I do, i need you. escrita por hollandttinson


Capítulo 12
Let's sleep.


Notas iniciais do capítulo

OI MEUS AMORES, como vocês estão? Tudo na maior paz do mundo? Comigo tá tudo ótimo, e se não tiver tudo ótimo com você, vai melhorar agora, porque tem capítulo novo MUITO fofo! Come on!



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NARRAÇÃO: KATNISS EVERDEEN.

Quis voltar para casa, mas começou á chover, e ele sugeriu que nós voltássemos á fazer o livro. Fiquei ansiosa para voltar á fazer isso com ele, não percebendo o quanto senti falta de vê-lo pintando. Ele disse que ia tomar banho antes, e a menção á palavra banho me lembrou da sua imagem apenas de toalha, e o quanto aquilo me perturbou. Percebendo o meu incômodo, ele me provocou.

— Não suba de novo, okay? Não sei quais são as chances de a toalha não cair dessa vez, mas acho que são poucas.- Ele disse com um tom malicioso, me deixando tensa e constrangida imediatamente, meu rosto esquentou e ele subiu as escadas correndo. Alguns segundos depois ele começou á gargalhar em seu quarto e eu revirei os olhos. Bobo.

Decidi começar á escrever o perfil de Cato, tentando fugir dos pensamentos de Peeta tomando banho no andar de cima. Quando ele terminou o banho, eu já tinha escrito o nome dele e algumas coisas sobre ele que eu me lembrava, tentando colocar coisas saudáveis, sem citar como ele era um cara cruel e cretino. Quando Peeta desceu e viu sobre quem eu estava escrevendo, fico surpreso. Eu olhei para ele, mas a sua regata me chamou mais a atenção do que qualquer coisa.

Ela deixava seu peito definido, seus braços pareciam maiores e mais musculosos. Não sei qual é o tratamento que fazem na Capital, mas seja qual for, fez muito bem ao meu garoto do pão. Apesar de estar com algumas cicatrizes claras, ainda estavam ali. Diferentes das minhas que me davam nojo, as cicatrizes de Peeta o deixavam mais bonito ainda. Eu queria beijá-lo.

— O que foi?- Ele me perguntou, me tirando do meu devaneio.

— Você vai ficar com essa camisa?- Falei, não percebendo que minha voz saiu indignada, porque eu estava indignada por ele estar me provocando desta forma, como se não soubesse que eu não tinha controle o suficiente sobre mim mesma para não avançar no pescoço dele, que era o que o meu corpo estava pedindo agora. Ele se analisou, confuso.

— E porque não?- Perguntou, ainda confuso. Sério que ele não colocou essa camisa para me provocar? Balancei a cabeça, ele não gostava mais de mim dessa forma, é claro que ele não tinha feito isso para me provocar.

Foi difícil me concentrar enquanto eu olhava ele pintar. Seus músculos do braço tensionados enquanto ele se movia, me hipnotizando. Sua concentração era tão bonita, eu queria ficar olhando para ele o dia todo, admirando, completamente apaixonada por aquele homem. Não sei porque demorei tanto para admitir para mim mesma o que sinto por Peeta, mas agora eu lido melhor comigo mesma quando sei disso.

Mesmo com a minha dificuldade, conseguimos completar 3 perfis de tributos. Quando ele terminou os traços da cara de raposa, eu bocejei. Não estava com sono, mas bocejei. Ele deu uma risadinha.

— Cansada?- Perguntou. Eu tinha ficado muito tempo deitada afundada na minha derrota, não ia ficar cansada tão cedo. Dei de ombros.

— Não sabia que isso podia ser tão cansativo. Quando você voltar á trabalhar na padaria, eu vou ter que fazer sozinha. Acho que vou fazer um por dia, no máximo.- Eu sorri, mas no fundo eu queria estar séria. Eu não queria não ter mais esses momentos. Eu fiquei muito tempo longe dele para aceitar que ele se vá novamente, ainda mais porque a padaria fica perto da casa de Delly. Ele estreitou os olhos.

— Você não quer mais minha ajuda?- É claro que ele ia entender errado. Neguei com a cabeça rapidamente, e ele suspirou baixinho, parecendo aliviado.

— Não! É só que você vai estar muito ocupado com a padaria e...

— Eu sempre vou ter tempo para você.- Ele me interrompeu rapidamente, de forma rude, mas o que ele disse me fez aquecer completamente. Mordi o lábio inferior, pois á cada palavra que ele dizia, a vontade de beijá-lo só aumentava. Ele suspirou, percebi que ele estava se inclinando na minha direção, e pensei que ele também quisesse isso. Mas me lembrei de que ele não era o mesmo Peeta, e me afastei. Apesar de minha vontade ser outra.

— Então nós vamos fazer á noite?- Perguntei rapidamente. Ele balançou a cabeça e ficou de pé.

— Sim, quando eu voltar da padaria vou direto para lá. Mas não se preocupe, não está tão perto. Ainda há muito o que fazer. Só limpamos a área por enquanto, ainda temos que reconstruir, e isso leva tempo.- Ele deu de ombros. Não era importante para mim, em algum momento ele ia embora. E nós teríamos pouco tempo, e ele estaria cansado nesse tempo. Mas tentei não pensar nisso. Ele começou á rir, e quando eu ia perguntar o porque, ele deu de ombros e me perguntou se eu estava com fome. Me dei conta de que estava rapidamente.

— Sim. Muita!- Ele riu do meu desespero, indo na direção da cozinha, eu o segui rapidamente. Ele me perguntou se eu podia ajudá-lo á fazer uma torta, mas nós só íamos comer ela amanhã. Hoje nós íamos comer chocolate de panela, que ele fazia enquanto eu fazia a massa da torta de morango. Ideia minha ser de morango, não estava muito afim de torta de amora agora.

Quando ele terminou o chocolate, pôs pra esfriar e colocou um avental para terminar a torta de morango. Olhei para ele e ri. Ele estava tão pateticamente bonito com aquela coisa branca, que chegou á ser hilário. É claro que ele não entenderia se eu dissesse isso, então eu sugeri que apenas continuássemos. E mais uma vez, fui atingida pela sua concentração maravilhosa enquanto ele fazia a torta. Ele amava fazer isso, e eu me sentia egoísta por não querer que a padaria ficasse pronta logo.

Quando acabamos, fomos para a sala novamente, ele ligou a televisão, estava passando um filme romântico, e quando ele me perguntou se havia algum problema em assistir ele enquanto comíamos, eu pensei em dizer que sim, afinal o clima podia ficar desagradável. Mas eu apenas dei de ombros, não tinha como prestar atenção em filme com Peeta Mellark do meu lado mesmo. Comemos chocolate enquanto passava o filme.

Quando o filme acabou, eu estava mesmo com sono, apesar dos três dias de dormidas longas. Perguntei sobre a hora, ele foi para a cozinha e eu fui atrás, vi que o relógio marcava duas da manhã, e fiquei chocada. Não tinha sentido o tempo passar, e isso me deixou nervosa. Peeta me desconcentra.

— Está tarde.- Ele disse. Jura? Não tinha percebido! Concordei com a cabeça, olhando para a janela. Estava chovendo bem mais forte agora, mas não fazia frio.

— Eu nunca vou conseguir sair nessa chuva.- Eu disse, pensando que devia ter trazido um guarda chuvas. Mas acho que não tenho um.

— Eu não ia deixar você sair nessa chuva! Você pode ficar gripada, e tenho certeza de que você não deixaria ninguém cuidar de você.- Ele disse, cruzando os braços. Parecia meu pai, fiz uma careta, ele estava certo. Ele estalou a língua como se tivesse tido a melhor ideia do mundo.

— O que foi?

— Você pode dormir aqui em casa. Comigo.- Ele disse. Fechei a cara instntaneamente. Pera aí, isso é bem mais complicado. Como eu vou me segurar com ele no mesmo lugar que eu por uma noite inteira? Cruzei os braços, eu não podia aceitar isso. Ergui uma sobrancelha para ele, como ele pode me sugerir uma coisa dessas? Seu sorriso morreu.- Qual é Katniss! A gente já dormiu juntos um milhão de vezes.

— Foram outras épocas.- Sim, uma época onde eu não tinha sentimentos estranhos e confusos sobre você. Uma época em que eu não achava que você podia me matar á qualquer momento, ou que eu podia matá-lo á qualquer momento. As coisas estão diferentes, porque ele quer sempre que as coisas voltem á ser como antes? Ele não percebe que não tem como? Deu de ombros.

— Bom, eu não vou deixar você ir para casa nessa chuva, e pelo que eu estou vendo, vai chover até de manhã. Eu estou começando á ficar com sono, e apesar de você ser uma companhia agradável, não vou ficar aqui acordado com você. Só existe uma opção.- Ele disse, erguendo as mãos, tentando demonstrar que não era culpa dele o que estava acontecendo. É claro que ele está sempre disposto á fazer as coisas para complicar a minha vida! Ele sempre faz isso, me deixando em situações de desconforto. Estreitei os olhos, porque ele faz isso comigo?

— Eu não vou dormir no sofá.- Eu disse. Ainda não sei porque, mas decidi que ficaria. Talvez eu quisesse pagar para ver. Fui para a sala e ele veio atrás. Seus passos pararam, e eu olhei para trás, ele parecia abalado. Suspirei, ele estava pensando em suas crises. Me aproximei, sorrindo.

— Não se preocupe, você não vai tentar me matar esta noite.- Esperava estar certa enquanto batia delicadamente em seu ombro. Ele suspirou, e depois de balançar a cabeça, sorriu.

— Eu vou dormir no meu quarto, você fica no quarto de hóspedes. Temos muitos quartos aqui para eu morar sozinho.- Ele disse, me puxando pelo braço. Uma corrente elétrica correu por meu corpo quando ele me tocou, desejando por mais intimidade, mas tentei ignorar enquanto subia as escadas.

— Você convida todas as garotas que vem á sua casa para dormir no quarto de hóspedes?- Decidi brincar para tirar o clima pesado que ficou quando entramos no quarto. Então pensei em Delly, será que ela já tinha dormido aqui? Fiquei tensa, mas ele sorriu maliciosamente.

— Não. Só as morenas.- Ele piscou para mim. Meu Deus, ele piscou para mim! Como se já não fosse difícil resistir sem tudo isso! Abri a boca para responder, mas não conseguia encontrr palavra nenhuma. Só as morenas. Delly é loira. Ponto pra mim! Sorri, ele deu de ombros.- Bem, este é o quarto. O banheiro é ali, está abastecido de tudo o que você precisar.- Ele disse. Nem tudo. Meu pijama não.

— O meu pijama não está lá.- Não percebi que tinha colocado meus pensamentos em voz alta, até que ele suspirou.

— Desculpe. Não há nada que eu possa fazer sobre isso.- Um trovão fez o chão tremer, e um relâmpago iluminou o quarto, eu tremi. Seria uma noite difícil se esses barulhos fossem constantes, e aparentemente seriam.- Tem medo de trovão?

— Não.- Minha voz saiu rouca, me desmentindo. Pigarreei, mas ele deu de ombros. Bocejei mais uma vez, tomada pelo sono.

— Você está com sono.- Ele afirmou. Quis dizer coisas como “jura, gênio?” mas achei que fazr uma careta era o suficiente.

— Você pode me emprestar uma camisa? Não vou conseguir dormir assim. É muito desconfortável.- Pedi, mostrando minha calça jeans. Já era difícil dormir com trovões, de calça ficaria impossível! Ele sorriu.

— É claro. Vem comigo.- Ele me chamou, eu o acompanhei até seu quarto.

Quando ele abriu a porta, eu não consegui entrar. A imagem de Peeta apenas de toalha me fez ficar nervosa, meu coração acelerou, minhas mão começaram á suar. Minha expressão devia estar estranha, pois ele me questionou, mas eu disse que não pensava em nada, é claro. Eu não podia dizer “ah, eu estou pensando sobre como eu adoraria que a sua toalha tivesse caído aquele dia, vamos experimentar de novo?” seria constrangedor demais.

Você tem alguma preferência de camisa?- Ele gritou de dentro do seu closet, colocando a cabeça para olhar para mim. Estava analisando o quarto quando ele me chamou, e tomei um susto, já que não esperava pelo grito. Fui até ele, não tinha calculado que o cômodo era tão pequeno, e me arrependi rapidamente, puxando a primeira camisa de mangas que vi.

— Para o caso de fazer frio.- Me expliquei rapidamente, saindo do lugar da mesma forma. Quando eu ia sair sem falar nada, percebi que isso seria rude demais, e ele não merecia, então me virei e agradeci, entrando no quarto e fechando a porta em seguida. Ouvi ele gritar um “boa noite”, mas ignorei, indo na direção do banheiro e lavando o rosto com água fria.

Ele estava no quarto ao lado. Era só eu dar alguns passos e beijá-lo como se não existissem fantasmas, passado, nada. Apenas eu e ele. Mas eu não podia fazer isso. Existiam fantasmas, existiu o passado. Eu não podia fazer isso.

A camiseta estava com cheiro de roupa limpa, o que foi decepcionante, já que eu esperava dormir com o seu cheiro. Me deitei e fiquei esperando dormir. Não demorou muito, mas acabou mais rápido do que eu imaginava. Eu tive um pesadelo horrível.

Peeta estava cozinhando algo, e de repente o fogo ficava maior do que ele podia controlar, e queimava-o vivo. Ele gritava pedindo ajuda, mas eu não conseguia me mover, nem falar, só ficava olhando, sem poder ajudá-lo. Então tudo ao meu redor começou á explodir, inclusive ele. Eu conseguia ver todos os membros do seu corpo se despedaçando, indo cada um para um lado. No entanto, nada acontecia comigo além da dor excruciante no meu peito, que me fazia ficar com falta de ar.

— Calma, calma. Está tudo bem. Não é real, não é real. Fique calma, eu estou aqui. Shhhh Katniss, eu estou aqui.- Eu ouvia a sua voz enquanto assumia a consciência de onde estava, abrindo os olhos e sentindo o corpo de Peeta me abraçar. Meu rosto estava banhado de lágrimas, e eu sabia que tinha gritado muito para que ele pudesse me ouvir debaixo de toda essa chuva, e ele estava aqui. Como antigamente, ele estava me abraçando, ele estava me amparando.

— Você está aqui.- Eu sussurrei, afundando meu corpo no seu abraço, abraçando-o também, sentindo o seu cheiro. Eu estava suada também, o que me deixou agoniada, mas não consegui me afastar. Eu queria ter certeza de que era ele ali, e não mais uma peça pregada pela minha imaginação, que sempre deseja tê-lo por perto.

— Sim.- Ele deu uma risadinha antes de responder, e depois sua voz estava mais calma e tranquila, ele suspirou aliviado.- Quer falar sobre o pesadelo?

— Você estava queimando. E depois explodia. Eu não podia fazer nada.- Eu não tinha a intenção de contar, mas não consegui me controlar. Mordi o lábio, o que estava acontecendo?

— Eu estou bem.- Ele disse, dando um beijo na minha testa suada. Ele era tão real.- Eu estou aqui, não tem fogo algum por perto, eu estou seguro, e você também. Não era real.- Como ele pode, depois de tudo o que passou, arranjar força para me ajudar?

— Eu não queria ter acordado você, desculpa.- Eu disse, me afastando para olhar para ele. Estava escuro demais, mas ele acendeu um abajur que estava na cabeceira, e sorriu quando a luminosidade nos permitiu ver o rosto um do outro com clareza.

— Tenho a sensação de que isso é natural.

— O que?

— Eu sempre amparava você quando você tinha pesadelos, verdadeiro ou falso?- Ele perguntou, piscando para mim. Eu sorri, essa brincadeira outra vez. Gosto dela.

— Verdadeiro. Você é o melhor nisso.- Eu sorri, ele deu de ombros, parecendo feliz por eu ter respondido. Me sentei na cama, e ele também. Só então eu percebi que ele estava sem camisa, ele pareceu perceber que eu olhava fixadamente para o seu corpo, e deu uma risadinha.

— Você sempre olha para mim como se eu fosse um pedaço de carne delicioso. Verdadeiro ou falso?- Ele riu, eu revirei os olhos.

— Não está muito frio para ficar sem camisa?- Perguntei, tentando ignorar o meu rosto vermelho. Ele deu de ombros.

— Você roubou a minha camiseta, lembra?- Ele ergueu uma sobrancelha, apontando para mim.

— Você tem outras.- Eu revirei os olhos. Ele mais uma vez deu de ombros, seguido de um balançar de cabeça.

— Eu tenho pesadelos, e em noites como essas – ele apontou para a janela, a chuva ainda caía com força – é mais complicado, por causa dos trovões e relâmpagos. Fico tão suado que usar uma camisa parece ser um tipo de tortura.- Ele explicou, me olhando nos olhos. Eu tremi, nervosa pela sua revelação. Me sinto melhor quando ilusiono que Peeta consegue lidar com tudo o que passou, e que nada mais o aterroriza. Detesto ser guiada para a realidade onde Peeta sofre tanto quanto eu, possivelmente mais. Balancei a cabeça.

— Você devia voltar á dormir.- Eu disse, me deitando de costas para ele. Ouvi-o suspirar, mas fingi ignorar, e para me lembrar de que eu não podia, um trovão fez ele tremer, e eu me virei para olhá-lo.- Tudo bem, não vai conseguir dormir, não é?

— Claro que vou. Até mais tarde, Katniss.- Ele disse, levantando da cama. Imediatamente eu senti sua falta ao meu lado, e desejei que ele não fosse embora, mas ele foi. O Peeta de antigamente não ia embora, ele sempre ficava todas as noites comigo, e nós dois dormíamos juntos, afastávamos os pesadelos um do outro.

Fechei os olhos com força, a maior parte de mim pedia para que eu levantasse, fosse até ele, e pedisse para dormir com ele. A outra parte de mim dizia que isso era perigoso, pois não sei quando ele pode ter uma crise e tentar me matar; além disso, e se ele interpretasse de uma forma ruim? Mandei a segunda parte se danar! Não me importo se ele tentar me matar, provavelmente será um favor que ele fará á mim. E quanto á ele pensar algo ruim do meu gesto, bom, eu sou louca, não sou?

Levantei da cama, sentindo o chão frio nos meus pés, e ignorando o tremor. Respirei fundo antes de começar á andar na direção do quarto dele, a porta estava aberta, mas ele não estava lá. Balancei a cabeça, indo na direção do quarto de pinturas, que estava sempre aceso.

Ele estava sentado de costas para mim, eu pude ver as cicatrizes de suas costas, e fui me aproximando com o braço estendido, toquei uma das cicatrizes com a ponta dos dedos, ele tremeu, mas não se virou para me olhar. Me aproximei mais do seu corpo e o abracei pelos ombros, fechando os olhos enquanto sentia a sua mão segurar a minha. Ele não disse nada, e nem eu, apenas abri os olhos, olhei para a tela, vi o vislumbre do meu vestido de noiva, balancei a cabeça e segurei a sua mão com mais força.

Ele virou o rosto para me olhar, nossos rostos estavam muito próximos, e eu sabia que apenas um rápido movimento satisfaria um desejo que eu tenho á muitos meses. Mordi o lábio inferior e percebi as pupilas dele dilatarem, sabia que ele queria tanto quanto eu, mas o meu corpo não conseguia tomar iniciativa, e eu sabia que ele não ia tomar. Suspirei.

— Não quero dormir sem você.- Eu disse, ele concordou com a cabeça, olhando dos meus lábios para os meus olhos.- Fica comigo.

— Acho que eu tenho que falar “sempre”, certo?- Ele perguntou, sorrindo. Eu sorri, seus olhos brilharam.

— Você costumava fazer isso.- Eu disse enquanto ele ficava em pé, segurando as minhas mãos. Ele era mais alto do que eu, mas isso não era problema.

— Nós dois dormíamos juntos?- Ele perguntou, sorrindo. Eu revirei os olhos.

— Apenas dormíamos.- Eu disse, ficando vermelha. Ele concordou com a cabeça.

— Eu sei, não se preocupe, eu me lembro de muitas coisas.- Ele disse, entrelaçando nossos dedos. Eu e ele olhamos para nossas mãos unidas, e eu fiquei chocada em como aquilo parecia certo, perfeito. Olhei para ele, ele estava sorrindo.- Vamos dormir, Katniss.

(…)


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