I Love Charlie escrita por Strela Ravenclaw


Capítulo 32
Fantasmas do passado.


Notas iniciais do capítulo

Olá...

Primeiro quero agradecer a TODOS os leitores que comentaram no capítulo passado – se não fosse por vocês eu não estaria aqui postando esse capítulo. – E meu agradecimento especial a Cat que fez uma linda recomendação, esse capítulo é dedicado a você. ❤

Desculpe se houver erros de ortografia.

Boa leitura! ❤



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— Você é maluco? – suspirei aliviada. – E se Cody nos ver?!

— Ele não vai ver... – respondeu. – Venha!

Tommy pegou em minha mão, entrelaçando seus dedos nos meus. – Me deixando muito surpresa, e não só a mim, mas todas as pessoas a nossa volta e que passavam por nós indo em direção a saída. – Nós éramos os únicos a irmos em direção oposta, adentrando mais o colégio.

Andavamos rápido pelos corredores. – Entramos em uma sala vazia.

Nós já havíamos vindo aqui algumas poucas vezes, mas eu ainda me lembrava disso claramente.

— Pode responder minha pergunta? – indaguei.

— Qual?

— Você é maluco?

— Por você, eu estou ficando cada dia mais maluco! – ele se aproximou de mim, me prensando contra a parede, seus lábios roçando levemente aos meus. Meus olhos queriam se fechar, mas despertando o empurrei. – O que? – indagou confuso.

— Você sumiu! Nenhum telefonema, nenhuma mensagem, nada! E agora vem e me agarra assim, não pode fazer isso...!  

Ele me interrompeu com um beijo. – Não demorou muito para que eu correspondesse. Confesso que senti falta dos seus beijos, seu toque... Com tudo o que aconteceu com Cody, acabamos nem ao menos nos falando, e nem falando sobre o que havia acontecido entre nós dois. – Assim que finalmente paramos de nos beijar pensei em o que dizer, já que todas as palavras fugiram da minha mente. 

— Senti sua falta. – Tommy falou, olhando em meus olhos. – Sei que parece meio meloso... Mas eu realmente senti!

Agora foi minha vez de cala-lo com um beijo.

— Também senti a sua! – sussurrei ainda perto da sua boca

— Você está bem? 

— Estou tentando ficar... Cody não sai do meu pé e Jas está do lado dele! – suspirei cansada. – E você como está?

— Tirando as feridas no rosto e o fato de ter perdido meu melhor amigo, eu estou bem! – desvie o olhar do seu me sentindo culpada. – O que foi Charlie?

— Nada. – forcei um sorriso. – E seus pais?

— Minha mãe voltará daqui a dois dias.

— E seu pai?

— Ele vai ficar por mais tempo. – falou inexpressivo. Sempre soube que a relação dos dois não era nenhum pouco boa. – É claro que ele não permitiria que o garoto problema atrapalhe seus negócios.

Nós ficamos em um silêncio constrangedor durante alguns segundos, que pareciam séculos, até que eu resolvi quebrar.

— Tommy...

— Sim? – seu olhar estava sob o meu.

— Qual o problema entre você e seu pai? – falei de uma vez.

Sempre quis saber por que o pai dele o tratava tão mal, ele parecia ser indiferente a existência do próprio filho, tratava-o com frieza, sempre percebi isso.

— Não quero falar sobre isso! – seu olhar mudou, pareceu vazio como nos velhos tempos.

— Me desculpe, eu só queria... – toquei em seu rosto mas ele o virou.

— É melhor irmos, Charlie. – disse sem me olhar. – Você primeiro.

Mantive meu olhar nele, porém Tommy não me olhou mais, ele estava distante. – Não entendi o porquê dele ficar assim apenas por uma pergunta.

É claro que existia um motivo, não poderia ser apenas uma “briguinha” entre pai e filho, e eu iria descobrir para poder ajudá-lo.

— Tudo bem. – dei as costas a ele e fui até a porta.

Girei a maçaneta enquanto dizia em minha mente "Não me deixe ir, por favor. " – Mas ele não fez nada, e minhas pernas caminharam automaticamente para fora.

— Onde estava? Porque demorou? – Cody quase me engoliu quando entrei no carro. – Te procurei, você sumiu! Charlie... se você estava com ele, eu juro que vou...

— Vai o que? Me poupe das suas ameaças, da sua infantilidade, cale a boca e para de atrapalhar minha vida! – falei grosseira.

— Eu estou te protegendo! – falou no mesmo tom que eu. – Um dia você ainda vai me agradecer!

Narrado por Tommy

Não entendi o porque da Charlie me fazer aquela maldita pergunta, logo agora? – Isso estragou o nosso momento juntos.  A minha relação com o meu pai só interessa a mim, e os motivos dela ser assim também.

As coisas estavam horríveis para mim, e como se não bastasse ela ainda queria saber sobre meu pai! – Eu havia estragado tudo com Cody, e a qualquer momento Noah poderia estragar tudo o que eu tinha com a Charlie, sei que a culpa é minha que eu não deveria ter apostado nada e muito menos transado com ela. – Não, eu não me arrependo, porque realmente gosto dela, por incrível que pareça.

Charlie era diferente, e o fato dela me fazer sentir essas coisas, era o motivo de eu querer afasta-la de mim. – Sabia o quanto o amor era perigoso e como uma mulher poderia partir seu coração em mil pedaços, por isso jurei nunca mais amar nenhuma além da minha mãe Molly, mas ela me fez quebrar a promessa que eu pensei ser inquebrável.

Fui em direção a porta alguns minutos depois da Charlie, girei a maçaneta abrindo-a e dei de cara com o demônio.

— O que você quer? – serrei os punhos.

— Calma amigo! – ele levantou as mãos em sinal de rendição. – Só quero conversar... – Noah sorriu como um psicopata.

Não sei onde estava com a cabeça quando resolvi entrar em uma aposta com esse maluco, não sei como não havia percebido antes sua tendência a psicopatia.

— Fala logo, não tenho tempo pra você! – falei.

— Entre por favor – sorriu.

Tive vontade de quebrar todos os seus dentes.

— Então? – indaguei, quando nós já estávamos dentro da sala.

—  Vim te dar os parabéns!

—  Não é meu aniversário. – ironizei.

— Engraçadinho, como sempre! – Noah fingiu achar graça. – Estou falando sobre você ter conseguindo! Venceu a nossa aposta! Não é que você conseguiu comer a ruivinha?! – ele soltou uma gargalhada.

Deixei a raiva tomar conta de mim.  – Acertei um soco em seu rosto, e mais dois fazendo-o cair. – Sem me segurar o bati mais.

— Quem te disse isso? QUEM?! – gritei.

— Cody! Seu amiguinho é muito burro e ingênuo... Foi bem fácil fazer ele desabafar comigo. – disse limpando o sangue do machucado que eu havia feito em seu rosto. – Uma bela amizade... Mas acho que valeu a pena, ela é bem gostosinha não é?!

Sai de cima dele e soquei a parede, se eu ficasse ali, iria mata-lo.

Dirigi tão rápido, que só me dei conta de onde estava quando parei o carro.

Toquei a campainha da casa, logo a porta se abriu.

— O que aconteceu? – ela me olhou assustada. – Se meteu em confusão de novo? – cruzou os braços.

— Posso entrar primeiro, Katie?

— Entra! – ela me deu espaço para passar.

Katie e eu sempre fomos amigos. – Mesmo depois do nosso termino, sabia que poderia contar com ela. Acho que somos melhores como amigos, do que como “namorados”.

Contei tudo a ela – Sobre a aposta, a transa com a Charlie, minha briga com Noah – Katie  apenas me ouviu e esperou que eu terminasse tudo.

— Você tem que contar a ela. – foi tudo o que ela disse. – Ninguém te garante que Noah não irá dizer nada, pelo contrário, depois de você ter batido nele... Boa acho que ele tem ainda mais motivos para contar. E é melhor que ela saiba por você, do que pelos outros!

— Não consigo! Katie eu gosto dela de verdade! Você me conhece, e sabe que eu nunca gostei de ninguém. Sem ofensas.

— Tudo bem! – sorriu. – Mas justamente por isso, nada que começa com mentira pode terminar bem, Tom! – falou compreensiva, até me assustei porque Katie não era assim.

— Olha, eu achei que você ia surtar quando eu te contasse... – ri sem ânimo.

— Eu até pensei em surtar mas isso não seria bom pra Charlie! Ela é realmente minha amiga e eu não quero vê-la machucada. Porém isso é inevitável, você errou e tem que dizer isso a ela, se você gosta de verdade dela, como diz. Tem que contar!

— E se ela nunca mais querer me ver? E se eu perde-la Katie?

— Esse é um risco que você vai ter que correr...! – suspirou. – Não sei se ela vai te perdoar, mas você não pode mais engana-la.

— Você tem razão! – concordei. – Obrigado Katie.

— Você tem que contar tudo a ela! 

Sabia exatamente do que ela estava falando. Mas isso não tinha nada haver com a minha relação com a Charlie.

— Ela não precisa saber disso! – me afastei do seu abraço – Ela não tem que saber sobre meu passado.

— Ela tem sim! Para poder entender seus sentimentos…

—Katie eu não vou contar nada a ela! – falei impassível.

Porque ela queria falar sobre isso agora? Minha vida já estava um caos e ao invés de me ajudar Katie estava querendo piorar as coisas.

— Não quer contar tudo bem! Só não acho justo você esconder da garota que você realmente gosta algo tão importante!

— Isso não faz diferença!

— Não faz?! Essa é sua história! Algo que poucos sabem sobre você!

— Eu não quero que ela saiba!

— Tommy, contar que você é adotado e dizer sua história a ela vai fazê-la te entender melhor.

— Já chega! – me levantei irritado, fui em direção a porta e sai batendo com raiva.

Katie só poderia ter ficado maluca, eu não contaria a ela sobre meu passado. Não queria mexer nessa história, já havia enterrado os fantasmas, e não os traria de volta a vida.


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Notas finais do capítulo

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Beijos. ❤

tt: @riverdaleszz



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