I Love Charlie escrita por Strela Ravenclaw


Capítulo 49
Charlie e Tommy.


Notas iniciais do capítulo

Olá ❤

Já sinto o aperto no meu coração. Esse é o último capítulo e é aqui que será o desfecho da estória I Love Charlie – Calma, terá o epílogo. – Sugiro que leiam as notas finais.

Desculpe qualquer erro de ortografia.

Boa leitura. ❤



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Narrado por Charlie.

Quando Scott me deixou em casa eu já havia tomado minha decisão. – O vôo para Nova York sairia as sete horas da manhã.

Cheguei em casa por volta das duas e quarenta, não tinha muito tempo para dormir.

E para ser sincera, não consegui dormir.

Aquele foto: uma foto. Foi o bastante pra estragar tudo.

Mas me fez entender que eu e Tommy, não éramos bons juntos.  – Mesmo que eu quisesse, parecia que estávamos destinados ao caos.

Pensei nos momentos em que estávamos juntos no baile – que nós podíamos ser algo bom, mas eu me enganei. E eu vi agora que me enganei.

Vê-lo beijar outra, destruiu qualquer esperança em mim.

Terminei de arrumar as últimas coisas – e fui dormir tarde, presumir que já deveria ser umas quatro da manhã – a hora que Cody estava chegando.

Quando mal consegui fechar os olhos, já tive que os abrir novamente.

— Acorda, Charlie!! – minha mãe me cutucava sem dó.

— Só mais cinco minutos… – pedi.

— Só se for pra você perder o avião! Não seria uma na ideia. – essa sua última frase ela disse mais baixo.

Levantei com muita preguiça – e fui tomar um banho, me arrumei como de costume.

Antes de sair do meu quarto dei uma última olhada, tentei não parecer tão triste e nostálgica. – Mas não deu. Despedidas são tristes, e olhar esse quarto me trazia uma onde de lembranças.

Coloquei a mochila em minhas costas e fechei a porta do meu quarto.

Desci os degraus das escadas e logo pude ver meus amigos me esperando.  – Despedidas são horríveis.

Jas já estava chorando, Katie usava óculos escuros e roupas pretas como se estivesse em um enterro, Jeff sorriu triste ao me ver e Cody mantinha sua cara feia – ele não gostou da ideia de eu ir passar um tempo com o nosso pai.

— Eu não acredito que você vai embora… – Jas começou a chorar ainda mais, a abracei e confesso que deixei algumas lágrimas cairem também.

— Eu achei que fosse mudar de ideia. – Katie cochixou em meu ouvido enquanto eu a abraçava.

— Muitas coisas aconteceram ontem, eu juro que te falo por Skype. – falei baixinho para que só ela escutasse.

— Eu vou embora, mas te deixo a Katie em meu lugar! – brinquei antes de abraçar o Jeff.

— A Katie é minha namorada, não minha melhor amiga! Você precisa voltar logo! – ele disse com tristeza.

— Espero muito que mude de ideia! – Cody me abraçou rapidamente, pois ele me levaria ao aeroporto junto com a mamãe.

— Sabe que eu sou muito determinada!  – Sorri triste pra ele que não retribuiu.

— Nós vamos levá-la, vocês podem ficar se quiser. – minha mãe falou. – Cuida da Jas, Katie. – ela pediu a minha amiga, que fez que sim com a cabeça. – Vamos?

— Vamos. – falei sorrindo triste. – Eu amo vocês. – deixei algumas lágrimas escaparam quando entrei no carro.

— Ainda dá tempo de desistir! – Cody comentou enquanto dirigia.

— Eu não vou desistir! – falei revirando os olhos por causa de sua insistência.

Narrado por Tommy.

Nao conseguia entender o motivo dela ter acabado com tudo. Ainda mais daquela forma. 

Passei a madrugada tentando entender onde eu havia errado. – Liguei para ela dezena de vezes, mandei mensagens, mas ela não respondeu.

Eu só queria entender! – Aquilo estava me levando a loucura.

Se ela ao menos tivesse me falado o motivo, mas nem isso eu sabia.

Charlie smplesmente me deixou ali, e foi embora. – e ela realmente ia embora, para Nova York, e eu ia perde-la de uma vez.

— Opa! – escutei a porta do meu quarto bater, era a Claire – Shiuu! Não faz barulho! – e ela estava bêbada.

— Caralho Claire! Que horas você acha que é?! – perguntei irritado.

— São… atenciosamente… Não, não, é exatamente... – ela falava totalmente embreagada – Seis e vinte e seis. – disse olhando a hora em seu celular. – Preciso te mostrar uma coisa muito louca!

— Eu não quero ver! 

— Mas eu vou mostrar mesmo assim! – ela insistiu, mexeu durante minutos no celular até achar o que queria me mostrar. – Lembra daquele cara esquisito que estava na porta junto com a garota estranha? Eles são muito loucos, nós bebemos tequila juntos, atrás do pátio – falou e começou a rir – Olha esse vídeo! – ela praticamente enfiou o celular no meu rosto.

Mas não foi aquilo que me chamou atenção.

Dei zoom no vídeo e pude ver mais ao longe – era eu e a garota de vestido rosa, vi o momento em que eu ajudei ela e a hora em que ela tentou me beijar mas eu a empurrei.

Mas no meio de tudo isso – no canto, ao longe. Estava Scott, com um celular, e ele tirou a foto no exato momento em que a garota tentou me beijar.

Desgraçado!

Foi ele! Mas é claro que foi ele! – tudo fazia sentido, ele só esperou eu me afastar da Charlie pra armar pra nós, e ainda depois levou ela pra casa.

Eu queria mata-lo, mas não tinha tempo pra isso.

Segundo Cody, o vôo dela sairia as sete horas, e já eram mais de seis da manhã, então eu precisava correr.

— Claire, você precisa me fazer um favor! – pedi a ela, que havia se deitado bêbada na minha cama.

— O que é? – perguntou tirando os sapatos.

— Você precisa mandar esse vídeo pra Charlie e pede pra ela dar zoo, você pode fazer isso? 

— Posso... eu só preciso do número dela.

— Pega no meu celular, eu vou trocar de roupa. – peguei a primeira roupa que vi e fui no banheiro me trocar.

(…)

Estava um trânsito leve – pra piorar as coisas – Eu estava tão nervoso que nem mesmo quis ver as horas.

Dei um soco no volante do carro quando o semáforo fechou.

Acelerei tanto que tive certeza que tomaria uma multa.

Parei bruscamente o veículo no estacionamento do aeroporto – ouvi um motorista me xingar por quase causar um acidente.

Andei tão rápido que as pessoas olhavam para mim como se eu estivesse completamente louco.

— Ei, moça, com licença?! – chamei uma mulher que trabalhava ali no aeroporto.

— Sim? Como posso ajuda-lo? – ela sorriu simpática.

— Eu preciso de uma informação. – falei nervoso olhando ao redor procurando o portão de embarque.

— Ah claro. Qual informação? – perguntou.

— Onde fica o portão de embarque que iria sair o vôo para Nova York? 

— Fica bem ali... – ela apontou o local – Mas ate você fazer o cheque-in, o vôo já saiu…. – sai andando rapido, nem se quer a respondi.

Vi Cody e sua mãe – eles estavam de costas – corri ate eles – temendo que ela já tivesse ido, pois não a vi.

— Cody! – chamei-o ofegante e desesperado.

— Tommy?! – ele me olhou surpreso.

— Cadê ela? – indaguei temendo a resposta dele.

— Ela já embarcou, querido. – a mãe dela falou olhando-me triste.

— Não! – falei baixo quase inaudível, passei a mão nervosamente pelos cabelos e fechei os olhos.

Merda!

Eu havia perdido ela, e agora era de verdade.

Sentia como se meu coração estivesse literalmente partido. Dóia só de pensar que eu não a veria mais. Me sentia abatido por uma tristeza que eu ainda não havia experimentado.

Narrado por Charlie.

Me despedi do meu irmão e da minha mãe. Foi muito triste e confesso que não controlei as lágrimas.

“Você pode ficar se quiser, querida.” – mamãe falou de forma triste.

Eu queria ficar, desistir daquela viagem e voltar pra casa – mas eu sabia que não era o melhor a se fazer.

— Última chamada para o vôo em destino à Nova York. – escutei a voz da aeromoça no auto falante.

Dei um último abraço na minha mãe e caminhei até o portão de embarque – acenei para eles e me virei caminhando pelo corredor – a parede de vidro me permitia ver o avião do outro lado – andei até chegar a uma aeromoça, ela conferiu minha passagem e eu embarquei.

Me sentei ao lado de uma senhora – ela me deu um sorriso sincero e eu retribuiu.

Muitas pessoas ainda estavam embarcando – aproveitei esse momento para pegar meu celular – eu ia desliga-lo.

Mas uma mensagem me chamou atenção – nunca tinha visto aquele número – deixei a curiosidade falar mais alto e conferi a mensagem – ia ser rápido.

Charlie, não tenho tempo para explicar, mas sou a prima do Tommy, eu não sei o que houve entre vocês, mas você PRECISA ver esse vídeo!

Obs: dê zoom para conferir a verdade.”

O vídeo estava logo a baixa da mensagem, cliquei e assim como a mensagem dizia, dei zoom.

Vi Tommy ajudando a garota do vestido rosa – logo depois ela tentou beija-lo e ele a empurrou – e mais um detalhe chocante que me vez colocar a mão na boca de espanto – Scott estava mais ao longe, tirando fotos.

Foi ele! – Scott que armou para nós.

E agora eu estava dentro de um avião, que em breve decolaria e eu não tinha mais como voltar atrás.

Eu perdi Tommy por uma armação?

Uma onda de arrependimento me abateu. Minha cabeça girou por um segundo, mas eu precisa ficar calma.

Lágrimas desceram e eu as enxuguei rapidamente.

— Você está bem querida? – a senhora perguntou preocupada e eu apenas acenei que sim com a cabeça. – É o amor não é?! – ela falou e eu olhei para seu rosto, ela sorria compreensiva – Sei como é isso! – falou – Quer um conselho?! – continuei prestando atenção em suas palavras – se seu amor não está nesse avião, então você tem que sair dele agora!

— Mas não vão me deixar sair… – falei me referindo as aeromoças.

— Ei! Moça! – a senhora chamou uma das aeromoças. – Ela tem que descer agora desse avião!

A senhora falou – a mulher nos olhou com descaso e impaciência.

Me levantei ficando ao lado da senhora.

— Eu preciso sair agora! – falei.

— Senhora e senhorita… – ela falou com impaciência – Ninguém não pode sair desse avião, nós vamos decolar dentro de  alguns minutos…

— Nós não vamos decolar coisa nenhuma se essa garota aqui não sair desse avião! – a senhora falou – Nós vamos ficar de pé, não colocaremos o sinto, e pelo que sei, nenhum passageiro pode estar sem sinto ou de pé dentro da aeronave!

Algumas pessoas começavam a prestar atenção na nossa pequena discussão – a aeromoça nos olhou mais uma vez e então falou.

— Sai, mas bem depressa! – disse enfim com irritação.

— Muita obrigada! – agradeci a senhora rapidamente e sai andando.

Algumas pessoas ainda entravam no avião e me olhavam com curiosidade por eu estar indo para o lado oposto.

Passei pela parede de vidro e vi o avião decolar.

Andei depressa.

Meu coração acelerou quando o vi – mal pude acreditar que ele estava aqui, que ele veio atrás de mim.

Minha mãe e Cody pareciam consola-lo – os tres andavam em direção a saída do aeroporto, consequentemente estavam de costas pra mim.

Mesmo sabendo que eu poderia alcança-lo, corri ainda mais rápido.

— Tommy! – gritei seu nome.

Tudo ao meu redor pareceu sumir, era como se houvesse somente nós dois no momento em que ele me olhou.

Eramos só Charlie e Tommy.

Ele virou rapidamente – seu olhar encontrou com o meu – era evidente a surpresa.

Sorri pra ele – eu estava tão feliz, não conseguia conter isso dentro de mim.

Ele sorriu pra mim – não demorei mas nenhum segundo para correr de encontro ao seus braços.

Foi como sentir um choque quando nossos corpos se encontraram. – envolvi meus braços em seu pescoço, enquanto ele me abraçava pela cintura.

O abraço era tão aconchegante – o melhor que já recebi. – Eu apertava mais o meu corpo contra o dele, mantive meus olhos fechados, ainda não acreditando que estava em seus braços.

Meu coração batia acelerado contra o peito.  – Algumas lágrimas desciam por minha bochecha. Não contive nenhuma emoção que eu sentia naquele momento. Mesmo que fosse um turbilhão em alta velocidade.

 Me senti segura em seus braços, e naquele momento tive certeza que tudo o que eu queria era estar com ele.

Mesmo que todos não acreditassem em nós, eu queria estar com ele, não só queria, eu precisava de nós.

A certeza de que eu o amava chegou com mais força naquele momento. – e não queria guardar mais isso, eu queria que ele soubesse.

Não sei quanto tempo o abraço durou, mas acho que um longo abraço.

Assim que desfizemos o abraço – ainda me mantive bem próxima a ele.

Olhei em seus olhos – eu amava olha-lo.

Toquei em seu rosto com cuidado – uma mão em cada lado de suas bochechas.

— Eu amo você, Tommy. – sorri pra ele que me olhava completamente surpreso.

Ele não respondeu – mas naquele momento eu não precisava de respostas, eu só precisava dizer.

Tommy que ainda mantinha suas mãos na minha cintura me puxou delicadamente para mais perto.

Seus lábios tocaram os meus com carinho, com… amor?!

Ele me beijou. – Era delicado, o beijo mais carinhoso que ele havia me dado. – Era como se ele estivesse dizendo que também me amava. Era como se daquela maneira nós estivéssemos deixando claro que não queríamos nos separar nunca.

Eu ainda mantinha minhas mãos em seu rosto quando paramos lentamente de nos beijar.

Ele ainda me deu um último selinho antes de afastar seu rosto do meu.

Tommy mantinha uma expressão seria, mas vi um sorriso se forma em seus lábios.

— Eu amo você, ruivinha. – suas palavras me deixaram extasiada, surpresa, sem reação. Quase não acreditei no que estava acontecendo.

Nunca imaginei escutar essas palavras dele, mas foi a melhor coisa que alguém poderia ter me dito.

O abracei mais uma vez.

Desfiz o abraço assustada quando comecei a escutar aplausos e assobios.

Olhei ao redor – nos estavamos no aeroporto, cheio de pessoas.

As pessoas aplaudiam, sorriam alegres.

— Isso foi clichê pra caralho! – Tommy falou sorrindo.

— Um belo clichê! – concordei sustentando seu olhar.

Ainda no mesmo dia saímos para comemorar.

Não que a gente tenha ido para algum lugar muito longe.

Tínhamos ido a uma lanchonete – Nós seis.

Eu, Tommy, Cody, Jas, Katie e Jeff.

Nós nos sentamos em uma mesa e simplesmente começamos a conversar.

Como jovens normais – ou quase isso.

Pegamos nossos corpos de MilkChaker e levantamos em um brinde.

— A Cody, Tommy, Katie e Jeff, que se formaram esse ano. – Jas falou feliz.

Por serem um ano mais velhos, eles já estavam livres do ensino médio, diferente de nós duas, que ainda tinhamos um ano pela frente.

— E também a Charlie, por ter desistido de ir para Nova York! – Katie falou, sorri pra ela.

— A esse encontro de casal! – Jeff falou brincalhão.

— Eu nunca me imaginei em um encontro de casal! – Cody disse divertido.

— Faz logo esse brinde, merda! – Tommy disse, olhei feio pra ele que sorriu com deboche.

As vezes parecia que nada mudou – nós ainda implicamos bastante um com o outro, inclusive brigamos até, mas no final acaba tudo bem, provando que tudo mudou entre nós.

Sorri pra ele, que retribuiu.

Brindamos.

Ficamos mais um tempo ali.

Observei cada um deles por alguns segundos. – Pensando como as coisas eram diferentes no começo desse ano. Eu e Tommy nos odiavamos. Katie e eu não nos suportavamos. Jas e Cody não namoravam, e Katie e Jeff então? O casal mais improvável.  – Sorri olhando-os, meus amigos, as pessoas que sempre estiveram comigo. Pensar em deixa-los foi doloroso demais. Agradeci por tê-los, por estar aqui.

— Sonhando acordada?  – Jeff indagou sorrindo divertido.

— Pensamentos...  – falei devolvendo o sorriso pra ele.

— Fiquei tão feliz que você desistiu dessa viagem! 

— Todos ficaram!  – Eu ri e ele me acompanhou. 

— Sabe... Eu soube que a Claire ajudou você e o Tommy... – falou. Me lembrei o quanto Jeff já havia sofrido quando namorou a prima do Tommy. 

— Sim. Ela ajudou! 

— Ótima maneira de se redimir! Ela me pediu desculpas.  – Falou. Sorri surpresa.

— Sério?

— Sim. E ela falou que também gosta mais de meninas!  – Ele riu e eu o acompanhei. 

Fiquei feliz por isso. Ele agora estava com a Katie. E eu sabia que mesmo a Claire sendo doida, ela não era má pessoa.

— Alguém quer mais um mikskaker?  – indaguei me levantando da mesa.

— De morango, Char por favor.  – Jas pediu sorrindo gentil.

— Eu vou com você.  – Katie se levantou e nós andamos até o balcão. 

— Dois milkshakers de morango por favor.  – pedi.

— Um de chocolate.  – Katie pediu o dela.  – Charlie! Tem um idiota entrando na lanchonete.  – Katie falou irritada olhando por cima do meu ombro.

Me virei naquela direção e vi Scott vim até nós. 

Sentia a raiva subir através do meu corpo.

— Charlie!  – Ele falou assim que chegou perto de mim. Sua expressão era de tristeza, mas eu não acreditava naquilo.  – Eu soube que você voltou...

— Ela não quer falar com um babaca como você!  – Katie olhava furiosa pra ele.

Olhei em direção a mesa e vi Tommy se levantar. Mas fiz um sinal com a cabeça para que ele não viesse.

— Me deixa explicar...  – Scott pediu.

— Claro!  – falei fingindo interesse. Katie me olhou quase perplexa.

Scott sorriu convencido.

— Moça, seu milkshaker. – O garçom me chamou. Me virei pegando o copo na mão. 

Quando Scott fez menção em abrir a boca. Cheguei mais perto dele e joguei o Milkshaker contra seu rosto.

— Isso é pela sua armação! Ainda é pouco pelo o que você fez! 

Scott me olhava completamente surpreso e irritado.

— Agora vai embora!  – Katie falou tentando segurar o riso.

Assim que ele saiu pela porta nos explodimos em risadas. 

Todos da nossa mesa riam. 

— Seu milkshaker, Jas.  – entreguei a ela e me sentei ao lado do Tommy.

— Estou orgulhoso de voce, ruivinha. –  Tommy falou baixinho, somente para que eu ouvisse.

— Sério? – perguntei rindo.

Ele passou o braço por cima dos meus ombros.

Olhei em seus olhos ainda enquanto sorria. 

Ficamos ainda um bom tempo ali. –  Nossa mesa era a mais barulhenta.   – Se você olhasse de fora iria ver seis adolescentes rindo e se divertindo da maneira mais leve. Transparecendo toda sua felicidade.

 Como o local que estávamos era perto, fomos caminhando de mãos dadas. – era estranho, mas eu gostava disso.

Eu sabia que ele também achava muito estranho, afinal, ainda estávamos nos acostumando.

(…)

Conseguia escutar o coração dele bater acelerado. Minha cabeça deitada em seu peito enquanto ele acariciava meu cabelo. – Aquele foi o momento em que me senti mais segura em seus braços.

— Concentrada? – Tommy perguntou, pude escutar seu riso.

— Seu coração bate muito forte! – falei admirada, levantei minha cabeça para olha-lo.

— É claro que bate! Eu estou vivo. – disse fazendo graça, revirei os olhos para ele – Eu já disse pra não fazer isso! – ele sorriu provocante. Fiz mais uma vez – Você vai vê!

— Não…! Tommy, sai.. – falei me levantando da sua cama, eu já estava rindo.

Sai correndo pelo quarto dele, ele logo veio atrás de mim, e não demorou para me alcançar.

Tommy me prensou contra parede – eu ainda ria, diferente dele.

Notei seu olhar malicioso e um sorrisinho safado se formando em seus lábios.

— Você fica tão gostosa assim... – ele analisou meu corpo dos pés a cabeça, eu vestia apenas uma blusa dele e minha calcinha por baixo.

E não, a gente não havia transado ainda. – Eu ainda não tinha dormido desde que desistir da viagem e fomos comemorar. E por estar cansada acabei dormindo com ele, com preguiça de buscar qualquer outra roupa em casa, peguei a dele.

— Tommy...! – falei seu nome baixinho meio que censurando suas palavras.

— Só estou sendo sincero. – ele sorriu ainda mais malicioso.

Senti meu rosto corar um pouquinho.

— Não sei se é uma boa ideia… – falei me referindo exatamente a fazer o que ele estava pensando.

— Mas eu estou com saudades. – falou, seu sorriso de cafajeste continuava ali – Estou com saudades de fazer você minha... – suas mãos subiram pelas laterais das minhas coxas, levantando um pouco a blusa que eu vestia.

Meu corpo arrepiou ao sentir seu toque.

Me entreguei a ele quando sem avisos o beijei. – O beijei com urgência, era intenso, quente.

Como se nós precisassemos muito daquele beijo.

Sentia sua língua explorar minha boca, seus lábios macios eram pressionados contra os meus.

Enquanto nos beijavamos ele subia a blusa, suas mãos apertavam minha cintura com força, enquanto as minhas passeavam por suas costas – ele estava sem camisa, usava apenas uma bermuda.

Sem parar o beijo, ele nos conduziu de forma desajeitada até a cama.

Deitou meu corpo com calma no colchão, e ficou por cima de mim.

O beijo havia sido sessado por um instante.

Ele puxou a camisa que eu usava – minha única peça de roupa além da calcinha – pra cima, tirando-a do meu corpo.

Tommy me olhava com desejo, mas também com carinho. Sorri enquanto ele tocava meu corpo me causando arrepios.

E eu também o desejava, muito pra ser exata.

Mas ele estava indo com calma – fechei os olhos quando senti sua boca outra vez na minha, o beijo foi mais lento e calmo. Mais carinhoso e terno.

Depois de me beijar, ele começou a distribuir beijos pelo meu pescoço – meu corpo estava totalmente arrepiado, e respondia a cada toque dele.

Ele beijou cada parte do meu corpo – me arrancando gemidos e suspiros.

Senti minha calcinha deslizar por minhas coxas e depois pelas minhas pernas, até estar sem a peça.

Tommy que agora também já não vestia nada me olhou com um misto de carinho e malícia.

— Eu estou viciado em você. – falou no meu ouvido.

— Bom saber disso. – falei, fazendo ele sorrir.

— Não tem ninguém como você, Charlie. – Tommy disse antes de me beijar com carinho.

Alguns dias depois...

 Jas e eu estávamos sentadas na segunda fileira do auditório ao lado da minha mãe e dos pais do Tommy. Hoje era a formatura deles.

— Queria estar no lugar deles, confesso! Ainda temos um ano pela frente. – Jas lamentou se referindo a Tommy, Cody, Katie e Jeff, os formandos.

— Nós aguentaremos firme! – falei sorrindo.

Acompanhamos toda a formatura. – Tommy estava lindo, eu não conseguia parar de olha-lo. E ele sustentava meu olhar da maneira mais intensa. 

Depois que a cerimônia acabou, ele veio até mim.

Senti seus braços ao redor da minha cintura enquanto ele me abraçava. Entrelacei os meus em seu pescoço.

— Parabéns, meu amor! – falei sorrindo pra ele.

Tommy me olhou surpreso.

— É a primeira vez que você diz "meu amor" pra mim? – Ele indagou me olhando provocador.

— Eu posso te chamar de idiota, se você preferir? – devolvi a provocação sorrindo.

— Eu gosto mais de meu amor... – Ele sorriu convencido. 

— E agora? Como vai ser as coisas? – Indaguei me referindo ao fim do ensino médio pra ele.

— Não tenho muita certeza de qual faculdade vou fazer, se vou fazer alguma! – Ele falou me fazendo rir. – Mas eu tenho certeza de uma coisa...

— O que?

— Que não importa o tempo que passar, eu ainda vou amar você, Charlie. – Ele falou fazendo meu coração disparar.

Sorri enquanto nós nos olhávamos. Tommy e Charlie, as duas pessoas que se odiavam, estavam um de frente para o outro, transparecendo verdadeiramente que se amavam. Algo que eu nunca poderia imaginar.

— Não importa o tempo que passar...  – aproximei meu rosto do dele. Nossas testas coladas uma na outra, nossos olhos fitando um ao outro. Nossas bocas separadas por alguns centímetros. – Eu ainda vou amar você, Tommy. – O beijei sentindo em cada parte do meu corpo que eu sempre o amaria.


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Notas finais do capítulo

Peço que por favor vocês comentem nesse capítulo gente! O penúltimo capítulo teve pouquíssimos comentários. – Não vou obrigar ninguém a comentar, mas é desanimador, pois eu tô me matando pra concluir essa fanfic e as pessoas não têm a capacidade de deixar UM comentário. Enfim, fica aqui meu desabafo.

Esse é o último capítulo dessa fanfic, vou postar o epílogo.

E eu havia dito não só aqui, mas também para algumas leitoras que haveria uma segunda temporada. Estou pensando na possibilidade, mas se realmente for acontecer, será daqui a um tempo. Não sei se vale a pena fazer uma segunda parte. Não sei nem se vocês iriam acompanhar, enfim.

Mas também quero deixar meus agradecimentos a cada leitor que até aqui me acompanhou. Sei que não foi fácil pois demorei anos pra concluir essa fanfic. Obrigada a todos vocês que estiveram comigo, que me ajudaram, me incentivaram, comentaram, favoritaram, enfim, eu nunca vou me esquecer de vocês. Nunca vou me esquecer desses anos que passei aqui. Obrigada mesmo, de coração.

Mas isso não é uma despedida.

Ps: Boas festas de fim de ano! Muito amor e luz na vida de todos vocês! ♡

Nós vemos no capítulo do epílogo?!

Beijos ❤



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