I Love Charlie escrita por Strela Ravenclaw


Capítulo 29
A minha garota.


Notas iniciais do capítulo

Olá...

Desculpe se houver erros.

Boa leitura ♥

Obs: Leiam as notas finais.



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O reflexo no espelho me agradava bastante, eu estava bonita, me sentia assim pelo menos. Usava um vestido de alças finas, a parte de cima dele do busto até a cintura era todo preto, e em baixo era preto e branco dando a impressão que estava de saia e blusa. Sua altura era um pouco acima do joelho. – Fiz uma maquiagem leve, realçando meus lábios com um batom rosa escuro, e rímel para destacar mais meus olhos, que estavam muito verdes. – As vezes ele ficava mais para um castanho claro, mas hoje o verde brilhava ainda mais intenso. – E para completar, eu calçava meu all star branco – Katie iria enlouquecer se estivesse aqui e tentaria me obrigar a usar um salto alto.

Olhei uma última vez no espelho, conferindo meu cabelo. Ele estava solto, caindo pelas minhas costas e meu ombro. Nas pontas ele estava com cachos feitos pelo babyliss.

Escutei a campainha tocar e sorri, meu plano estava começando a dar certo.

Algumas horas antes…

— Tommy espera! – o chamei quando ele já estava no corredor indo para o seu quarto. – Você tem o número daquele tal de Dylan? – perguntei sorrindo.

— Tenho, mas por que esse súbito interesse? – indagou com uma cara de irritação que eu já conhecia.

Contei meu plano para ele, que mesmo não querendo muito passou o número do tal garoto.

— Alô, é o Dylan? – tive que ligar do telefone de casa, já que minha mãe ainda não havia devolvido meu celular.

— Sim, quem é? – uma voz rouca atendia o telefone do outro lado da linha. Eu me lembrava do Dylan do dia da festa que Katie deu. 

— É a Charlie, irmã do Cody, lembra? –

—  Ah sim! Impossível esquecer. – ele estava me cantando?

— É... Katie pediu para que eu ligasse avisando você que ela não vai poder mais sair hoje. – fui direto ao ponto, sem deixar brechas para mais cantadas.

— Que pena. – lamento, não se importando muito – Mas ela disse o porque não poderia?

— É que… Bem… Ela pegou um resfriado terrível! – inventei – Está até sem voz, por isso liguei.

— Hum... Diz que desejei melhoras para ela. – falou por fim.

— Eu tenho que desliga. Tchau...– falei esperando sua resposta.

— Tchau. Foi um prazer falar com você! – e de novo a cantada típica dos cafajestes.

Desliguei o aparelho. Tommy observava toda nossa conversa de pé com as mãos no bolso da calça.

— Ele deu em cima de você? Não foi? – perguntou irritado.

— Foi. – respondi rindo da sua cara de bravo.

— Eu falei pro cara que você era lésbica e mesmo assim ele da um cima de você! – Tommy falou, e eu o olhei incrédula.

— Tommy! – me levantei do sofá e coloquei as mãos na cintura, como se tivesse repreendendo uma criança mal criada.

— Eu te fiz um favor! – riu debochado – o Dylan é um pervertido.

— E você não? 

— Sou... mas sou só com você! – sorriu malicioso e veio se aproximando de mim.

— Tommy? – Cody vinha descendo as escadas e eu e Tommy rapidamente nos afastamos.

— E ai cara... – ele foi até meu irmão e os dois fizeram um toque.

— Pode me fazer um favor? – meu irmão perguntou pra ele.

Me joguei no sofá da sala entediada escutando a conversa dos dois.

— Qual? – Tommy veio até onde eu estava e se jogou no sofá ao meu lado, seu braço bateu com força no meu.

— Você é cego? – resmunguei baixo, mas o suficiente pra eles ouvirem.

— Não sou cego Charlie... – respondeu – E vai mais pra lá! – ele me empurrava com o seu corpo.

Nós tínhamos que manter o papel na frente do meu irmão. Ele tinha que achar que ainda nos odiávamos.

— Presta atenção aqui! – Cody nos chamou. – Obrigado! – agradeceu quando a gente parou  de se empurrar. – Pode me emprestar seu carro pra mim sair com a Jas?

— Você está de castigo, e o carro não é do Tommy e sim do pai dele! – falei antes de um dos dois falar algo.

— Fica quieta Charlie! – Cody falou e eu lhe lancei um olhar feio.

— Eu até queria emprestar o carro cara, mas não vai dar. – Tommy falou.

— Por que? – Cody indagou curioso.

— Porque o carro não é dele?! – fiz a implicante só pra variar.

— Não é isso! – Tommy sorriu de forma forçada só pra mostrar que ele não estava achando graça nenhuma. – É que hoje vou sair com uma garota...

— Garota? Que garota? – Cody perguntou e meu coração disparou.

— A minha garota. – Tommy me olhou rapidamente e eu abaixei a cabeça escondendo um sorriso que escapou.

— Sua garota? – meu irmão começou a rir. – Desde quando você é de uma só?

— Cala boca Cody! – Tommy jogou uma almofada na direção do meu irmão, que jogou a almofada de volta e eles começaram a bater um no outro com as almofadas da sala.

— Será que os dois podem parar de palhaçada? – perguntei quando Cody acertou minha cabeça com força. — Cody seu idiota! – fui em sua direção e comecei estapeá-lo. 

A porta da sala se abriu e Jas nos olhou com cara de espanto. – Eu estava batendo no meu irmão enquanto Tommy jogava almofadas em nossa direção.

— Eu não vou nem perguntar o que está acontecendo aqui. – foi até o sofá e se sentou.

— Você vai se arrumar aqui? – Cody perguntou antes deles começarem a se beijar ela respondeu com um “uhum”.

— A vela vai se retirar. – fui em direção as escadas mas antes de começar a subir a mesma tive um estalo. – Jas me empresta seu celular?

— Toma. – minha amiga retirou o celular do bolso e estendeu pra mim.

Fui até ela pegando-o e mandando uma mensagem para o Jeff.

“Oi! Sou eu Charlie. Pode vim aqui em casa as 20:30?”

Ele não demorou e logo respondeu com um “sim”. Mandei também uma mensagem pra Katie: “Trás todos os seus looks pra cá, a gente se arruma aqui e você me ajuda a escolher um salto alto lindo!!!”  sabia que ela iria concorda na hora.

Ela respondeu: “Claro!!! eu vou amar ajudar a te arrumar, beijinhos.”

— Pronto Jas. Obrigado! – devolvi o celular.

Algumas horas depois…

Girei a maçaneta e sorrir ao ver Jeff do outro lado da porta. – Praticamente me joguei em cima dele dando um abraço caloroso no meu amigo.

— Vem entra. – puxei ele pra dentro pela mão e nós fomos subindo as escadas.

— Jas? – Jeff falou ao ver minha amiga saindo do quarto do Cody.

— Jeff? Todo mundo marcou de se encontrar na sua casa é Char? – ela sorriu e veio até o meu amigo beijando sua bochecha – daqui a pouco a Ka… – fui até ela e belisquei seu braço. – Aiii! Ficou louca?

— Quem? – ele perguntou confuso.

— A pizza que eu pedi! Daqui a pouco chega! – falei e conduzi Jeff até o meu quarto antes que a tagarela da Jas começasse a falar mais. – Eu vou ali e já volto, não sai daqui! – fechei a porta do quarto e vi Jas indo em direção as escadas. –  Sua fofoqueira! – falei dando um tapa na cabeça dela.

— Não me bate! – falou emburrada. – Que história foi aquela de pizza?

— É uma mentirinha... – falei enquanto estávamos descendo os degraus da escada. – Eu decidi dar um “empurrãozinho” na relação da Katie com o Jeff.

— E porque você não me contou tapada? – perguntou rindo – Acha que vai dar certo?

— Tem que dar! – falei cruzando os dedos. Nós nos olhamos e começamos a rir.

Quando meu pé tocou o último degrau da escada Tommy e Cody saíram da cozinha. Meu olhar cruzou com o do Tommy mas logo desviei, para que ninguém suspeitasse.

— Você está linda, Jas! – meu irmão falou.

— Obrigado. – ela respondeu meio envergonhada.

— Vamos? – ele perguntou e ela assentiu com a cabeça – Porque você estar arrumada, Char? – ele me questionava com uma cara desconfiada.

— Não estou! – falei naturalmente.

— Você não vai sair né?! – Cody estreitou os olhos desconfiado.

— Não... Eu até chamei o Jeff pra ficar comigo hoje! – falei.

— Hum... Vocês estão…? – Cody começou o que seria uma pergunta desnecessária.

— Não! Somos amigos e você sabe! – falei cortando-o.

— É. – meu irmão confirmou. – Vamos então Jas?

— Vamos. – e os dois foram em direção a porta e saíram.

— Enfim sós! – Tommy veio até mim. – Você está tão linda... – mordi os lábios tentando conter um sorriso tímido que queria escapar. – Esse vestido te deixou muito mais gostosa! – interrompi ele rindo.

— Tommy! – repreendi ele ainda sorrindo.

— Eu só estou sendo sincero! – sorriu cafajeste.

— Eu tenho que ir, o Jeff tá me esperando. – falei.

Tommy bufou me fazendo rir.

— E você não tem um encontro com uma garota? – indaguei.

— Tenho... mas minha garota resolveu bancar o cúpido. – ele começou a rir.

Sua risada me contagiava, ele ficava lindo sorrindo.

A campainha começou a tocar, e eu olhei para  Tommy rindo de forma vitoriosa.

— Ela chegou. – falei.

— Vai logo atender a porta, pra gente poder sair. – Tommy me apressou e eu fui em direção a porta abrindo-a.

Katie estava do lado de fora com uma bolsa enorme.

— Entra logo. – falei e ela me seguiu depois de fechar a porta.

— Oi Tommy! – cumprimentou ele que respondeu com um aceno de cabeça.

— Eu trouxe várias roupas e um salto lindo pra você experimentar... – ela falou enquanto nós íamos subindo as escadas.

— Não acredito! – falei parando enfrente a porta do meu quarto. – Eu esqueci uma coisa lá na sala, vai entrando e tirando as coisas da bolsa tá bom?

— Tá. – ela concordou e abriu a porta.

Assim que Katie entrou eu fechei a porta e tranquei com a chave.

— Charlie! – escutei batidas dela na porta.

— Abre a porta! – Jeff falava.

— Só quando vocês se entenderem! – falei girando a chave entre os dedos e indo em direção as escadas.

Sem demorar eu e Tommy saímos de casa, entrei no carro sendo acompanhada por ele.

— Para onde nós vamos? – perguntei quando ele começou a dirigir.

— É surpresa. – respondeu concentrado em dirigir.

— Vai me deixar morrendo de curiosidade? 

— Vou! – ele riu e eu também.

Liguei o rádio do carro e estava tocando a música “That’s my girl”.

— Sério? – Tommy me olhou com uma sobrancelha arqueada.

— Sim! – dei de ombros e comecei a cantar.

Tommy ria de mim, e eu me divertia estando ali naquele momento com ele.

Narrado por Katie.

Charlie havia me mandado uma mensagem pedindo para que eu fosse ajuda-lá a se arrumar para sairmos hoje mais tarde. – Peguei todos os looks que eu havia separado e coloquei dentro de uma bolsa grande. – Fui para sua casa e ela logo me pediu pra entrar sem demorar. – Eu havia separado um sapato de salto lindo que super ia combinar com ela.

Nós estávamos subindo as escadas enquanto eu falava sobre isso. Paramos na frente da porta de seu quarto e ela me olhou com uma cara estranha.

— Não acredito! – falou. – Eu esqueci uma coisa lá na sala, vai entrando e tirando as coisas da bolsa tá bom?

— Tá. – concordei e abri a porta tendo uma surpresa. – Jeff? – Quando terminei de pronunciar o nome dele, escutei a porta sendo fechada e trancada do lado de fora. – Charlie! – falei batendo na porta.

— Abre a porta! – Jeff falava.

— Só quando vocês se entenderem! – ela falou do outro lado da porta.

Escutei seus passos se distanciarem até não poder ouvi-los mais.

Encostei minha cabeça na porta e fechei os olhos. Jeff havia se afastado de mim e eu permanecia de costas pra ele.

— Não vai adiantar nada você ficar ai!

— Você sabia? – me virei e encontrei ele me olhando.

— Não. – respondeu parecendo sincero. – Eu não faria isso…

— Até porque deve ser uma tortura pra você ficar no mesmo comodo que eu! – sorri irônica.

— Katie para! – Jeff suspirou pesadamente. – Você ainda não me desculpou por aquilo? Eu sei que errei com você, mas já passou…

— Não é isso! Você me magoou e continua me magoando! – falei sentindo vontade de chorar. – Jeff você acha que eu sou uma vadia! – engoli em seco.

— Não! Katie não acho isso de você! – Jeff veio até mim.

— Mas me achava fácil! Tudo bem que eu fiquei com alguns garotos... Mas eu não magooei nenhum deles! Sempre joguei limpo. – falei.

— Me desculpa! – pediu olhando-me com arrependimento. – Eu não havia percebido o quanto você é maravilhosa e eu tive que perder a oportunidade de ficar com você pra isso!

Uma lágrima teimosa escapou dos meus olhos, os fechei para evitar olha-lo. Senti algo tocar meu rosto e abri os olhos, vi o polegar dele secando a lágrima que escorria pela minha bochecha.

— Não gosto de ver você chorando. – falou me fazendo sorrir.

— Então não me faça mais chorar. – nós ficamos nos olhando pelo o que pareceu ser uma eternidade.

— Não faço! – Jeff se aproximou mais de mim, seu rosto já estava muito próximo do meu. 

Ainda nós olhavamos. – Era intenso.

— Eu acho que vou te beijar... – falou olhando para minha boca e depois voltando seu olhar para os meus olhos.

— Acha? – sorri pra ele que não esperou mais nenhum segundo pra tomar meus lábios e me beijar. Quando o ar já começava a faltar nós nos separamos, achei que era hora de fazer uma pergunta que eu estava curiosa pra saber a resposta – Jeff? – indaguei logo depois do beijo. – Me conta sobre seu passado.

Ele suspirou pesadamente e olhou no fundo dos meus olhos.

— O nome dela é Claire... – falou. –  Ela é prima do Tommy.


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Notas finais do capítulo

Seu comentário é importante pra mim!



Obs: Gente estou pensando em começar a escrever mais uma fanfic (não irei abandonar essa). Tive uma ideia de uma história e gostaria de saber o que vocês acham? No próximo capítulo eu deixo a sinopse nas notas finais e vocês me dizem o que acham, okay?

Beijos, até. ♥



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