Broken Glass - Caco de Vidro escrita por Letícia Silveira, Maavi


Capítulo 25
Capítulo 25 - Aberração


Notas iniciais do capítulo

Desculpe, girls /e se tiver algum boy escondidinho aí.
Eu tinha escrito o capítulo HÁ MUITO TEMPO ATRÁS, só que tinha ficado muito pequeno. Então eu mandei pra Mavi, só que ela me enviou e, com esses problemas do Nyah, acabou que não chegou. Só que ela não tinha salvado, então eu só consegui tempo pra escrevê-lo no domingo... Pra começar a escrevê-lo, aliás.
Mas espero que gostem dos POV's aleatórios. =P
Beijos :*



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POV Seth

Suspirei. Estava sentindo-me completo, pois, nesse momento, eu estava dormindo abraçado a Josi. Não que tivesse acontecido algo entre nós, afinal, ela dizia que era moça de família, apenas entregando-se após o casamento. Quando dissera-me isso, fiquei tão feliz que logo pensei em um anel. Porém é um tanto cedo, e tampouco conhecemo-nos.

Entretanto, eu sabia que o nosso destino estava cruzado, pois o imprinting ocorre entre as almas destinadas. Acredito eu.

Porém algumas pessoas, como Embry (que continuava solteiro e mulherengo, como sempre), acreditavam que o imprinting era apenas um modo de juntar duas pessoas que tem atração sexual uma pela outra e não aguentam mais de tesão. Apropriado, não? Isso porque ele ainda não tivera um, caso contrário, não gostaria de ouvir tais besteróides.

Josi, ali, abraçada em mim, ressonava um pouquinho. Ela alegara, um pouco antes, que estava exausta por ter cuidado tanto da Renesmee. Eu achei muito caridoso de sua parte de cuidar namorada do Jacob. Eu sempre notei o quanto os objetos de imprinting relacionavam-se bem. Um exemplo disse era Kim, imprinting de Jared, e Emily, imprinting de Sam. Aliás, minhas irmã, Leah, havia feito as pazes com ela; dizia, agora, que o único culpado pela sua tristeza era Sam. Bem, eu não opinava, porém não achava justo culpar alguém. A única culpada era ela que havia apaixonado-se pela pessoa errada. Josi, pelo meu ponto de vista, era a pessoa certa para mim.

Resolvi fazer um café-das-cinco para ela, afinal, era um estilo de café-da-manhã, só que às cinco horas - não era um simples chá, mesmo devendo ser. Como já eram seis horas, apenas relevei o fato e fui fazer doce (literalmente, pois sou muito macho) para a minha namorada.

Preparei algumas torradas, além de café e apenas peguei algumas bolachas que estavam sobre o balcão da cozinha. Como eu morava sozinho, alguma coisa eu sabia preparar, mas era apenas o básico. Embry até reclamava, falando que era um pecado não saber cozinhar com uma mãe daquelas, que cozinha melhor do que confeiteiro de casamento. Não sei por quê a comparação, mas, afinal, ele é o Embry. Acho que não era para entender mesmo.

Enfim, peguei apenas aquilo no qual eu não arriscava-me muito, para não vê-la decepcionada. Pus sobre uma bandeja juntamente com um vaso de flores improvisado. Improvisado porque eu havia pego um copo de champagne e posto uma flor do jardim nele. Pode parecer um tanto 'chinelo' mesmo, porém ela sabia o quão simples eu era. E amava-me assim, isso era o mais importante.

Quando cheguei ao quarto, cuidando para o copo com a flor - que era uma margarida - não cair, notei que ela não estava mais na cama. Do mesmo modo, repousei a bandeja sobre esta, seguindo o meu olhar ao redor do quarto. Não a vi primeiramente, mas então uma sombra cruzou os meus olhos, enquanto uma doce melodia era retocada. A sombra havia vindo da direita e cruzado para esquerda, então segui o mesmo movimento com a cabeça.

Meus olhos esbugalharam-se, enquanto eu negava-me a acreditar. Meu coração palpitou, enquanto as minhas pupilas dilataram-se. Vi Josi, no extremo do lado esquerdo do quarto, a fitar-me assustada. Sua boca entabriu-se, e suas bochechas coraram. Ela estava apenas com uma toalha sobre o corpo, enquanto os seus cabelos castanhos estavam molhados e sua aparencia era de alguém nervosa.

- Josi? Você estava tomando banho? - Perguntei estupidamente. Claro, ela sai toda molhada do banheiro, e eu quero que ela responda-me o quê? "Não, só fui dar um mergulho na privada".

- Seth, amor, claro que sim. Eu queria ficar cheirosa para você. - Ela respondeu a sorrisos, ao mesmo tempo que aproximava-se. Ainda bem que ela não tinha humor negro.

- Pare, Josi. Eu posso perder o controle com você só de toalha. - Murmurei matreiro.

Acabei por lembrar-me de como ela havia saído rapidamente do banheiro, que quase não dera tempo para a minha visão inumana acompanhá-la. Porém, mal notei aquela ação estranha, pois logo ela dera-me um beijo tentador.

- Quem disse que eu quero que você se controle? - Josi perguntou maliciosamente, ao mesmo tempo que sussurrava em meu ouvido.

Não pude evitar que um sorriso bobo preenchesse a minha face, porque dera-me conta do quão sortudo eu era. O passado, afinal, recompensara no presente.

- Que eu saiba, mocinha, você que me disse isso. - Respondi relutante, enquanto abraçava a sua cintura. Pude sentir até o tecido da toalha úmida, além dos contornos magníficos do seu corpo, os quais eu prestei mais atenção.

- Pessoas mudam de ideia rapidamente. - Retrucou, mordendo, delicadamente, o lóbulo da minha orelha. Pude ouvir o seu riso malicioso, mas, ao mesmo tempo, um tanto brincalhão.

- Que enrascada que te meteste, menininha. Agora está sob as garras do seu lobo, grr. - Afirmei, sendo, idiotamente, estúpido, se é que era possível. Meu Deus, existia alguém mais estúpido do que eu na frente de uma menina? Se bem que não era uma menina comum, era ela.

- Que meda! - Disse ela, entrando no espírito do teatro. Limitei-me a rir, porém fui surpreendido, repentinamente, pelos seus lábios que encontraram os meus.

Aquele mesmo arrepio, que fora causado desde o primeiro beijo, tomou conta da minha espinha. Meus sentidos ficaram um pouco confusos, devido a tamanho prazer que eu sentia apenas de beijar aqueles lábios carnudos que retiravam-me a lucidez. Não pude acreditar o quão insano eu estava, assim que, novamente, nossas língua encontraram-se. Era, simplesmente, uma sensação incrível - e indescritível.

De repente, não sei explicar como, já estávamos deitados sobre a cama, enquanto ela tentava, com suas mãos ágeis e rápidas, retirar a minha camisa. Eu revezava beijos entre a sua boca e a extensão do seu pescoço, contendo-me para não arrancar de vez aquela toalha tão fina, que separava o meu paraíso da Terra.

Repentinamente, um som alto ecoou no quarto. Ótimo, parece que café-das-cinco nós não teríamos mais.

- Aff. - Ouvi ela reclamar. Fitei-a, e ela revirava os olhos.

Joguei-me para longe dela, bufando de frustração. Mas, talvez, tinha sido melhor; afinal, ela não estava prepara, e eu queria respeitá-la.

- Deixa que eu limpo, se arrume. Ah, você vai querer café ou leite com Nescau? - Perguntei, planejando outro café-das-cinco. Era um nome tão... Errado e problemático.

- Ah, não, eu não como. - Ela murmurou dando de ombros, enquanto entrava no banheiro lentamente. Então ela esbugalhou os olhos surpresa, dando-se conta do que havia dito. Talvez não fora, exatamente, o que ela queria dizer. - Não, eu não estou com fome.

- OK, então. - Sussurei confuso. Eu havia visto duas coisas estranhas sobre ela hoje, porém, talvez, ela quis distrair-me com sua sensualidade... Não, eu que deveria estar paranóico de amor.

-

-

PDV Josi

Enquanto eu trocava-me no banheiro da casa do Seth, senti-me como uma idiota. Quase que eu havia contado a minha verdadeira identidade. Ainda bem que ele estava apaixonado por mim, por causa do tal impriting. Caso contrário, ele nunca teria acreditado nas minhas estúpidas desculpas.

Claro que eu gostava do fato dele amar-me, até porque eu também tinha certo afeto recíproco. Eu não sabia se aquilo era amor, porque eu nunca havia apaixonado-me por ninguém; eu, entretanto, estava insegura da presença dele próximo a mim.

Há alguns minutos atrás, quase entreguei-me a ele e não pude deixar de sentir o seu calor junto ao meu corpo; assim como o seu doce aroma e, até mesmo, sua ereção pressionando o meu ventre. Fiquei um pouco consternada quando derrubamos a bandeija; digamos até irritada. Eu realmente precisáva senti-lo junto a mim; porém Seth, pela primeira vez, evitou-me. Eu entendia que tal feito era para o meu bem; todavia, dessa vez, eu iria provocá-lo.

Enquanto arrumava-me, procurava pela blusa mais vulgar que eu tivesse dentro da minha bolsa. Infelizmente, como não era nada planejado, eu não tinha nada decente ali dentro. Então peguei uma blusa um pouco justa, mas sem decote algum, e amarrei a parte inferior dela, tornando um nó. Assim a minha barriga havia ficado de fora, e já era alguma coisa.

- Amor, o seu celular está tocando! Quem é o "Chefinho"? - Seth gritou, perguntando em seguida.

A minha vontade era de sair correndo daquele box, porém eu não podia repetir o ato. Seth não poderia atender aquela ligação, ou eu estaria ferrada.

- Sethy, - chamei-o pelo apelido que tanto gostava, - por favor. Não atenda essa chamada, se não o meu chefe ficará furioso. Eu deveria... Estar arrumando uma documentação agora! - Inventei qualquer coisa na hora, apenas para despistá-lo.

Seth aparentou acreditar, entretanto a dúvida estava presente em sua testa. Sua boca estava cerrada, assim como os olhos semicerrados, além da testa vincada, com rugas de expressões claras de curiosidade.

Caminhei até ele estendendo a mão, mas ele levantou o braço com o celular ainda sobre a sua palma. Indiguinei-me com a situação; porém, como uma criança, fiz um muxoxo, vindo, sem seguida, uma série de reclamações.

- Espera. - Ele pediu, colocando o dedo sobre os meus lábios. - Eu não sabia que você trabalhava. - O seu tom era um tanto petulante, assim como divertido agora. Tudo bem, agora eu havia perdido o fio da linha do pensamento do Seth. Porém eu podia ter previsto que toda aquele perturbação no seu rosto não era nada, afinal, ele acabava sempre por sorrir.

- Seth, o meu patrão ficará brabo caso eu não atenda! - Murmurei indignada, enquanto pulava para alcançar o celular que ele segurava acima de sua cabeça. Era isso que dava namorar um cara com dois metros de altura, e você ainda ser baixinha para a sua idade!

Ele rendeu-se, entregando o celular em minhas mãos. O aparelho continuava a vibrar como louco, e logo atendi, sem deixar muito a desejar a Seth.

- Olá, Josi. Como anda o que combinamos? - Aquela voz que fazia-me arrepiar a minha espinha, enquanto eu não podia demonstrar o meu medo a Seth. Ele tinha acreditar que eu estava sorrindo e que, aquilo estampado no meu rosto, era um sorriso.

- Olá, senhor. Eu estou aprontando a documentação, porém estava aqui com o meu namorado e acabei por perder a ver o tempo passar. - Murmurei, andando à passos rápidos pelo quarto, pois eu estava muito nervosa para ficar parada.

- Ah, então Seth Clearwater está aí? Muito bom, Josiane. Espero que continue assim. Já sabe que quero mais informações, então mantenha-me informado sobre aquela criatura. - O mestre simplesmente disse, desligando, em seguida, na minha cara.

Fiz a minha melhor feição de indignação, mesmo que eu não pudesse indignar-me com ele. Afinal, ele nem estava ali.

- Amor, então você precisa ir pra casa para trabalhar? - Seth perguntou, preocupado pelo o que pude notar no seu tom de voz. - Aliás, onde você trabalha? Eu não sei muita coisa sobre você, mas eu entendo caso você não queria se abrir e...

Coloquei a ponta do dedo indicador sob a sua boca, assim como ele havia feito antes comigo. Eu sentia-me tão realizada com ele; porém era, ao mesmo tempo, obrigada a mentir. Eu sentia-me horrível por dentro, mesmo que eu não soubesse que sentimento movia essa ingratidão que eu sentia tão profundamente.

- Bobinho, isso porque você sabe que sou um tanto insegura. - Menti. Na verdade, eu não poderia realmente dizer que tinha uma família. Eu não ninguém próximo a mim que fosse como os Cullen, estivéssem lá sempre que eu precisasse. Nisso, eu invejava-os. - Se você quer tanto saber, eu trabalho em uma companhia de acessoria pública. Porém eu sou apenas a secretária, não tenho nenhum cargo muito importante.

- Ajudando os outros, hein, senhorita Josiane? - Ele perguntou, arqueando a sobrancelha. Ri fracamente, afinal eu nunca havia ajudado alguém. Senti-me imunda por tudo o que eu já havia feito na vida, tudo por causa de algo que eu nem tinha culpa.

- Claro, amor. Mas agora eu preciso te ajudar a arrumar essa bagunça, isso sim! - Murmurei, apontando para a sujeira da cama, onde a gente havia derrubado a bandeija.

O seu riso rouco recuou pelo ambiente; e, como sempre, o humor de Seth era positivo. Ele, afinal, era inabalável, algo que eu estava longe de ser. Talvez fosse verdade aquela frase que tanto ouvimos: os opostos se atraem. Ele era um garoto sempre tão alto astral e humorado, enquanto eu tinha um astral muito depressivo; minha vida, afinal, não era nada do que eu esperava - além de que estava longe de ser perfeita.

Ele era um transformer que protegia a sua cidade, enquanto eu era uma ameaça... Uma verdadeira aberração.


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Notas finais do capítulo

Apenas confundimos vocês, ou vocês sacaram o que a Josi é? :D
Espero ver as opiniões nos reviews.
Dia 24/12, a Mavi vai me mandar o próximo cap; mas, infelizmente, nós só poderemos postar depois que eu voltar da minha viagem, dia 28. Desculpa, mas do dia 24 a 28 eu vou viajar para o interior de SP (e olha que eu moro no RS --') pra visitar a minha família, então eu vou ficar TOTALMENTE sem entrar durante esse meio tempo.
Beijos :* Espero que perdoem a demora também (:

P.s.: A Mavi ajudou muito com ideias, mas eu (Leticia) mesmo que escrevi ;P