Anjo das Trevas escrita por Elvish Song


Capítulo 34
Romance


Notas iniciais do capítulo

Olá! Voltei, minhas flores! Espero que gostem do capítulo



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Gabrielle subiu no telhado da Ópera Garnier; não no terraço, onde alguns curiosos zanzavam, mas no íngreme telhado do outro lado, que lhe dava a paz de que precisava. Colocando o violino ao ombro, fitou o Sol poente e, com enorme sentimento, começou a tocar. Gostava de ensaiar ao amanhecer e ao crepúsculo, dois momentos onde não era noite nem dia, onde luz e escuridão dividiam o poder, e ela podia observar enquanto o firmamento se tornava multicolorido. Era inspirador, e arrancava de sua alma as mais belas melodias que havia!

Sentada no beiral, ela tocava com alma, com emoção, encantando todos os que a ouviam, fosse nas ruas, fosse no teatro. Aquele som já se tornara habitual em todo alvorecer e crepúsculo, e já se tornara hábito de alguns juntarem-se perto da Ópera Garnier para ouvir as melodias tocadas por aquela jovem, cujo rosto em êxtase a punha tão inalcançável quanto a altura a que se punha dos demais. Não eram poucos os homens encantados pela anjinha de cabelos dourados que, contudo, os ignorava friamente; com sua beleza, seus dons e sua inatingibilidade, era uma perfeita estrela cintilante: linda, delicada e muito além até mesmo dos sonhos dos que desejavam atingi-la. Todos, menos um, é claro...

A música foi se tornando mais lenta e suave à medida que o céu tingido de vermelho tornava-se de um rosa pálido, passando então a um suave tom de lavanda e, enfim, desaparecendo no negrume da noite, as estrelas surgindo timidamente, uma a uma, vindo espiar a jovem violinista que, finalmente, guardou seu instrumento. Foi só ao fechar a bolsa onde carregava a peça que ouviu, logo atrás de si, o som de palmas que a fizeram voltar-se; e ali, sorridente e tendo um buquê de flores diversas nas mãos, estava Renard. Fazia sentido, uma vez que só ele se arriscava a vir até aquela parte do telhado, tão íngreme.

— Boa noite, Renard! – cumprimentou a moça, alegre – o que faz aqui?

— Ouvi uma música maravilhosa, e resolvi investigar.

Entrando na brincadeira, a garota caminhou até o rapaz, erguendo a barra de seu vestido lilás de modo que este não se prendesse a seus pés descalços. Marota, perguntou com ironia:

— Música? Que música é essa? – ela cobriu a boca com a mão – Ah, deus! Será o Fantasma da Ópera?!

— Não creio – riu-se o moço, vencendo a distância que o separava de Gabrielle – parecia muito doce e delicada para ser. Creio que seja outra coisa.

— O que?

— Bom, as pessoas começam a falar de um outro espírito que vive na Ópera... Uma jovem fada, que todos os dias toca ao alvorecer e ao crepúsculo, para lembrar o Sol e as estrelas de despertarem no tempo certo. Dizem que, sem sua violino e música mágica, o passar do tempo enlouqueceria. – ele lhe deu as flores, que ela cheirou com um sorriso: um buque sortido, com flores apanhadas pelos caminhos de Paris. Um mimo delicado, que significava mais do que flores compradas, pois ele pensara nela a cada uma das flores colhidas.

— As pessoas dizem cada coisa, não é? – perguntou ela, sentando-se antes que escorregasse dali. – Mas conte-me: o que mis se sabe sobre essa... Fada?

O ruivo se sentou ao lado de Gabrielle, e a fitou com fascínio, perdido na beleza dela; quando fora que a “abelhinha”, a sua pequena amiga, tornara-se tão linda? A atração vinha crescendo há muitos meses, mas agora era quase impossível de resistir! Tivesse ele um pouco menos de respeito pela jovem, e a tomaria num beijo avassalador... Um beijo, para não pensar em seus desejos menos dignos, que ele jamais poderia se perdoar por nutrir em relação a Gabrielle... A doce Gabi, que já sofrera tanto. Às vezes, gostaria que ela fosse uma garota normal, que não houvesse passado por tudo aquilo... Mas se fosse uma garota normal, não seria sua Gabrielle, a ninfa encantadora. Seria apenas normal. Apenas mais uma. E ele amava o modo especial de ser dela, por mais que esse modo de ser o colocasse como um poeta a olhar para a Lua, sem jamais poder alcança-la. Pois como ele poderia ser digno do mais leve roçar de lábios naquela menina? Ela merecia apenas o melhor. Um melhor que ele não tinha para oferecer; daria a ela tudo o que possuía, mas temia que nada do que tinha, ou do que era, fosse digno daquela maravilhosa moça. Com olhos quase hipnotizados, acariciou de leve os cabelos dela, hesitante, e respondeu:

— Alguns dizem que seus cabelos são como fogo vivo durante o poente, e claros como a lua ao alvorecer. Contam que suas vestes brilham, adornadas de estrelas, e que seus olhos são safiras iridescentes. – ele ia inventando a “lenda”, apenas descrevendo exatamente o que via diante de si, o modo como via a jovem violinista – se a vir num momento qualquer, poderia toma-la por uma mulher humana, mas, quando ela toca... Então suas asas se estendem, esplêndidas, e ela voa! Asas feitas de música, que a levam muito além do que os olhos podem ver, para mundos e maravilhas com os quais nós, pobres mortais, podemos apenas sonhar.

Ela sorriu ao ouvir as palavras do moço; via nos olhos de Renard o brilho que neles havia, e sabia por experiência própria que havia ali um misto de desejo, carinho, e temor. Já vira cada uma dessas emoções nos olhos dos homens, mas nunca as três misturadas, e isso a enternecia. Delicada, pousou uma das mãos no rosto dele, e perguntou:

— E o que mais? O que mais sabe sobre essa fada misteriosa?

— Ela é perigosa. Doce, delicada, suave como uma névoa... Mas muito perigosa. Isso porque você não percebe o perigo, até que já é tarde demais... Ela te enreda com seu encanto, com sua música, com sua gentileza e beleza, e, quando vê, você está perdido. Porque ela o envenenou, e só há uma cura para o veneno...

— Qual cura? – os rostos de ambos estavam perigosamente próximos, e ela sussurrava sedutoramente. Sabia muito bem o que ia acontecer, e queria esta situação. Estava conduzindo aquilo tudo, na verdade... Mesmo se Renard se afastasse depois, queria aquele momento para guardar como um diamante precioso!

— Um beijo – respondeu o rapaz, rente aos lábios dela – um beijo da fada.

— Acho que posso resolver isto – ela fechou os olhos e, esvaziando sua mente de todo o resto, beijou os lábios de Renard. A princípio ele enrijeceu, sem ter certeza de que podia aceitar aquela dádiva, mas o toque suave das mãos pequenas em seu peito foi mais do que pôde suportar: seus braços envolveram a violinista pela cintura, e seus lábios se apossaram dos dela, intensos e carinhosos, gentis e exigentes, realizando aquele desejo tão simplório e tão intenso que nutrira ao longo dos últimos meses.

Nos beijos de seu raposo, a adolescente se esqueceu de toda a dor e sofrimento que já vivera; não importavam os beijos forçados, os estupros, a vergonha... Os beijos dele eram cálidos, convidativos, deliciosos! Faziam-na ansiar por mais, querer afogar-se num mar de sensações novas, na doce e surpreendente vontade de querer ainda mais. O ladrão, por sua vez, sentia algo também inédito: uma percepção de estar em casa, de ter encontrado, finalmente, o lugar ao qual pertencia. E este lugar eram os braços de Gabrielle.

Os corações de ambos se aceleravam, suas respirações se tornaram ofegantes, e o abraço se estreitou enquanto mais beijos sôfregos eram trocados. Com as estrelas como únicas testemunhas, nada podia ser mais perfeito.

*

Gabrielle não poderia estar mais confusa: num momento ela e Renard se beijavam como se fosse o último dia de suas vidas e, no instante seguinte, ele se levantara com ar perturbado, sussurrando um incompreensível “não posso”, e saíra correndo, sem nada lhe dizer. Fizera algo de errado? Certamente que não... Ela sabia agradar os homens! Mas então, por que ele fugia? Não vira em seus olhos o mesmo carinho e desejo que espelhavam os seus próprios?

Confusa, a moça pôs às costas a mala do violino e desceu de seu precário poleiro, balançando-se no beiral até cair sobre uma das gárgulas, sobre a qual caminhou até alcançar a parede. Com um pouco de esforço, esticou-se até alcançar a janela, e de lá ergueu-se para dentro do teatro. Parecia que nunca compreenderia Renard...

O som de vozes conhecidas, porém, a tirou de seus pensamentos: Annika! Ela retornara! Animada, fez aquilo que Madame Giry já lhe proibira, antes, e usou o corrimão para descer as escadas mais depressa. Para sua alegria, ou infelicidade, aterrissou bem em cima de Erik, não derrubando a ambos por muito pouco. Contudo, em vez de se zangar, o Fantasma deu um de seus sorrisos severos, segurando-a num abraço firme ao censurar:

— Acho que não é deste modo que se usa as escadas.

— Desculpe. – ela ficou vermelha, dando um beijo rápido no rosto do professor, antes de se atirar sobre a irmã. Ficava feliz que não houvesse ninguém por ali, pois assim o Fantasma podia se mostrar, e todos estarem juntos! – Annie! Alain! Ah, estava com saudades!

— Nós também, abelhinha! – retribuiu a irmã, beijando a adolescente – correu tudo bem, enquanto estivemos fora?

Gabrielle teve de se conter para não despejar sobre a irmã o que acabara de acontecer entre ela e Renard; em vez disso, tratou de respirar fundo e dizer, em seu melhor tom controlado:

— Tenho coisas para contar, mas acho que vocês dois vão querer descansar um pouco, depois desta viagem. Vão para casa, e nos falamos quando estiverem repousados, está bem?

Desconfiado do tom de sua aluna, Erik perguntou:

— Aconteceu algo que eu vá querer saber. Senhorita Anjou?

— Erik! – foi Meg, recém-chegada no último andar, quem o censurou – deixe de ser intrometido! Se ela ainda não disse, tem motivos para tanto – marota, piscou um olho para a outra garota. Vira Renard subir ao telhado, e já imaginava que se passara algo entre ambos. Ela pegou Alain no colo e brincou com o pequeno: admirava-se com a vivacidade e alegria do menino que, aos nove meses, já falava várias palavras e mostrava-se mais esperto do que crianças de um ano.  – Também senti sua falta, arteiro!

Madame Giry foi a última a entrar no escuro “sótão”, levando uma vela na mão; tinha um sorriso muito feliz, e foi com essa alegria que abraçou os três recém chegados. Trocaram palavras amenas e cumprimentos, mas nem Erik, nem Annika, falaram o que fosse sobre sua visita à Normandia. Mais tarde, o Fantasma diria o que achasse necessário à amiga, mas a ninguém mais.

Passada a euforia do reencontro, o casal desceu à Casa do Lago. Banharam-se e puseram roupas mais confortáveis, e Annika embalou Alain, ao som de uma canção entoada baixinho pelo Fantasma, o qual envolvia nos braços a mulher a quem amava e a criança que já enxergava como seu filho.

— Ele dorme tão tranquilo – comentou Erik, acariciando os fios negros do bebê, quando o puseram no berço – nem parece que vive num mundo tão perigoso.

— Ele sabe que a mãe e o pai dele estão aqui, para protege-lo de todo perigo. – a moça beijou seu amado, que acariciou sua cintura. Quando Annika estava consigo, toda a dor e todo o medo que o haviam perseguido por uma vida inteira desapareciam. Ela não apenas compreendia as sombras em sua alma: sabia afastá-las. E quando as mãos femininas retiraram sua máscara, acariciando seu rosto, ele a tomou num beijo ainda mais intenso, perdendo-se no calor dos braços dela, na doçura de seu perfume. Tomando-a pela mão, puxou-a consigo para perto do lago, para o lugar onde, pela primeira vez, haviam revelado seus segredos um ao outro, e cantou:

Nocturne - Celtic Woman

 - Now let the day just slip away (Agora deixe o dia partir)
So the dark night may watch over you (E a escuridão velar por você)
Velvet blue, silent true (Veludo azul, verdadeiro silêncio)
It embraces your heart and your soul (Ela abraça seu coração e alma)

Nocturne (Noturna)

Ele abraçou a mulher, e seus lábios começaram a deslizar pelo pescoço alvo, depositando pequenos beijos, fazendo-a se arrepiar:

— Never cry, never sigh (Nunca chore, nunca suspire)
You don't have to wonder why (não precisa perguntar por que)
Always be, always see (Sempre seja, sempre veja)
Come and dream the night with me (Venha e sonhe com a noite, comigo)
Nocturne (noturna)

Annika sorriu para ele, um olhar sedutor e intenso em seus olhos azuis, livrando o Anjo do colete que vestia e abraçando-o com força. Ele retribuiu o abraço, as mãos passeando pelas costas dela, entrelaçando-se às ondas cor de palha:

— Have no fear (não tema)
When the night draws near (quando a noite se aproximar)
And fills you with dreams and desire (E encher você com sonhos e desejos)
Like a child asleep so warm, so deep (Como uma criança a dormir, tão cálida, tão profunda)
You will find me there waiting for you (Você me encontrará esperando por você)
Nocturne (Noturno)

Ele a puxou pela mão, guiando-a em direção ao quarto; ela o seguiu sem hesitar, sentindo-se envolver pela melodia da voz dele, pelo som maravilhoso que a cercava, a preenchia, quase a hipnotizava. Ele a convidava a descer ao submundo da noite, e ela queria fazer isso: não temia a escuridão, não temia a  noite. Se ele queria partilhar as trevas com ela, assim seria!

— We will fly, claim the sky (vamos voar, reivindicar o céu)
We don't have to wonder why (e não temos de imaginar por que)
Always be, always see (Sempre seja, sempre veja)
Come and dream the night (Venha e sonhe com a noite)
With me (Comigo)
Nocturne (Noturna)

Elas começaram a se beijar, em pé ao lado do leito, imersos em escuridão. Suas mãos pareciam ter vida própria enquanto livravam um ao outro das vestes, enquanto se expunham completamente naquela total escuridão que poderia ser quase palpável. Não podiam ver nada: apenas sentir. Apenas ouvir. Suas respirações em sincronia, seus corpos se tocando, e a voz de Erik ainda ecoando nos ouvidos da moça:

— Though darkness fades it will give way (Embora a noite caia, ela também se dissipa)
When the dark night delivers the day (quando a escuridão entrega o dia)
Nocturne (Noturna)
Noturno (Noturno).

 

Deitaram-se juntos entre os lençóis macios, incapazes de ver, os demais sentidos aguçados pela falta de visão, a sensibilidade de seus corpos aumentada, cada sentido palpitando em deleite enquanto entregavam-se em meio às sombras. Mais tarde voltariam à superfície, mas por hora, queriam apenas desfrutar daquele momento juntos.

*

— E então? Como foi a semana com o Fantasma? – indagou Gabrielle, enquanto ajudava a irmã a alimentar o bebê, o qual parecia mais interessado em brincar com seu soldadinho de brinquedo (presente de Gabi) do que em comer.

— Produtiva, eu diria. – respondeu Annika, distraindo Alain para que o pequeno aceitasse mais um pedaço de carne macia – ele tinha assuntos a resolver, coisas que deixou pendentes no passado, e o fez.

— Mas e quanto a vocês dois? – a adolescente era insistente.

— Vamos nos casar. Mas disso você já sabia. – foi a vez de a mais velha provocar a caçula – mas e você e Renard? Algo que eu deva saber?

A caçula ficou vermelha como uma pimenta, engasgou e tossiu, causando uma gargalhada na irmã, antes de contar tudo o que se passara entre ambos. Ao fim da narrativa, a mulher perguntou:

— Tem certeza de que é isso o que quer, Gabi? Sabe que eu a apoiarei, qualquer que seja sua decisão.

— É o que eu quero, Annie. Renard é o que eu quero... Apesar de eu não ter entendido o motivo de sua fuga... Acho que está pensando que você vai quebrar cada osso dele, agora. – as duas riram, sabendo que o motivo real era algo bem parecido – mas ele vai voltar. Vai voltar, quando perceber que me querer não é nenhum crime.

As irmãs riram, divertidas ao imaginar como Renard estaria – elas sabiam – empoleirado em algum telhado, pensando confusamente acerca do que acabara de acontecer. Seguiram-se alguns segundos de silêncio, quebrados apenas pelo balbuciar Alain, antes que a pianista falasse:

— Durante essa viagem, eu tive uma ideia, Gabi.

— Tem a ver com o que havíamos conversado? Com passar adiante o bem que nos foi feito?

— Tem, sim. Nós conhecemos os Garotos do Beco, conhecemos nossa própria história, e a de muitas outras crianças sem lar... Os orfanatos e reformatórios são lugares horríveis, dos quais os pequenos querem antes fugir do que permanecer... Não lhes dão aconchego ou ensinamentos reais. E depois que Alain veio para nossas vidas, eu comecei a pensar...

— Está pensando num abrigo?

— Numa escola. – afirmou a mais velha, sentada sobre os calcanhares na cadeira, debruçada no espaldar - Uma escola para crianças das ruas. Um lugar onde os que não têm família podem morar, e os que têm pais podem vir aprender, ter uma perspectiva melhor em suas vidas, tornar-se alguém.

— É um projeto ambicioso. – Gabrielle conseguiu fazer o bebê comer mais uma colherada - Falou sobre isso com Erik?

— Queria que você fosse a primeira a ouvir. É um projeto nosso, afinal, abelhinha. – a adolescente sorriu e abraçou a irmã, empolgada, e disparou:

— Temos que começar a organizar a proposta; definir os objetivos, estimar espaço, encontrar o lugar, professores e... – quando se empolgava, Gabrielle disparava a falar, sua voz tentando acompanhar o ritmo dos próprios pensamentos, o que fez Annika interrompê-la aos risos:

— Calma, baixinha! Uma coisa por vez! Primeiro, vamos falar com alguém que realmente entende de organizar, alojar e ensinar uma turba de crianças indisciplinadas – elas se entreolharam e disseram em uníssono:

— Madame Giry. – novas risadas encheram o aposento, sendo acompanhadas por Alain, que ria numa imitação à “mãe”. Annika o pegou no colo, e as irmãs desceram juntas as escadas em direção ao saguão. O plano da pianista falara à alma e às ambições de ambas: se fundassem uma escola nos moldes pretendidos, quantas meninas não seriam poupadas da prostituição? Quantos garotinhos não deixariam de passar fome e frio, para terem um lugar seguro e uma família? Sim! Se tivessem sucesso, poderiam fazer muito mais do que haviam imaginado!


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Notas finais do capítulo

E então? Alguém quer um Erik assim para si? o/ kkkkk
Gostaram do primeiro beijo Gabi e Renard? E dos planos das irmãs?
Aguardo ansiosamente por reviews, queridas!
kisses



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