Histories of a Maximoff escrita por Cookie


Capítulo 9
Cheerleaders


Notas iniciais do capítulo

Hey everyone! How are you, my little cupcakes?

Demoramos dessa vez? Acho que não... Só estamos demorando com LONH, né? Mas não se preocupem, já temos uma parte do capítulo escrita e logo postamos!

Música do capítulo: Headlines - Spice Girls

Tradução do título: Líderes de torcida

Boa leitura!



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Dia seguinte – Colégio de Bayville

Pietro estacionou o carro na frente da entrada do colégio. Antes mesmo de descer do carro, pude notar os olhares dos outros alunos. Os olhares eram divididos entre raiva e inveja. Havia se passado cerca de uma semana desde o incidente na festa no Instituto, mas as pessoas ainda não haviam esquecido do ocorrido. E, sinceramente, acho que ainda iriam demorar a esquecer.

De qualquer forma, pegamos nossas mochilas no banco de trás e descemos do carro. Aonde íamos, eu podia sentir os olhares em cima de nós e as conversas, que eram tão acaloradas sobre assuntos cotidianos, se transformarem em murmúrios sobre nós dois, mas principalmente sobre mim.

Eu só queria poder sumir dessa escola. Mal podia esperar para chegar o sábado por causa do feriado prolongado. Ainda não havia conseguido convencer Erick a me deixar ir pra Sokovia, ou ir comigo – juntamente à Pietro – mas não iria desistir tão fácil. Eu precisava dessas respostas.

Me separei de Pietro perto do corredor dos armários. Ele disse que pegava meus livros enquanto eu ia no banheiro para arrumar meu cabelo que, segundo ele, estava parecendo um ninho de pássaros. Entrei no banheiro e não avistei ninguém, então apoiei minha mochila na pia e peguei uma mini escova que eu sempre carrego para todos os lugares. Comecei a pentear o cabelo e estava quase terminando, quando entraram no banheiro quatro líderes de torcida.

Acho que não é novidade que líderes de torcida, independente de qual escola você estiver, se acham o centro do universo, né? Se você não for uma delas, pode ter certeza que elas irão te ignorar ou implicar com você. Geralmente elas me ignoravam, mas desde a festa elas começaram a implicar comigo como se eu tivesse roubado o namorado de uma delas. Portanto, quando elas entraram no banheiro, eu apenas suspirei e guardei minha escova. Sabia que coisa boa não iria sair desse “pequeno encontro de garotas”.

— Ora, ora, ora. Se não é a esquisitinha. - falou Lola, a “líder” delas. Lola era uma garota de estatura mediana, magra, de olhos azuis e ruiva, sendo que o último não era natural. Seu melhor alvo nos últimos dias: eu.

— Vai ver se eu estou lá na esquina, Lola. - digo rudemente, e tento passar por entre o bloqueio que as “seguidoras” dela formavam, mas falho miseravelmente.

— Nossa, esquisitinha. - fala Lola. Ela realmente gostara desse apelido idiota – Pra quê ser tão rude? E por que a pressa em sair daqui? Ainda faltam alguns minutos para o sinal bater.

— Me deixa passar, Lola. - eu peço. Ela apenas ri.

— Ou o quê? - ela pergunta e faz uma cara de bebê chorona – Você vai me atacar com aquela fumaça idiota? Aquilo não me assusta, sua aberração. - Lola, juntamente as suas seguidoras, veio para cima de mim e me empurrou contra a pia. Ela puxou meu cabelo para baixo com força, de modo que eu bati minha cabeça no granito da pia. Suas amigas começam a dar risada e uma delas puxa minha mochila com tudo para o chão, espalhando todas as minhas coisas. As risadas aumentam. Uma delas se abaixou e pegou meu celular, minha carteira e minhas chaves. Após repetir o processo de bater minha cabeça contra o granito, Lola me soltou e foi em direção a porta com suas “cadelinhas” em seu encalço. Antes de sair, porém, ela se vira e diz:

— Eu sinceramente não sei como o Pie pode ter tido tanta má sorte de ter você como a irmã gêmea dele. - e sai do banheiro.

Que história é essa? Por que ela chamou o meu irmão de Pie? Então, eu percebi: “Lola”. Como eu pude não ter notado isso antes? Eu não acredito que ele fez isso!

Me encostei à parede e abracei meus joelhos, começando a chorar. Tantas garotas para ele escolher e ele resolve namorar justo a garota que mais me odeia na escola inteira? Qual é o problema dele?

Ouço o barulho da porta do banheiro se abrindo, mas não levanto a cabeça para ver quem é. Sinto a pessoa vir em minha direção e se ajoelhar para ficar mais ou menos no mesmo nível que eu.

— Wanda? - ela pergunta e a voz me é familiar. Levanto a cabeça e vejo que é a Kitty. – O que aconteceu aqui?

— Lola e as cadelinhas dela me atacaram. - eu digo, entre soluços.

— Acho que foi bem feio, então. Você está sangrando até. - ela coloca meu cabelo para trás da minha orelha e se levanta. Ela pega um pouco de papel e o molha, passando na minha testa, onde deveria estar o corte. – Vem, levanta. - ela pega minha mão e me ajuda a me levantar. Quando olho para o espelho, vejo o estrago: eu estava com um corte fino na testa, perto da têmpora esquerda, embora, levando em conta a quantidade de sangue que estava no papel que Kitty usou para limpar o ferimento, era um corte superficial; por conta do choro, minha maquiagem estava borrada e eu estava com minhas maçãs do rosto tingidas de preto; meus olhos estavam inchados, também por causa do choro. – Não te conheço a muito tempo, mas já percebi que você não é o tipo de garota que costuma chorar por qualquer coisa. E, como esse corte não é fundo, você deve estar chorando por algo que a Lola disse. Quer contar o que foi? Eu aprendi a muito tempo que sempre é bom ter uma amiga pra desabafar nessas horas. - ela disse e eu sorri. Tenho que admitir, eu tinha sentido falta da Kitty. Ela era uma boa amiga.

— Ela me chamou de aberração e acho que se entregou como namorada do Pietro. - eu disse e comecei a limpar a maquiagem borrada. Ela suspirou.

— Não sei se digo que você pode ter entendido errado e ela não ser namorada do seu irmão, se digo que ele nunca namoraria alguém que te odeie ou se digo que isso de namoro seria uma escolha do seu irmão.

— Não vou mentir. A segunda opção seria a que mais me deixaria feliz...

— Mas...

— Mas a terceira seria a correta. Se o Pietro namora ela ou não, isso é opção dele. Não posso mandar ele terminar com ela só porque não nos damos bem.

— Verdade. - Kitty suspirou e me olhou envergonhada – Sinto muito por não ter falado com você depois da festa. O professor disse pra eu te dar um tempo pra assimilar o fato de que você tem poderes. - ambas nos abaixamos e começamos a colocar as coisas de volta na mochila.

— Tudo bem. Na verdade, eu que tenho que te agradecer por não ter chamado a polícia e ter desfeito pelo menos parte da multidão.

— Quanto a multidão, disponha. Quanto à polícia, por que eu ligaria pra lá?

— Sei lá, achei que fosse chamar a polícia pra me conter e ser levada para algum laboratório ou algo assim.

— Que isso? Eu nunca faria algo assim. – ela me entregou a mochila com todas as coisas dentro e nos levantamos. – Até porquê, eu já estive no seu lugar.

— Como assim?

— Eu também tenho poderes. Todos que moram no Instituto tem. Eu só não contei antes porque pensei que fosse se assustar.

— E qual é o seu poder?

— Eu posso controlar as moléculas do meu corpo ou de quem eu toco de modo que elas podem deixar se separar e se unir dentro de um determinado espaço de tempo. - acho que ela percebeu minha cara de confusão, pois tratou de complementar – Em outras palavras, eu posso atravessar matéria. E posso fazer aqueles em que eu toco atravessarem junto comigo. - para demonstrar, ela passou o braço através da pia do banheiro.

— Legal! - nesse momento, o sinal tocou. – Vamos?

— Claro. - antes de eu sair do banheiro, ela me chamou. Me virei e a encarei. – Ainda somos amigas, certo?

— Com certeza. - dei um meio sorriso e sai em direção à aula.

Mas espera! Que aula? Bom, se hoje é quarta, então, minha primeira aula é... ah, droga! Matemática! Que além de me dar ânsia só por ser matemática, a sala é do outro lado da escola e eu tinha essa aula com Pietro.

Andei o mais rápido que pude para chegar na aula. Eu corri, na verdade, mas como é proibido correr nos corredores da escola, prefiro dizer que andei rápido. Como estava um pouco atrasada, bati na porta e esperei o professor abri-lá e começar seu discurso sobre como ele me deixaria entrar dessa vez, mas que na próxima não faria o mesmo - mas nem dei ouvidos porque, surpresa, eles sempre fazem - e fui me sentar numa das únicas cadeiras livres: ao lado de Pietro, que me olhava preocupado e confuso porque causa do corte no meu rosto. Bom, era isso ou me sentar atrás do Jack... e bem, esse menino cheira de maneira estranha.

— Hey, o que houve? - Pietro perguntou. Eu apenas neguei com a cabeça sem olhá-lo.

Sei que não deveria culpa-lo por algo que a namorada dele fez, mas qual é?! Tantas garotas legais por aí e ele escolhe justamente a que bateu a cabeça da irmã gêmea dele no granito há menos de 5 minutos?! Divino.

Pietro continuou insistindo em saber o que houve, mas eu o ignorei fingindo estar concentrada em minhas anotações e o professor parou a aula para chamar a atenção nossa atenção e ralhar.

Assim o restante da aula passaram: Pietro insistia; eu ignorava; o professor ralhava. Pietro insistia; eu ignorava; o professor ralhava. Pietro insistia; eu ignorava; o professor ralhava... Ah, vocês entenderam!

Quando o sinal bateu, eu já estava com os nervos à flor da pele com toda aquela situação, o que me resultou em uma irritante dor de cabeça. Os alunos começaram a sair gradativamente da sala, mas Pietro continuou em pé do meu lado. Eu o olhei de maneira entediada e um tanto irritada, somente o suficiente para que ele bufasse e saísse da sala batendo o pé.

Agora sozinha, fechei os olhos e comecei a massagear minhas têmporas com o dedo indicador e médio. Eu, particularmente, acho incrível a maneira que nosso corpo tem pontos estratégicos que melhoram certas dores.

Parei a massagem quando senti algo que parecia alguém respirando muito próximo do meu rosto, tanto que sua respiração batia na minha bochecha esquerda. Estranho. Abri somente meu olho direito, apenas para espiar quem era e me surpreendi ao ver Kitty me observando de perto. Me assustei, dando um pulo e colocando a mão no peito.

— Kitty! - ralhei – O que estava fazendo?!

— Pergunte-me o que você estava fazendo. Era mais incrível. - ela deu de ombros.

— Então, o que eu estava fazendo? - perguntei confusa.

— Usando seus poderes.

— Eu não esta-

— Sim, estava. - ela me cortou – E parecia relaxante. Você parecia estar em transe numa bolha de tranquilidade. Isso me deixou curiosa, só isso. - sorriu.

— Sério? - questionei e ela apenas respondeu com um som nasal.

— Bom, vamos? Eles estão esperando. - ela estendeu a mão pra mim e eu aceitei.

— Onde? - perguntei quando ela soltou minha mão e entrelaçou nossos braços.

— Para o refeitório, duh! - ela fez uma careta como se fosse óbvio. E na verdade, era, afinal, estávamos na hora do intervalo.

— Certo... e quem são eles, que estão nos esperando?

— Não é óbvio? O pessoal do Instituto.

— Vocês, mutantes, só andam em bando?

— Nós, mutantes, - Kitty fez questão de ressaltar o "nós" – não nos sentimos tão diferentes quando andamos com outros... nem tão perigosos. - ela sorriu de canto – e também porque é legal competir pra ver quem tem os poderes mais legais! - ela deu de ombros, me fazendo rir.

— Certo, Kitty... - apenas concordei, enquanto entrávamos no refeitório. O olhar das líderes de torcida logo caíram sobre mim e por mais que odiasse admitir, foi o suficiente para que eu me encolhesse entre os outros.

— Ali! - Kitty me puxou bruscamente quando achou a mesa em que o pessoal se encontrava.

— Wanda! - Jean saldou.

— Oi, pessoal... - sorri meio insegura.

— Vamos, Walz, sente-se! - Kitty disse, dando tapinhas no lugar vago ao seu lado. Walz? Que fofo!

— Então, Wanda... nós queríamos, sabe... te pedir desculpas por termos nos afastados depois de... bem, você sabe... - Kurt dizia, um tanto sem jeito.

— Tudo bem, gente, eu entendo.

— É... e nós também, por isso não devíamos ter nos afastado! Mas sabe como o Professor X é, não é?  - Jean.

— Na verdade, não. - confessei e eles riam.

— É um cara legal, mas um pé no saco, às vezes! - Vampira disse, com a boca cheia de algo que um dia foi um bolinho, eu acho.

— Então, está tudo bem entre nós? - Bobby questionou.

— Claro! - sorri.

— Mesmo? - Scott insistiu.

— Certeza? Não há nada que nós... ou melhor, eles podem fazer como pedido de desculpas? – Vampira questionou.

— Tá, acho que podem contar quais são seus poderes e pegarem meu almoço! - sorri, mexendo minhas sobrancelhas sugestivamente ao fazer minha proposta.


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Notas finais do capítulo

Então, o que acharam da Lola? Posso prometer à vocês que ainda terá muita treta entre ela e a Wanda!
P.S. Já assistiram Logan? Eu não :´( !!!
P.S.2. Alguém aí também prefere o Pietro com a Cristalys (esposa dele, inumana)?
Kisses and see you guys on the next chapter!
~LadyRomanogers



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