Mamãe, eu sou gay escrita por Caroline Dos Santos


Capítulo 7
07 — O que que tá acontecendo?


Notas iniciais do capítulo

Oie ♥ Sim, eu vim atualizar esse cocô um dia antes do planejado, estava ansiosa para postar rsrsrs. Gostaria de dizer que esse capítulo é narrado pelo Leo, ou seja, não é um capítulo alá Gabriel, então pode estar meio chatinho. Esse é apenas um testa para ver se devo ou não usar outros personagens para narrar. Então me digam o que acham, sim meus doces ♥

Beijitos e até lá em baixo ♥



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Mamãe, eu sou gay

O que que tá acontecendo?

22 de Março de 2016

13h20

Olhei de Gabriel para o tal de Nathan, e do tal de Nathan para o primo do Gabriel, sem entender merda nenhuma do que estava acontecendo ali. Tudo bem que eu sempre soube que o moreno é um gay extremamente atirado, mas agarrar um parente do sofá? Isso já é demais. Eu acho. Não devia duvidar desse... Garoto retardado.

Mas preciso confessar que a expressão dele era o melhor: os olhos azuis arregalados e ele meio que tremia, agarrado ao meu braço. Lençou um olhar para a mãe, como se pedisse ajuda a adulta, que apenas deu de ombros como se dissesse "Se vira aí, o problema é seu". Já gosto dessa mulher.

— Le... Leonardo, não é nada disso que ele está dizendo, eu nem conheço esse cara! — gaguejou e mordeu o lábio inferior. Gabriel até tenta, mas não sabe mentir de jeito nenhum, seus movimentos o denunciam. — Isso é mentira! Não é Xande? — apelou para o primo, como é previsível.

— Não. É a mais pura verdade. — a cara de chocado do mais novo me fez segurar a risada. Eu disse que ele não sabia mentir. — Nós estávamos numa boa assistindo Azul é a cor mais quente, e ele simplesmente me agarrou no sofá e começou a me beijar. Juro que quase transei com meu primo de treze anos.

Tudo bem, existem algumas informações desnecessárias na fala dele, e sinceramente sinto que não vou gostar desse "Xande". Mas o tal de Nathan parece legal. Principalmente depois do leque que nem no seu "amor".

— Cala a boca. Não vai estragar o relacionamento dio menino, idiota. — reclamou e olhou para mim. — Desculpe esse retardado aqui... Ah. eu também acho que falei demais, não? Desculpe, eu tenho essa mania.

Sério? Sério mesmo? Imagina, fala nada.

— Tudo bem meninos, chega de falar desse tipo de coisa. — dona Emanuelle disse, acabando com toda aquela palhaça. Gosto dessa mulher. Gosto mundo. — Alexandre, por favor. Está constrangendo meu filho e o namorado dele.

A mim na verdade não, mas acho que o Gabriel está quase desmaiando aqui. Bem, levando em conta a personalidade desse garoto, esse foi um castigo muito bem merecido.

Xande apenas deu de ombros e chamou o outro para sair, conhecer a cidade. Pelo jeito o parceiro não era dali. Bom, eu não me importo muito com isso, para falar a verdade. E Gabriel continuava agarrado na minha blusa, e assim ficou até os dois sairem. Depois simplesmente me olhou com aquela carinha carente de quem pede desculpas, o que foi ignorado. Eu tenho um irmão mais novo, aprendia há muito tempo a não cair nessa.

A mãe dele nos chamou para almoçar, dizendo que teríamos que lavar a a louça depois porque ninguém mandou demorarmos para chegar porque ela não é empregada de ninguém. E começou a reclamar sobre as cuecas que o filho caçula deixara jogadas atrás do guarda-roupas, que ele devia tomar vergonhana cara e ir lavar tudo aquilo se não quisesse ficar sem celular novamente, e que dessa vez seriam duas semanas.

Terminado as reclamações, a mulher negra olhou para mim com seus profundos olhos castanhos — que são bem mais bonitos que os azuis do Gabriel, aliás — como se quisesse dizer algo. E realmente disse.

— Bem rapaz, quais são suas intenções com o meu filho?

Okay, eu não esperava que ela fosse direto ao ponto dessa vez. E nem o filho dela pelo jeito, já que o moreno cuspiu o macarrão que comia. Tsc, como é exagerado.

— Mãe, agora não... — o menino resmungou entre dentes. É... a boca dele estava suja de molho. — A senhora podia ser um pouco mais... Discreta.

— Pensei ter te ensinado a não atrapalhar a conversa dos mais velhos. — retrucou. A cada momentos estou gostando ainda mais dela. — Então Leonardo, quais suas inteções com o Gabriel? Espero que não seja do tipo que só transa e vai embora, porque eu seria obrigada a te perseguir e te torturar até que pedisse desculpas a ele... Ou a morte — deu de ombros — o que viesse antes.

Bom, agora a dona Emanuelle esté dando medo.

— Mãe! Leo, não dê atenção ao que ela diz.

— Não fale assim, Gabe. É claro que eu estou brincando. — eu não tenho tanta certeza disso, mas tudo bem.

Respirei fundo enquanto pensava em uma resposta. Não é tão fácil responder a mãe do seu namorado quando ela te ameaça de morte. Isso não é nada legal, crianças.

— Não sou desse tipo de pessoa. — respondi, enlaçando minha mão na dele. Gabriel sorriu. — Pretendo construir uma história com ele, se a senhora me permitir.

A cacheada deixou que um sorriso se desenhasse nos lábios vermelhos — provavelmente a Thalita gostaroia de ter esse batom — e disse que iria sair da cozinha. E que teríamos de lavar a louça.

Esperei o garoto ao meu lado terminar de comer, e posso falar que meu namorado estava estranhamente calado. E sabe, Gabriel e calado na mesma não é algo muito comum. Perguntei o motivo, mas o menor não me respondeu, e apenas continuou a colocar o macarrão goela a baixo. Estava corado de vergonha.

Ele sequer comeu tudo o que estava no prato e o afastou. Se tivesse perereca, diria que estava esperando um bebê, mas graças aos céus ele é homem. Eu odeio crianças.

— Desculpe pela minha mãe, ela... — murmurou e depois fez um expressão engraçada, enquanto desatava a falar sobre coisas aleatórias que a mulher mais velha fazia. As vezes eu queria ter uma mãe por perto para ouvi-la reclamar, no entanto a minha não quer me ver nem pintado de ouro, quer me ver hétero. E isso ela não vai ver. — ... e ainda por cima acha que eu ainda tenho sete anos, consegue ser pior que a Thainá de vez e quando... Como ela pôde reclamar das minhas cuecas na sua frente? ... Ah! Lava a louça para mim?

Garoto abusado.

Respirei fundo e levantei, pegando os dois pratos e os talheres. Gabriel me mostrou onde ficava a espoja e o sabonete, então pude começar a lavar. Mal esfreguei a primeira peça de vidro, e fui abraçado por trás pelo garoto, que parecia ter se posto nas pontas dos pés, e então beijou meu pescoço. Caralho, esqueceu que estamos na sua cozinha?

— Agora não, estou ocupado. — resmunguei, tentando desviar a atenção do moreno que tentava colocar as mãos dentro da minha calça. — E já fizemos isso hoje.

— Mas eu necessitado. — falou, manhoso. Isso é uma coisa que eu gosto nele, está sempre disposta a transar. E ao mesmo tempo é algo que eu odeio nele: ele sempre quer transar. Eu não sou uma máquina de sexpo. — Agora a mainha dve estar regando as plantas, vai demorar treze minutos e vinte e seis segundos, dá tempo de fazer rapidinho.

— Já disse que não! — arqueei uma sobrancelha. Como assim? Ele calculou tudo isso? — Agora desgruda e... Tira essa mão daí Gabriel!

O rapaz de olhos claros fez biquinho, e tirou aquela mão gelada do meu pênis. Revirei os olhos com a expressão chorosa feita pelo mais novo. Meu Deus, onde eu fui me meter com esse carinha? Pior é que eu amo ele.


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Notas finais do capítulo

SIM, O GABRIEL É UM COMPLETO PERVERTIDO! ♥ Espero que tenham gostado, monamu ♥ Até o especial de natal ♥

Beijos ♥