I Love Charlie escrita por Strela Ravenclaw


Capítulo 34
Coração partido.


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, como vai?

Demorei um pouco menos dessa vez, mas confesso que estou desanimando de postar os capítulos aqui. Poucos(a) leitores(a) estão mostrando interesse pela Fanfic, tá bem difícil de continuar, só estou aqui por esses poucos leitores que ainda comentam e me estimulam, mas estou pensando bem se continuarei.

Enfim, desculpe os erros.

Boa leitura.



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Scott estacionou o carro em frente a casa da Katie, desde que ele havia me tirado da escola, eu não havia conseguido dizer qualquer outra palavra. Ele entendeu e respeitou.

Eu estava totalmente vaga, minha mente me fazia escutar dezenas de vezes as palavras do Tommy, tentei recusa acreditar, mas ele havia confirmado. 

Tommy me disse, ele realmente estava com a Lucy.

Depois de tudo o que aconteceu entre nós dois, obvio que não foi muita coisa pra ele porque se fosse, ele não tinha ficado com ela.

Eu era uma burra.

Tommy me usou. – E era exatamente assim que eu me sentia, usada!

— Charlie? – Scott me chamou cuidadosamente.

— Me desculpa por isso. – disse, minha voz estava falha. – Obrigada por me trazer aqui Scott! – falei tirando o sinto de segurança e abri a porta.

— Calma... – Scott falou rápido, sua mão alcançou a porta, e ele a fechou novamente. – Me preocupo com você, Charlie...

— Eu sei. – disse, virei meu rosto limpando as lágrimas.

— Ei...? – Scott pegou no meu queixo e me fez olha-lo. – Me conta o que aconteceu?

— Não posso.

— Foi ele, não foi? – Scott controlava o máximo seu tom de raiva, mas seus olhos revelavam tudo.

— Por favor Scott, preciso ir... – falei. – Obrigada por tudo. – forcei um sorriso, mas uma lágrima desceu, Scott a olhou, e depois olhou em meus olhos.

— Ele nunca vai te merecer Charlie! – abri a porta e sai do carro.

Scott foi embora enquanto eu caminhava lentamente até a porta da casa da Katie. – As lágrimas desciam, simplesmente desciam, eu sentia meu mundo desabar. Meu coração estava partido. Poderia sentir os cacos querendo atravessar meu peito.

Ela atendeu a porta, Katie me olhou assustada.

— O que foi? – perguntou nervosa. – Charlie?

Desabei em seus braços, me deixei chorar, me deixei gritar, me deixei sentir dor, porque tudo aquilo estava acontecendo? Eu me sentia tão traída.

— O Tommy... – disse com a voz fraca, Katie havia me conduzido até seu quarto. – Ele me traiu com a Lucy.

— Não pode ser! – Katie ficou indignada – Charlie, deve haver algum engano...

— Não tem engano! – falei – Ele me contou.

Contei tudo a ela, as lágrimas haviam sessado – apesar de que as vezes eu ainda queria chorar – Katie me abraçou muitas vezes, me escutou e disse que tudo aquilo passaria. Mas ainda assim ela não acreditava.

De certa forma, nem eu.

(...)

Abri a porta de casa, já se passavam das oito da noite – passei muito tempo na casa da Katie, ela até me convidou para passar a noite, mas tudo o que eu queria era a minha cama.

— Onde você estava? – Cody se levantou do sofá, seu rosto mostrava que estava com raiva. Ele achava que eu estava com Tommy.

— Na casa da Katie. – olhei para Jas no sofá, ela nos observava.

— Na casa da Katie? – Cody repetiu deixando óbvio que ele não acreditava em mim.

— Sim. – fui em direção as escadas e comecei a subir.

— Você estava com ele! – Cody gritou – Charlie!

— Me deixa em paz! – falei baixo, mas cortante, friamente. – Não tenho tempo pra vocês!

Entrei em meu quarto e fechei a porta, estava escuro, larguei a mochila em qualquer lugar, me sentei na cama, fechei meus olhos e soltei um longo suspiro.

Batidas na porta me fizeram enxugar uma lágrima que queria descer.

Não respondi – não queria ser incomodada por mais lições de moral do Cody e escutar como Jas estava ao seu lado.

— Posso? – escutei sua doce voz perguntando.

— Não! – respondi, mas mesmo assim Jas ligou a luz e entrou em meu quarto, eu permaneci de olhos fechados.

— O que aconteceu? – indagou preocupada. – Char..?

— Porque você não sai daqui? – falei abrindo os olhos olhando para ela.

Eu estava tão cansada, e não queria ouvir um “eu avisei”, não queria escutar como meu irmão tinha razão. Como ele sempre esteve certo.

— Eu te conheço, sei que não está bem, você pode me contar.

— Mas eu não quero! – gritei. – Mandei você sai daqui!

— Charlie. – Jas me olhou sem entender – O que eu fiz?

— Deixou de ser minha amiga! – falei. – Se é que um dia você foi! Não é?! Sempre foi pelo Cody, sempre foi porque você tinha uma paixãozinha por ele!

— Nunca foi por isso! Charlie, eu sempre fui sua amiga! – lágrimas se formaram em seus olhos.

— Você deixou de ser quando não esteve ao meu lado no momento que eu mais precisei! – falei sentindo que iria chorar. – Vai embora! 

— Eu.. Charlie... Me perdoa. – Jas falou entre lágrimas. – Não sabia que tinha te machucado, eu só queria te proteger!

— Não quero sua proteção! Quero distância de você. – fui até a porta e abri – Sai.

Narrado por Tommy.

Cheguei em casa por volta de umas nove horas, passei horas dirigindo. Achei que me ajudaria a não pensar no erro que cometi.

Eu havia mentido, machucado e supostamente, na cabeça da Charlie eu tinha a “traído”. – Minha covardia em contar sobre a aposta agora só me fez empurrar uma bola de neve ainda maior.

— Droga!

Meu alívio em ver a casa vazia me fez fazer algo que eu não fazia a tempos, fui até o escritório do meu pai e peguei uma garrafa de whisky. Comecei a beber.

Pensei no rosto dela, em como ela me olhou com mágoa. A forma que ela saiu daquela sala. Charlie nunca me perdoaria.

A campanhinha tocou – fui até a porta e abri com a garrafa ainda na mão.

— Você? – falei e dei as costas a loira que estava a minha porta com uma expressão de fúria.

— O que você fez seu idiota? – Katie indagou irritada.

Dei mais um cole na garrafa e ofereci a ela.

— Me da essa merda aqui! – Katie disse, e eu dei a garrafa achando que ela iria beber, mas ao invés disso colocou em cima da mesa que havia na sala. – Vamos conversar, sério!

— Ela já te contou? – dei um sorriso sem ânimo, me sentei no sofá e coloquei meu rosto sobre minhas mãos.

— Ela chegou devastada na minha porta! Que história é essa com a Lucy? Isso é mentira não é?!

— Claro que é! – respondi ainda de cabeça baixa.

— Como isso foi acontecer? – Katie perguntou nervosa.

— Noah contou a Lucy, aquele desgraçado! – a raiva começava a subir.

— Conte a verdade a Charlie! – Katie falou. – já chega de mentiras, ela merece saber. E se vocês acabarem, que seja pela verdade!

— Não posso! – levantei a cabeça e a olhei.

— Por quê? – Katie me olhou furiosa.

— Ela ameaçou contar a todos sobre a aposta! Eu não poderia deixar todo mundo saber disso! Já imaginou como a Charlie ficaria?! As pessoas são cruéis, Katie.

— Eu sei. – Katie disse me encarando. – Estou olhando pra uma delas.

Suas palavras me atingiram com força. Me senti triste, e isso era estranho, porque eu havia criado uma proteção, mas agora eu estava desarmado, Charlie me desarmou, e Katie havia me jogado na realidade. – Eu fui cruel, fui sujo, e eu a usei, não me importei. Ela nunca me perdoaria.

— Eu vou embora. – ela foi em direção a porta, peguei a garrafa e joguei contra a parede oposta, antes de sai, Katie se virou assustada, mas depois sua expressão se normalizou. – Se é assim que você quer resolver as coisas, então boa sorte! – ela bateu a porta.

Bebi mais. – Eu já não estava me aguentando em pé. Tinha vidro por toda a sala da garrafa quebrada. – Olhava para aqueles cacos, me sentia como parte de um deles.

— A meu Deus! – minha mãe entrou pela porta. Havia me esquecido que ela voltaria hoje. – O que houve? Tommy!

— Nada. – tentei levantar mas cai no sofá.

— Ainda bem que sei pai não está aqui! – disse triste e se aproximou de mim, abaixei minha cabeça, fitei o chão e senti algo molhado escorrer pela minha bochecha. – O houve querido? – perguntou paciente, como ela conseguia ser essa mulher doce? – Tommy? – sua mão foi até meu rosto e ela o levantou me fazendo olhar em seus olhos azuis, tão cansados, mas ainda lindos. – Está chorando meu amor? Quanto tempo não o vejo chorar? Você sempre foi tão forte! Algo horrível deve ter acontecido... Me diga o que foi...

— Eu machuquei a Charlie. – disse olhando-a, mamãe sorriu triste.

— Aqui? – ela apontou para o meu coração. Eu afirmei que sim. – Sempre soube... Um dia você também descobriria.

— O que mãe? 

— Que você a amava. Eu sempre soube. – ela sorriu.

— Não faz diferença, ela me odeia agora.

— Isso não foi o que você sempre achou? – minha mãe me fitou. – Se vocês se amam querido, isso tudo vai passar, mas não o amor, ele nunca passará. Você a ama não é?!

— Eu a amo. – engoli em seco. Era estranho dizer que eu a amava, era estranho me sentir tão quebrado. – Eu amo a Charlie.


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Notas finais do capítulo

Seu comentário é importante pra mim! ❤

PS: dê uma passadinha na minha nova fanfic: Unsolved.

Beijos.

@riverdaleszz.



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