Histories of a Maximoff escrita por Cookie


Capítulo 10
Does it hurt?


Notas iniciais do capítulo

Se nós somos caras de pau de aparecer depois de tanto tempo com um capítulo? Nem um pouco. (Sentiu a ironia?)
E então? Saudades? Vou lhes contar, esse capítulo demorou pra sair, mas ficou com vários momentos fofos.
Anyway, só eu estou ficando louca porque o Homem Aranha tá demorando tanto? Ou por causa daquele promo que saiu do season finale de Agents of SHIELD?
However, aqui está o capítulo. Espero que apreciem e se divertam com a leitura!

Tradução do título: Isso dói?



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                Um mês havia se passado desde o “incidente” com a Lola. Pietro passou as duas semanas seguintes ao ocorrido me enchendo o saco para dizer o que havia acontecido, mas, como ele percebeu que eu não iria abrir o bico, ele desistiu. Desde aquele diz, Lola e suas cadelinhas me zoavam ou me agrediam todos os dias. Erick havia me instruído a não usar meus poderes na escola, então eu não o fazia. Se fizesse, elas já teriam ido parar na enfermaria.

                Estava indo para a biblioteca – onde havia combinado de encontrar Kitty – quando me deparo com as ditas cujas. Lola me observava com um olhar que praticamente gritava “Hora da Diversão”.

                -Wanda. – ela diz – Que bom te ver! Estávamos justamente procurando por você. Não estávamos meninas? – ela se vira para suas “súditas” e todas assentem. – Tem uma coisa que nós queríamos lhe mostrar.

                -Olha Lola, eu combinei de me encontrar com a Kitty e eu já estou atrasada, então será que dá pra você me deixar em paz? – eu digo, irritada.

                -Não precisa ser rude, Wandinha. – ela se aproxima de mim e enrosca seu braço no meu – Isso vai ser rapidinho. Prometo. – ela começa a me puxar pela escola, com sua tropa nos seguindo.

Quando dou por mim, nós estamos chegando ao campo de futebol (N/A: quando estiver “futebol” refere-se ao futebol americano, não o nosso). O local está vazio, já que ele havia sido reservado para o treino das líderes de torcida. Vamos em direção ao meio do campo e Lola finalmente solta meu braço.

                -Segurem ela. – ela diz para duas de suas “amigas” – quero ver o quão preciso está o meu chute. – duas delas me seguram e Lola, que aparentemente queria me usar como colchão, começa a dar chutes na altura do meu estômago. Devo admitir que isso doía, principalmente pelo fato de que eu havia almoçado há menos de trinta minutos, mas eu não gritaria, gemeria ou contorceria o rosto. Não daria esse gostinho para ela. – Muito bem, vamos tentar subir mais um pouco. – ela começa a me chutar na altura da cabeça. Isso deixaria marca. Sinto algo melado começar a escorrer do meu nariz depois de seu último chute e percebo que ele está sangrando. Lola se preparava para dar o próximo chute, quando alguém resolve intervir.

                -Já chega. – Lola olha para um ponto atrás de mim e exibe uma cara de espanto. Fico feliz ao reconhecer a voz. – O que está acontecendo aqui? – a voz fica mais perto e as meninas que me seguravam me soltam. Imediatamente eu caio no chão.

                Lola estava muda. Ao notar o tom raivoso de voz usado, ela engole em seco e parecia estar se segurando para não sair correndo ou urinar nas calças. Dois braços, levemente musculosos, me envolvem e me ajudam a levantar. Pietro leva alguns segundos olhando para meu rosto e tentando encontrar algum ferimento que necessitasse de pontos ou algo assim. Ele me abraça e eu enterro a cabeça em seu peito.

                -Está doendo muito? – ele sussurra no meu ouvido. –Prefere que eu te leve pra enfermaria ou pra casa?

                -Já passei por dores piores na clínica. – eu sussurro de volta – Honestamente? Eu prefiro ir pra casa.

                -Tudo bem. – ele se vira para Lola – Converso com você depois. – ele tira minha cabeça de seu peito e me abraça de lado, me guiando pelo gramado da escola e, após despistarmos o segurança, vamos em direção ao estacionamento. De lá, vamos para casa.

                Ao chegar em casa, ele me senta no sofá e vai ao banheiro buscar o kit de primeiros socorros. Ele se senta na minha frente e começa a limpar o sangue e fazer os curativos.

                -Ela te chutou em mais algum lugar? – ele me pergunta, com um olhar entre o triste e o aflito.

                -Meu estômago. – ele me pede pra tirar o casaco e levantar a blusa. Quando o faço, me assusto ao perceber que cerca de 80% do meu abdome estava roxo. Pietro vai até a cozinha e volta com uma compressa gelada e um pano. Levanto-me e ele se senta. Deito-me no sofá, colocando a cabeça em seu colo, e coloco o pano na região, colocando a compressa por cima. Fecho os olhos e ele começa a acariciar meu cabelo.

                -Foi isso o que aconteceu aquele dia? – eu sabia a que dia ele se referia.

                -Não. Naquele dia ela bateu minha cabeça contra a pia do banheiro. – ele respira fundo.

                -Por que não me contou sobre isso antes? – eu abro os olhos e o encaro.

                -Porque ela é sua namorada. Você escolheu sair com ela. Os problemas entre nós duas não são seus problemas.

                -Mas é claro que são! Você é minha irmã. A sua opinião sobre a minha namorada me importa. E se esses problemas chegam ao ponto de agressão física, acho que passou da hora de eu saber deles. – ele respira fundo, tentando recuperar a calma – A quanto tempo e com que frequência isso vem acontecendo? – eu suspiro.

                -Começou logo depois de eu entrar na escola. – Pietro leva as mãos às têmporas e fecha os olhos – E geralmente acontece dia sim de não. Quando ela está de mal, todos os dias.

                -Você deveria ter me contado. Eu teria falado com ela. Feito ela te deixar em paz.

                -Eu não sabia dizer se você faria isso. – ele abre os olhos e me encara, incrédulo com o que eu acabei de dizer – Você mudou muito desde que eu fui para a clínica. E os meninos não são exatamente o melhor exemplo do mundo. Não sabia se você ficaria do meu lado ou do lado dela.

                -Claro que do seu lado. – ele me puxa, fazendo com que eu me sente em seu colo (quando ele ficou forte desse jeito? Ou sou eu quem está super leve?) e passa seus braços ao meu redor – Não me importa que a Lola seja minha namorada. Você é minha irmã. Te conheço a minha vida toda. Eu sempre vou ficar do seu lado em algo assim. Mas eu preciso que você fale comigo quando isso ocorrer. Eu não posso ler mentes pra saber o que está acontecendo. Sei que não somos tão unidos como éramos quando crianças, mas eu quero continuar fazendo parte da sua vida.

                -Você nunca deixou de ser parte da minha vida, Piih. – apoio minha cabeça em seu ombro e fecho os olhos – Desculpe se ando muito distante desde que comecei a andar com o pessoal do Instituto.

                -Tudo bem. Sei que nunca foi muito chegada aos meninos mesmo. – rio de leve – Vou falar com a Lola amanhã.

                -Ok. Que tal mudarmos de assunto? O que acha de assistirmos um filme ou fazer uma maratona de alguma série? Temos tempo até o Erick chegar.

                -Eu topo.

                [x]

                Não sei dizer em que parte da maratona eu caí no sono, mas quando acordei, percebi que eu já estava em meu quarto. Pietro provavelmente havia me carregado até aqui em cima.

Segundos após me situar, meu estômago reclama de falta de comida. E eu pensando que toda a pipoca que eu comi me aguentaria até semana que vem. Resolvo me levantar e ir atrás de comida. Quando chego ao topo da escada, porém, começo a ouvir duas vozes discutindo. Imediatamente reconheço as vozes: Pietro e Lola. A primeira coisa que me ocorre à cabeça: O que ela está fazendo na minha casa? A segunda coisa: Sobre o que eles estão discutindo? Como não sou boba, me aproximo da escada, de modo que eles não possam me ver, e começo a prestar atenção na discussão.

—Nada, nem ninguém, te dá autoridade para agredir minha irmã. – Pietro diz, a raiva era perceptível em sua voz.

—Eu sei disso. – ela diz, aparentemente, com medo de meu irmão – Mas você não pode negar que te incomoda o fato de ela ser...você sabe.

—Não Lola, eu não sei. – seu tom era frio e calculista. Até eu estava com medo – Por favor, me diga o que a minha irmã é. – Lola engole em seco e se encolhe um pouco antes de responder.

—Ela é uma aberração. – nessa hora, Pietro pareceu perder completamente a calma que ele estava mantendo até o momento.

—Ela não é uma aberração. Ela é um ser humano. Se ela tem ou não poderes, isso não é da sua conta. Apenas da conta das pessoas daqui de casa. Sem falar que, apesar disso, ela ainda é minha irmã. Posso aguentar o fato de vocês não se darem bem, mas a partir do ponto que você começa a agredi-la e chama-la de aberração, eu não posso mais aguentar. Se você não consegue aceitar minha irmã pelo fato de ela ser uma mutante, então certamente eu não posso te aceitar por ser uma esnobe, chata e irritante. – os olhos de Lola se enchem de lágrimas.

—Você está terminando comigo? – sua voz estava fraca e chorosa.

—Sim Lola, eu estou. – Lola começa a chorar e sai correndo em direção à porta, saindo de casa. Pietro suspira, fecha os olhos, e leva as mãos ao rosto. – Pode sair daí Wanda. Sei que está escondida ouvindo tudo. – saio de meu esconderijo e desço as escadas.

—Desculpe por ouvir a conversa.

—Tudo bem. Tecnicamente ela dizia respeito a você.

—Ainda assim, eu me sinto mal por ter ouvido. E por vocês terem terminado.

—Sinceramente, eu planejava terminar com ela há umas semanas. No começo do namoro era tudo de boas, mas depois ela se tornou insuportável. Eu me aguentei para não terminar com ela porque ela tem o campeonato nacional em alguns dias, e estava disposto a perdoar ela por ter te agredido contanto que ela não o tornasse a fazer, mas te chamar de aberração foi a gota d’água. Ninguém fala assim com a minha irmãzinha.

—Eu vou deixar passar o fato de você ter me chamado de “irmãzinha” só porque você tá sendo um fofo bancando o irmão protetor desse jeito. – ele se aproxima de mim e me abraça.

—Eu prometo que nunca vou deixar ninguém te machucar ou falar com você desse jeito novamente. – eu aperto mais o abraço e fecho os olhos. Pietro me passava uma segurança que ninguém mais conseguia. E eu não queria ficar longe disso. Nunca mais.


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Notas finais do capítulo

Então? O que acharam? Eu gostei tanto desse término! Até eu tô querendo dar um tapa na Lola.
See you guys at the next chapter!
Kisses!
~LadyRomanogers



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