PDV Renesmee Cullen

Acordei um uma forte dor de cabeça. Logo que abri meus olhos, vi a claridade e senti o cheiro de Jake. Tateei com a minha mão ao meu redor e só então percebi que estava na sala, - para ser mais específica - no sofá. Continuei batendo a minha mão a procura de Jake, até que encontrei sua cabeça. Sentei-me e levantei sentando entre suas pernas que estavam abertas, apoiando minha cabeça em seu grande peitoral. Eu ainda estava com sono, mas eu estava com fome também... Muita fome. Senti Jake se mexer e depois levantar-se, mas como eu estava em seu colo quase bati o queixo na mesa. Por sorte, meu super-man, Jacob Black, me pegou a tempo.

-Você está bem? – Ele falou virando-me para ele. Meus olhos logo encontraram com os seus e esqueci-me de como falava. Então, apenas balancei minha cabeça em sinal de “sim”. – Tem certeza? – Ele perguntou com uma voz de desconfiado. Eu apenas afirmei novamente com a cabeça e fiquei perdida em seus olhos.

-Filha, você acordou. Nem notamos isso! – Mamãe falou chegando à sala e me tirando dos olhos de Jake. – Você está bem? – Ela pediu me examinando.

-Estou perfeitamente bem. – Falei tentando lutar contra seu abraço. Eu sentia-me melhor perto de Jake. – Deixa eu sair, – falei sendo um pouco rude com ela. Debati-me em seu abraço até que ela me soltou chateada, olhou pra o meu pai e subiu as escadas correndo para o quarto.

-O que foi isso? – Jake perguntou abraçando-me.

-Eu não me sinto muito bem perto deles agora. – falei fungando o cheiro de Jake.

-Isso não significa que você pode tratá-los assim. Eu também não me sinto bem perto deles, mas não é por isso que eu vou ser mal educado com a sua mãe. Ela é minha melhor amiga. E sua mãe. Trate de tratar melhor sua família, mesmo que ficar perto deles não seja tão bom assim. Estamos entendidos? – Jake falou olhando nos meus olhos agora. Ele estava certo, eu magoei minha mãe. Mas eu ainda a amo, muito.

-Sim, estamos combinados. – falei e lhe dei um beijo e corri para a cozinha. Jake me pegou por trás e me abraçou.

-Antes de comer, acho que alguém está esperando suas desculpas. – Jake falou. Eu também estava esperando desculpas de minha mãe. Ela havia me magoado também, muito.

-Ela também me magoou. – falei olhando para o chão.

–Eu sei que você também está magoada, meu amor, mas era normal. Você estava em forma de loba, então não se chateie por isso. – Jake falou levantando meu queixo levemente.

-Está bem. – falei e corri para cima. Entrei no quarto dos meus pais de cabeça baixa e fitando o chão.

-Mãe – falei sentando do lado dela na cama. – Desculpa, não foi por intenção. Só que agora o cheiro de vocês deixa-me um pouco enjoada. Mas eu ainda te amo. Amo muito todos ainda, de verdade. – falei lhe abraçando. Ela deu-me um beijo na testa e levantou minha cabeça, que ainda estava baixa

-Vou deixar vocês sozinhas e ainda mais: nós temos visita. – Papai falou e saiu do quarto.

-Desculpa, querida, por não te reconhecer. Você estava e está tão diferente que eu fiquei confusa. – ela confidenciou e eu senti um novo cheiro no ar. O mesmo que senti segundos antes de eu me transformar aquele dia na reserva.

-Mãe, o Jake. Preciso do Jake. – falei começando a sentir minha espinha vertebral esquentar e meu corpo a tremer.  Quando vi, estava em quatro patas peludas novamente. Vi que o Jake entrou no quarto desesperado.

-Ness, o que houve amor? – ele falou indo devagar até mim, pois da última vez que o vi como humano eu o ataquei. Mas agora eu tinha controle sobre mim, então fui eu até ele.  Ele abraçou-me, me transformei novamente em humana e comecei a chorar.

-Jaaaaakey, pega roupa para mim? – gaguejei ainda chorando.

-Vem comigo. Eu não vou te deixar nesse estado aqui sozinha. – ele falou me pegando no colo. Fomos até o meu quarto e ele pegou uma roupa para mim.

-Desçam, meninos. A Josiane está aqui. – papai falou e quando ele sibilou “Josiane” eu rosnei. Não sei porquê.

-Vem, amor, e relaxa. – Jake falou pegando minha mão e me guiando para a sala. Descemos a escada e eu logo avistei uma menina pálida, de cabelos castanhos e repicados, meio ondulados assim como os meus. Ela aparentava uns dezessete anos e tinha lábios carnudos. Ela parecia ser uma vampira, mas meus pais iriam saber disso. Assim que cheguei mais perto, um rosnado tentou sair de meus lábios, porém o impedi.

-Ness, essa é a Josi meu objeto de impressão. – Seth falou orgulhoso

-Olá .– ela falou e eu quase pulei para cima dela. Se não fosse Jake ao meu lado, eu já estaria em forma de lobo e em cima dela

-Oi. – resmunguei e ganhei um olhar de reprovação do meu pai

-Venha se sentar conosco. – mamãe falou da sala e eu senti novamente minha espinha ferver. Eu queria pular e arrancar a cabeça daquela tal de Josi. Por mim eu chamaria ela de Jota, rima com idiota.

-Claro – falei e me sentei o mais longe possível da Jotinha. Jake sentou-se ao meu lado

-Fale mais de você Josi – papai falou. Eu não esperava a hora de sair desse cômodo. Ela me irritava e o modo que ela olhava para o MEU Jake deixava-me mais irritada ainda.

-Jacob. certo? – A Jotinha perguntou, seus olhos analisando bem o que era MEU.

-Sim, esse é Jacob. O MEU namorado – falei destacando muito bem a palavra “meu”.

-Hmm, certo. Então, Jacob, vamos... – ela ia falar, porém a interrompi

-Não seja mal educada. Meu pai lhe pediu para você falar mais de você. O certo é responder. – falei irritada

-Ah sim, desculpe-me, senhor Cullen. Bem, eu amo cantar e tocar violão e estou no primeiro ano do ensino médio. – ela falou não tirando os olhos do Jake. Se eu fosse o Seth, tomava cuidado

-Como você conheceu o Seth? – vovó perguntou, ela parecia realmente interessada.

-Bem, um dia antes da reunião lá em La Push, eu encontrei ele na praia e foi amor à primeira vista. O Jake estava...– ela falou encarando o Jake

-Jacob – Eu a corrigi

-Ah sim, desculpe-me. Jacob estava de saída. – ela falou ainda encarando o Jake, só faltava sair fumaça das minhas orelhas. Por sorte, o Seth também percebeu isso e abraçou e a beijou. Pelo menos tentou, pois ela desviou e saiu de seu abraço.

-Não aqui na frente de todos, Seth – A Jotinha idiotinha falou irritada se esquivando das tentativas de abraços e beijos de Seth.

-Jakeey, amor, eu estou passando mal. – menti e recebi um olhar de desapontamento e reprovação de meu pai, que sabia que eu estava mentindo

-A Josi ajuda. Ela fez um curso de primeiro socorros – Seth falou tentando se orgulhar dela. Jake me pegou no colo e todos da minha família vieram ao meu redor. Senti o cheiro enjoativo da Jotinha chegando perto e comecei a passar mal de verdade. Assim que ela se aproximou mais ainda, eu comecei a tremer e a sentir um calor em minha cabeça. Depois disso, só senti uma picada e a escuridão me levar. 

PDV Jacob Black

-Jake, Carlisle deu anestésico para ela. Relaxe, iremos levar ela para cima. Ela ficará bem – Bella falou. Eu estava pouco me lixando. Só queria ficar perto de Ness

-Jake, será que você poderia levar a Josiane para a casa? Nós queríamos falar um pouco com o Seth, se for possível. Use o meu Volvo. –  Edward falou. Eu levaria ela, pois se não depois eu não poderia voltar e ficar com a Ness.

-Claro - respondi contra gosto – Vamos, Josiane – eu falei saindo da casa sendo seguida por ela

-Tchau, amor –ela falou e beijou o Seth e depois nós fomos para o Volvo.

Entramos no carro e andamos uns trinta e cinco minutos em silêncio, só com ela dando-me as instruções, até que chegamos a casa dela

Estacionei em frente à casa dela, enquanto ela me encarava ainda dentro do carro.

- Então, Jake. Agora que aquela songa-monga da sua namorada não está mais conosco, acho que podemos aproveitar o tempo de uma forma mais agradável. - Sussurou, enquanto trilhava um caminho com os dedos sob o meu peitoral que estava desnudo. Tentei esquivar-me, porém o carro era muito apertado e não havia nenhuma saída.

- Josiane, o que você está tentando fazer? - Perguntei. Assumo que eu estava assustado, pois aquela garota estava quase se jogando para cima de mim e o seu decote digamos inadequado e vulgar.

Senti o meu membro latejar entre as pernas e rezei para que você apenas um sonho. Ou melhor, um pesadelo. Eu não conseguia enxergar nenhuma garota a minha frente, devido ao imprinting e ao amor verdadeiro que construí pela Nessie. A sua senceridade e inocência me hipnotizavam, assim como a sua beleza.. Era totalmente indescritível.

Porém, os meus hormônios ainda me levavam direto à enrascadas como essa.

- Josi, pare agora! - pedi, implorando para que ela não fizesse o que estava prestes a fazer... Mas o fez: levantou-se do seu acento no carro e sentou em cima de mim. Sentiu o meu membro já duro e esfregou o seu sexo nele. Arfei e fechei os olhos com força.

Acorda, acorda, acorda!

Mas nada. Aquilo realmente estava acontecendo e a vida nem era tão perfeita como eu imaginava.

Controlando a minha força, a atirei contra o banco de passageiros, querendo me distanciar dela.

- Josi, você precisa ir. - Murmurei irritado, já nervoso com tantos acontecimentos inesperados.

E o pior, eu fiquei prestes a trair a Nessie e o meu melhor amigo. Eu sabia que o Seth gostava da Ness e agora que descobriu um novo amor, talvez não seja a melhor coisa para ele. Ou talvez seja apenas o imprinting agindo e o deixando cego de amores... Suspirei. As hipóteses realmente não ajudavam.

- Jake, eu queria falar que foi realmente bom te conhecer. - Murmurou dengosa, com a mão sobre a maçaneta para abrir o carro. - Ops, acho que o meu brinco caiu próximo aos seus pés. - Ela murmurou colocando a mão sob a boca entreaberta e logo depois juntando o objeto de meus pés. Mas, ao levantar, nossos olhares se encontraram e, movidos ao desejo, nos beijamos loucamente. Mas eu imainava o rosto da Nessie em sua cara, pois apenas beijaria quem eu a amava.

Na verdade, a sua boca procurou a minha, mas não fui hipócrita ao ponto de não assumir que errei. Eu sabia que não deveria estar retribuindo o beijo, mas foi o inevitável.

Sua língua brincava sabiamente com a minha, enquanto sua mão prendia em meu cabelo. Dei-me conta de que eu estava prestes a ser pai, teria um filho da mulher que amo e estava beijando outra em um carro escondido. O que dera em mim?

Bruscamente, a soltei e a empurrei - desta vez com força - contra a janela. Irritada, porém - estranhamente - não machucada, Josi saiu do carro, à passos pesados e arrastados. Apenas a vi entrar em casa e parti, querendo esquecer aquilo. Porém foi inesperado aquele ato e não pude deixar de pensar sobre.

Como assim eu a beijei? Não, a Ness não pode saber disso. Isso foi um erro, para ser sincero ela que me agarrou, ela me beijou. Eu tenho que voltar para a casa, para a Ness, ficar ao lado dela, cuidar dela. Eu nunca deveria ter aceitado trazer essa safada aqui. Coitado do Seth, ele não pode saber disso também! Ele iria sofrer muito. Só de imaginar a Ness beijando o Seth já me dói o coração. Essa Josiane não presta mesmo. A Ness estava certa em não confiar nela. Eu pensava tudo isso em disparada, meus pensamentos estavam confusos. Sai o mais rápido daquele lugar onde só de lembrar trazia-me aflição.

Fiz o caminho que antes feito em trinta e cinco minutos. fiz em quinze. Cheguei à mansão Cullen e logo fui falar com o leitor de mentes.

“Edward, juro que não fui eu quem quis. Ela veio e beijou-me.” Pensei e ele logo apareceu do meu lado dentro do carro

-Fale-me mais – ele sussurrou dentro do carro

“Irei lhe falar o que ocorreu” pensei e contei exatamente o que ocorreu no beijo

-Jacob, a Ness acordou .– Bella falou chegando ao carro. Eu pulei porta fora e entrei como uma bala dentro da casa subindo ligeiramente para o quarto de Ness

-Jake. Cadê o Jake, vovó? – Ness perguntava a Esme onde eu estava

-Aqui, meu amor. Bem do seu lado – falei dando-lhe um beijo na testa

-Eu te amo – ela sussurrou

-Eu também. Meu amor, você ainda está com fome? – perguntei. Lembrei que antes ela estava morrendo de fome. Ela não respondeu nada a sua barriga apenas roncou. Esme saiu do quarto rindo

-Vou fazer sua comida, minha lobinha – ela cantarolou antes de fechar a porta

-Nem vem, Esme. Ela é a MINHA lobinha – falei alto e ela riu junto com a Ness.

-E você é o meu lobão. Meu lobão bobão. – ela falou e eu deitei no lado da cama dela fazendo cócegas em sua barriga

-Eu não sou bobão – eu falei e ela começou a fazer cócegas e mim

-É sim! Um grande bobão – ela falava e fazia cócegas em mim

-Então você é uma bobinha – eu falei retribuindo as cócegas. Nós riamos tão alto que a Bella veio nos chamar a atenção

-Os dois, parem com essa bobagem –ela falou e nós rimos mais ainda – O que eu falei de errado? – ela perguntou entrando no quarto novamente

-Sua boba, bobagem, bobão, bobinha. Não faz sentido para você? – falei rindo, a Ness já gargalhava. Bella sacudiu a cabeça e saiu rindo do quarto

-Venham comer – Esme falou da cozinha e eu e a Ness descemos as escadas rumo à cozinha

-O que tem para saciar a nossa fome? – Renesmee pediu docemente enquanto sentava na mesa

-Lasanha bolonhesa, macarrão ao sugo e bife acebolado – Esme falou e eu pude sentir o gosto da comida em minha boca. Para alguém que não cozinhava, Esme cozinhava MUITO bem.

-Vamos comer então – Ness falou comendo. Após comermos todo o nosso “almoço” fomos ver um filme.

-Que filme você quer ver? – perguntei para Ness enquanto abria a prateleiras de filmes da família dela

-Ela é o cara – ela falou rindo. Eu não sabia como ela gostava tanto daquele filme.

Peguei o filme e coloquei no aparelho de DVD.

-Ness eu te amo – sussurrei em seu ouvido. Ela, por retribuição, me abraçou. Eu a beijei carinhosamente e amorosamente.

-Vocês estão vendo o filme? – Bella apareceu atrás do sofá

-Sim, claro – Falei nos lábios da Ness. Ela riu neles e depois nos separou um pouco

-Então prestem mais a atenção, depois me contem como ele foi – ela falou e saiu em velocidade humana

-Para que? Você já viu esse filme! – falei e a Ness me bateu

-Fica quietinho! Eu vou precisar dos seus lábios para outra coisa – ela falou e me beijou. Eu gostei dessa utilização dos meus lábios, eles nunca se cansariam de fazer isso.

-Eu te amo – Ness falou separando seus lábios do meu e agora se acomodando em meu corpo para assistir melhor o filme

-Você gosta mesmo desse filme né? – eu perguntei rindo. Eu já havia visto esse filme umas sete vezes com ela e ela não enjoava.

-Amo! Mas tem uma coisa que eu amo mais. Sabe o que é? –respondeu-me e eu beijei o topo de sua cabeça

-Não! O que é? – perguntei me sentando no sofá e a levando comigo

-Você né seu bobalhão! – ela falou e deu uma risada de bebê que eu tanto amava

-Eu também te amo! Bobalhona – eu falei e beijei-a de novo. Um selinho rápido, mas com muito amor.

-Você ainda está passando mal amor? – perguntei dez minutos após a nossa última brincadeira. Ela estava quietinha agora.

-Estou. Eu não gosto da Jotinha – ela falou sentando no sofá e fazendo biquinho. Eu me derreti inteiro!

-Jotinha? – perguntei rindo

-Sim, um apelido carinhoso para ela – ela falou sarcasticamente e eu ri mais ainda.

-Agora vamos terminar de ver o filme – falei e a abracei de um modo confortável

PDV Josiane

Entrei em casa feliz com o meu feito. Não era certo ferir o Seth emocionalmente, mas eu tinha ordens a seguir e quem me mandara aqui, era muito rigoso e não podia haver qualquer falha na excecussão de planos.

Logo o meu telefone tocou e atendi suspirando sorrateiramente.

- Alô. - Murmurei entediada. Eu já sabia quem era, afinal, só aquela pessoa tinha o meu número de telefone. Na verdade, essa pessoa que o dera a mim.

- E então? Como estamos indo com o plano? - Aquela voz sussurou sedutoramente. Era reconfortante ouvir a voz, mas ao mesmo tempo um tanto sombria.

- Maravilhosamente bem! - Murmurei empolgada.

- Não estamos aqui para teatro. Tente não se empolgar tanto, pois apenas excutara metade do plano, não é? - Seriamente, a voz murmurou. Bufei contra o aparelho celular e revirei os olhos longamente.

- Sim, chefe. Em breve, mando mais notícias. - Eu estava cansada de ter que obedecer a essa pessoa, mas era necessário. Afinal, quem salvou a minha vida merecia uma recompensa em troca. Esse era o meu jeito de oferecer isso a essa pessoa: vingando-me em seu lugar.

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CONTINUA