The Lightwood-Bane Chronicles escrita por Giovana Cobe


Capítulo 6
Dia Estressante


Notas iniciais do capítulo

OIOIOIOIOIOIOIOI :3 faz 7 dias que postei né? TO EM DIA! AE PO.... minha boca é bem de mocinha mesmo KJBASNDJKBDASJKB

Boa leituraaaa! Por favor, comentem, me anima!!! Tenho planos pros próximos capítulos :3



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— Max, POR FAVOR!

Essa foi a frase que Alec mais falou durante o dia.

— NO! — Max repetia jogando cereal ensopado de leite no pai. O garotinho de um ano e nove meses havia retrucado e respondido o dia inteiro: quando Alec tentou dar café da manhã a ele, quando ele tentou brincar com o pequeno, trocar sua roupa... Só não ficou respondendo com seu pequeno acervo de palavras quando Alec pediu para que ele ficasse quieto enquanto ele arrumava a aljava de flechas, mas, infelizmente, Max também não ficou parado. Correu com as pernas gordinhas, derrubando tudo e puxando o rabo de Presidente Miau.

— Max você não pode ficar sem comer! Já são sete horas da noite e você mal comeu. Ou tomou banho. Ou me deixou tomar banho. — Alec estava sério, tentando conseguir atenção do garotinho azul que tinha sopinha de bebê no cabelo, vestia a parte de cima do pijama e fralda, que provavelmente precisava ser trocada.

Destruindo qualquer esperança que o Nephilim tinha de conseguir deixar o garoto sério, Max empurrou o prato de cereal, molhando a mesa e Alec, que já não estava em boas condições. Usava uma calça de moletom preta e estava sem camisa, pois o filho havia colado massinha na camiseta que estava usando.

Nota mental: Usar uma camisa do Magnus quando Max acordar de mau humor.

— O que é que você quer, Blueberry? — Ele disse esfregando os olhos.

— Cocoláte!

— Você não pode comer choc... não! — Max estava começando torcer o rosto numa careta de choro. — Max, não, não! — Alec o tirou da cadeirinha, segurando-o no braço. — Shh shhh, Blue, você vai ficar doente!

— DÁ COCOL ÁTE, PAPAI. — O rosto de Max ficava com uma coloração puxada pro roxo quando ele chorava ou ficava envergonhado.

— Max, você já comeu uma barra!

Não adiantava.

Alec estava em nervos. Eram raros os dias que Max acordava de mau humorado desse jeito, mas eram extremamente estressantes quando aconteciam. Porém o Nephilim sempre tinha alguém o acompanhando: Magnus geralmente estava presente, distraindo o garotinho com magia e caretas, e quando não, Maia ou os Lightwoods (incluindo Jace) vinham dar uma mão. Dessa vez, Magnus estava ocupado com um serviço com o povo das fadas. Alec pensou em ligar, mas não queria atrapalhar, pois o povo das fadas levava tudo muito a serio.

Com o garoto nos braços ainda em prantos, Alec andou até a geladeira, abrindo uma das portas e esticando um dos braços para pegar um suco de caixinha. Maçã, o favorito do pequeno warlock.

— Aqui, ó, suco. É de maçã, como Max gosta. — Ele tirou o canudo do plástico e o colocou na caixinha, mostrando em seguida para o pequeno que gradativamente parou de chorar e pegou o suco com as mãozinhas.

— Tuco.

Alec queria levantar os braços e agradecer ao anjo.

Maryse tinha o avisado que quando crianças começam a falar, junto com a fala, viriam muitos “não” “não quero” “dá” “é meu”. Ela contou que Alec não gostava de dividir nada, nem mesmo quando cresceu. Isabelle recebia toda a atenção quando era mais nova, ela gostava de ser tratada como a princesa da casa, mas acabou se tornando mais independente quando Max Lightwood nasceu. No começo ela havia estranhado não ser a que recebia toda a atenção, mas com o passar do tempo, ela se tornou carinhosa e se preocupava com os irmãos, tanto com o mais velho quanto com o mais novo.

Alec sentou Max no sofá e o deixou tomando o suco. Ele estava concentrado, brincando com um boneco de dragão verde.

— Papai vai ligar pro papai Magnus, ‘tá bom? Fica aqui no sofá brincando com o dragão?

— Wyvern — Alec o olhou confuso, depois percebendo que ele o havia corrigido. Um dia, Jace passou uma tarde explicando a diferença de wyverns e dragões, mas Alec não achava que ele tinha aprendido.

— Tio Jace vai ficar orgulhoso quando souber que você sabe a diferença. — Alec disse e o beijou na testa, pegando o celular no bolso e indo para o corredor ligar para Magnus que atendeu no quarto toque.

— Estou atrapalhando? — Antes mesmo que Magnus pudesse se pronunciar, Alec perguntou.

— Não, estou na rua de casa, terminei há um tempo. ‘Tá tudo bem? — A última parte foi dita com voz de preocupação que fez Alec sorrir.

— Sim, tudo bem.

— Então só ligou pelo prazer da minha companhia?

— Na verdade, liguei por que Max passou o dia mal humorado, — Magnus podia ouvir o tom cansado na voz de Alec. — mas acho que ele deu uma trégua agora.

— Acha? Eu não confiaria, sendo meu filhote.

— E tendo Jace como tio. Sabia que ele sabe a diferença entre wyverns e dragões?

— Bem, é uma diferença bem básica e...

— Ele ainda não tem dois anos de idade, Magnus.

— Mas é um conhecimento simples como uma galinha e um marreco.

— Magnus.

— Parei.

Alec deu um riso abafado no mesmo momento que ouviu algo caindo, mas, pelo som, achou que tivesse sido o wyvern de brinquedo. De qualquer forma, iria conferir, pois Max poderia tentar descer do sofá pra pegar e tropeçar.

— Venha pra casa, okay? Acho que ele começou a aprontar.

— Estarei aí antes que possa nomear todas as raças de fada que vi hoje. — E desligou.

Virando no corredor, Alec ficou de frente para sala, não conseguindo ver a cabecinha azul de cabelos escuros.

— Max? — Foi até o sofá, mas Max realmente não estava lá, o suco estava no chão e o wyvern também. O corpo de Alec gelou e logo em seguida sentiu a adrenalina correr pelo corpo.

Cadê ele?

O caçador de sombras disparou pelo loft. Quase derrubou a porta do quarto dele e de Magnus, mesmo sabendo que Max não tinha altura para alcançar a maçaneta, mas, não se podia confiar, afinal, ele era um warlock. Foi no quarto de visitas, no do pequeno, no escritório e banheiros, mas nada de encontrar o garoto.

O coração de Alec batia forte e podia sentir a pulsação nas têmporas quando voltou pra sala.

— MAX? Chega de se esconder! — Ele não estava respondendo, por que ele não estava respondendo? Ele sempre respondia.

A porta se abriu e Magnus entrou por ela.

— E aí? Não passou nem de “elfo”? — Ele disse sorrindo, mas ao ver o rosto preocupado de Alec, seu sorriso se desmanchou. — Cadê Max?

Alec não precisou dizer nada, e Magnus se pôs a procurar.

— Blueberry?! — Ambos chamavam.

— Raziel... —­ Alec estava suando frio. — Ele estava aqui no sofá tomando suco depois que chorou por chocolate, aí eu fui...

Magnus o interrompeu.

— O que? Repete.

— Eu fui...

— Não! Chocolate! — Alec não estava entendendo nada, mas Magnus foi em direção aos balcões da cozinha. Chegando, ele se debruçou sobre o balcão, quase como se estivesse ansioso demais para dar a volta. Quando voltou a olhar Alec, estava rindo. — Vem ver.

Alec foi, rodeou o balcão e viu a cena que o garoto tinha aprontado.

— Papai! Cocoláte! — Max havia conseguido abrir um dos armários e nele tinha pegado uma lata de achocolatado. Daí dá para imaginar a cena. Tampa para um lado, lata pro outro, pó espalhado, roupas completamente marrons e rosto sujo. Ele ainda segurava um punhado grande de chocolate nas mãos.

— Eu não acredito, Max Michael Lightwood-Bane! — Toda a preocupação tinha passado, os pais agora eram alívio, e, sinceramente, riam da cena.

— Uh oh? — Max gesticulou com as mãos sujas, espalhando mais pó, como se perguntasse se estava encrencado.

— Uh oh, mocinho. Dando um susto desses! — Apesar da fala, Magnus o pegou no colo rindo e lambendo os próprios dedos que se sujaram.

— Você vai sujar tuas roupas, — Alec disse. ­— dá ele aqui que eu o levo pro banho.

Magnus puxou Alec para um beijo, acariciando seus cabelos pretos e sedosos.

— Você merece um descanso, vá lá pro quarto. Eu cuido dessa ferinha azul. — Ele sacudiu Max nos braços que deu uma risada gostosa de bebê. — Banho e cama, já que depois de tanto chocolate, você não consegue mais comer nada, não é?

Max fez que não com a cabeça e Magnus começou a andar em direção ao quarto dele, tirando os sapatos com os próprios pés no caminho.

— Magnus! — O feiticeiro se virou. — Limpa isso aqui também? — Alec apontou para o chocolate derramado. Magnus riu e disse que sim. — Esfregue bem o cabelo dele, acho que tem massinha!

Não importava o quão cansativo tinha sido o dia, a presença de Magnus suavizava tudo. Sempre foi assim: um ajudando o outro, apoiando o outro quando mais precisavam. Alec sabia que podia contar com o feiticeiro assim como contava com o parabatai.

Alec foi para o quarto, fechando a porta atrás de si. Ele estava sujo e suado, mas acima de tudo: estava exausto. Ele se jogou na cama de casal, não ligando para o fato que estava bagunçando toda a colcha. O caçador de sombras acabou dormindo e quando acordou o sol já havia se posto e a única luz que entrava no quarto vinha da fresta debaixo da porta.

Magnus ainda não havia vindo pro quarto, deveria estar tentando colocar Max na cama, então Alec resolveu se livrar de toda a sujeira.

A água morna do chuveiro massageava os músculos cansados. Às vezes parecia que tomar conta de um bebê dava mais trabalho que caçar demônios com Izzy e Jace. Alec pegou o frasco do shampoo, aplicando nos cabelos negros e cantarolando uma música que tinha ouvido na rádio ontem, quando Magnus havia ligado o aparelho e feito dancinhas que fizeram Alec rir.

— I just wanna look great for you, great for you... — Ele fechou os olhos enquanto enxaguava o cabelo e se lembrava da noite passada. Era tarde e Max já dormia quando Magnus resolveu que o clima estava para música. Ele tinha começado com passos propositalmente engraçados, mas depois começou a mexer o quadril sensualmente e mover os braços como ondas habilidosamente (O feiticeiro disse que tinha dedicado duas décadas para se aperfeiçoar em dança. A imortalidade tinha lados positivos.).

Só de lembrar do corpo do moreno se mexendo, o devorando com os olhos, Alec mordia os lábios desejoso.

Imerso em seus pensamentos e cantoria, nem percebeu que a porta havia sido aberta, só notou a presença de mais alguém no banheiro quando mãos quentes vieram por trás, invadindo seu espaço por baixo dos braços, traçando caminhos dos ombros às coxas dele, causando arrepios.

— Desde quando você canta música pop mundana? — A voz rouca de Magnus na sua nuca fez Alec arquear as costas, encontrando o corpo do outro, notando que ele não vestia roupas.

— Desde que você resolveu me hipnotizar — Alec se virou no abraço do amado, puxando-o pelo quadril, apertando a pele bronzeada. — com isso.

Magnus sorriu com a provocação.

— Não te dá motivos para virar cantora pop...

Alec bufou.

— Não quebra o clima, Magnus. — O caçador voltou a lavar o cabelo. — Vou terminar o banho antes que Max destrua a casa.

Magnus se meteu na frente de Alec.

— Ele está ocupado dormindo. — O warlock sorria e lambia os lábios enquanto se encharcava na água. Os olhos amarelos passeavam predatoriamente pelo corpo de Alec. — E nós também deveríamos estar ocupados... Não negue. — As mãos de Magnus provocavam tanto quanto suas palavras. — Não importa o quanto negue, não dá para esconder que quer.

Alec hesitou, mas finalmente parou de resistir.

— Não nego — Ele o puxou para um beijo urgente e molhado por causa do chuveiro. — mas hoje... Você é meu.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Fiquei meio receosa de por umas safadezinhas de Alec e Magnus UHASUHASUH e a ultima frase eu quis lembrar o Oliver de HTGAWM "Fine, but tonight I'll do you" UAHSUSAHUSH

Vocês acham que eles tem postos tipo "bottom" e "top"? A CC já disse que eles trocam e eu concordo plenamente. Uma relação não se baseia em esteriótipos :3

Mais uma coisinha: Assistam o video do Harry Shum Jr dançando e sintam como o Alec se sente KKKK https://www.youtube.com/watch?v=OlMa41H4zRk

AAAAAAAAAAH E OTA COISA: Acho que farei vários capítulos com o mesmo "tema". Então serão cronológicos, marcarei como "parte 1" "parte 2" okay? Terá bastante interação com os outros personagens de TMI :3

COMENTEM PLS