I Love Charlie escrita por Strela Ravenclaw


Capítulo 48
O baile.


Notas iniciais do capítulo

Olá.

Esse é o penúltimo capítulo – já me sinto absolutamente triste. Ainda teremos o epílogo depois do último, então deixarei para chorar lá.

Desculpe se houver erros de ortografia – Lembrando que estou postando e editando pelo celular, então já viu né?!

Boa leitura! ❤



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/662204/chapter/48

 

Narrado por Charlie.

Quando minha mãe disse que o meu par havia chegado – confesso que meu coração palpitou, e por um segundo tive a esperança de que talvez fosse Tommy do outro lado da porta.

Caminhei até onde minha mãe estava e fui até a porta.

— Você está linda. – ele falou.

— Obrigada, Scott. – forçei um sorriso tentando disfarçar minha decepção. – Você também está bonito.

— Obrigada... Podemos ir? – perguntou educado.

— Ah, claro. – falei – Até logo, mãe. – depositei um beijo na bochecha dela.

Fui no carro do Scott, e meus amigos foram em seus respectivos carros. – Não que o carro do Cody fosse dele, era da nossa mãe.

O silêncio havia dominado o espaço entre nós dois – estava ficando constrangedor.

— Posso? – indaguei apontando para o rádio do carro.

— Claro. – Scott sorriu pra mim.

Algumas músicas aleatórias tocaram até chegarmos na escola – Onde seria o baile.

— Chegamos... – ele falou estacionando o veículo.

Nós tiramos o sinto de segurança – eu ia abrir a porta do carro, mas ele me interrompeu.

— Espera só um minuto. – pediu, virei meu rosto para olha-lo.

— O que? – perguntei olhando em seus olhos quando ele ficou em silêncio por alguns segundos.

— Eu só… – Scott aproximou seu rosto do meu, ele ia me beijar, virei rapidamente meu rosto, deixando com que ele beijasse minha bochecha.

— Scott… – falei enquanto ele olhava-me sem entender.

— Me desculpa. – Scott estava com o rosto extremamente vermelho de vergonha.

— Não... A culpa não é sua! – expliquei constrangida – Olha, a gente não pode entende? Scott eu vou embora…

— Como? – indagou confuso.

— Eu vou embora pra Nova York. Sei que deveria ter contado, me desculpa! Só que não posso alimentar falsas esperanças em você, entende?

— Tudo bem. – ele se limitou a me responder de forma seca.

Estranhei seu comportamento, pois ele era sempre tão doce… – mas era de se esperar, afinal eu dei um fora nele.

Confesso que me senti mal com aquilo, me senti péssima.

Ele abriu a porta e saiu do carro, fiz a mesma coisa. 

Caminhamos um tempo até ele oferecer seu braço para que eu entrelaçasse o meu ali.

— Nós ainda podemos ser amigos? – perguntei receosa.

Ele pareceu pensar por um tempo.

— Bons amigos. – falou e sorriu minimamente, meio triste.

Adentramos a escola e já ouvimos a música alta vindo da quadra de esportes – que seria o local do baile.

Passamos pela mesa onde havia um garoto e uma garota checando os convites.

Entregamos os nossos e fomos liberados a entrar.

Andamos um pouco até a quadra, passando em frente ao pátio.

A música ficava mais alta a cada passo e quando entramos na quadra fiquei impressionada com a decoração feita por Katie e suas ajudantes.

A luz estava baixa, havia algumas mesas espalhadas pelo local, e uma pista de dança foi improvisada no meio da quadra. – Tinha ate um dj e um palco – onde provavelmente seriam eleitos o rei e a rainha do baile.

— Está tudo tão lindo, não acha? – comentei com Scott, que se limitou a um balançar de cabeça.

Ele realmente estava magoado, mas a verdade é melhor que a mentira. – pena que ele ainda não tinha aprendido isso.

Caminhamos até a mesa onde Cody e Jeff estavam sentados.

— Oi gente... Cadê as meninas? – perguntei me referindo a Katie e Jas.

— Adivinha? – Cody falou divertido – No banheiro né.

— Vou até lá. Tudo bem pra você ficar aqui Scott? – perguntei ao meu par, que parecia agora estar em um extremo mal humor.

— Sim. – respondeu seco.

— Merda! – falei quando tomei certa distância da mesa.

Caminhei até o banheiro procurando pelas duas.

Narrado por Tommy.

— Eu sinto muito, querido. A Charlie já foi, o Scott passou mais cedo para buscá-la. – foi o que ouvi da mãe dela.

Aquilo foi horrível, fiquei com vontade de bater naquele merda do Scott. – como sempre me atrapalhando.

— Obrigado Senhora Nilson. – falei e voltei para o meu carro. – Droga! – soquei o volante assustando Claire que estava sentada no banco do carona.

— Calma aí nervosinho! – falou – O que houve?

— O idiota do Scott já levou ela pro baile. – falei irritado.

— Aquele que você falou? – perguntou recordando-se.

— Sim.

— Tá, mas ele só levou ela! O baile ainda está acontecendo... – disse. – Então dirigi logo esse carro pra escola, você tem uma garota pra reconquistar!

— Mas você não disse que ia tomar tequila em um barzinho? – indaguei rindo.

— A minha tequila pode esperar! Mas você me deve uma. – Claire piscou.

Acelerei o carro e dirigi o mais depressa o possível até a escola.

 – Faz tanto tempo que não vejo o Jeff... Ele vai estar lá, não?  – indagou.

 – Sim. Ele está namorando com a Katie agora, eu te falei?

— Katie. Sua ex? – indagou surpresa.

 – É!  – ri da sua cara de espanto.

 – Espero que ele tenha me perdoado sabe?! Sei que errei quando nós ainda eramos namorados. Mas eu nunca seria boa pra ele... E também eu gosto mais de meninas! 

 – Você é maluca demais pra ele.  – comecei a rir e ela me acompanhou.

Claire era minha prima favorita. Ela era como uma irmã pra mim.  – Acho que por causa da sua rebeldia nós dois nos dávamos tão bem. – Ela me entendia. E isso era bom, ter ela aqui parar me ajudar com a Charlie foi a melhor coisa que poderia ter acontecido. Essa garota era minha irmã!

 –  Velozes e furiosos. – Claire comentou quando parei o veículo bruscamente na frente da escola.

Caminhamos apressados até lá, entramos no local, mas fomos parados por dois alunos que estavam checando os convites do baile.

— Convite, Tommy?! – o garoto falou.

— Está aqui... em algum lugar. – procurei em meus bolsos e achei um papel amassado, era o convite. – Toma. 

— Pode entrar – respondeu. – Mas ela não. – ele apontou para Claire, que olhou mortalmente para ele.

— Como assim? – minha prima indagou irritada.

— Ela é meu par. – falei – Está escrito no convite que vale para um par.

— Sim, mas ela não está com o traje social! – a garota que estava na mesa falou.

Minha prima vestia uma calça jeans rasgada, uma blusa preta de mangas longas e um coturno preto.

— Ah fala sério, caralho! – Claire xingou irritada.

— Ela não vai entrar! – o garoto falou olhando-a desafiador.

— Cala boca, seu esquisito! – ela falou para o garoto. – Entra vai Tommy, eu te espero aqui – disse – Mas eu garanto, que você vai se arrepender de não me deixar entrar! – ameaçou o garoto.

Adentrei o local andando rapidamente – já tinha muitas pessoas antes mesmo de eu conseguir chegar na quadra esportiva – passei pelo pátio e andei um pouco mais até chegar em meu destino.

A quadra estava cheia – muitos alunos dançavam na pista de dança, e alguns estavam sentados em suas mesas, outros colocavam vodka escondido nos ponches.

Procurei por ela, não a vi de primeira, mas andei mais um pouco pelo local até vê-la caminhando até uma mesa.

Ela estava linda – mais do que pensei que estaria.

Olhei por um tempo – eu estava nervoso – até caminhar discretamente até sua mesa.

Na mesa, só haviam duas pessoas – ela e Scott, que parecia não estar tendo um bom baile.

Sorri debochado ao perceber que ele havia me visto.

Sua cara de espanto e um misto de irritação pareceu despertar curiosidade na Charlie – que não me viu por estar sentada de costas para mim.

— Estão tendo um bom baile?! – indaguei quando entrei no campo de visão dela.

Charlie me olhou surpresa – sua boca se entreabriu em uma careta de espanto – mas tudo o que pensei olhando seus lábios foi em beija-la.

— Tommy…?! – sua voz saiu baixa, mas audível para que eu ouvisse meu nome saindo da sua boca.

— O que você está fazendo aqui? – Scott me olhou irritado.

— Eu não vim falar com você. – falei fuzilando ele com o olhar. – Charlie…

— Ela não quer falar com você! – Scott se levantou da sua cadeira e parou do meu lado, em uma tentativa falha de uma intimidar.

— Charlie Nilson, você me concederia uma dança? – perguntei olhando diretamente em seus olhos.

Nossos olhares se cruzaram – seus olhos verdes brilhavam ainda mais, me deixando praticamente hipnotizado. 

— Charlie… – Scott falou o nome dela em tom de aviso, eu queria soca-lo só por estar acompanhando ela, se ele falasse qualquer coisa, eu ia acabar com ele na frente de todo mundo.

Por um momento ela desviou seu olhar do meu – aquilo me irritou, ele estava atrapalhando.

Ela olhou para Scott – que sorriu vitorioso – mas depois voltou a olhar em meus olhos.

— Me desculpa... – Charlie falou ainda me olhando. Senti meu coração bater forte, se ela me rejeitasse agora, eu não sabia como iria esquece-la. – Me desculpa, Scott.

 Ela estendeu a mão em minha direção, eu peguei em sua não delicada – ela se levantou da cadeira e caminhamos até a pista de dança.

Katie que estava conversando com o dj nos viu – ela sorriu animada e fez um “joinha” com a mão.

Eu e Charlie rimos da atitude dela.

Katie falou algo para o dj e de repente uma música mais lenta começou a tocar.

Peguei em sua cintura de maneira delicada e a trouxe pra mais perto de mim.

Um pequeno suspiro saiu pelos lábios dela, por nossa proximidade.

Que falta eu senti de tê-la em meus braços.

— Você ainda se lembra da nossa dança? – perguntei e ela sorriu fazendo que sim com a cabeça.

— Minhas mãos ficam bem aqui. – ela falou colocando seus braços ao redor do meu pescoço.

Começamos a dançar lentamente – meus olhos fitavam os seus – minhas mãos apertavam sua cintura de forma firme a cada passo de dança.

Ficamos assim por um tempo – em silêncio, apenas nos olhando.

Ela apoiou sua cabeça em meus ombros e seu rosto em meu pescoço.

Senti sua respiração muito próxima – fechei os olhos por um instante.

— Senti a sua falta. – Charlie falou.

Narrado por Charlie.

Katie, Jas e eu, estávamos abraçadas no banheiro – Jas estava chorando porque eu ia embora amanhã.

— Você não pode me deixar, Char! – Jas falou com a voz embargada.

— Eu concordo com a Jas! – Katie falou triste.

— Gente, eu venho visitar vocês! E vocês também podem ir me ver em Nova York! – falei apertando mais nosso abraço.

— Mas não vai ser a mesma coisa! – continuou Jas – Você é minha melhor amiga Charlie, eu te amo! – falou voltando a chorar.

— Eu também amo vocês. – olhei para ela e Katie – E eu não vou falar de novo! 

— Porque ao invés de tanta tristeza, nós não vamos dançar? Como uma despedida decente! – Katie sugeriu.

— Eu apoio! – falei indo pegar um pouco de papel higiênico para tirar o borrado da maquiagem da Jas.

— Tá bom... – Jas concordou ainda meio desanimada enquanto eu limpava seu rosto.

Nós três entramos de mãos dadas na quadra – eu no meio, Jas e Katie estavam ao meu lado.

Fomos até a pista de dança – e por sorte, a música que tocava era agitada.

Dançamos como três loucas. – algumas pessoas nos olhavam rindo.

Depois da segunda musica, Katie fez sinal para que Jeff viesse dançar conosco – ele tentou recusar no começo, mas ela não desistiu e continuou chamando ele, atraindo a atenção de outras pessoas que riam.

Então quando olhei para os lados – Jas, Katie, Jeff, e a Cody dançavam junto comigo loucamente.

Não era algo bonito de se ver – mas era divertido, e era incrível estar ali com eles – dançando só por dançar, me divertindo com meus amigos, com as pessoas que me amam, que me protegem e que se importam comigo.

Isso era uma despedida a altura.

Nós dançamos seis músicas seguidas sem pausas – eu já estava morta.

— Não vai chamar seu par?! – Katie perguntou rindo divertida.

Olhei para Scott que estava sentado na mesa desde a hora que entramos aqui – revirei os olhos.

— Se ele quisesse dançar, já estaria aqui!

— Ele parece não ter aceitado muito bem seu não. – Katie comentou.

— Eu também acho... – falei.

— Eu não gosto desse tipo de cara, que não sabe aceitar um não! Isso é muito sem noção! – Katie revirou os olhos em uma expressão de tédio que me fez rir.

— Eu vou me sentar um pouco – falei – Estou cansada, e já já as músicas lentas vão começar e eu não tenho com quem dançar. – falei descontraida. 

Caminhei até a mesa onde Scott estava, me sentei sem muito ânimo.

Sabe quando sua mente viaja e você não tem controle disso?

Como em um presentimento, pensei em Tommy – e um fio de esperança, mesmo que pouco, surgiu na minha mente. – Esperança dele aparecer aqui, como em um livro, quando o mocinho vai atrás da mocinha e eles ficam juntos. Como Mr Darcy e Elizabeth Bennet. 

Eu sei que sonhos não podem se realizar – mas na noite desse baile, algo aconteceu.

Como um príncipe vingador – Tommy Headgliffer surgiu na minha frente. – Um sorriso debochado como resposta ao meu acompanhante e um convite irrisitivel para dançar, eu não poderia recusar.

Ele estava lindo – diferente de qualquer garoto que estava presente ali.

Como sempre, eu não via graça em outros, era como se só o enxergasse. 

Nós dançamos – como da vez em que dançamos em meu quarto. – Eu me permitir sentir seu corpo tão próximo do meu, deixei com que minha cabeça descansasse em seu ombro, somente para sentir o seu cheiro.

Falei que sentia sua falta – porque eu realmente sentia, e eu realmente queria ele comigo.

Tudo o que eu queria era um motivo pra ficar. – Mas percebi que ele era o motivo.

— Nós podemos sair daqui? – Tommy perguntou ainda enquanto dançamos.

— Podemos. – confirmei não escondendo meu sorriso.

Ele entrelaçou seus dedos aos meus e saímos dali de mãos dadas. – Vi Scott Scott nos olhando irritado, mas logo o perdi do meu campo de visão.

— Nós já nos beijamos aqui... – falei me recordando.

— Sim. Não teria como me esquecer dessa sala de aula. – Tomm sorriu.

 – Nós precisamos conversar. – falei olhando em seus olhos.

— Sim. – ele concordou, Tommy se aproximou mais de mim.

— Muitas coisas aconteceram entre nós... – falei, mas ele me interrompeu.

— Eu preciso te falar uma coisa. – Tommy olhava-me com sinceridade – Charlie, tudo o que aconteceu, foi verdadeiro... – disse meio sem jeito.

— Eu acredito em você. – falei transmitindo confiança pra ele. – Sei que é difícil você se abrir sobre seus sentimentos…

— É sim, mas preciso ser honesto com você. – falou – Eu fiz muitas besteiras, sei disso... Fui um completo idiota com você, eu achei que te odiava.

— Eu também pensava assim. – falei rindo e ele me acompanhou.

— Eu sei que te magooei, Charlie. Com aquela aposta ridícula…

— Mas se não fosse a aposta, você não teria descoberto que gosta de mim...

Tommy prestou atenção em cada palavra que eu disse.

— Eu não teria descoberto que sou apaixonado por você. – Tommy falou fitando meus olhos.

Senti meu coração bater acelerado contra meu peito quando ouvi suas palavras. – Ele confessando que era apaixonado por mim, não pude deixar de sorrir.

Seus dedos tocaram delicadamente minha bochecha e ele acariciou ali de leve.

— O que eu quero saber... É se você me perdoa? – indagou. Continuei sustentando seu olhar sincero.

Parte de mim achou que eu nunca conseguiria perdoa-lo. Parte de mim queria esquecer ele, fugir pra longe e deixar tudo isso pra trás. Mas sentia em meu coração que o momento do perdão havia chegado.

Eu entendi que o fato de Tommy ter sido adotado e abandonado de forma tão cruel, afetou muito seu sentimental, e mesmo que isso não justificasse algumas ações dele  –  eu entendi que o fato dele não saber lidar com seus sentimentos era justamente por isso.

Agora conseguia entende-lo.

E eu não poderia esquecer que também o magoei beijando Scott – em uma tentativa falha de esquecer Tommy.

Então como eu poderia querer que ele me perdoasse por isso, se eu não o perdoasse também?

— Sim, eu te perdoo! Mas… – fiz uma pausa e ele pareceu ficar receoso – Você tem que me perdoar por ter beijado o Scott também.

Ele pareceu pensar por um instante.

— Tudo bem, mas… – ele me imitou me fazendo rir. – Quero que você diga o porque fez aquilo.

— O que? – Indaguei.

— Porque beijou aquele idiota, ruivinha?! – ele me olhou provocafivo esperando minha resposta.

— Porque… Porque eu queria esquecer você! – falei, vi meu orgulho descer ladeira a baixo.

— Eu sabia! – Tommy sorriu vitorioso me fazendo revirar os olhos. – e pelo que parece não funcionou! – ele sorriu com deboche, me irritando.

— Idiota! – xinguei.

— Mas você bem que gosta desse idiota aqui, não é?! – ele se aproximou mais de mim.

Não respondi, não me afastei, apenas esperei por aquilo que tanto ansiava.

O seu beijo.

Mordi o lábio inferior olhando para a boca dele. Tommy sorriu malicioso como eu não via a um tempo. Sentia falta até disso.

Meu coração bateu mais forte quando sentia suas mãos me puxarem pela cintura de encontro ao seu corpo. – enquanto uma mão sua apertava minha cintura a outra subiu até minha nuca se enroscando em meus cabelos.

Fechei os olhos.

— Diz, amor. – ele falou depois de deixar um beijo em meu pescoço.

— Eu sou apaixonada por você. – falei ainda de olhos fechados.

Não demorou nem mais um segundo para ele me beijar.

A sensação de ter seus lábios contra os meus era a melhor – não pude nem pensar quanta falta sentir do seu beijo.

Era quente, urgente, como se nós dependesemos daquilo para respirar.

Deixei que sua língua tocasse a minha sem demora, nossos lábios se moviam com urgência.

O beijo ficava mais quente a cada instante.

Sua mão em minha cintura me apertava mais contra seu corpo. Em uma tentativa de rompermos ainda mais a distância.

— Eu estou louco pra arrancar esse vestido de você! – ele falou enquanto beijava meu pescoço.

— Porque a gente não sai daqui? – indaguei entre um suspiro e outro.

— Eu acho uma ótima ideia. – concordou, mas ainda distribuia beijos que estavam me deixando louca, pela extensão do meu pescoço.

— Vamos, eu só vou avisar as meninas! – falei.

— Enquanto isso eu já vou pegar o carro, te espero lá fora – falou, mas ele ainda não havia me soltando.

— Não vai me soltar? – indaguei olhando e sorrindo pra ele.

— Eu senti tanto a sua falta, ruivinha. – ouvi ele dizer assim que escondeu o rosto no meu pescoço.

— Olha pra mim – pedi, e assim ele fez. – Eu também senti a sua, muito. – toquei seu rosto com carinho e beijei sua boca.

(…)

Tive que andar um longo tempo até achar Katie e Jeff se beijando atrás das arquibancadas.

— Só avisa que eu saí com o Tommy, fui! – sai dali o mais rápido que pude, já era bem ruim ter atrapalhado eles.

Mas confesso que foi engraçado.

Achei que deveria saber” – mensagem de número restrito.

Olhei o visor do celular e vi esta mensagem, digitei minha senha e fui conferir a caixa de mensagens.

Mão demorou nem cinco segundos até uma imagem chegar no meu celular.

Não! Não pode ser! – O que aquilo significava? Porque? 

Porque logo agora?

A imagem era clara – Tommy estava nela, e beijava uma garota de vestido cor de rosa. 

Narrado por Tommy.

Assim que Charlie foi atrás das garotas para avisar que sairia comigo, fui buscar o carro.

Passei pelo pátio e escutei alguém chamar.

— Alguém!! Me ajude aqui, por favor! – a voz era feminina.

Entrei no pátio e vi uma garota de vestido rosa sentada no chão.

— O que aconteceu? – perguntei.

— Eu torci o tornozelo – disse com cara de dor – pode me ajudar?

Eu não tinha escolha, não podia deixar a garota jogada aqui – fui até ela fazer a boa ação do dia.

— Apoia nos meus ombros, você consegue? – perguntei me abaixando para que ela apoiassem em mim.

Assim a garota fez – passou seu braço pelo meu ombro e peguei em sua cintura para que ela não caísse.

Mas algo horrível aconteceu – ela jogou seu peso em cima de mim – e como eu não esperava por aquilo – colou sua boca na minha – não esperei nem um pouca para empurra-la.

— Você está maluca? – gritei sentindo a irritação subir.

— Foi só um beijo, gatinho! – falou e saiu andando como se nada tivesse acontecido.

Vadia mentirosa.

— Que nojo – limpei minha boca.

Sai dali apressado, não acredito que cai numa dessas!

Andei rapidamente até passar pela mesa onde deveria estar minha prima, me esperando, mas eu já sabia que ela iria ir embora sem mim.

Provavelmente foi tomar tequila – pensei.

Assim que sai da escola vi a Charlie parada em pé, ela estava de costas pra mim.

A abracei por trás.

— Ruivinha?! – chamei ela com carinho.

Estava até estranhando esse meu comportamento.

Mas ela desfez o abraço rapidamente, se virou para mim.

Seu nariz estava vermelho como se estivesse chorando – os olhos brilhavam com algumas lágrimas.

— O que houve? – perguntei preocupado.

— Vai embora! – ela falou, não entendi nada – Tommy, nós somos um erro, me esquece, por favor!

— Charlie… O que aconteceu? – tentei tocar seu braço, mas ela se afastou.

— Nós não damos certo juntos! – suas palavras estavam me deixando cada vez mais confuso.

— Charlie, vamos? – vi o carro do Scott parar, ela me deu as costas e entrou no veículo.

— Charlie! – gritei seu nome, mas ela não voltou.

Ela foi embora.

A garota que eu amei.

 

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Nessa reta final, peço que por favor vocês comentem o que estão achando! ❤

Quando acabar vou sentir muita falta de todos vocês. Foram anos de fanfic... Ah como sentirei saudades. ❤

Beijos.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "I Love Charlie" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.