Broken Glass - Caco de Vidro escrita por Letícia Silveira, Maavi


Capítulo 24
Capítulo 24 - Imprevistos


Notas iniciais do capítulo

Hola, desculpem a demora :(
Algumas pessoas sabem o meu motivo, mas, para não tornar algo mais público ainda (até por isso eu exclui do meu perfil agora), eu tive problemas de saúde. Eu = Letícia.
A Mavi, como ela é co-autora, não se sentiu à vontade para postar a fic enquanto eu estava ausente. Então não nos critiquem, ok? O tempo foi apenas um... Imprevisto do futuro, como o título do capítulo.
Este foi escrito, o início, pela Mavi e o resto por mim. Ela se empenhou tanto, então a agradeçam, oks?
Aww, e alguém gosta do Justin Bieber?
Eu tenho uma fic com ele que está acabando... Querem conferir? Tem só 7 caps!
Anyway, estou viajando aqui.
Vamos ler (;



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Abri meus olhos no sofá, onde havia adormecido vendo o filme na tarde passada. Sentei-me e não achei o Jake. Levantei em um pulo, preocupada; e isso causou-me tontura. No mesmo instante que a tontura veio, senti dois braços gelados à minha volta: eram os de papai.

–Bom dia, princesa – ele falou dando-me um beijo na testa

–Bom dia. Cadê o Jake? – perguntei olhando em volta, ainda com meu pai abraçando-me, e eu retribuindo seu abraço

–Foi à La Push. Falou que até às onze horas está de volta. Já são dez e meia – ele falou rindo. Meu Deus, eu devo ter dormido muito.

–Quanto tempo eu dormi? – perguntei, sentando-me no sofá – Papai, você pode me soltar? Estou ficando enjoada. – perguntei meio envergonhada

–Claro, filha. E eu acho que umas doze horas – ele falou rindo. – Sua mãe era exatamente como você: dormia bastante. Está com fome? – ele perguntou, e eu assenti com a cabeça.

Papai foi à cozinha preparar algo para eu comer, e eu fiquei na sala esperando. Minutos depois, um cheiro invadiu à cozinha; só que esse cheiro não era do café da manha que meu pai estava preparando: era o Jake. Segundos depois desse cheiro invadir a sala, Jake adentrou na visão dos meus olhos, e eu derreti-me toda com aquela visão do paraíso. Ele estava sem camisa, afinal.

–Bom dia, princesa. Me desculpe por não estar aqui quando você acordou – ele falou e deu-me um beijo na testa.

–Tudo bem, amor – falei, e ele sentou ao meu lado além de colocar seus braços à minha volta

–Ness, venha comer – papai falou da cozinha, e, quando eu ia me levantar, Jake me pegou no colo para levar-me até à cozinha.

–Jake, não precisa de tudo isso – falei quando ele sentou e fez-me sentar no colo dele

–Precisa sim, amor. Você é muito especial para eu te perder – ele falou e eu deu-me um beijo na bochecha

–Mas você não vai me perder – eu falei confusa. Por que ele perder-me-ia? Não ocorrera nada de ruim para separarmo-nos.

–Nunca se sabe – ele falou meio tristonho. Ele devia saber algo que eu não sabia e que, depois, eu descobriria – Amor, você tem de se transformar mais tarde, pois é bom manter a transformação todo dia. Não sabemos se o nosso filhote será lobo ou não... – Jake falou. Achei que seria legal me transformar sem aquelas coisas estranhas que eu sintia perto da minha família.

–Está bem, Jake – falei, e ele apertou a minha mão na dele

–Será que dá para comer antes que esfrie? – meu pai perguntou, fingindo uma voz de irritado. Então, nós fomos comer. – Obrigada - ele falou antes de sair da cozinha e ir a algum lugar.

Após alguns minutos de silêncio, já com a nossa comida acabada, senti sede. Mas não de água; mas sim, de sangue.

–Jake, nós podemos ir caçar? – perguntei e, no mesmo instante, mamãe e papai chegaram na cozinha. Jake olhou para eles e para mim.

–Tome muito cuidado – papai falou e saiu

–Te amo, filha. Cuide-se – mamãe falou, deu um beijo na minha testa e foi para o mesmo caminho que o meu pai.

–O que foi isso? Não entendi muito bem – perguntei confusa, balançando a cabeça.

–Isso foi que os seus pais deixaram você ir caçar comigo, mas eu tenho de cuidar muito bem de você. Você tem que tomar muito cuidado e é para tomar pouco sangue, porque não sabemos a reação que ele vai ter com o nosso filho – Jake falou sério. Pelo jeito, ele estava preocupado comigo.

–Não se preocupe, Jake. Vou ficar bem. – falei apertando sua mão levemente – Ei, tive uma idéia – falei, levantando-me do colo do Jake.

–Qual amor? – ele perguntou me fazendo sentar novamente em seu colo

–Eu me transformarei em loba primeiro. A gente corre um pouco, daí eu caço. Que tal? – era uma idéia simples, mas eu acho que ele não tinha pensado nisso.

–Boa, amor. Agora vamos subir. Vou te ajudar a se trocar, e depois nós vamos correr e caçar – Jake falou e pegou-me no colo para subirmos para o meu quarto.

Fui ao meu closet e peguei uma blusa rosa de algodão, junto com uma calça de moletom da GAP. Vesti-me rapidamente, e isso provocou uma nova tontura. Como Jake não estava no quarto, eu sentei-me na cama e fiquei esperando a tontura passar. Após isso, passei no quarto dos meus pais para lhes dizer tchau

–Mãe, pai. Estou indo, beijos. Amo vocês – Falei pela fresta da porta

–Tchau, filha. Tome cuidado – eles falaram antes de eu concluir o processo de fechar a porta.

Desci as escadas e encontrei Jake falando com tio Emmett na sala. Na verdade, eles estavam cochichando; e não sei muito bem sobre o quê. Estava com dificuldade para ouvir.

–Jake, vamos? – perguntei já com a porta aberta e saindo de casa

–Claro. Depois terminamos a conversa, Emmett – Jake falou e deu um tapa no ombro dele antes de sair comigo para caçarmos. Intrigada, fui logo perguntar o que significava aquilo.

–Jake, pode me explicar o que foi tudo isso? – Pedi em um tom doce; mas, ao mesmo tempo, autoritário.

–Nada não, amor – ele falou e deu-me um beijo na testa – Agora vamos nos transformar. Precisamos correr e depois caçar. Não foi pra isso que viemos? – ele falou já tirando sua calça, depois sua cueca e se transformando em lobo. Eu já tirei a blusa e a calça. Senti minha espinha ferver e depois fiquei apoiada em quatro patas grandes, brancas e peludas.

Jake indicou o caminho, e eu segui-o. Corremos acho que por volta de duas horas em silêncio e em um ritmo bem calmo. Jake começou a perceber que eu estava ficando cansada, então parou e transformou-se em homem novamente. No meu homem.

–Ness, se transforme. Você está ficando cansada, amor – ele falou, e eu virei humana/vampira novamente.

–Jake, sede. Muita sede – falei meio fora de mim.

–Amor, tem leões ao norte – Jake falou, e eu sai correndo em disparada, ainda nua.

–Ness, calma. Vá com calma amor, você está grávida.

.

Não dei ouvidos a ele, apenas caçei a minha presa. Eu andava um tanto independente, mesmo a minha situação delicada exigindo cuidados. Não sabia o que aqueles sintomas significavam, porém os meus atos estavam tornando-se cada vez mais imprudente; eu nunca media as consequências.

Com verocidade, capturei a minha presa; bebendo muito sangue, pois eu estava sedenta.

Eu havia perdido Jacob de vista, sem encontrá-lo em lugar algum pela vista. Virei-me e, com isso, acabei por tontear. Porém não houvera efeito algum na minha procura. Comecei a caminhar rapidamente, quase correndo, pelo bosque. A preocupação realmente apossava-me, além de que eu não sabia, se quer, o seu paradeiro. Assim, como eu poderia saber aonde ele estava?

Repentinamente, senti um toque nas minhas costas. Enquanto eu virava, já murmurava:

– Graças a Deus que você apareceu, senhor Jacob Black. Se você fizer isso comigo, eu... - Não conclui a minha fala, pois dei-me conta de que não era Jake.

Embora o meu olfato estivesse alterado, pude sentir um odor diferente, o qual enojava-me. Fitei a pessoa que estava atrás de mim e notei que não era uma visita agradável.

– Josi. - Murmurei entredentes.

– Olá, Renesmee. - A perua murmurou desgostosa.

Ela aproximou-se de mim, encarando-me nos olhos, e pude perceber certa angustia em seu olhar. Mas por que ela estava angustiada? Pude até pensar nisso, porém não ia realmente perguntar. Até porque, não era qualquer garota. Era a Josi, aquela que namorava o Seth e lançava os olhares indiscretos para o meu namorado e futuro pai do meu filho.

– Só vim aqui avisar que o Jake teve uma emergência em La Push, assim como o Seth. Porém mandaram eu cuidar de você e, como eu estava aqui perto, vim rapidamente. - Josi explicou, confundindo-me.

– Espera, mas como você sabia que eu estava aqui? - Indaguei curiosa e, ao mesmo tempo, perplexa.

Qual fora a emergência? Estaria ele machucado? E se fosse uma grande ameaça? Eu deveria ir atrás dele?

OMG, eu estava com tantas dúvidas que nem mais coerência eu tinha. Encostei-me em um árvore, já tonta com tantos enleios percorrendo a minha mente. Josi, não sei por que, segurou-me, preocupada comigo. Estranhei - e muito - o fato; porém aceitei a ajuda daquela, até ontem estranha, e caminhamos lentamente até à minha casa.

– Você não me respondeu. - Resmunguei assim que sentei no sofá. Vó Esme logo foi preparar alguma refeição humana para mim; pensando que, possivelmente, o bebê não aprovara o sangue animal.

– O quê? - Josi fingiu-se de sonsa. Irritada, elevei o tom de minha voz, não procurando briga, apenas um diálogo decente. Ela vivia fugindo das minhas perguntas, nunca respondendo-as diretamente.

– Como você sabia onde eu estava?

– Jacob me contou. - Respondeu simplesmente.

– Porém ele te deu as coordenadas exatas da floresta? E aonde você estava se estava tão 'perto' da floresta? - Perguntei interrogativamente.

Josi não soube o que responder, pelo menos, deduzi sobre o seu olhar hesitante. Ela evitava fitar-me nos olhos; porém, para sua sorte, isso não foi necessário.

Logo o seu celular tocou.

- Alô. Sim, posso ir agora mesmo. Não, não estou fazendo nada. - Ela aparentou falar com alguém no aparelho.

Indignei-me assim que ela falou que não estava a fazer nada. Como ousara? Bem, ela era a Josi: uma mulher imprevisível. Sem ao menos despedir-se, saiu porta à fora apressada.

Sem compreender o que se passara, apenas recostei-me no sofá, procurando esvaziar a minha mente com tantas dúvidas de quem era aquela criatura. Josi, um ser indefinido. Não parecia ser humana; porém, com certeza, não era uma transmorfa. O que seria ela?

(***)

Jacob, finalmente, chegara em casa para o meu alívio. Agonizada, não conseguia nem pensar, sequer, em comer - algo que eu estava fazendo com frequência. De qualquer jeito, corri de encontro ao meu namorado assim que ele adentrou à porta.

– Jake! Onde você se meteu? Já se passaram... - Olhei para o relógio e notei que o tempo estava passando mais lentamente do que imaginei. - Hmm, tudo bem. Passou-se apenas uma hora, mas essa hora foi torturosa. - Murmurei beijando-lhe a extensão de suas maçãs do rosto.

– Eu sei que você não consegue viver sem mim. - Ele afirmou convecido, distanciando-se de mim e indo deitar-se no sofá.

– Seu bobo convencido! Óbvio que eu consigo sim, só não quero tentar. - Murmurei envergonhada. Pus o meu dedo sobre a boca, tentando seduzi-lo sem obter sucesso. Quem iria convencer o seu namorado gostoso a uma rapidinha com uma barriga enorme impedindo-os?

– Eu não consigo, admito. Nem penso tentar para afirmar. - Ele disse levantando-se e vindo em minha direção.

Como alguém conseguia ser tão bonito assim? Ele caminhou lentamente, totalmente envolvente em minha direção.

É, parecia que a noite ia ser boa...

– RENESMEE CULLEN E JACOB BLACK! PODEM PARAR AÍ! JÁ! - Ouvi a voz do meu pai gritar, assim que APENAS nos aproximamos. Bufei irritada e percebi, de soslaio, Jacob cruzar os braços em frente ao peito. - Você não pode nem pensar nessa possibilidade! - Meu pai, em um segundo, já estava em minha frente; gritando como um velho doido psicótico. - Não imagina o que você pode causar ao bebê? E se machucar? E se ele sair ferido? Já é uma criatura rara, e vocês querem fazer testes com eles? Vocês são doidos ou só ninfomaníacos mesmo?

Rolei os olhos, entediada. Aquele discurso durou algumas horas, apenas porque ele não tinha de dormir, pois eu acabei dormindo. Nem sei se o meu pai notara, apenas ali descansei, esquecendo os problemas e os mistérios à minha volta. Eu estava alheia ao mundo, isolada em minha casa e com o meu bebê.

Mais tarde, acordei, sentindo a tensão no ar. Jasper não deveria estar em casa, afinal, para acalmar a todos. A cara de meu pai, sentado na poltrona, era explicitamente de preocupação. Jacob não se escontrava em lugar nenhum à vista, o que me preocupou. Minha mãe sentava ao lado de meu pai, mas, quando viu-me acordar, veio até mim.

– Querida, acho melhor recostar na cama. Esse sofá é um tanto desconfortável, afinal. Não? - Perguntou com uma face querendo transparecer carisma, mas eu sabia que ela estava a mentir.

Fingi que não ouvi o seu comentário, apenas fitei o meu pai. Eu sabia que ele estava lendo todos os meus pensamentos, assim, poderia responder a pergunta que cercava-me: Por que o clima tão sério? O que acontecera afinal?

– Acho que você já sabe, Ness. É o motivo do Jacob ter saído de perto de você naquela hora, na floresta. - Edward limitou-se a responder, sem dar mais informações.

Sem Jacob, eu estava um tanto perdida. Meus pais guardavam um segredo - o que já não era novidade, considerando o número de vezes que meu pai mentira para proteger-me.

Para minha salvação, Jacob desceu - apenas de toalha– pelas escadas; como se estivesse na própria casa, não na dos sogros. Não que eu tivesse reprovado aquela imagem dos Deuses: até a minha mãe parecia divertir-se com a cara de meu pai.

– Jacob, onde já se viu vir assim para uma sala familiar? - Meu pai censurou. É, ultimamente, Edward Cullen estava um pé no saco.

Jacob apenas deu de ombros, logo abocanhando uma maçã que estava sob a mesa. Não pude evitar de perguntar, em voz alta, para o meu amado. Afinal, ele nunca me mentiria ou não responderia uma pergunta minha.

– Jake, você nunca me mentiria, não é? - Perguntei manhosa, mexendo em uma mecha encaracolada de meu cabelo.

– Nessie... - Meu pai censurou, com um olhar severo direcionado a mim.

– Ele é o meu namorado, pai. - Retruquei. - Jake, por que os meus pais estão tão nervosos? O que foi tão urgente para você abandonar a sua namorada grávida no meio da floresta em plena caça? - Indaguei curiosa, movida por vontade de descobrir mais, como uma pequena criança que começa a descobrir as coisas. Talvez a gravidez estivesse mexendo comigo...

Jacob hesitou em responder, apenas fitando Edward, como se pedisse licença.

– Há um novo vampiro na área, Ness. Paul encontrou um rastro perto da sua casa, digo, esta casa. A área está sendo reforçada. O problema é que nós nunca sentimos esse cheiro antes; nem os Volturis tinham um cheiro tão... Peculiar. - Jacob murmurou confuso, deixando-me complexa.

Os Volturis eram o meu pior pesadelo desde pequena. Não confiava neles e nunca confiaria. Mas... E se eles tivessem enviado um novo integrante para vigiar-me?

– Verdade, Ness. Não havia pensado nisso ainda. - Edward murmurou.

– Então, Jake, alguma pista? - Perguntei.

– Apenas uma pegada, que era humana por sinal. Assim como a dos vampiros. Não muda nada. - Disse simplesmente, dando de ombros.

Porém, agora que eu carregava um filho, qualquer vampiro que desconhecesse os tranformos receberia isso como uma ameaça.

Uma lágrima escorreu de meu olho, apenas ao pensar ter que sacrificar a criança que eu carregava no ventre. Nada, absolutamente nada, impedir-me-ia de ser feliz com o meu filho nos braços ao lado do Jacob.



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Notas finais do capítulo

Gente, eu fiz esse finalzinho pra mostrar que a Nessie determinada ainda existe, apenas está um pouco inseguro com esse lance de gravidez.



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