I Love Charlie escrita por Strela Ravenclaw


Capítulo 22
Sonho pervertido.


Notas iniciais do capítulo

Olá...

Desculpe se houver erros de ortografia.

PS: leiam as notas finais.

Boa leitura! ❤



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Escutei batidas na porta do meu quarto, fui até a mesma para abri-lá, girei a maçaneta e me vi de frente para o corredor escuro. Olhei para os lados e não vi ninguém, então fechei a porta.

Me virei e bati com força em alguém, me desequilibrei e tive certeza que iria cair. Mas mãos fortes envolveram minha cintura e me puxaram para mais perto, fui de encontro com um corpo bem definido. — Levantei minha cabeça para poder ver o rosto da tal pessoa.

Encontrei com os olhos do Tommy, ele sorriu pra mim e eu o olhei confusa.

— O que você está fazendo aqui? – perguntei, minha voz saiu em um sussurro.

— Shiu! – foi tudo o que ele respondeu.

— Mas… – não consegui completar seja lá o que eu fosse falar.

Ele me puxou colando ainda mais nossos corpos, sem deixar nenhuma distancia entre nós, foi me guiando em direção a cama e me deitou, logo depois ficando por cima de mim. Sua boca rapidamente atacou meu pescoço. Tommy foi beijando toda extensão do meu pescoço, até chegar nos meus ombros, ele afastou delicadamente com as mãos a alça fina da minha camisola e foi deslisando a mesma pelo meu braço. Ele voltou a beija a curva do meu pescoço, descendo mais passando por minha clavícula e indo em direção aos meus seios. Suas mãos apertavam firmemente minhas coxas. Quando uma delas se atreveu a subir até minha bunda e a apertou com força, um gemido saiu pela minha boca.

— Tommy – arfei. Minha respiração estava desregulada – Tommy…

Escutei batidas na porta, ele desapareceu.

— Charlie? – alguém me chamou. – Charlie! – mais batidas.

Abri os olhos — E lá estava eu no meu quarto, arfando.

— Eu vou entrar! – a porta se abriu e me deparei com Tommy. Só ai que fui perceber, foi um sonho.

Ele estava parado no batente da porta com uma expressão de preocupação.

— Você está bem? –  se aproximou da minha cama. – Escutei gemidos lá do corredor... – ele estreitou os olhos me olhando. Eu estava arfando, minha respiração descontrolada. Era suspeito. – O que você estava fazendo? – vi um sorrisinho malicioso brotar em seus lábios.

— Dormindo! 

— Só isso? – agora realmente vi o sorriso malicioso.

— Só! – confirmei. – Estou bem, pode ir.

— Eu escutei mais um coisa... – falou.

— O que? – indaguei.

— Você gemendo meu nome. – corei. Ele me escutou gemendo o nome dele. Eu estava tendo um sonho pervertido e ele havia escutado parte disso. – Foi por causa de ontem não é? – ele apontou na direção do meu pescoço, que deveria está marcado.

— Sai do meu quarto! – falei jogando um travesseiro em sua direção. Ele deu um sorriso vitorioso e foi em direção a porta.

— Charlie para de jogar coisas no Tommy! – minha mãe falou passando pelo corredor, a porta estava aberta e ela viu o exato momento em que eu o fiz.

— Mãe da um tempo! – bufei – O que você ainda está fazendo aqui?

— Eu já to indo! – ele saiu e bateu a porta.

Peguei o meu travesseiro e coloquei contra o meu rosto. O que porra estava acontecendo comigo? Tendo um sonho pervertido dessa forma? — Era tudo culpa dele! Que ficava me provocando! — Esperai tem algo molhando entre as minhas pernas… Certo eu preciso de um banho!

(…)

Eu estava na cozinha preparando meu café e pensando no maldito sonho. Eu estou sendo corrompida!

— Filha, estou indo. – minha mãe entrou apressada na cozinha. – Seja boazinha e não jogue coisas no Tommy, principalmente as que quebram.

— Mãe! Eu não sou criança! – falei emburrada.

— Mas parece! – ela sorriu, veio até mim e me deu um beijo na testa – se cuida.

— Você também. – sorri antes de vê-la indo trabalhar.

Tomei meu café sozinha, Cody ainda não havia acordado, eu não o culpo por dormir até mais tarde, hoje é sábado.

Escutei a campainha tocar e fui até a porta atender. — Prendi meu cabelo em um coque antes de girar a maçaneta e abrir a porta.

— Katie! – sorri alegremente ao vê lá parada na porta.

— Charlie! – ela sorriu de orelha a orelha e me abraçou. Desfizemos o abraço rapidamente e eu a conduzi até a sala. Nos sentamos no sofá – SAFADA! – ela gritou.

— O que? – perguntei assustada.

— ALERTA CHUPÃO, TEM UM CHUPÃO BEM AI! – ela continuou gritando e apontou para o meu pescoço. Eu soltei os cabelos e joguei por cima de onde estava a marca. – Não adianta esconder, eu já vi! Mas vamos ao que interessa, quem foi que deixou essa marca ai em? – ela perguntou sorrindo maliciosa.

— FALA BAIXO! – gritei com ela.

— Ta bom nervosinha! – ela levantou as mãos em sinal de rendição. – Mas diz logo quem deixou seu pescoço marcado? Eu já tenho um palpite…

— Fui eu! – escutei a voz do Tommy.

Me virei e vi ele saindo da cozinha com uma xícara de café na mão.  — Pronto, agora que tudo ia ficar pior.

— SAFADINHOS! – ela gritou de novo, e me lançou um sorriso malicioso.

Eu estava vermelha e sem reação.

— Eu não resistir… – ele me olhou intensamente. Fitei seus olhos da mesma forma, mas logo desviei o olhar. 

— Acho que eu estou sobrando… – Katie falou.

— Não! – falei olhando diretamente para ela. – Vamos conversar lá no meu quarto… – me levantei e puxei ela pela mão.

Fechei a porta, e me sentei na minha cama, ela se sentou de frente para mim.

— Foi um deslize, não vai acontecer de novo! – falei tentando parecer decidida.

— Não vai? – indagou desacreditando. –  E você vai ter que passar maquiagem nisso, se não quiser que o Cody te mate.

— Não vai, não…! – me levantei e fui até o espelho, retirei os fios de cabelo que cobriam o meu pescoço e pude ver uma marca não muito grande. Estava ficando roxo, mas ainda tinha um tom avermelhado – Cacete! Eu vou matar aquele… aquele…

— Gostoso? – Katie caiu na gargalhada.

— Cala boca! – fui até a cama e joguei um travesseiro nela.

— Vai falar que ele não é gostoso? –ela se endireitou na cama, me sentei de frente para ela com um olhar irônico. – Não adianta mentir!

— Ele é, um pouco! – respondi. Katie me olhava com uma sobrancelha arqueada – O que?

— Eu disse que não adiantava mentir! – ela só podia está querendo me torturar.

— Ele é! Muito gostoso… – confessei – Satisfeita?

— Sim! – ela sorriu maliciosa. – Vocês ficaram ontem? Como foi? Quero saber de tudo… –  contei o que havia acontecido e Katie ficou perplexa. – Como assim você não beijou ele, Charlie? – ela se levantou e colocou as mãos na cintura.

— Não beijando! – respondi como se fosse a coisa mais óbvia do mundo.

— Eu tenho vontade de te dar uns tapas! – bufou. – Porque não beijou ele?

— Eu estava quase… – falei envergonhada. – Eu ia pedir, mas o Cody e a Jas apareceram ai…

— Então você queria? – sorriu maliciosa.

— Obvio! – respondi.

— Safadinha! – ela sorriu me empurrando de leve.

Revirei os olhos pra ela.

— Mas e você? O que quer aqui a essa hora? – perguntei.

— Eu vim te chamar pra passar o dia comigo. – falou jogando os cabelos pra trás. – Eu pensei em dar uma pequena “festa” lá em casa amanhã. E preciso de uma roupa nova, então pensei em ir ao shopping com você…

— Ta bom! – dei de ombros.

— Eba! – ela gritou dando pulinhos – A gente pode chamar a Jas…

— Pra que? – indaguei.

— Para ir com a gente! – fez cara de tédio.

— Tá, manda mensagem pra ela encontrar a gente. – falei jogando meu celular em cima da cama. – Katie… –chamei ela que mantinha total atenção no visor do celular.

— Hum? – respondeu sem me dar muita atenção.

— Você e o Jeff… Se acertaram? — perguntei com todo cuidado o possível.

— Mais ou menos. – Katie cruzou os braços.

— Porque? Vocês não se falaram mais? – perguntei curiosa.

 — Sim, nós nos falamos. Ele me pediu desculpas e eu desculpei, mas é só! – Katie conseguia ser bem teimosa as vezes.

— Só? – perguntei.

— Sim. – respondeu sem animação. – Vai se arrumar, ela falou que encontra a gente lá..

— Tá bom… – falei insatisfeita.

Eu e Katie fomos caminhando até o shopping. — Era um pouco longe da minha casa, mas eu não ia pedir para o Tommy me levar.

— Porra Charlie! – Katie começou a reclamar. – O que custava pedir para o Tom trazer a gente?

— Eu ia ter que aturar vocês dois, juntos! – respondi. – E isso seria demais pra mim.

— Eu estou cansada! – resmungou.

— Katie para de reclamar! – falei sem paciência.

Nossa caminhada demorou mais alguns minutos e eu tive que aguentar a Katie reclamando de todas as formas possíveis. — Assim que chegamos vi Jas parada na porta. Ela tinha uma expressão de irritação.

— Que demora! – falou quando chegamos perto dela.

— A culpa é da Charlie! – Katie apontou pra mim. – Acredita que nós viemos a pé?

— Porque? – perguntou confusa.

— Porque meu irmão estava ocupado com você! E óbvio que eu não iria pedir para o ser insuportável que abita na minha casa nos trazer. – falei emburrada.

— Nem vem me culpar ok?! –  falou tranquilamente.

— Não adianta mesmo! – revirei os olhos.

— Garotas parem de discutir! – Katie bufou. – Vamos as compras!! — ela deu um gritinho atraindo a atenção de alguns garotos que passavam.

Bufei e pedi mentalmente a Deus que esse dia passasse logo. — Ficamos andando durante minutos intermináveis. — Tive que suportar Jas e Katie falando sobre roupas e sapatos. Quando paramos em frente a uma loja de biquínis, não entendi muito bem.

— Não é uma festa? – perguntei quando estávamos entrando.

— Sim. – Katie respondeu olhando alguns biquínis.

— Nas festas se usam roupas, não é? – ironizei atraindo sua atenção.

— Sim. Mas nessa festa vai ser biquíni, até porque é uma festa na piscina! – falou naturalmente.

— Eu não vou usar biquíni na frente da um bando de gente! – neguei com a cabeça.

— Você precisa de um biquíni novo. – Jas falou animada. – O seu é horrível!

— Imagino! – Katie riu. – Olha esse... – ela estendeu um biquini rosa choque, fio dental.

— Essa coisa fica dentro da bunda! – protestei.

— Posso ajudar? –  uma vendedora veio até nós. Ela segurava o riso, imaginei que ela havia escutado.

— Sim! – Katie deu pulinhos de animação. – Eu queria um biquini que valorizasse meu corpo sabe…

— Mais? – Jas perguntou. – Vai valorizar mais o que ai garota?

— Ela tem razão! – a vendedora concordou.

— Ai gente para! – Katie falou fingindo estar envergonhada.

Bufei.

— Eu quero algo não muito pequeno, nem grande demais… – Jas falou.

— E você? – a vendedora voltou sua atenção para mim.

— Eu não gosto muito de biquíni… – falei.

— A gente tem que achar algo pra ela! –  Katie falou indo em direção a alguns biquínis. – Qual tamanho tem deste aqui? – perguntou e a vendedora foi até ela.

Passei os minutos seguintes olhando alguns biquínis e vendo uma discussão boba entre Jas e Katie sobre um maiô.

— É LINDO! – Katie gritou ao ver um biquíni branco. Na minha opinião um tanto pequeno. – Posso experimenta-lo?

— Ah claro! – a vendedora afirmou. – Por aqui... – e foi conduzindo ela até os provadores.

— Eu gostei muito deste aqui. – Jas veio até mim com dois biquínis. – Mas esse aqui é lindo! Qual?

— Este! – apontei para o primeiro que ela havia me mostrado.

— Se anima, Char! – ela falou. – Não escolheu nenhum ainda?

— Não gosto de biquínis! – falei desanimada.

— Porque? Você tem um corpo lindo! Vem vamos achar algo pra você, agora! –ela me puxou pelo braço. Vimos vários biquínis até eu achar um que eu gostasse. Caminhamos até o provador e vimos a vendedora parada. Certamente esperando a Katie.

— Vão provar também? – perguntou gentilmente.

— Sim. – respondemos em uníssono.

— Por aqui, por favor... – ela nos conduziu até os outros provadores vazios.

Assim que vesti o biquíni e olhei no espelho, gostei. — Não sou muito de usar biquínis, pois tenho vergonha, mas este pareceu ficar tão bem em mim.

Abri a porta do provador e coloquei somente meu rosto para fora. — Vi Katie desfilando de um lado para o outro de biquíni e Jas rindo junto com a vendedora.

— Vem, deixa eu te vê! – Jas que também estava de biquíni me puxou para fora do provador.

— MEU DEUS! – Katie gritou me assustando.

— O que foi? Ficou feio? – perguntei me olhando no espelho. – Eu sabia que não ia ficar bom…

— VOCÊ TÁ LINDA, GAROTA! – Katie veio até mim e me fez da uma “voltinha” constrangedora.

Depois que todas nós tiramos os biquínis e colocamos nossas respectivas roupas. Fomos até o caixa pagar. Saímos da loja e fomos em direção ao paraíso, ou mais conhecido como McDonald.

— Eu vou engordar uns cinco quilos comendo isso! – Katie falou de boca cheia. 

— Eu não me importo nem um pouco! – dei uma mordida no meu hambúrguer. 

Ficamos ali jogando conversa fora até Jas ligar para o meu irmão e pedi pra ele vim nos buscar.

— Se é você ele vem. – resmunguei quando estávamos saindo do shopping.

— Mas é claro, ele vai ganhar o que vindo te buscar? – Katie riu. – Da Jas ele pode ganhar algo a mais… – sorriu maliciosa.

— Cala a boca, vocês duas! – Jas ordenou. Eu segurei o riso junto com Katie.

Esperamos em torno de dez minutos. Cody apareceu e nos levou pra casa. Primeiro ele deixou a Katie, depois a Jas. Não demoramos muito pra chegar em casa. Assim que meu irmão parou o carro, eu desci apressada. Tudo o que eu queria era um banho e depois minha cama. Fazer compras cansa, ainda mais se você vai com a Katie.

Quando entrei vi Tommy. Ele estava sentado na sala, parei por um instante enquanto nós nos olhavamos. — Ele sorriu pra mim e eu não pude deixa de retribuir.

— Tom? – Cody passou por mim e foi até ele, se jogando no sofá ao seu lado. – O que tá fazendo parada ai? – meu irmão me olhou curioso.

— Nada, vou para o meu quarto. – falei e fui em direção as escadas.

— E aquela garota que você tava ontem? – escutei Cody falando, subi os degraus mais devagar. – Já pegou ela? –parei na metade da escada e me virei. Encontrei os olhos de Tommy, eu também esperava sua resposta.

— É… – ele coçou a nuca.

— Pegou ou não? – Cody insistiu.

Seus olhos fitavam os meus. — Mesmo que eu quisesse escutar “não” eu já sabia a resposta. — Então me virei e subi correndo as escadas.

Entrei no meu quarto e soltei um longo suspiro. Eu precisava de um banho, então me despi e fui em direção ao meu esperado banho. Demorei mais do que o normal, eu precisava pensar no que estava acontecendo. Escutei batidas na porta do meu quarto quando eu saía do banheiro.

— O que você quer? – perguntei ao abrir a porta e vê Tommy parado.

— Falar com você… – ele me analisou dos pés a cabeça. – Acho melhor você se vesti. – me dei conta de que estava de toalha na frente dele.

— Fala logo, por favor! – fui direta. Eu não estava muio “afim” de papo.

— Eu não fiquei com a garota. – ele olhou diretamente nos meus olhos.

— Tommy, você não me deve explicações… – falei.

— Eu sei! – concordou comigo. – É que eu só queria que você soubesse.

— Porque? – perguntei confusa.

— Não sei… – ele parecia mais confuso do que eu. – Acho melhor eu ir, porque eu não sei se vou resistir por muito mais tempo em ver você só de toalha. – ele deu um sorrisinho malicioso.

 Então ele se virou e foi para o “seu” quarto. Fechei a porta tentando digerir o que estava havendo comigo... Com nós dois.


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Notas finais do capítulo

Deixe seu comentário, é importante para mim! ❤

Então, eu ia postar esse capítulo mais cedo, mas acabou acontecendo algo bom (eu acho haha) eu tive a ideia de escrever outra fanfic, fiquei a noite toda elaborando ela e acabei postando-a hoje. É uma pequena (meio grande) one-shot, quem quiser lê-la eu vou deixar o link aqui ou pode achar ela através do meu perfil.
(https://fanfiction.com.br/historia/680987/Anchors/)

Nesse capítulo não teve muito "Tommy e Charlie" eu sei, mas o próximo está ficando uma coisa linda, bem pelo menos eu acho né kk.

Prometo não demorar.

Beijos ♥



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