No Ritmo escrita por JéChaud


Capítulo 55
Precisamos Conversar


Notas iniciais do capítulo

Olá meus amores, tudo bem??!!! A EDIÇÃO 93 SAIUUU pessoalll *---* Fui procurar mas ainda não está nas bancas daqui... Sobre a paginaaa obrigadaaa por responderem amores, vou planejar direitinho e aviso vocês aqui ♥ ♥ ♥
Aqui vai mais um capítulo com muitooo carinho pra vocês ♥ ♥ ♥
Obrigada genteeeeeee, vocês são incriveis, muito obrigada de verdade pelos comentários, favoritos, pelo carinho ♥ ♥ ♥



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Como quem toma coragem para fazer algo, Monica pegou seu celular o analisou por um tempo, discou o número do seu professor e o explicou sobre a nova decisão, estava firme, mesmo sobre desaprovação da parte dele, ela o explicou sem dar muito espaço para as criticas, que não faria mais a apresentação da Le ballet e passaria a trabalhar com seu pai, o balé seria um hobbie, voltaria para as aulas na escola dele mas não faria parte da equipe de show, antes que ele surtasse mais do que já tinha surtado, Monica se despediu e desligou o telefone, discou logo após para seus pais, os explicando a mesma coisa, não se surpreendeu com a risada alegre de seu pai quando soube que a filha o acompanharia para a empresa quando voltasse, mas foi inevitável sentir vontade de chorar quando desligou a ligação. Podia ouvir seu pai comemorando, dizendo que tinha a avisado desde o começo.

Terminada suas ligações Monica retirou cuidadosamente a capinha do aparelho, removeu o chip e tornou a colocar a capa.

Pensou mais um pouco sobre o próximo passo que tinha decidido fazer na noite passada, e sem mais delongas quebrou o chip no meio, tinha decidido recomeçar esquecer o que passou, mesmo que para isso precisasse deixar São Paulo para trás.

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Caixa postal... Magali desligou o telefone pela terceira vez, não dormiu direito nas ultimas duas noites, ela sabia que a Monica estava sofrendo, ainda mais deixando um sonho de infância para trás. Com certeza agora sua amiga seria forçada a aceitar o Fabio, trabalhar com seu pai e viver uma história na qual estaria sempre deprimida.

Vendo que não conseguia falar com ela, resolveu dar um tempo para tentar novamente no outro dia, guardou seu celular e seguiu para Lemon já pensando na desculpa que daria para Alice explicando o por que da Monica não ir mais.

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Os primeiros dias eram os mais dificieis, agora tinha começado a cair a chave de que tinha deixado tudo para trás, ela passou o domingo inteiro em baixo do cobertor na sala assistindo TV, hora ou outra chorava um pouco, mas depois recuperava o fôlego, Léia ia de cinco em cinco minutos se certificar de que ainda estava respirando, Monica tinha certeza de que ela estava com medo de encontra-lá desmaiada.

Era educada demais para perguntar o que estava acontecendo, mas sabia que algo tinha ocorrido e que aquela volta repentina não era só por saudade da sua casa.

Monica demorou novamente para dormir naquela noite, os minutos que precediam o sono eram os mais doloridos, sempre passava uma historia regada de saudade pela sua cabeça, seu coração doía infinitamente até que era vencida pelo cansaço.

Desde que tudo aconteceu seus sonhos eram agitados, por diversas vezes gritava durante o sono, o que assustava quase todos em sua volta. Suas amigas já tinham acostumado, mas a Léia na primeira noite dormiu na poltrona do seu quarto preferindo ficar atenta a qualquer outro sinal de pesadelo.

Acordou cedo na segunda, pelo menos para o balé estava animada, se trocou lembrando com arrependimento que tinha jogado sua sapatilha preferida no chão em São Paulo, ela e sua mania de agir sem pensar quando está nervosa, pegou um iogurte e saiu correndo para a porta sob protesto da Léia para tomar um café mais reforçado.

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— Fala careca, como está? Entocou esse final de semana? Nem te vi na rua – Cascão cumprimentou o Cebola assim que encontrou indo para a ONG.

— E ae Cas, é, precisava ajeitar umas coisas, preferi ficar em casa – Cebola respondeu o cumprimentando com um aperto de mãos – Não está atrasado?

— Um pouco, passei por aqui para entregar umas coisas pra Maga antes de ir pra escolinha – Cascão respondeu.

— Ah, entendi!

— Desculpa te perguntar, mas você conseguiu contato com a Monica esses dias? – Cascão puxou o assunto.

— Não, nem tentei, estou sossegado, já era – Cebola respondeu curto e grosso.

— Hum, a Maga tentou mas não consegue mais falar naquele número – Cascão acrescentou sem acreditar muito no que o amigo disse.

— Será que mudou? – Cebola questionou encafifado.

— Não sei mas a Maga parecia bem preocupada – Cascão concluiu – Vou acelerar o passo senão me atraso, falou!

— Cas, a Monica que quis assim. Vai lá falou – Cebola se despediu .

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Monica chegou na escola e a nostalgia a atingiu em cheio, sentia saudade do lugar no qual freqüentou desde pequena.

Entrou cumprimentando todo mundo como sempre fazia, porém dessa vez não conhecia grande parte dos alunos provavelmente novos que circulavam no hall de entrada.

Foi passando por entre as portas e só parou quando avistou a mais familiar, era sua sala de balé, olhou pela portinhola e viu Marcos aquecendo sozinho antes da aula começar, não esperou duas vezes, abriu a porta e correu ao seu encontro.

Marcos abriu os braços para a receber e a levantou do chão emocionado.

— Monica, que saudade – Ele falou ao soltarem o abraço apertado.

— Professor, nem acredito que estou de volta, que falta que senti do seu abraço – Monica sorriu se sentindo confortável.

— Nem eu acredito que está de volta, não que eu não esteja feliz em te ver, mas imaginei que a próxima vez que te veria seria nas matérias publicadas pela Le Ballet. – Marcos completou pensativo.

— Precisamos conversar – Ambos falaram juntos.

— Fala você primeiro – Marcos indicou as cadeiras ao fundo da sala para sentarem

— Bom, foi muito difícil, mas, tomei algumas decisões e preciso da sua ajuda – Monica começou a falar se aconchegando na cadeira.

— Hum.

— Não vou mais dançar profissionalmente, acho que comentei com você já, e preciso que cancele pra mim a audição de Setembro, eu não vou conseguir fazer isso, me doi só de imaginar ligar lá – Monica começou a falar.

— Não, eu não posso fazer isso, estaria assassinando sua carreira futura Monica, você tem talento – Marcos protestou a ideia da aluna.

— E daí que tenho talento, eu não passei de primeira, nem sequer consigo montar uma coreografia sozinha – Monica retrucou cruzando os braços.

— Você estava passando muita coisa ao mesmo tempo, Monica você é minha melhor aluna, decora os passos de primeira, sabe as coreografias de cor e salteado, as reproduz impecavelmente, será que não se da o luxo de perceber que só não estava dando certo porque você estava triste? Ou porque passou por algo que a deixou cabisbaixa? – Marcos comentou – Ou você acha que ninguém passa por momentos assim?

— Eu sei professor, mas acontece que já estamos entrando em Agosto e eu ainda não consegui montar nada, a apresentação está logo ai e não tenho nem metade de uma coreografia montada.  – Monica choramingou.

— Como não conseguiu fazer nada? E aquela coreografia linda que você tinha pronta? Ela era além de impecável, super inovadora – Marcos questionou já precedendo a resposta.

— Não! Ela não da mais, eu não vou apresentar com o Cebola, não tem essa possibilidade. Sem chance! – Monica concluiu o mais objetiva possível.

— Por que?

— Porque não professor... Nós terminamos o que tínhamos, se é que tínhamos algo e eu simplesmente não consigo não confundir as coisas, já tentei na apresentação das multinacionais e você sabe, não deu certo, eu me confundo – Monica contou.

— Monica, você ainda é nova, tem muito que aprender sobre profissionalismo, é sua carreira, um milhão de bailarinos no mundo queriam estar concorrendo a uma segunda chance na Le Ballet, você vai jogar tudo isso fora por causa de um relacionamento que não deu certo... – Marcos a repreendeu.

— Não faz isso comigo por favor professor, você pode só entrar em contato com eles cancelando minha audiência? Só quero isso, já decidi – Monica concluiu encerrando claramente aquela conversa.

— Bom... Se você tem certeza disso, eu falo com eles – Marcos se rendeu balançando negativamente a cabeça.

— Não adianta me olhar com essa cara prof, você não sabe o que passei lá em São Paulo, eu sofri de verdade – Monica se defendeu sob o olhar do Marcos.

Marcos conhecia muito bem sua aluna, era cabeça dura, o melhor era deixa-la perceber, o quão séria era a escolha que tinha acabado de fazer, sozinha.

Levantou e seguiu para frente da sala chamando os alunos para o inicio de sua aula, Monica permaneceu sentada reparando a expressão de chateado do seu professor, mas não tinha como voltar atrás, sua escolha estava feita.

—-                       

Cebola chegou na Le Ballet sentindo um vazio, é ela não estava mais lá. Se sentia em partes culpado por ela ter desistido de tudo que queria, ele viu o tanto que ela lutou para conquistar seus sonhos. Bom agora era passado e ele teria que aceitar isso.

Provavelmente agora Alice já sabia que não teria mais sua melhor bailarina na escola, e certamente quando ligassem na ONG querendo contratar a dupla de dançarinos a resposta seria não, se esforçava ao maximo para não pensar nisso.

O Celular dela simplesmente não funcionava mais, eles ligaram e agora o número já não existia, pois é, ela realmente tinha desistido deles, então agora era a hora dele desistir dela também.


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Notas finais do capítulo

Bom pessoal, espero que tenham gostado ♥
Se puderem deixem suas opiniões, são sempre super mega bem vindas ♥

"Não se admire se um dia um beija-flor invadir a porta da tua casa te der um beijo e partir... Fui eu que mandei o beijo ♪" - Ai Que Saudade D'ocê.

Beijinhos e espero vocês no próximo capítulo ♥ ♥ ♥



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