Coração De Seda escrita por Maria Fernanda Beorlegui


Capítulo 54
Capitulo 54




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—Prender a minha irmã? —Djoser pergunta  ao ouvir a minha decisão. Eu toco no meu filho, mas ele se esquiva de mim. —A senhora vai fazer a mesma coisa que meu tio fez. Mas agora a senhora quem está insana.

—Sua irmã não pode ir! —Hur insiste. —Já imaginou o que pode acontecer com ela?

—Deus irá proteger a minha irmã. Você não crêem nele? Pois então! —Djoser acha uma solução, mas mesmo assim eu insisto.

—Mas eu não quero mais que ela vá, entende? —Pergunto sendo tomada pela cólera. Eu não posso deixar minha única filha partir.

—A senhora só está com medo de perder a minha irmã...

—E não vou perdê-la? —Minha pergunta fez Djoser me olhar assustado. —Nós precisamos achar uma forma de manter sua irmã neste palácio.

—Isso será incapaz já que ela está apaixonada por Zion e agora crê em Deus. Anippe não gosta mais deste palácio, minha mãe. Deixe-a ir de uma vez! —Djoser me deixa incrédula com a sua ideia absurda. —Anippe será hebréia, e eu serei egípcio. É melhor assim...

—Eu não quero saber o que vocês irão ser! Eu quero que estejam comigo! —Esbravejo.

—Calma. Não se exalte! —Hur pede com toda a sua paciência enquanto eu olho incrédula para Djoser. —Imagine o que Ramsés iria fazer com Anippe!

—Pior será o que a senhora irá fazer! —Djoser rebate. —Do que irá adiantar Anippe ficar se meu pai irá fazer da vida dela impossível?

—Ou ela fazer a minha vida impossível. —Hur fala indignado. —Você sabe o que sua irmã fez,sabe melhor do que ninguém o que ela pensava sobre mim, sobre o poço hebreu e todas as brigas que ela teve com sua mãe. Acha mesmo que ela pode mudar da água para o vinho?

—Sem falar no papiro que enviou para você dizendo que pediu para que Ramsés não atendesse o pedido de Moisés. —Falo.

—Então a senhora roubou aquele papiro? —Djoser pergunta furioso. —Eu sempre suspeitei, mas nunca imaginei que a senhora fosse fazer algo desse tipo.

—Naquela época eu e sua irmã vivíamos brigando...

—E a senhora se achou no direito de me roubar aquela carta? —Djoser pergunta com o olhar fixo em mim. —O que está acontecendo com você? —A voz de Djoser foi tomada de ódio. —Está louca!

—Djoser, como ousa me chamar de louca? —Indago furiosa.

—Perdeu a noção? —Hur pergunta para nosso filho. —Eu nunca te vi assim, meu filho...

—Eu nunca fui roubado antes. Até por que minha mãe nunca fez algo desse tipo comigo, pai. O senhor não está vendo como ela está? O olhar dela é de pura soberba, astúcia... —As palavras de meu filho acabam me ferindo. —Achava que eu iria me opôr com Moisés?

—Você mesmo se revoltou com seu irmão na praga que afetou os animais! —Falo. Djoser então suspira ao se lembrar do dia em que viu seu cavalo morto. —Você precisa me entender...

—Empatia é o que não me falta. —Djoser fala e então olha para Hur. —Eu não consigo entender como vocês não se sentem mal ao tentarem prender Anippe? —Uma bandeja caiu na porta de meu quarto assim que Djoser fez sua pergunta. É Anippe.

—Eu não acredito nisso. —Fúria estava presente no olhar de minha única filha. —Pensando em me trair, mãe?

—Sua mãe está tentando te proteger. —Hur fala em meu lugar e então nossa filha o olha com raiva. —Me ouça...

—Eu não suporto isso. —Anippe fala ao trincar os dentes. —A senhora agora tentando me impedir de fazer algo? Está louca?

—Olha como fala comigo! —Falo branda.

—Vejam só se não é a rainha... —Anippe debocha. —Eu não consigo acreditar que a senhora teve coragem de planejar algo para me manter presa neste palácio!

—Eu estou tentando te proteger...

—Mas a senhora permitiu que eu partisse. —Anippe fala mais calma. —Por que mudou de ideia agora?

—Sua mãe está com medo. —Hur dirigi a palavra á Anippe.

—Não me dirija a palavra. —Anippe pede para Hur sendo que olha para mim. Olho então para Djoser que teme uma reação de Hur.

—Já chega. —Falo e olho para Anippe. —Pare de maltratar o seu pai, Anippe

—Levando em consideração que ele quase me agradiu. —Anippe debocha e então olha para Hur. —Que horrível deve ser ter uma filha decepcionante como eu, não é mesmo? Que pena...

—Anippe! —Djoser chama a atenção da irmã. —Não complique as coisas, por favor.

—Você não me decepciona. —Hur fala olhando para nossa filha. —Você me magoa. Todos os dias você me magoa, Anippe. —Os olhos deles então transmitiram tristeza. —Eu sinto muito por não ser o pai que você quer, minha filha. Eu sinto muito...

—Sente tarde de mais. —Anippe rebate, mesmo assim uma lágrima escorre em seu rosto. —Hoje eu vi Miriã. —Anippe nos surpreende ao falar de Miriã. —Mal pude esconder meu desconforto quando os filhos de Moisés falaram que Miriã e minha mãe tem olhos da mesma cor. Mal sabem as crianças que o senhor meu pai flertou com a tia deles. —Anippe debocha e então Hur me olha envergonhado. —Como se sente ao saber que de certa forma eu e Miriã somos da mesma família graça à Moisés. Ou melhor, graças a minha mãe que acolheu o libertador neste palácio?

—BASTA! —Hur grita.

—NÃO, NÃO BASTA! —Anippe grita também. —O senhor precisa reparar seus erros antes de me julgar!

—PAREM COM ISSO! —Grito.

—CALEM-SE TODOS! —Djoser grita mais alto ainda. —Parecem animais! Parem de gritar!

—Vamos conversar com calma. —Falo sugestiva.

—Eu não quero mais conversar! —Anippe berra nervosa. Eu me apoio nos braços de Hur que passa a olhar para mim preocupado. —Mãe?

—Ela está passando mal. —Djoser fala e então ajuda Hur a me levar até a cama. —Mãe, tente se acalmar...

—Foi apenas uma tontura. —Falo ao ver tudo girar em minha volta. —Tudo está girando...

—Já é a terceira vez que a senhora tem isso. —Anipps ressalta.

—Deve ser consequência da sexta praga. —Todos se espantam com o que eu falo. —Não tem outra explicação.

—Não sente mais nenhuma outra coisa? —Hur pergunta ao ficar do meu lado.

—Fico enjoada. —Reclamo ao sentir um gosto estanho em meus lábios. —Mas isso vai passar.

—Ou não. A senhora vem se indispondo faz dias. —Anippe fala.

—Eu não entendo. —Hur fala ao olhar para mim. —Por que você está assim?

—Eu também não sei. —Respondo sonolenta. —Mas eu estou muito cansada. —Falo. É então que vejo Anippe e Hur se unirem para me ver bem. Eles me cobrem com o cobertor enquanto Djoser retira meus anéis, braceletes e minha coroa. Eu então me acomodo em minha cama e acabo adormecendo.

(...)

Senti a mão de Hur acariciar o meu rosto e então fui despertando aos poucos. Sorrio ao sentir suas carícias em meu rosto, mas não abro os olhos. Talvez Hur pare de me acariciar assim que se deparar com o meu olhar. O conheço bem, ele vai se sentir culpado por me acordar.

—Você continua tão bela desde o dia em que te vi na sala do trono com Disebek. —Hur fala ao deita-se do meu lado. —Você não parava de olhar para as pessoas. E eu não parava de olhar para você... —Hur então beijou o topo de minha cabeça. —Você era tão doce, tão delicada. E eu sonhava em ter você ao meu lado, Henutmire. E agora que tenho, não posso permitir que ninguém te tire de mim. —Hur fala achando que estou dormindo. —Será que você está doente? —Ele pergunta ao temer a minha saúde.

—Eu vou ficar bem. —Surpreendo-o ao falar. Eu então o beijo e deixo claro que sou grata por ele estar comigo. —Não se preocupe. Estarei sempre com você e estarei bem.

—Eu não entendo seus enjôos, suas tonturas. Acha que isso é causado pela tensão? —Hur pergunta aflito.

—Seja lá o que for, você irá me curar como sempre fez. —Faço Hur sorrir. —Eu irei me recuperar aos poucos. E saiba que você nunca vai me perder...

—Assim espero. —Hur fala e em seguida me beija novamente. —Você é o meu futuro, Henutmire.

—E você é a minha melhor escolha, Hur. Sempre. —Falo. —O melhor que você poderia ter feito foi ter revelado seus sentimentos naquela noite.

—Eu tive muito medo. Você tinha acabado de enviuvar... —Hur fala ainda envergonhado. —Mas, não. Você poderia ter feito tudo, menos ter permitido aquele beijo.

—Se não fosse por sua coragem naquela noite, hoje eu não seria quem sou. —Falo e é então que Hur me abraça. —Teria sido tudo muito diferente. Eu não teria sido feliz como sou.

—Talvez eu permanecesse te amando de longe. —Ele fala e eu então acabo me recordando de quando Hur ainda era apenas um amigo.

Flash Back On

—Hur, você poderia me acompanhar em um passeio? —Pergunto nervosa ao ver que o homem passa a me olhar de forma estranha.

—Um passeio? Eu com a princesa? —Hur pergunta nervoso e me faz rir.

—Uma princesa também precisa de companhia... —Meu olhar se tornou tão fixo em Hur que ele mesmo se sentiu envergonhando. Eu então ponho minhas mãos sobre o colar que ele mesmo confeccionou, nunca ganhei uma jóia tão bela e rara como essa.

Flash Back Off

—Este não é o colar que fiz para você? —Hur pergunta ao pôr sua mão sobre o colar que está em meu pescoço.

—O primeiro de muitos. —Falo orgulhosa. —Eu me lembro que todas as pessoas do palácio falavam da sua lealdade por mim. Eu sequer imaginava que na verdade se tratava de amor...

—Somente Disebek notava isso. —Hur revela.

—Disebek? —Pergunto assustada.

—Ele notava o meu olhar para você. Tanto notou quanto me ameaçou. —Hur me deixa ainda mais surpresa. —Tentei me afastar, mas você sempre dava um jeito de vir até mim e eu não tinha coragem de me afastar.

—Eu nunca soube disso. —Falo surpresa. —Eu estava colocando sua vida em risco.

—Você não sabe de muitas coisas... —Hur brinca e então eu começo a rir dele. —Eu observava cada passo seu, cada vez que você falava eu pedia silêncio, eu amava ver você andando pelo palácio com um sorriso no rosto. —Enquanto ele falava, ao mesmo tempo acariciava meu rosto e com isso fecho os olhos.  —Uma vez eu encontrei você no Nilo. —Abri meus olhos rapidamente ao lembrar que naquela época eu me banhei muitas vezes naquele rio.

—E o que você viu? —Pergunto e então Hur fica nervoso. Mas nervosa eu fico ao entender o motivo dele estar nervoso. Hur deve ter me visto em um momento inoportuno e agora teme em contar isso.

—Me perdoe, você ainda era comprometida... —Hur se sente culpado e então eu cubro meu rosto com minhas mãos. —Eu não deveria ter falado isso.

—Eu estou tão envergonhada... —Falo. Hur então retira minhas mãos de meu rosto e passa a me olhar de maneira apaixonada.

—Não tem do que se envergonhar, Henutmire. —Ele fala ao me ver corar com tamanha vergonha. —Eu sim posso me envergonhar disso já que fui atrevido ao ponto de me aproveitar da sua distração.

—Mas você só me viu sem roupas apenas naquele dia, não foi? —Pergunto temendo pela resposta.

—Não. —Hur responde e então começo a me distanciar aos poucos dele. —Eu vi várias vezes desde que nos casamos...

—Hur! —O repreendo assustada pela sua indiscrição.

—Antes mesmo até... —Ele implica e então começa a rir pela minha reação. —Henutmire, já estamos casados faz muitos anos e você ainda se sente envergonhada por isso?

—Você sabe como a tradição aqui no Egito é...

—Mas já nos casamos. —Hur então me puxa para um abraço, mas eu ainda assim me sinto envergonhada. —E ninguém vai saber disso.

—Leila sabe com certeza. —Falo e então Hur começa a rir descontroladamente. —Ela já ironizou isso uma vez.

—Mas ela não vai contar para ninguém. Leila sabe que não vai ganhar nada em troca com isso até por que isso faz muito tempo. —Hur acaba me acalmando com suas palavras. —E agora você é rainha e Leila está longe.

—Ela me faz muita falta. —Lamento. —Leila era quase uma filha para mim. Se ela me chamasse por "mãe" qualquer um acreditaria.

—Você merece outro tipo de filha. —Hur começa com sua implicância. —Anippe não te merece como mãe.

—Anippe é de personalidade forte, Hur. Ela é como um pedaço meu que, quando se sente ameaçado, ataca. E ataca sem se importar se vai machucar ou não.

—No caso seria aquele pedaço onde esconde a fera que existe em você. —Hur brinca e então me faz rir. —Enquanto isso Djoser é tão manso quanto Moisés.

—Nós formamos a personalidade de nosso filho, Hur. Mas as vezes Djoser me dá medo...

—Medo? —Hur pergunta enquanto seus dedos brincam com com um dos adornos de minha peruca.

—Djoser é violento. Eu vi isso no olhar dele no dia em que atacou Amenhotep. —Falo preocupada. —Eu fiquei assustada com o a reação dele.

—Nosso filho é diferente de Anippe, Moisés e Uri. Mas ele é como você...

—Eu não sei se teria coragem de pôr uma lâmina na garganta de alguém. —Falo. —Não sei de quem nosso filho herdou isso.

—As vezes isso origina da própria pessoa.

—Pode ser. —Falo ao me separar de Hur para me levantar. Tomo cuidado já que apenas algumas lamparinas iluminam o quarto graças a praga.

—Cuidado. —Hur pede ao me ver de pé. Eu sorrio achando graça da sua preocupação, mas rapidamente me sento bruscamente ao sentir uma forte tontura.

—Meu Deus... —Falo assustada ao me sentir ainda mais tonta mesmo estando sentada em a beira da cama.

—Quarta vez. —Hur adverte bravo. —Quarta vez que você se sente mal! —Ele então me carregou em seus braços e me pôs deitada na cama. —Você está doente, Henutmire.

—Acho que sim. —Respondo e então Hur segura uma das minhas mãos. —Eu só não sei o que pode ser.

—E eu não faço a mínima ideia de onde Paser esteja. —Hur fala aflito ao me ver deitada.

—Já estou ficando melhor. —Minto. Nós dois então olhamos para a porta sendo aberta e em seguida Paser surge sozinho. —Paser...

—Graças aos deuses cheguei até aqui. —Paser agradece.

—De fato preciso de você, Paser. —Hur fala aliviado. —Henutmire está indisposta novamente. —Paser fala e então olha para mim com olhos cheios de lágrimas.

—Estou ficando tonta de um momento para outro. —Reclamo.

—Isso me faz lembrar que eu preciso muito lhe revelar algo. —Paser teme pela minha reação é por isso olha para Hur. Meu marido então me ajuda a sentar na beira da cama, e então eu espero pela revelação de Paser. —Nefertari...

—Nefertari o quê, Paser? —Pergunto assustada.

—Morreu com uma criança em seu ventre. —Paser fala rapidamente e começa a chorar. Hur então me abraça, mas eu não consigo evitar o meu grito. Eu choro desolada nos braços de Hur, que ao ver o meu estado, se apavora.

—Não pode ser. Não! Não! Nefertari morreu com um sobrinho meu ainda no ventre! —Minhas mãos trêmulas foram levadas até a minha boca para tentarem abafar o meu grito, mas de nada adiantou, um novo grito saiu de minha boca. Repentinamente eu segurei firme nos braços de Hur, apertei a manga de sua roupa em minhas mãos e desabei em seus braços.

—Minha filha estava tendo tonturas, enjôos, mas sequer dei importância para isso em meio a tantas pragas. —Paser revela. —Mas então quando fui embalsamar o corpo dela, descobri que esperava um filho em seu ventre.

—Tonturas e enjôos... —Hur ressalta e então olha para mim. —É o mesmo que vem acontecendo com Henutmire.

—Mas é algo impossível eu estar grávida como Nefertari esteve. —Falo ao imaginar a minha cunhada grávida. —Ramsés sabe?

—Ainda não. Vim lhe contar isso justamente por que a senhora é a pessoa mais adequada para dar essa notícia ao rei. —Paser fala ainda abalado pela morte da filha. —Enquanto as suspeitas de Hur... —Abaixo meu olhar ao temer meu diagnóstico feito por Paser. —Pode ser possível sim,princesa. —Meu olhar então foi de encontro ao de Paser e em seguida foi até o rosto de Hur.  —Já vi muitas mulheres na mesma idade que a senhora gerarem um filho.

—Não pode ser. —Falo. —Não tem como... É impossível!

—A senhora entregou sua vida nas mãos de um Deus que é capaz de operar milagres, pragas... —Paser fala emotivo. —Acha que uma criança em seu ventre não seria possível para ele? —A pergunta de Paser faz com que eu e Hur comecemos a rir.

—Aconteceu alguma coisa? —Djoser pergunta ao entrar nos meus aposentos acompanhado por Anippe.

—Com sua licença. —Paser fala antes de sair e enfrentar a escuridão do palácio. Meus filhos estão olham para mim curiosos, mas eu apenas dou atenção para a criança que está crescendo em meu ventre. Por isso sinto minhas vestes mais justas, este é o sinal de que há uma vida dentro de mim.

—Mãe? —Anippe chama por mim ao me ver sorridente.

—Precisamos revelar algo para vocês. —Falo entusiasmada. Djoser então põe a sua lamparina em seu devido lugar e vem até mim. —Você não é a nossa filha mais nova, Anippe. —Meus filhos então olharam para mim confusos.

—O filho mais novo está aqui. —Hur fala ao pôr uma de suas mãos em meu ventre. Meus filhos então se olharam assustados, mas passam a sorrir.

—A senhora... —Anippe não ousa em terminar seu pensamento. —Meu Deus! —Minha filha fala e então olha para Djoser.

—A senhora está grávida? Isso é possível? —Djoser pergunta ao olhar para meu ventre. Meus filhos então me abraçam maravilhados com a notícia.

—Deus foi capaz de operar outro milagre! —Anippe fala e demonstra toda a sua alegria. —Sua existência foi descoberta em meio a toda essa escuridão, meu irmão! —Anippe fala olhando para meu ventre. —Eu nem acredito que vou ter um irmão!

—Eu não acredito que vou ganhar outro filho. —Hur fala e então me põe de pé. Suas mãos percorrem o meu ventre, então eu olho emocionada para o meu marido. —Amor da minha vida inteira... —Hur fala e então eu começo a chorar. —Você quer maior prova de que Deus nos abençoa todos os dias?

—Não. Pois ele me deu meus quatros filhos. Sendo um deles o libertador do povo hebreu... —Falo maravilhada por cada milagre que Deus fez em minha vida. Ele sempre esteve presente em minha vida, desde o meu primeiro choro até agora. Mas o que me resta saber é como eu vou dar a luz em meio a essas pragas e guerra entre Ramsés e Moisés. O pior de tudo é o medo que sinto. Quase morri ao dar a luz duas vezes. E agora a idade também pesa...


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Notas finais do capítulo

Sim, eu atendi ao desejo de muitos mesmo sendo impossível Henutmire engravidar com a idade que tem. Afinal, essa fanfic é feita para realizar o desejo de cada leitor hehehe se preparem, será menino ou menina?



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