Não aconteceu nada. — Lisbon deu um sorriso com os lábios fechados e uma lágrima escapou. — Não se preocupa, ta? Mas e você? Como tá? 

— O médico disse que eu posso sair daqui a duas horas. Pronto pra ativa. 

— Que bom, vou avisar os outros. — Lisbon pegou seu celular e mandou para Van Pelt: "TERESA LISBON says: Ele está bem, estará conosco daqui a 2h, enquanto isso ficarei aqui com ele, vai que tenha mais um louco querendo o matar. Avise os outros. Bom trabalho que fizeram hoje. Agradeço-os! -L". Ela encarou Jane sonolento e deu um beijo em sua testa. Suas lágrimas caiam descontroladamente. — Nunca mais me dê um susto assim, ta?

— Eu te amo, Lisbon. — Essas foram as últimas palavras antes de Jane fechar os olhos e deixar a agente confusa.


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Notas finais do capítulo

E AI??????????????????



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