Broken Glass - Caco de Vidro escrita por Letícia Silveira, Maavi


Capítulo 26
Capítulo 26 - Decepcionante




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Capítulo 26 - Decepcionante - Renesmee's Point of View

Desde o dia em que Jacob abandonara-me na floresta, o clima andava estranho entre nós. Ele parecia forçar sorrisos e juras de amor; e eu estava a pensar que ele não me amava mais. Claro, quem amaria uma mulher gorda com uma barriga de, aparentemente, seis meses? Era tecnicamente impossível achar-me bela com aquele empecilho dificultando a nossa vida sexual.

Edward, meu pai, também andava estranho: seu olhar zangado em direção ao meu namorado gerava dúvidas em torno de seus comportamentos. Por que ele não me dizia logo o que estava acontecendo? Eu odiava mistérios e segredos como estes.

Ouvindo a voz de Jacob no primeiro andar, saí do meu quarto vagarosamente, cuidando o lugar aonde eu pisava. Aparentemente, os meus pés não se encontravam mais junto a mim; fazia dias que eu não os via com a minha barriga de quase sete meses. A qualquer momento, por não termos uma previsão correta, o bebê poderia nascer: e Jacob parecia ainda mais confuso com isso.

Talvez fosse a responsabilidade de ser pai que o perturbava, ou o iminente nascer do bebê que estava a chegar. Eu não entendia, porém, o porquê dele estar nervoso se eu pariria um bebê a qualquer momento. De qualquer maneira, a aura que o cercava estava incomodando-me. Evitávamo-nos consequentemente. E eu odiava tal distanciamento. Eu só queria o pai do meu filho ao meu lado durante o seu rápido crescimento.

– Eu temo, Edward... Por ela, pelo bebê. - A voz rouca preenchia a sala; e, assim, da escada, era possível escutá-la.

– Jacob, será o certo a se fazer. Você não pode guardar esse segredo para sempre. Vocês vão casar e parecem que estão prestes a se separar de tão afastados... Eu entendo, - meu pai pareceu responder a algum pensamento dele, - mas não concordo. A Josi vai se apaixonar pelo Seth, não tem outro jeito. Você mesmo disse que não todo objeto de imprinting se rende à magia. Não há com o que se preocupar. A minha filha irá entender.

Eu? Josi? No mesmo assunto? Sobre o que eles poderiam estar hipoteticamente falando? Só podia ser uma conversa de louco!

Aproveitando o silêncio que se instalou, analisei as palavras que eles haviam utilizado. Dava-se a entender que... Não, não, não! O JACOB NÃO PODIA ESTAR APAIXONADO POR AQUELA JOSIANE!

– Ness! - Meu pai pareceu, finalmente, reparar nos meus pensamentos. Ele correu de encontro à escada e viu-me encolhida, abraçando a minha barriga e tremendo continuamente. - Não é nada disso que você está pensando! Jacob não está apaixonado pela Josi!

– EDWARD! - Jacob exclamou, arregalando os olhos, incrédulo com tal conclusão. Como, depois de tudo que passamos juntos, estava duvidanda da quantidade de amor que ele tinha a oferecer-me? Eu devia ser ingrata mesmo ou estava tão correta a ponto de amaldiçoar-me por ser esperta.

Aproximou-se do local no qual eu e o meu pai encontrávamo-nos e subiu correndo pelos degraus. Levantou-me com as suas mãos grandes, fortes e quentes apoiadas em minha pele e chacoalhou-me delicamente. Em seguida, puxou-me contra o seu corpo e abraçou-me desajeitadamente, devido ao tamanho da barriga.

– Eu te amo, Ness! Nunca amarei outra, ouviu? Eu te amo muitíssimo, minha pequena. Nunca duvide disso. - Encerrou com um beijo lento e gentil, unindo os seus lábios macios que mostravam indícios de que existe um paraíso. A boca carnuda quente, a qual, quando em contato com a minha pele, lançava diversas correntes elétricas, era como um mar no qual eu gostaria de navegar sem um rumo fixo. A minha filosofia e a minha religião eram buscar viver no seu coração; e, pelo jeito, eu estava conseguindo.

– Deverias contá-la agora, Jacob. Ela já ouviu toda conversa mesmo... - Edward intrometeu-se, fazendo-nos separar-nos.

– Você sabia que ela estava ouvindo! - Acusou o meu noivo, apontado ao meu pai.

Minha respiração trancou. Eu não havia chegado a tal conclusão até então. Soltei-a pesadamente e encarei especulativamente o Jacob.

– Afinal, o que você estava tentando me esconder? É por isso que anda tão afastado? É por isso que mal vi o pai do meu filho durante essa semana? - O tom inquisitivo e autoritário em minha voz alertou-o que a minha pressão estava aumentando.

– Ness, acalme-se! Isso não fará bem a você nem ao bebê! - Implorou Jacob, puxando nervosamente as madeixas negras de seu cabelo. Entretanto, eu não iria ceder-lhe.

– Só irei me acalmar quando você me disser o que realmente está acontecendo ou aconteceu! - Ralhei, gesticulando com as mãos.

– Nessie, por favor, sente-se. - Ele pediu, mudando o semblante para um de seriedade.

Respirei fundo: o assunto deveria ser sério para ele fazer tanto caso sobre isso. Jacob nunca fora um homem de enrolar; pelo contrário, sempre fora direto ao ponto. Toda aquela enrolação era de enlouquecer qualquer mulher.

Inesperadamente, os meus olhos começaram a expelir água, sem motivo ou razão aparentes. Limpei-a rapidamente, evitando-o de vê-las, porém a tristeza que me abateu foi tão grande que não pude refrear o meu soluço que se seguiu. Jacob, infelizmente, percebeu e aproximou-se de mim, alterando a sua expressão triste e raivosa para preocupado e cuidadoso.

– O que houve, Ness? Por que você está chorando? - O seu tom de voz soava tão preocupado quanto as suas mãos trêmulas demonstravam.

Eu apenas abracei-o e sussurrei, aproximando a minha boca de seu ouvido, independente do quão baixinho soou, que o perdoava. Não importava o que ele diria; entretanto, os meus instintos de mulher diziam-me para fazê-lo assim como para sofrer. Que tipo de masoquismo era ficar grávida? Sofrendo por antecipação? Eu nunca fui disso antes! Intriguei-me com tais pensamentos guardados apenas para mim.

Eu não saberia dizer de quem foi a iniciativa; entretanto, quando percebi, estávamos com os nossos lábios colados, procurando sedentamente um pelo outro. Não me recordava sobre a última vez que sentira tanto êxtase em apenas um beijo; porém, logo, meu sexo inundou-se.

As lágrimas que antes assolavam o meu rosto sumiram instantaneamente, dando lugar à abrasante felicidade que se apossou de meu peito. Unir os meus lábios aos de Jacob apenas não era mais significativo do que os nossos corpos, pois era uma forma de demonstrarmos o quanto completávamo-nos e amávamo-nos.

Nossas ávidas línguas guerreavam eroticamente como a água cortava um rio sobre as mais íngremes curvas de uma cordilheira. Minhas mãos, em seguida, dirigiram-se aos seus negros cabelos, que se renderam aos meus dedos e aproximaram o rosto dele ao meu (ainda mais se possível).

O meu coração falhou algumas batidas assim que ele dirigiu as suas másculas mãos em direção à minha calça, mas, ao ouvir tal desnivelamento, separou-se abruptamente e encarou-me sério.

– Chega de mais emoções por hoje, Ness! Você precisa relaxar. Está muito bipolar! - Ralhou, tocando com a ponta de seu dedo no meu nariz como um pai mandão.

– Ai, Jake! Eu preciso de você! Sinta como o meu corpo pede por você! - Agarrei-lhe a mão e guiei-a à minha intimidade. Corar não pertencia no meu vocabulário com tal gesto vulgar sendo praticado naquele momento. - Ele implora-lhe que me possua!

Ouvi um rosnado no andar de baixo; e, logo, uma risada estrondosa preencheu o ambiente. Limitei-me a soltar a mão de Jacob e voar até o primeiro piso de minha casa, em que soquei Emmett na face. Ele não deveria ficar ouvindo conversas alheias.

– Ai! Essa gravidez te deixou mais forte, monstrinha! - Exclamou ele, posicionando a mão sobre o canto em que o toquei.

– Isso é para você aprender a respeitar as conversas dos outros! - Ralhei, cerrando os meus olhos e fitando-o mortalmente.

– Nossa, quanto hormônio! Isso é que dá, Jacob! Você não dá conta do recado, e a "mina" explode! - Gargalhou, e fora a vez de Jacob socá-lo do lado direito da face. - Ai! Se eu quisesse apanhar, pediria para a minha gatinha Rose!

– Poupe-me de seus pensamentos pecaminosos, Emmett. - Murmurou o meu pai, entredentes. Percebi que o cérebro dele estava à beira de um derrame, pois suas mãos estavam posicionadas ao lado de sua cabeça.

Sentei-me no sofá, sentindo um grande sono dominar-me. Um bocejo interrompeu os ares fúnebres da casa e interrompeu a discussão entre os cunhados e irmãos. Acima de tudo, éramos uma família (um pouco anormal) que deveria unir-se em todos os momentos, inclusive nas brigas entre os nós mesmos.

Jacob sentou sobre o braço do sofá, aproveitando a grande distância que havia entre nós. Eu sabia que ele estava envergonhado pela situação anterior, mas não iria fazer caso por isso: o meu namorado também precisava de ter o seu espaço.

Apoiando uma mão sobre a minha barriga e repousando a outra sobre o sofá, caí em um sono profundo, proviniente do nada, o que culminou em preocupação dos meus familiares.

Assim que acordei, percebi que estava em uma cama de hospital improvisada no quarto do meu pai. Não compreendi primeiramente; vi, pois, um soro adentrando em minha veia e entendi que permaneci dormindo mais tempo do que o devido. Rolei os olhos imediatamente: a minha família sempre se preocupava demais.

Estiquei os meus braços, e, parecendo sentir a mais leve ocilação do ar, Jacob adentrou no quarto como um raio veloz. Os meus olhos não acompanharam os seus movimentos; entretanto, pude senti-lo tocar-me desde os cabelos até os pés. Suspirei cansada: aquela supervisão perseguir-me-ia para sempre, não?

– Amor, como você está? Que susto que me deu! Imagina se eu dormisse por dois dias seguidos! Era para qualquer um ficar preocupado, não? - Só então, ele inspirou o ar, mas disparou a falar novamente.

Assumiria que não escutei o que os seus lábios delineados diziam, porém acompanhá-los era a melhor sensação do mundo. O mover tão sedutor de sua língua - recuando e encostando nos dentes em seguida - hipnotizou-me; notei, pois, no quão pervertida eu encontrava-me enquanto grávida.

Encostei a minha mão sobre o seu rosto e senti-o enrijecer com as imagens que lhe enviei. Sorri maliciosamente, puxando-o pelas madeixas negras já que não possuía uma camisa para puxá-lo pelo colarinho (o que apenas tornava tudo mais excitante).

– Não podemos, Ness... - Murmurou sôfrego sob os meus lábios famintos, que devoravam os seus sem serem correspondidos.

Afastei-me dele tristemente: então ele rejeitar-me-ia novamente? Não pude evitar a água em meus olhos.

– A sua família está aí, pequena! Além disso, quero esclarcer-lhe sobre o assunto da Josiane. Vou ir direto ao ponto porque, pelo que vi antes, será melhor. Conversei com o Edward também que me aconselhou...

– Jacob, você está divagando! - Exclamei, curiosa para saber o que era tão absurdamente secreto que havia sido capaz de preocupá-lo tanto. Esses hormônios de grávida ainda enlouquecer-me-iam!

– Claro, claro. Ir direto ao ponto, O.K.. Eu... A Josi... A gente se beijou dentro de um carro há algumas semanas atrás.

Silêncio. Essa única palavra resumia o parar das batidas do meu coração.

O Jacob fitava o chão sob os seus pés, envergonhado e sem afoitez. Toquei-lhe a face sem passar nenhuma imagem através do meu dom. Apenas afeguei a sua face com o meu polegar, sorrindo-lhe minimamente.

Claro que eu não choraria de felicidade; porém, culpá-lo ou causar intrigas sobre o assunto não seriam as melhores soluções para tal. Um beijo era irreversível, mas eu sabia que o coração de Jacob estava entregue a mim assim como o meu, a ele.

– Eu entendo que você sinta desejos carnais por outras, Jake. Eu estou aqui, redonda como uma bola, devo estar parecendo a pessoa mais feia que já viu. Mas sei também que o seu amor passional vem da alma assim como o meu. Espero que me procure antes de se entregar a qualquer uma, O.K.? - A minha fala estava tão rápida que nem eu conseguia entender o que eu dizia. A minha garganta parecia que ia fechar de tão dolorida que se encontrava ao ouvir as minhas próprias palavras. Eu não deveria demonstrar-me inocente ou vítima nessa história, tinha de começar a portar-me como uma verdadeira mulher. O meu filho e o meu Jake mereciam alguém altruísta que não pensasse apenas em si mesmo como eu costumava a fazer e como eu faria se isso acontecesse há alguns meses e em outras circunstâncias.

– Ness, pare! - Pediu ele, balançando-me fortemente, fazendo-me encará-lo.

Encontrei olhos tão desesperados e vazios que arrepiaram a minha alma. Encolhi-me reclusa, repensando em minhas palavras. Talvez ele procurasse uma briga, uma fala zangada. Talvez ele procurasse um meio de sentir-se menos culpado. Talvez eu fosse a errada da situação.

– Pare de pensar essas coisas! Pare de dizê-las! - Ele fitava-me intensamente pelo que pude perceber. Por mais que eu não estivesse olhando para cima, podia sentir os seus olhos queimando em meu rosto. Ou talvez fosse a chama da vergonha em meu peito. - Eu errei, mas será um erro que não se repetirá! Ela me agarrou; e eu, estranhamente, correspondi. Ponto final. Não houve nada mais do que isso, nem nunca haverá! - Um alívio percorreu-me dos pés à cabeça acarretando a um suspiro. O meu coração fraquejou com tal refrigério, e os meus olhos comoveram-se com tais palavras. Encostei a minha cabeça sobre o travesseiro de penas e ofeguei, acabando por acariciá-lo a mão que se entrelaçou na minha. - A cada dia, eu te amo mais, minha Nessie. Eu nunca a trocaria por outra. E, para a sua informação, - diminuiu o tom de voz: - eu ainda sinto desejo carnal por você. Mas o meu amor não se limita a isso.

Com o seu rosto tão próximo ao meu, buscando a conservação de sua fala, devido à minha família intrigueira, o seu hálito de baunilha chocou-se contra o meu rosto. Não pude evitar de arquejar o meu peito, procurando famintamente os seus lábios. Senti-los, como fiz em seguida, era a melhor sensação do mundo. Além de entorpecente, era extasiante.

Dessa vez, ninguém comentou nada ou interrompeu-nos. Éramos apenas nós em nosso canto, curtindo a nossa vida. Era como deveria ser e como seria para o resto da eternidade.

Eu havia prometido-lhe que não tocaria mais no assunto com ele. Entretanto, a Josiana precisava de esclarescer-me os seus motivos para ter simplesmente agarrado o meu homem. O meu lado ciumento mostrava-se aparente; entretanto, eu não estava lá para aprontar um escândalo. Perguntá-la-ia, se ela tinha o Seth, o porquê de ter beijado o Jacob. Eu imaginava que o poder do imprinting era divino, acima da possível manipulação humana de seus próprios sentimentos. Pensava que ninguém poderia contrapor-se a ele; todavia, o pobrezinho do lobo cinza parecia sempre dar-se mal.

Avistei a casa dela há alguns metros de distância, aparecendo por detrás das copas das árvores. Assim que estacionei em frente, um frio percorreu-me. A edificação branca e antiga contradizia-se à personalidade rebelde e moderna que ela aparentava ter.

Caminhando lentamente, procurei não provocar barulhos. Pela movimentação, a casa parecia estar vazia; e eu queria averiguar isso através da audição. Busquei bater levemente na porta, entretanto não obti respostas. A porta moveu-se, todavia; entreabrindo-se. Posicionei o meu olho entre a fechadura, observando os móveis claros e desorganizados. Algumas roupas encontravam-se sobre o chão; e outras, sobre o pequeno conjunto de mobília da sala. Abri mais ainda a porta e encarei uma luz que brilhava sob um pano. Aproximei-me, curiosa e ciente da minha invasão domiciliar. Ninguém morreria por isso, certo? Talvez, errado.

Retirei a camiseta de cima do que eu descobri ser um celular com várias chamadas não atendidas. Por pensar que era Seth, resolvi atendê-lo apenas para avisar o meu amigo que Josi não o responderia tão cedo. Ele podia achar que ela estava evitando-o ou algo do gênero, então atendê-lo não seria crime algum. (Talvez a adrenalina na gravidez despertasse o meu lado criminoso de ser.)

– JOSIANE, ONDE VOCÊ ESTAVA QUE NÃO RESPONDEU ÀS MINHAS LIGAÇÕES? - Uma voz sombria, afiada como uma navalha e gélida como a área Polar pronunciou. Apavorei-me ao perceber que não era Seth, mas sim um possível mafioso para ter tal voz. Imediatamente, uma lembrança veio em minha mente; entretanto, procurei evitá-la.

Em meio ao pânico, deixei o aparelho escorregar de minhas hábeis e trêmulas mãos. A voz passou a insistir do outro lado da linha; porém, não consegui compreender o que falava.

Quando notei, os meus pés já corriam a passos largos, adentrando à floresta que me servia de refúgio em tais momentos. O timbre daquela pessoa não saía de minha mente; parecendo, pelo contrário, adentrá-la cada vez mais, perfurá-la, perturbá-la e cercá-la. Eu, infelizmente, tinha certeza de que conhecia aquela voz; no entanto, era inadimissível existir algum contato entre ela e Josi. A menina poderia ser muito mal caráter, mas uma simples humana nunca se envolveria com o mundo sobrenatural... Ou iria?

Os meus joelhos cederam com o fluxo de informações cerebrais que eu obtinha. Não querer acreditar era pouco para o que eu estava sentindo. Todo aquele pesadelo não havia passado, afinal.

– Ora, ora... - Pronunciou ela, Josi, a voz que me fez arrepiar-me dos pés à cabeça.

Virei-me assustada, encarando uma cena assustadora: o seu pequeno corpo estava coberto de sangue assim como as manchas próximas à sua boca. O seu olhar assassino e desvairado demonstrava alucinação preenchendo o seu corpo e a sua alma. As mãos, retorcidas em garras, buscavam um equilíbrio para manter as pernas bambas paradas. A raiva parecia transbordar de seu corpo através da expressão facial em que sua mandíbula permanecia trincada e inalterável. Entredentes, mantendo tais sentimentos aprisionados em seu peito, murmurou:

– Vê se não é a Renesmee, a maldita híbrida que roubou o meu homem! - Arregalei os olhos. Ela só podia estar fora de si para recusar o amor de Seth e ainda culpar-me por tal. - Você pensa que vai prendê-lo por ter um filho com ele? Quer saber? Talvez esse filho nem viva para contar a história de amor de seus pais... - A sua voz, preenchida de sarcasmo, foi seguida de uma risada apavorante. Por que ela estava dizendo aquelas coisas, afinal? E que ameaça era aquela sobre o meu filho? Nunca ninguém faria algo de ruim a ele, não se eu pudesse impedir...

Mas os meus pensamentos logo foram interrompidos pela trupe que alcançou o meu olhar. Aquelas estaturas eram-me conhecidas; por conseguinte, o meu coração deu um solavanco: nada daquilo poderia ser possível, nada daquilo passava de um mero pesadelo. Talvez fosse apenas um pesadelo muito real. Por mais que os meus instintos não me dissessem isso.



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Notas finais do capítulo

Sinta-se à vontade para criticar ou opinar sobre o capítulo. Beijos :*
-
P.s.: eu não queria enrolar no capítulo, mas sim mostrar as desconfianças e humores da Ness durante a gravidez.



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