I Love Charlie escrita por Strela Ravenclaw


Capítulo 28
Complicado demais.


Notas iniciais do capítulo

Olá...

Desculpe se houver erros de ortografia.

Boa leitura ♥



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Narrado por Charlie

Como era boa a sensação de dormir nos braços de alguém que você gosta. – Não que eu tenha dito que goste dele… Quer dizer… Deixa isso pra lá!

Na noite passada eu acabei pedindo para que ele ficasse em um ato impensado, mas não me arrependi, até agora pelo menos.

Senti um peso sobre minha barriga, abrir os olhos lentamente e olhei para ver o que estava em cima da mesma. Era o braço do Tommy, ele estava deitado de barriga para baixo e seu braço me envolvia, enquanto eu mantinha meu corpo “virado” para cima.

Peguei em seu braço, com cuidado, e fui tirando ele devagar de cima de mim para não acordá-lo.

Me sentei na cama e amarrei meu cabelo em um coque. – Levantei com cuidado e fui andando devagar sem fazer barulho até o banheiro que ficava dentro do meu quarto. Fiz minha higiene e sai do mesmo.

— Que susto! – falei, quando vi Tommy sentado na minha cama. Ele estava coçando os olhos, seu cabelo estava bagunçado lhe dando um ar natural. Ele ainda permanecia sem camisa. Pude notar que ele era bonito até quando estava acabando de acordar.

— Eu não sou tão feio assim. – brincou.

— Não é isso. É que quando eu me levantei você ainda estava dormindo. – expliquei.

— Na verdade, eu acordei quando você mexeu no meu braço... – falou se espreguiçando.

— E porque não falou nada? – perguntei cruzando os braços.

— Eu estava admirando a visão. – ele me olhava fixamente, enquanto mordia o lábio inferior. – Se eu soubesse que você dormia assim, eu tinha vindo dormir aqui antes. – falou com malícia.

— Cala boca, Tommy! – senti meu rosto esquentar. Eu devia está igual a um pimentão.

Fui até o guarda-roupa, peguei um vestido do mesmo e depois o fechei.

— A visão de costas também é maravilhosa. – Me virei de frente encontrando ele me olhando com malícia.

— Para de ser pervertido!

Tommy se levantou me dando total visão do seu corpo. Ele ainda permanecia sem camisa, eu admirava seu corpo definido, seu tórax, abdômen, os gominhos de seu “tanquinho”, não era muito exagerado, mas eles existiam. Sua calça estava um pouco “pra baixo” deixando a mostra sua cueca.

— Porque você está me olhando com essa cara? – Tommy perguntou com uma sobrancelha arqueada.

— Que cara? – perguntei confusa.

— Cara de safada. – ele começou a rir.

— Eu não tenho cara de safada! 

— Você pode não ter... – ele veio até mim. Nós agora estávamos bem próximos. – Pode até mesmo não ser safada... – envolveu suas mãos em minha cintura e colou nossos corpos, suspirei com a nossa proximidade. – Mas quando eu chego perto de você... – sua mão deslizou suavemente até minha bunda e a apertou. Soltei um gemido baixo. – Quando eu toco em você, eu faço você ficar safada. — sua boca foi em direção ao meu pescoço e começou a distribuir beijos, até que...

— Charlie! – A voz nada calma da minha mãe e batidas na porta acabaram nos interrompendo.

— É a minha mãe! – olhei assustada pra ele.

— Responde ela. – Tommy sussurrou para que ela não escutasse sua voz.

— Oi, mãe? – falei um pouco mais alto. – Eu já vou abrir! – falei. — Você tem que se esconder! – Olhei para debaixo da cama e depois para ele.

— Nem pensar! Eu não vou... – eu o interrompi.

— Vai logo! – falei empurrando ele em direção a cama.

— Eu me escondo no banheiro! – falou, porém não lhe dei atenção – Charlie! – protestou.

— Não. Ela pode ir até lá. – Tommy bufou e se abaixou logo em seguida para entrar embaixo da cama.

Fui até a porta e olhei mais uma vez para cama, pra ter certeza que ele tinha se escondido, destranquei a mesma e a abri.

— Porque trancou a porta? – minha mãe entrou no quarto, ficando de costas para minha cama, enquanto eu estava de frente para ela e de costas para porta.

— Privacidade?

— Hum... – minha mãe respondeu meio desconfiada. – Sua amiga está ai embaixo.

Olhei em direção da cama e vi o tênis de Tommy ali perto.

— Jas? – perguntei nervosa.

— Não, aquela loira... Qual o nome dela mesmo? É...– enquanto minha mãe tentava lembrar do nome da “loira” que eu julgava ser a Katie. Fui até minha cama e chutei o tênis para baixo dela. – Escutei um gemido de dor vindo de lá. – Ai meu Deus chutei o tênis no Tommy.

— Que som é esse? – minha mãe me olhou desconfiada.

— Eu to com uma cólica horrível! – levei minhas mãos até a barriga e fingi um gemido de dor.

— Toma um remédio! Vou mandar a sua amiga subir. – informou e saiu do quarto fechando a porta atrás de si.

— Tommy? – fui até ele que estava saindo debaixo da cama. Sua expressão era de raiva e ele estava com a mão na cabeça.

— Você chutou o tênis na minha cabeça! – ele reclamou passando a mão no local.

— Desculpa. – falei segurando o riso.

— Não estou vendo graça! – Tommy pegou seu par de tênis e foi em direção a porta.

— Ah, sério? Foi só um chutinho de nada! – comecei a rir.

— Você chutou minha cabeça!

— Char... – Katie entrou no quarto. – Ai meu Deus, o que está acontecendo aqui? Porque você ta sem blusa? Vocês...

— Katie fica quieta! – Tommy interrompeu-a grosseiramente.

— Nossa não precisa ser estupido...– ela falou.

— Ele estar irritadinho porque eu sem querer chutei o tênis na cabeça dele. – comecei a gargalhar e Katie me acompanhou.

— Eu vou sair daqui, vocês duas são muito irritantes! – Tommy foi até a porta e abriu, e depois que saiu a fechou com certa força.

— QUEBRA NÃO! – gritei e voltei a rir.

— O que aconteceu? – Katie perguntou indo se sentar na minha cama, mas parou antes disso. – Espera, vocês transaram aqui? Só vou me sentar se você trocar os lençóis...

— Por favor Katie! A gente não fez nada além de dormir! – falei revirando os olhos.

— Então eu posso me sentar. – Katie parou de falar e me olhou com uma cara assustada.

— O que foi agora? – perguntei curiosa.

— O Tommy dormiu na mesma cama que você e não transou contigo? – ela me olhava espantada.

— Sim. – confirmei. – Eu não to entendo o motivo dessa sua cara de espanto...

— Porque ele é o Tommy. O galinha, pegador! Charlie, não tem, quer dizer, não tinha uma garota se quer que dormiu com o Tommy e não transou com ele. – Katie falou. – Nem quando eu namorava com ele nós costumávamos dormir juntinhos assim! Se você me falar que dormiu de conchinha com ele eu te digo com toda certeza que ele está apaixonado por você.

— Talvez a gente tenha dormido abraçado...– falei, mas fui interrompida.

— EU NÃO TO ACREDITANDO! – Katie gritou toda feliz.

— Cala boca! – comecei a rir.

— Vocês são lindos juntos! Só precisam se assumir logo. – ela voltou a falar as besteiras de sempre.

— Katie, nós não temos nada! – falei cruzando os braços.

— Ainda! Ainda meu amor! – falou toda convencida. – Mas não foi pra isso que eu vim aqui.

— E foi por qual motivo? — perguntei me sentando de frente para ela na cama.

— Então... Eu preciso da sua ajuda. – falou sorrindo.

— Minha ajuda? – perguntei curiosa – Para?

— Para me ajudar a escolher uma roupa pra hoje a noite! – Katie alargou mais seu sorriso – Eu tenho um encontro!

— Você e o Jeff finalmente pararam com a palhaçada? – sorri de forma verdadeira para ela que me fuzilou com o olhar.

— Não existe “eu e o Jeff”, e meu encontro não é com ele!

— Katie, pelo amor de Deus, você ainda está com raiva dele? – perguntei olhando-a nos olhos.

— Não. – sorriu de forma forçada. – Eu não estou com raiva dele, Charlie! Ele só me magoou e isso eu não vou esquecer.

— Olha eu não estou defendendo ele... Mas tenta entender... – Katie me olhava atenta. – A ex dele não foi aquilo que podemos chamar de “ótima namorada”. Ela o deixou, foi embora. É difícil pra ele confiar em outro alguém...

— É difícil confiar em mim! Porque ele me acha uma verdadeira vadia! – Katie suspirou de forma pesada.

— Você não é uma vadia, e ele sabe disso.

— Que seja! Jeff e eu não temos nada – ela balançou os cabelos, como se aquilo fosse fazer ela apagar nossa conversa. – Eu tenho um encontro e você precisa me ajudar...

— Eu não posso sair, esqueceu que estou de castigo? — falei derrotada.

— Sua mãe não é médica? Ela não vai estar de plantão hoje a noite? – Katie perguntou com um sorrisinho nos lábios.

— Sim...

— Então você pode ir até comigo! - Katie bateu palminhas de alegria.

— Mas não é um encontro? – perguntei com uma sobrancelha arqueada.

— Sim, mas nós vamos em uma boate. E nós só marcamos de ir junto, não quer dizer que vamos ficar...

— E quem é o garoto?

— O Dylan, lembra dele? O da festa...

— Lembro. – confirmei me levantando da cama e indo em direção ao banheiro.

— Você vai?

— Não sei, vou pensar. – respondi pegando uma toalha.

— A qual é, vai ser legal! – me virei encarando-a.

— Eu vou segurar vela! O que tem de legal nisso? – perguntei com uma sobrancelha levantada.

— Você pode chamar o Tommy... – ela sorriu maliciosa. – Assim você não vai segurar vela, que tal?

— Vou pensar. – falei e logo depois entrei no banheiro.

A ideia de mentir e enganar a minha mãe, não sei porque, mas não me parecia boa. E como assim chamar o Tommy? Bom até que poderia ser legal...

(…)

Depois que eu tomei meu banho, nós descemos e fomos até a cozinha. Eu ainda nem havia tomado meu café da manhã e já se passava do meio dia.

Katie continuava a implorar no meu ouvido e começava a me irritar um pouco.

Eu comia calmamente meu pão, enquanto ela se encontrava sentada de frente para mim na mesa da cozinha.

— Vamos, por favor! – Katie fazia biquinho e ainda insistia na ideia que me parecia não muito boa. – Vamos, eu prometo que faço o que você quiser!

Uma coisa passou rapidamente por minha cabeça. E se eu desse um pequeno “empurrãozinho” pra ajudar ela e o Jeff a se entenderem de vez?

— Ta bom! Eu vou! – Katie soltou um grito de alegria.

— Pra onde? – escutei a voz grave do Tommy pairar sobre a cozinha. Eu estava sentada de costas para porta, então não o vi chegando.

Me virei, ainda sentada na cadeira e apoiei meus braços nas costas da mesma.

— Em uma boate... – eu ia terminar a frase perguntando se ele queria ir também, mas fui cortada de forma grosseira.

— Você não vai! – ele olhava diretamente pra mim, ignorando totalmente a existência de Katie.

— Ela ia te... – não deixei Katie completar a frase.

— E posso saber quem vai me impedir? – me levantei da cadeira olhando fixamente pra ele.

— Eu não vou deixar você ir.

— Você não manda em mim! – falei sem fraquejar.

— Não mando, mas se eu quiser que você não vá, você não vai e pronto! Ou já se esqueceu do seu quase encontro com aquele idiota do Scott? – seu sorriso debochado que tanto me irritava tomou conta do seus lábios.

— Você não ousaria fazer aquilo de novo. – falei olhando-o nos olhos.

— Então experimenta sair hoje a noite! – agora seu olhar de raiva queimava sobre mim.

— Eu vou sair e se você falar alguma coisa... – eu não fazia ideia de como ameaça-lo, então minha voz morreu.

— Você vai fazer o que, Charlie? – e mais uma vez seu sorrisinho debochado aparecia. – Vai ficar com raiva de mim, brigar comigo e depois se entregar pra mim?

Eu o olhei incrédula. – Como ele conseguia ser tão babaca? Como ele conseguia mudar tão repentinamente? Eu era uma idiota!

Mal sabia o que dizer, então apenas andei até ele, olhei-o no fundo dos seus olhos.

— Eu achei que você tinha mudado! – sorri triste. – Mas pelo visto você continua o mesmo babaca! – passei por ele e antes de sair do comodo escutei Katie dizer:

— Ela ia te chamar pra ir junto! – escutando suas palavras, eu apressei mais meu passo e assim que entrei no quarto bati a porta com força.

Olhei em um canto qualquer do quarto e vi sua camisa jogada ali. Ele esqueceu da noite passada, fui até a mesma pegando-a. Fechei os olhos e cenas da noite passada vinham em minha mente, eu quase poderia sentir o gosto do seus beijos...

Despertei ao escutar a porta se fechar bruscamente.

— O que você quer agora? – me virei olhando-o, eu estava irritada demais.

— Conversar... – seu olhar foi até minhas mãos onde estava sua blusa – Essa blusa é minha?

— É. – confirmei jogando-a em sua direção – Leva ela com você. – fui até a porta abrindo-a para que ele saísse.  

Tommyveio até mim e colocou uma mão na porta e empurrou-a fechando de forma brusca.

— Eu vim conversar com você! – falou olhando dentro dos meus olhos.

— Acontece que eu não quero falar com você! – falei passando por ele que segurou em meu braço. – Me solta! – meu olhar foi diretamente para o meu braço que ele segurava e depois até seu rosto.

— Não! – Tommy jogou a blusa em cima da minha cama enquanto me segurava.

— Me solta seu babaca! – comecei a me debater e puxei meu braço do seu aperto com força.

— Para com isso, Charlie.

— Para com isso, você! Para de me tratar assim, para de ser uma coisa comigo e depois mudar! Eu estou cansada Tommy, é sempre assim, você me trata bem e depois volta a ser aquele idiota que infernizava minha vida! – fechei os olhos e passei a mão nervosamente pelos meus cabelos.

Ele não falou nada, absolutamente nada, o silêncio me incomodava, então suspirei pesadamente e abri os olhos encontrando os seus me encarando.

Tommy se aproximou perigosamente de mim. Eu sabia o que vinha a seguir, ele iria me beijar, e mesmo que eu estivesse brava com ele eu não tinha forças o suficiente para me afastar e nem ao menos queria me afastar dele.

Uma de suas mãos tocou delicadamente minha bochecha, fechei os olhos sentindo seu carinho, seu polegar tocou meus lábios quando ele finalmente disse algo.

— Me desculpa, é complicado lidar com as coisas que eu sinto por você... – abri os olhos encontrando os seus olhos negros me encarando.

— Que coisas? – perguntei sentindo sua mão deslizar até meus cabelos.

— Eu sou complicado demais, Charlie! – foi tudo o que ele disse. Eu sabia que não conseguiria arrancar mais nada dele, mas saber que ele sente algo por mim já me confortava.

— Eu sei. – falei, fazendo-o sorrir.

Sua mão se perdeu por meus cabelos, ele brincava com alguns fios me causando arrepios.

— Só de pensar em você em uma boate, cheia de homens dando em cima de você, me deixa com raiva! – falou, sua mão ia devagar em direção a minha nuca.

— Estar com ciúmes de mim? – perguntei sorrindo.

— Eu só cuido do que é meu! – Tommy deu um sorriso safado ao puxar levemente alguns fios do meu cabelo me fazendo soltar um suspiro.

— Eu não falei que sou sua! – mordi os lábios sentindo seus dedos em minha nuca.

— E precisa falar? – sorriu vitorioso.

Sua mão livre encontrou minha cintura, Tommy me puxou fazendo meu corpo ir de encontro ao seu. Sua outra mão que estava na minha nuca, puxou meus cabelos me fazendo arfar. Ele aproximou sua boca da minha e pude sentir seu hálito contra o meu, entreabri minha boca e fechei os olhos esperando por seu beijo, mas ele apenas roçou seus lábios nos meus, sua mão em minha cintura ia descendo até minha bunda, senti seus dedos apertando-a e soltei um gemido baixo que foi abafado por Tommy mordendo meu lábio inferior.

Sem mais, nem menos ele me soltou me causando surpresa. – Abri os olhos olhando-o e ele tinha um sorriso irritante nos lábios.

— Isso foi por ter me chamado de babaca. – ele mantinha o sorriso me irritando.

— É assim? – perguntei indignada – Então não vou mais deixar você me beijar... – mal terminei frase e Tommy me puxou pela cintura e me beijou. Eu queria resistir, mas eu não conseguia. Sua língua foi pedindo passagem e eu ia concedendo, nossos lábios se tocavam apressadamente e nossas línguas se entrelaçavam em um beijo quente e intenso. Eu ia perdendo o ar e necessitava parar, ele também parecia precisar de ar, então fomos parando devagar até nossos lábios se separarem de vez.

— Sério? 

— Você me pegou de surpresa, não vale! – respondi arrancando uma risada dele.

— Mentira, você deixou eu te beijar. – falou apertando minha cintura contra seu corpo. – Deixou porque era o que você queria.

— Desculpa atrapalhar casal! Mas parece que vocês já se entenderam. – Katie entrou no quarto.

— Só hoje, já é a segunda vez que você nos interrompe Katie! – Tommy falou, ele estava de costas pra Katie e eu de frente.

Me desvencilhei de suas mãos em minha cintura e fui até Katie, que tinha um sorriso nada inocente nos lábios.

— Desculpa! – ela levantou as mãos em sinal de rendição. – Mas eu também preciso da Charlie!

— Pra que? - Tommy virou para olha-lá.

— Pra hoje a noite! Vocês vão, não é? – ela perguntou dando seu melhor sorriso fofo.

— Não sei. – respondi olhando para Tommy que mantinha seus braços cruzados e parecia pensar se ia ou não.

— Hoje é sábado, qual é, vai ser legal e além do mais vocês vão poder se pegar em um lugar diferente! – ela sorriu maliciosa e Tommy pareceu gostar de última ideia.

— Se a Charlie quiser ir. – ele falou olhando diretamente pra mim.

— Ta bom! – assim que falei, Katie deu gritinhos de alegria

— Eu vou pra casa, preciso arrumar meu cabelo, e começar a ver alguns looks. Charlie passa mais cedo lá em casa pra você me ajudar a decidir qual roupa ficou melhor  – ela e virou e foi em direção a porta do meu quarto. – Tchau, casalzinho e juízo! – ela piscou e deu um sorriso malicioso.

— Essa Katie é uma louca! – falei rindo.

— Concordo. – Tommy falou. – Mas a onde a gente parou? – ele sorriu malicioso

— Paramos na parte em que você sai logo daqui antes que o Cody veja a gente. – falei.

— Não!  – ele entrelaçou sua mãos em minha cintura e mais uma vez pude sentir seu corpo contra o meu – Nós paramos na parte em que eu ia começar a beijar seu pescoço.  – sorriu malicioso.

— Eu não me lembro disso! – falei sorrindo.

— Eu faço você lembrar.

Tommy afastou alguns fios de cabelo que estavam caindo sobre meu pescoço e jogou-os para trás. Ele aproximou sua boca do meu pescoço e só de sentir seu hálito me arrepiei ele percebeu e soltou uma risada. Seus lábios tocaram levemente minha pele e ele começou a distribuir beijos castos. Fechei os olhos apenas sentindo seus beijos ficarem mais intensos, suas mãos subiram até minhas costas e me pressionava contra seu corpo. Soltei um suspiro alto e fechei os olhos com força ao senti ele chupar a pele do meu pescoço e depois deixar um beijo molhado em cima do local.

De repente uma ideia que surgiu em minha cabeça me tirou do transe em que ele estava me deixando. – Me lembrei das palavras da Katie na cozinha “vamos, eu prometo que faço o que você quiser!”. Comecei a bolar um plano para ajudar ela e o Jeff a finalmente se entenderem de vez.

— Tommy, espera! – falei fazendo ele parar com os beijos no pescoço e me olhar confuso. – Você tem o número daquele tal de Dylan?

— É sério que você lembra de outro quando eu estou te beijando? — ele me soltou e cruzou os braços com raiva.

— Não é isso. — comecei a rir olhando sua cara de bravo. — É que eu tive uma ideia para ajudar a Katie e o Jeff e seu amigo tem meio que haver com isso.

— Ele não é meu amigo!  – Tommy mantinha os braços cruzados e vi sua cara de irritação, então parei de rir.

— Ah para com isso vai!  – peguei suas mãos e coloquei em minha cintura novamente. — Só quero ajudar meus amigos! É só isso. — levei minhas mãos até sua nuca e acariciei com as pontas dos dedos. Tommy fechou os olhos sentindo meu carinho. Aproximei minha boca da sua e mordi de leve seu lábio inferior. — Me passa o número? — ele abriu os olhos e bufou.

— Isso é golpe baixo, sabia?

— Sim, aprendi com você. – sorri vitoriosa pra ele.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Comentem!!
Beijos ♥